segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A maioria de nós


Não chega nunca a participar em nenhuma dessas experiências, que, para todos os efeitos, ultrapassados os feitos dentro das respectivas categorias preposicionais sequenciais – antes, durante ou depois – são bem reveladores de grande coragem e um saber de astúcia só acessível a quem esteja vocacionado para essas lides que implicam grande convicção e destreza. Nós, os portugas,  temos, além das mais, excluída a guerra, o toureio, que usa o vermelho do pano para enganar, mas apenas o pobre do touro, o jeito vaidoso permanecendo na pose do toureiro, e sobretudo na do forcado, de braços em ângulo poseur, com toda uma multidão a aplaudi-los directamente e a apreender-lhes o jeito vencedor. Este (jeito, digo) mantém-se, sobretudo no político, já que a guerra e a caçada nem sempre correspondem, hélas! O político sabedor apela à parolice mundana, tem mais alternativas para desenvolver a pose, que o diga o virtuose-mor de todos nós, bobos extáticos e embevecidos , alguns – poucos é certo - bem estarrecidos…

ELEIÇOES - 30 DE JANEIRO DE 2022

 HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO 09.01.22

Citando Otto, Graf von Bismarck:

«Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra ou depois de uma caçada»

ln «PAZ, GUERRA E FORÇAS ARMADAS», Óscar Gomes da Silva, DG Edições, Janeiro de 2019, pág. 18

 Tags: avulsos

 COMENTÁRIO:

 Anónimo  09.01.2022 : Ao citares o fundador e unificador do Estado Alemão (2º Reich), Otto Bismarck, procurei o que uma personalidade equiparável a ele poderia dizer em relação a eleições, a caçadas, a guerras e ao denominador comum mentiras. Lembrei-me do Condestável das Ilhas Britânicas e do Império respetivo – Winston Churchill – (e também da Europa, porque não dizê-lo). Fui à procura de frases dele sobre esses temas, e encontrei duas, sobre eleições democráticas, verdade e guerra, referidas na biografia escrita por Martin Gilbert (páginas 820 e 826, 3ª edição). Com a tua licença, Henrique, reproduzo as afirmações: A primeira, foi em 30/6/1945, antes das eleições que haveria de perder: “Não existe qualquer verdade nas histórias postas a circular segundo as quais podem, nestas eleições, votar pelos meus opositores políticos, quer sejam trabalhistas quer liberais, sem ao mesmo tempo votarem na minha demissão do poder. Não hesitem em fazê-lo se considerarem que é correcto e é o melhor para a nação. Só vos peço que o façais com os olhos abertos.” A segunda frase, foi em 27/7, já depois de conhecidos os resultados das eleições “Eles têm todo o direito de votar como lhes apeteça. Isto é democracia. É por isto que temos estado a combater.” Forte abraço. Carlos Traguelho

 Anónimo  10.01.2022  11:35: Seja-me permitido discordar: naturalmente o Senhor Bismarck não poderia advindas o sucialismo português! Especialmente o verdadeiramente de Esquerda... Ekias Quadros

Anónimo  10.01.2022  11:42: Nem mais!!! No caso das nossas campanhas eleitorais, as mentiras chegam a ser confrangedoras... Mintam, mas ao menos com um certo nível! É que os nossos políticos já nem se dão ao trabalho de mentir com classe. Que pobreza 🙈 Helena Salazar Antunes Morais

 

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