Texto que nos enche as medidas - quer pela
qualidade da análise que nos remete também para o paralelo com a personalidade –
única – de Pedro Passos Coelho (que não
deveria depor nunca as armas, tal como não o fez o seu antepassado Condestável NÁP, de uma “Ditosa pátria que tal filho teve!”, pese embora a maior “competência
belicista” com que PPC teria que
arrostar hoje, do que a castelhana, que o seu antecessor enfrentou) – quer pelo
sentido crítico em que MJA é useira e vezeira, no seu discurso de saber e de
sabor.
De Sá Carneiro a Passos Coelho é a
primeira vez que o líder do PSD elege o “centro” como lugar fixo, que não é o
mesmo que lugar reservado porque pode já lá estar Costa. Um caso a seguir
absolutamente
MARIA JOÃO AVILLEZ
OBSERVADOR,12
jan 2022, 00:2059
1Um
senador do PSD certamente cansado – ou pior ? – de me ouvir dizer que o seu
partido fazia um erro nestas eleições ao não ter constituído e liderado uma
ampla frente eleitoral do centro à direita, mandou-me um sms – muito cordial,
de resto. Onde me detalhava com cópia de pormenores e a paciência de um
professor as razões: o CDS era “uma inexistência eleitoral”, com um líder “sem
qualquer credibilidade na opinião pública”. Comecei por estranhar a evocação da
opinião pública como argumento político dada a persistente confusão entre
opinião pública e publicada. A primeira torna difícil que se argumente com ela
por falta de dados fiáveis; a segunda, é quase invariavelmente fabricada pelo
ar do tempo, a espuma dos dias, a aparência das coisas. Ou o acessório que
nunca é essencial.
Depois
também estranhei que o generoso sms do meu interlocutor quase só se focasse no
CDS e quase nada nesta estreia no PSD: a escolha -determinada e convicta do
“centro” como ponto cardial, dali não se arredando pé. (E não é certamente o
“estado” do CDS que sozinho pode explicar a escolha.) Desde que eu me
lembro, de Sá Carneiro a Passos Coelho, julgo ser a primeira vez que um líder
do PSD assim age: o “centro”, como lugar fixo (que não é o mesmo que lugar
reservado porque pode já lá estar António Costa), preferindo soltar toda a
direita, à sua direita – dando-lhe espaço, vitaminas e fôlego – a juntá-la.
2Foi
uma mudança de identidade. Não “se” terá dado muito por ela porque o PSD
nunca usou cartão de identidade claro – sempre lá couberam conservadores,
sociais democratas, ateus, católicos, maçons, liberais, sociais-cristãos, com
as vantagens e desvantagens dessa singular “natureza” política. Onde o PSD
costumava ser o motor de arranque de coligações ou frentes eleitorais que
inspirava e liderava, abertas ao seu centro direita e ao seu centro esquerda,
que agregavam, ampliavam, revitalizavam, esperançavam. Seduzindo o voto útil. Propiciando a criação daquele “momento” político
que de repente transporta e anuncia uma mudança. Rui Rio não
quis fazê-lo, está no seu pleníssimo direito, é o chefe das tropas, ganhou três
batalhas internas, não se saiu mal das recentes autárquicas. E é sobretudo um
maratonista. Ancorou num “lugar” para o qual considera que muitos irão
convergir. Não sei se a
estratégia cortará a meta em primeiro lugar; ignoro se o que pode estar em
curso não será afinal a “agregação” do indisfarçável cansaço disseminado na
sociedade portuguesa ; não sei o que Rui Rio fará da vitória se a
tiver e como a irá gerir. Sei que um dos factos políticos mais interessantes
(o mais interessante?) da corrida 2022 é precisamente o caso Rio. O
maratonista Rui Rio.
3As
histórias contam-se desde o princípio: foi sob a liderança de Rui Rio no PSD
que a Iniciativa Liberal, a Aliança e o Chega viram a luz do dia. É um facto
político e não uma constatação.
Ou
seja, as sementes que o actual líder do PSD foi deitando á terra – pouco
apreço e pouca convergência com o espaço à sua direita – e o modo como durante
três anos ia adubando esse o solo, originaram três partos partidários, no
espaço à sua direita. Pego no Chega, é
o meu ponto aqui. Dir-se-á que era uma questão de tempo. Ou que os dias estão
hoje para populismos e extremismo. Talvez: há quem se sinta indefeso perante a
vida, angustiado face ao futuro e ressentido com isso. Há. Proponho porém um
exercício: se olharmos as coisas como elas foram no tempo de Pedro Passos
Coelho, seria muito mais expectável ou pelo menos mais verosímil que tal
“erupção” populista tivesse ocorrido nesse duríssimo tempo político-partidário.
Mas não: apesar dos tremendos sacrifícios impostos aos portugueses pela
irresponsabilidade da herança socialista, o então primeiro- ministro saiu
incólume: o populismo não teve lugar. Nenhum populista que hoje beija o
chão que Ventura pisa encontraria eco e guarida no tempo da coligação PSD/CDS.
Apesar da rudeza e aspereza daqueles anos, do implacável cerco da troika,
das esquerdas, da media e da direita beta (a das salas), a natureza da
liderança política do então primeiro ministro nunca, como dizer?, propiciou o
crescimento das sementes do extremismo populista. Ou não existiam, ou ele tomou
conta delas, adubando-as de outro modo.
Face
ao ponto a que as coisas chegaram e ao ponto a que podem vir a chegar, não
seria má ideia acrescentar à história
governativa (a verdadeira) de Passos Coelho – contas certas, um país a crescer,
dispensa da última tranche do empréstimo, inexistência de um segundo resgate e
umas eleições ganhas — acrescentar, dizia, um lembrete que dissesse “o populismo
não entrou em cena, extremismos só houve de um lado”.
O
mesmo de sempre.
4Nunca
percebi que ninguém no país revele estranheza, se interrogue, se manifeste,
ironize, se indigne, com o facto de as extremas-esquerdas serem levadas ao colo
com carinhoso desvelo por quase toda a media e a extrema-direita só apanhe
porrada. As primeiras
são imaculadamente levadas a sério e tidas como democráticas (sem aspas), a
outra escorraçada do seu direito de cidade. Pertencer à extrema -esquerda
deve ser tão natural como respirar, citá-la é obrigatório, frequentá-la é uma
honra. Falar “de” ou “com” a extrema-direita apela á perseguição e impõe
denúncia nacional. Uma obsessão que tendo-se tornado um tique, impede, isso
sim, um mínimo de racionalidade na análise, no julgamento, na apreciação
política de alguém ou de algum programa. Não evoco a falta dos serviços
mínimos da seriedade intelectual (é lá com eles) apenas lembro que a política
detesta a irracionalidade.
Como
se explica politicamente que se deva gritar de raiva sobre uma fictícia ameaça
de “prisão
perpétua” — que
nunca veria a luz do dia, qual o governante que consagraria aquilo em lei? — e
que não se conheça nem um som sobre os detidos que jazem esquecidos e de vez
nas masmorras de ditadores populistas, aplaudidos, citados e seguidos
(Venezuela)? Ou sobre
as vítimas de ditadores de aço, como o jornalista da Bielorrússia, obrigado
recentemente a sair de um avião em escala não prevista nesse voo e até hoje
metido numa cela sem que pareça haver rasto dele?
Silêncios bem-sucedidos,
aparentemente.
Para quem se presta a eles tão
docilmente, não admira.
LEGISLATIVAS
2022 ELEIÇÕES POLÍTICA PSD
COMENTÁRIOS:
Maria Rita Menezes: Muito bom!
Artigo muito lúcido e corajoso. Parabéns! Muito obrigada. Cpts João Ramos: Muito bem Maria João!!! josé maria: Sá Carneiro quis integrar o PSD na Internacional
Socialista. Isso diz-lhe alguma coisa, MJA ? João Ramos > josé maria: Questão
meramente táctica e circunstancial da época! Ping PongYang > João Ramos: Quem se julga você para interpretar ? Por outro lado é perfeitamente conhecida o desprezo a
que o Doutor Sá Carneiro votava a cábulas parasitas da laia do paçólas vadio, não é? "Nunca trabalho à noite. À noite
as pessoas divagam" FSC O paçòlas é nunca
antes das 11 da madrugada... Vitor Batista > Ping PongYang: Já
marcou consulta? ou não tem médico de familia? Ping PongYang > Vitor Batista: Pergunte
antes à "Tia" Avidez. Foi ela que misturou um cábula
vadio com o Doutor Sá Carneiro... Norma Lobo > Vitor Batista: ESTA TARADA...FICOU KO..NAO QUERIA O RIO..VA DAR UMA
CURVA SRA...PSD Ė CENTRO......SEMPRE FOI Elvis Wayne > Ping PongYang: agora,
Pong, cada vez mais
fico preocupado com a sua saúde psíquica e não estou a brincar. Apanhe mais ar
fresco e faça como eu, ignore este folclore em torno dos debates. Não sei se o
dr.Passos Coelho bateu na sua mãe ou ofendeu o seu pai, mas que essa obsessão é
estranha é um facto. Recomendo descanso e papas de sarrabulho. manuel menezes: É a melhor e isenta análise
feita à atual situação política que estamos a viver em vésperas de eleições. Gui Mascarenhas: Basta ver o Costa nos debates,
assim que é confrontado a sério fica nervoso e sem resposta, ou faz ataques
pessoais despropositados e ineficazes. Se tivesse tido uma oposição a sério nos
últimos anos hoje já não seria PM. Adolfo Dia Safio: A Doutora MJ Avidez conspurca
torpemente a memória de Sá Carneiro ao associá-lo numa mesma frase a uma pilha
de dejectos. Estas "visões" "aristocráticas" anti-Rio já
chateiam, não acha ? Alberico
Lopes: Mais uma boa
crónica de Maria João! Que nos deve fazer pensar! joao lemos: excelente análise! Infelizmente o País não vai
mudar nada. Os portugueses já se habituaram ao rame-rame diário e desde que vivam nos
mínimos e sem aborrecimentos , as falências nacionais de 4 em 4 ou de 5 em 5
anos não os incomodam, nem sentem vergonha que passado esse tempo estejam outra vez de mão estendida!
provavelmente esta nossa Pátria
(ainda não é proibido....) já é bem diferente do imaginário em que fui educado
e por certeza o mesmo da MJA
Fernando Prata: Excelente artigo. Para mim sempre foi evidente que, com a continuação de
Passos Coelho no governo, o Chega nunca teria visto a luz do dia. Pelo menos,
com André Ventura.
Joaquim Rodrigues: O “centro” não
é uma realidade social e eleitoral estática como pretende a Senhora M. J.
Avilez. O “centro” não
se conquista usando sempre a mesma “receita”, Senhora M.J.Avillez. Rui Rio tem a responsabilidade histórica de abrir
espaço ao eleitorado democrata do PS e do “centro”. Depois de o Costa ter traído o seu companheiro de
partido José Seguro e de ter traído o voto da maioria dos eleitores do PS, ao
aliar-se, contranatura e contra qualquer lógica democrática, com os inimigos da
liberdade, da democracia e da União Europeia, Rui Rio tem o dever e a obrigação
de oferecer uma alternativa de voto a esses eleitores. Ou será que esses eleitores devem ser abandonados aos
apelos de grupelhos populistas ou à abstenção? Rui Rio tem a obrigação, o dever e a responsabilidade
de manter esse eleitorado no campo da democracia liberal, deixando ao Costa o
encurralamento no ghetto em que se meteu, ghetto esse, cada vez mais estreito
onde agora já só cabe o Rui Tavares e o Partido dos Animais. O caminho que o Costa escolheu para salvar a sua
carreira política, torna-se cada vez mais claro, foi o caminho da desgraça do
PS, como o futuro nos mostrará, mas acima de tudo, da desgraça do País.
Quantas mais as propostas do PSD ao PS para apoio
Governativo e para a realização de reformas estruturais, melhor se vê a
natureza do Costa porque mais descarada se torna a sua fuga, agora para os
braços do Rui Tavares e do Partido dos Animais. A democracia só tem a ganhar com essa clarificação
política mostrando quem são os seus amigos e os seus inimigos. Carlos Castro > Joaquim Rodrigues: Concordo plenamente. O espaço deixado vazio do CDS não
é para ser ocupado por um PSD. O PSD tem mais a ganhar empurrando o PS para a
radicalização que Costa iniciou com as suas alianças e que os credores seguem
com desconfiada atenção. Se a IL ou outro partido fundado nas teses do avanço
civilizacional se tornar um projecto bem entendido pelas novas gerações,
encurralará o populismo do Chega e esvaziando-o onde apresenta alguns
argumentos, poderá levar a todo um movimento tectónico a empurrar as placas das
esquerdas para um fundo inexorável a que estão destinadas em Portugal como no
resto do mundo. A estratégia de Rui Rio convém ao PSD e convém a Portugal, mas
ainda assim eu votaria IL se não fosse o caso de ser português de segunda em
termos eleitorais (sou não residente, votar é difícil e não conta para nada). Gabriel Moreira: Bem haja MJA. Dos poucos que fazem justiça à governação
séria de Passos Coelho.
João Mourinho: Mais uma
diaconisa a debitar uma homilia anti-Rio. A
verdade é que Rio tem um excelente programa (o melhor), feito com pés e cabeça,
sem ilusões e alertando os portugueses para as várias condições. Isto é como se
deve governar um país: não infantilizando a população, mas explicando as
opções, e alertar para os riscos. Rio não podia ser o mais oposto possível de
Costa! Costa promete desde as vacas voadoras, ao aumento de 20% do salário
médio (como se fosse ele que o aumentasse). Costa é o discípulo de Sócrates em
termos de promessas (lembram-se da promessa dos 150 mil empregos?). João Afonso > João Mourinho: João,
concordo com tudo o que escreveu, mas há um factor que não considera e que será
fundamental para determinar qual o vencedor nas próximas eleições (aliás,
em todas as eleições). Quantos dos votos expressos são imputáveis aos
"programas" eleitorais? E
quantos votos resultam do carisma do líder, da sua retórica política, dos sound bites, dos slogans, dos lemas
de campanha? A esquerda tem
maioria parlamentar, não pelos seus "valores" serem superiores (não
há um único bom exemplo de país governado com tais "valores"), mas
porque domina a retórica política com mestria, para lá do domínio dos mídia e
do comentariado. É isto a política. A
qualidade dos programas podem ser importantes numa hipotética reeleição, na
medida em que o impacto da acção governativa na vida das pessoas é percebido
como positivo ou muito positivo. Mas para conquistar a maioria, são necessários
atributos de liderança, para lá de outro atributos políticos, que, em minha
opinião, faltam clamorosamente a Rui Rio. Uma coisa pode ser constatada,
quando o PSD teve líder carismático, ganhou sempre, algumas com maioria
absoluta. Jose
Costa: Gostei de ler mas
não concordo com a razão do aparecimento dos partidos de direita ser o PSD.
Penso que terá sido pela indefinição ideológica e posicionamento ao centro do
CDS que deixou órfão o espaço da direita e possibilitou esse aparecimento Maria José Fernandes: A Maria João Avillez não cessa
de escrever contra Rui Rio, desde que ele foi eleito líder do PSD, porque, ao
que se vê, não gosta dele! Ponto. Tem direito de não gostar! Haverá
milhentas pessoas que também não gostarão da Maria João Avillez!. Porém, não é
de todo correcto o que escreve: " foi sob a liderança de Rui Rio no PSD
que a Iniciativa Liberal, a Aliança e o Chega viram a luz do dia."
Fui aos respetivos sítios oficiais conferir e a IL, foi fundada em Setº de 2016
e formalizada no TC em Setº 2017. Rio só foi eleito líder em Fev. 2018. Q.to ao
Aliança, se resultou da perda da liderança de Santana Lopes para
fazer um partido de direita, veja-se o resultado que teve em 2019. Já o
CHega, partido unipessoal de AV, nasceu, em 2019, não para ser um partido
de direita, mas, segundo escrito na página do mesmo " romper com os
poderes instalados e com o politicamente correcto"! Portanto a tese
de MJA não parece sustentada. Talvez devesse optar por outros temas de mais
utilidade para os leitores. Vitor Batista > Maria José Fernandes: Rio é um tipo perigoso, sofre
dos mesmos tiques totalitarios do amigo costa. João Afonso > Maria José Fernandes: Seria hilariante que se
encontrasse escrito nas páginas dos novos partidos qualquer coisa como: "
nascemos porque Rui Rio tem vergonha da direita, não se revê em nenhum dos
valores da direita, é um socialista que calhou inscrever-se no PSD, e não sai
porque já é tarde para isso" Vitor Batista: Não gaste tinta Maria João, por
mim digo que passei a pertencer à "extrema direita "com muita honra e
orgulho, aquele que nunca consegui ter com a extrema esquerda
"democrática" e com os xuxalistas corruptos, ladrões e
nepotistas. São factos. Carlos
Vito: Certeiras as
suas observações. Também nunca percebi por que razão a comunicação social destaca
a bondade das propostas e iniciativas da extrema-esquerda e destrata
sistematicamente, já não digo as da extrema direita, mas simplesmente as da
direita. Ser de direita é um opróbrio, uma atitude miserável da parte de meia
dúzia de privilegiados (não é o meu caso), que apenas pretendem explorar o
povo. A esquerda, pelo contrário, detém o exclusivo do bem público, da
honestidade, do progresso económico e social. A própria forma como os
entrevistadores na TV tratam aqueles que são considerados de esquerda, com
todos os cuidados e de forma melíflua, contrasta com a forma agressiva com que
a direita é (des)tratada. Pois eu não tenho vergonha de me afirmar de direita,
nem tenho menos preocupações sociais do que os que se consideram de esquerda. É
uma ilusão em que muitos vivem e outros receiam. Phi Moralia > Carlos Vito: Concordo com o que diz. A esquerda e melhor tratada do
que à direita nos órgãos de comunicação social, e, pasme-se até mesmo em órgãos
de comunicação social detidos alegadamente por gente de direita. Dito isso,
existe uma direita arrogante e privilegiada que gosta de vir escrever umas
crônicas porque sim e achar-se muito erudita. Não gosto. Uma direita de
integridade e trabalho sim. Uma direita de privilégio não. Simples. Pedro Pedreiro > Phi Moralia: Concordo.
Também existe uma direita hierarquizante e parasita que nunca trabalhou e se
acha mais do que os outros. Os ingleses diriam "entitled". Eu diria
meta-monárquicos. De resto a simpatia pela esquerda deve-se ao trauma do
Salazarismo, erradamente conotado com a direita porque foi essencialmente
combatido por grupos de esquerda. Também o 24 de Abril ficou associado à
Esquerda. A esquerda tem um discurso apelativo para o incauto pois promete a
utopia e a igualdade. O povo incauto não entende que não existe e nunca
existirá outra igualdade que não a da quinta dos animais: haverá sempre uns
mais iguais que outros. A esquerda não quer acabar com os ditadores, apenas
quer substitui-los. A direita com a sua bandeira de liberdade confunde os
incautos, que associam a egoísmo, selva capitalista ou darwinismo social. Precisamos
de um líder de Direita que leve a bandeira da Liberdade a par com a Igualdade
no sentido de maior justiça social. Rui Rio pode no íntimo ser assim. Mas como
líder da oposição não o demonstrou. Com todos os defeitos, penso que seria um
ótimo primeiro-ministro. Até porque pior que o temos não fica.😁 Gil Lourenço > Carlos Vito: Porque
a direita em
Portugal é envergonhada e complexada e nunca fez a batalha cultural e
ideológica. Por isso é destratada! É culpa dela também. E porque a esquerda
foi-se instalando nas tvs e outros meios de comunicação com o aval da dita
direita. Porque a esquerda e a extrema-esquerda nunca foram seriamente
confrontadas com as suas misérias e totalitarismo como tem sido agora com o CH!
E porque é você mesmo que autofagicamente chama de extrema-direita ao CH. Antes
chamavam ao CDS. E porque a "direita" apenas se preocupou com
economia (a direita dos interesses). Nunca foi popular. Uma anomalia
nacional ou europeia: um partido social-democrata dizer que é de direita ou do
centro ou de esquerda.
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