Não chega nunca a participar em nenhuma
dessas experiências, que, para todos os efeitos, ultrapassados os feitos dentro
das respectivas categorias preposicionais sequenciais – antes, durante ou depois – são bem reveladores de grande coragem e
um saber de astúcia só acessível a quem esteja vocacionado para essas lides que
implicam grande convicção e destreza. Nós, os portugas, temos, além das mais, excluída
a guerra, o toureio, que usa o vermelho do pano para enganar, mas apenas o
pobre do touro, o jeito vaidoso permanecendo na pose do toureiro, e sobretudo na
do forcado, de braços em ângulo poseur, com toda uma multidão a aplaudi-los
directamente e a apreender-lhes o jeito vencedor. Este (jeito, digo) mantém-se,
sobretudo no político, já que a guerra e a caçada nem sempre correspondem,
hélas! O político sabedor apela à parolice mundana, tem mais alternativas para desenvolver
a pose, que o diga o virtuose-mor de todos nós, bobos extáticos e embevecidos ,
alguns – poucos é certo - bem estarrecidos…
ELEIÇOES - 30
DE JANEIRO DE 2022
HENRIQUE
SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO 09.01.22
Citando Otto, Graf von Bismarck:
«Nunca se mente tanto como antes
das eleições, durante uma guerra ou depois de uma caçada»
ln «PAZ, GUERRA E FORÇAS ARMADAS», Óscar Gomes da Silva, DG Edições,
Janeiro de 2019, pág. 18
Tags: avulsos
Anónimo 09.01.2022 : Ao citares o fundador e unificador do Estado Alemão (2º
Reich), Otto Bismarck, procurei o que uma personalidade equiparável a ele
poderia dizer em relação a eleições, a caçadas, a guerras e ao denominador
comum mentiras. Lembrei-me do Condestável das Ilhas Britânicas e do Império
respetivo – Winston Churchill – (e também da Europa, porque não
dizê-lo). Fui à procura de frases dele sobre esses temas, e encontrei duas,
sobre eleições democráticas, verdade e guerra, referidas na biografia
escrita por Martin Gilbert (páginas 820 e 826, 3ª edição). Com a tua licença,
Henrique, reproduzo as afirmações: A primeira, foi em 30/6/1945, antes das
eleições que haveria de perder: “Não existe qualquer
verdade nas histórias postas a circular segundo as quais podem, nestas
eleições, votar pelos meus opositores políticos, quer sejam trabalhistas quer
liberais, sem ao mesmo tempo votarem na minha demissão do poder. Não hesitem em
fazê-lo se considerarem que é correcto e é o melhor para a nação. Só vos peço
que o façais com os olhos abertos.” A segunda frase, foi em 27/7, já depois de conhecidos
os resultados das eleições “Eles têm todo
o direito de votar como lhes apeteça. Isto é democracia. É por isto que temos
estado a combater.” Forte abraço. Carlos Traguelho
Anónimo 10.01.2022 11:35: Seja-me permitido discordar: naturalmente o Senhor
Bismarck não poderia advindas o sucialismo português! Especialmente o
verdadeiramente de Esquerda... Ekias Quadros
Anónimo 10.01.2022 11:42: Nem mais!!! No caso das nossas campanhas eleitorais, as
mentiras chegam a ser confrangedoras... Mintam, mas ao menos com um certo
nível! É que os nossos políticos já nem se dão ao trabalho de mentir com
classe. Que pobreza 🙈 Helena Salazar Antunes Morais
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