Outros mais
houve, é certo (falo de horrores) - mas a vastidão espacial da Rússia parece
justificável tendo em conta a vastidão criminosa dos seus vários representantes,
conquistadores empedernidos, ao longo dos séculos, por conta de tantos que os
chefes sacrificaram lá pelas sibérias e países em redor da URSS – excepção, na
questão da ausência de humanidade e de escrúpulos, do sempre amado Gorbachev – e, naturalmente, outros um pouco mais cordatos, e menos
rigorosos na ambição e na crueldade, de que se ouvia falar à distância, e que o
historiador Jaime Nogueira Pinto, extraordinário em saber e
arrojo, aqui descreve, com pormenor que bem gostaríamos de fixar - como
fixávamos outrora os nossos feitos históricos, os nossos montes e rios e
distritos, a nossa gramática e a tabuada das bases… Não fixaremos. Nem, de
resto, vale a pena, tal a repulsa que nos causam tais explicitações históricas
sobre um povo de quem se ouvia dizer (em jeito de ironia, pelos seus
defensores), que comiam criancinhas ao pequeno-almoço, tais como os ogres das
histórias dos Perraults, tipo a do Pequeno
Polegar dos tempos receosos da nossa infância encantada…
Há trinta anos
Na antiga União Soviética, o medo era
de tal maneira forte e entranhado que as leis podiam dar-se ao luxo de ser tão
democráticas e benévolas como agora as proclamações do Secretário-Geral da ONU.
JAIME NOGUEIRA PINTO, COLUNISTA
DO OBSERVADOR OBSERVADOR,
31 dez 2021
O fim da utopia
Há trinta anos, no dia de Natal de
1991, às 19h32, hora de Moscovo, a bandeira vermelha descia na frontaria do
Kremlin e era substituída pela bandeira tricolor da Rússia.
Gorbachev anunciava publicamente que abandonava a liderança da
União Soviética e que cedia os seus poderes, na Federação Russa, a Boris Yeltsin. Melancolicamente,
lembrava os seus esforços reformistas e pacificadores que, entretanto, tinham
levado ao fim do Regime. No dia seguinte, a Câmara Alta da URSS, o Soviete
Supremo, reconhecia e referendava esses factos.
Em 69 anos, e com muita culpa expiada
e por expiar pelo caminho, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ficava
muito aquém da prometida nova sociedade de eternos “amanhãs que cantam.”
Uma revolução
contra a teoria
A
encarnação da alma da utopia comunista no corpo da velha Rússia começara por
ser um desafio à própria ciência marxista da História.
O
líder da revolução de Outubro não ficara à espera das condições objectivas que George Plekhanov, o pensador do marxismo russo, indicara como condições necessárias para uma
revolução marxista: seguira a linha de aventureiros, como Sergei Nechaev
e Peter Tkachev,
que sustentavam que um pequeno grupo de revolucionários decididos podia
assaltar e tomar o poder na Rússia, sem esperar pelo amadurecimento do
capitalismo.
Plekhanov negava tal possibilidade. Ou melhor, admitia que, se
tal sucedesse, o resultado não seria uma harmoniosa sociedade socialista, mas o advento de uma “casta socialista” que
substituiria as elites czaristas, numa sociedade de “comunismo patriarcal e
autoritário”. Mudava a
casta, mas mantinham-se o jugo e a opressão. Lenine era, para
ele, da “raça dos
Robespierre”: se os bolcheviques
tomassem o poder, iriam impor uma ditadura comunista. Plekhanov
morreria de tuberculose em 1918, certo de que assim
seria – e só vira o princípio do filme.
Terror e reféns
No
Verão-Outono de 1918 começava o Terror Vermelho, com a liquidação de reféns
“burgueses”, como represália pelos atentados contra personalidades bolcheviques. Depois do atentado contra Lenine, em Moscovo, e
contra Moisés Uritsky, chefe da Cheka de Petrogrado, 1300 reféns “burgueses”,
“inimigos de classe” detidos em campos de concentração, eram executados. Em Setembro-Outubro, mais de 10 mil desses reféns
eram mortos pela Cheka, a polícia política bolchevique. Em poucos meses, o novo
regime comunista tinha executado mais presos políticos do que o czarismo entre
1825 e 1917.
O
terror sistemático marcou a natureza do partido e do regime que salvou. A
globalização do comunismo e o receio, na Europa, de que se repetisse a história
da Rússia, levaria a uma reacção autoritária preventiva e a uma progressiva
militarização da política em Outubro de 1922, com a chegada ao poder, em Itália, do movimento fascista de
Mussolini – que
depois inspiraria,
em versão apocalíptica, o “Reich milenar” de doze anos de Adolf Hitler.
A morte e o processo de sucessão de Lenine saldaram-se com o triunfo de Estaline, que
manteve e reforçou o Grande Terror,
nos anos 30, a partir do assassinato de Kirov. No pós-estalinismo, os comunistas da Rússia e de
todo o mundo, incomodados com as acusações de violação dos direitos humanos,
procuraram responsabilizar Estaline – um “homem mau”, um tirano perverso – pela
corrupção e degeneração da utopia. O comunismo era bom, mas havia comunistas
maus, ou comunistas que não eram bem comunistas ou que não eram comunistas
convictos. Só que Estaline era
um comunista convicto, como
recentemente o vem comprovar o historiador britânico Geoffrey Roberts, em Stalin’s Library – A
Dictator and his Books (com
publicação prevista para Fevereiro de 2022, pela Yale University Press).
A profecia de Plekhanov realizou-se
plenamente: estabeleceu-se uma tirania comunista imposta pelo
terror e assistiu-se à substituição de uma elite privilegiada, a aristocracia
czarista, pela classe dirigente ou “velha-guarda” do Partido – os
privilegiados, cuja existência Yuri Slezkine descreve em The House of
Government: A Saga of the Russian Revolution (Princeton University Press,
2017). Mas o novo privilégio instaurado era também ele temeroso da mão pesada
de uma qualquer inquisição que, em nome da pureza revolucionária, lhe pudesse
cair em cima. Como cairia, a partir de 1936 e dos processos de Moscovo,
transformando o privilégio de alguns num calvário de humilhação, sofrimento,
confissão e expiação.
Para vencer a invasão alemã, Estaline
ressuscitou o patriotismo do povo russo e deu tréguas à Igreja Ortodoxa. No fim
da guerra, pela força das armas, estendia o comunismo – misturado com a
hegemonia russa – aos países de Leste, do Pacto de Varsóvia. E, em 1949, Mao ganhava a guerra civil e o poder na
China.
O
comunismo parecia imparável e o socialismo real aparecia como a utopia
igualitária das versões da propaganda. Mas não. Era, afinal, uma autocracia,
com uma classe política dominante, com o monopólio do poder, da informação, dos
privilégios e uma polícia política que vigiava e punia a dissidência de
pensamentos, palavras, actos e omissões. E na ausência de economia privada e de
sociedade civil, como poderes independentes, era o poder político do Partido
Comunista que tudo controlava. E, no entanto, a Constituição de 1936, a Constituição
de Estaline, era generosa nas concessões de direitos humanos e poética na
linguagem.
Gorbachev e o medo
O medo era tão forte e entranhado na
população, o medo geral dos dirigentes e dos dirigidos, dos de cima e dos de
baixo, que as leis podiam então dar-se ao luxo de ser tão democráticas e
benévolas como agora as proclamações do Secretário-Geral das Nações Unidas.
Com
a morte de Estaline, após uma luta de oligarcas, o poder passou para Kruschev,
responsável pela repressão do
levantamento popular húngaro. Kruschev foi depois substituído por Brejnev,
que governou quase 20 anos.
Seguiram-se, em breves intervalos, Andropov
e Chernenko. Em Março
de 1985 chegou Gorbachev que, ao retirar o medo da equação
num regime fundado no medo, levou ao colapso do comunismo e da URSS.
Primeiro, foi a sua doutrina de
não-intervenção nos países satélites: ao contrário do que acontecera em Berlim, em 1953, em
Budapeste, em 1956, e em Praga, em 1968, Gorbachev retirou aos líderes
comunistas do Pacto de Varsóvia o apoio soviético para a repressão dos
movimentos populares internos. Assim, as resistências da Polónia, com o
Solidariedade, e da Hungria, ao abrirem as fronteiras no Verão de 1989,
quebraram o tabu do terror. Depois, foi a separação de algumas repúblicas
soviéticas. E finalmente, no contragolpe ao golpe dos ortodoxos do Verão de
1991, o poder na Rússia caiu.
Depois da queda, não faltaram sábios a
proclamar a inevitabilidade do acontecido. Mas a verdade é que foram muito
poucos os futurólogos que não eternizaram a URSS nas suas previsões. Emmanuel
Todd que, em 1976, publicara em
França La Chute
Finale – Essai sur la décomposition de la sphère soviétique, foi a excepção. O livro de Todd constatava o
fracasso da economia soviética e analisava as estatísticas oficiais que, mesmo
que falseadas, não deixavam de revelar uma
sociedade doente, com altos índices de suicídio, de mortalidade infantil, de
alcoolismo.
Culpa,
autocrítica, confissão de incorrecção, expiação
Além
dos fracassos políticos, institucionais e económicos, a grande vulnerabilidade
da utopia era ser, precisamente, uma utopia aplicada: um projecto de
mudar pela força a natureza humana através de um sistema político. O projecto foi denunciado desde o início por grandes
escritores: de Zamiatin,
em Nós, a Bulgakov, em Margarida e o Mestre. Não havia eu, havia nós; tudo o que não era
ideologia, pensamento correcto, linha do Partido, linha geral, não existia.
A censura operava por fora – os bolcheviques tinham
começado logo por tomar conta das tipografias e dos stocks e fábricas de papel
e por controlar jornais e editores – mas operava também, ou sobretudo, por
dentro, inculcando o medo, o sentimento de culpa, a interiorização da culpa, a
autocensura, o ímpeto inquisitório ou de denúncia cruzada de quem saísse da
linha correcta, da linha do Partido.
Para
Nikolai Berdyaev, em As
Origens e o sentido do comunismo russo (1937), as raízes da famosa autocrítica estalinista
estavam na consciência do homo sovieticus e na tradição do
arrependimento penitencial cristão: “Nenhum povo do Ocidente viveu com
tanta força as questões da penitência. Foi na Rússia, precisamente entre
as classes ditas privilegiadas, que nasceu o tipo tão especial do ‘gentilhomme repentant’. Arrependido, não de uma falta cometida pessoalmente,
mas da falta geral, do pecado social.”
Há
exemplos famosos na história da literatura russa do século XIX: Nicolau Gogol queimou
o segundo volume de Almas Mortas por ordem do padre Matvei
Konstantinovsky, seu confessor; e Tolstoi, no final da vida, exprimia uma espécie de complexo
de culpa de classe, de culpa social, perante os camponeses.
Com a ortodoxia do socialismo e os
seus inquisidores a manipularem a burocracia das consciências no “paraíso na
terra” em nome do proletariado, os intelectuais e os dirigentes comunistas
acusados de desviacionismos exacerbaram esses sentimentos. Alguns, como os condenados
dos processos de Moscovo, fizeram-no sob tortura e para tentar salvar as
famílias; mas outros, muitos, interiorizaram o escrúpulo de correção, pedindo
perdão pela sua condição pequeno-burguesa. Outros ainda, como o famoso Isaac
Bábel, foram ao ponto de renegar expressamente as suas obras principais.
Nos
tempos finais da URSS, em plena Perestroika, Vitali Chentalinski, escritor e jornalista, conseguiu ter acesso aos
processos dos intelectuais e escritores nos arquivos da Lubianka e publicou um
livro sobre o tema, em França, em 1993. O
livro, Les Esclaves
de la Liberté – Dans les Archives Litterairers du KGB, conta a saga dos escritores presos e dos romances,
diários íntimos e correspondência apreendidos e destruídos. A autocrítica de Isaak Bábel,
o romancista do regime conhecido pelos seus clássicos Cavalaria
Vermelha e Contos de Odessa, é particularmente eloquente: “Cavalaria Vermelha serviu de pretexto para
exprimir o meu péssimo humor, que não tinha nada que ver com o que se passava
na URSS. Daí as descrições forçadas da crueldade e do absurdo da guerra civil,
a introdução artificial de elementos eróticos, uma sucessão de episódios
turbulentos e chocantes; bem como o total encobrimento do papel do Partido na
organização da grande Unidade do Exército Vermelho que foi o Primeiro Exército
de Cavalaria, formado por cossacos que não estavam ainda eivados da consciência
proletária (…) Quanto aos meus Contos de Odessa, reflectiam o meu desejo de me
afastar da realidade soviética, de opor ao trabalho da sua construção
quotidiana o mundo semi-mítico e pitoresco dos bandidos de Odessa, cuja
descrição romântica levaria, involuntariamente, a Juventude Soviética a
imitá-los.”
Em
Abril de 1939, preso e em busca de expiação, de purificação e de perdão, Bábel,
o “engenheiro de almas” socialista, fazia um derradeiro apelo epistolar ao
chefe da NKVD, o terrível Laurenti Béria:
“Cidadão
Comissário do Povo, durante a instrução, sem me poupar, movido unicamente pelo
desejo de purificação, contei os meus crimes (…) Peço-lhe também que me
autorize a esboçar o plano de um romance relatando o itinerário (…) que me
levou à perdição e aos crimes contra a pátria socialista. Este livro surge no
meu cérebro com um rasgo penoso e impiedoso. Sinto que a dor da inspiração e
das forças me voltam. E queima-me a sede de trabalho, a sede de expiar, a sede
de estigmatizar esta vida que passei de maneira incorreta!”
Não lhe valeu de muito. Depois de 72 horas de interrogatório, sob tortura,
acabaria por confessar-se membro da organização Trotsky e recrutado por André
Malraux para espiar para o governo francês.
Guardaram-no
no Segredo durante meses, reservando-o, talvez, para um qualquer auto-de-fé do
socialismo proletário, um processo de intelectuais dissidentes, igual ao dos
políticos e dos militares. Mas, a 26 de Janeiro de 1940, foi subitamente
julgado, condenado à morte e executado na madrugada seguinte.
A
sua morte foi mantida em segredo durante anos e a sua obra só seria reeditada
na URSSS depois do Degelo kruscheviano.
Sob a nova ortodoxia
da utopia
Hoje, trinta anos depois do anúncio do
fim da União Soviética, e perante a afirmação de uma nova ortodoxia da utopia e
de uma nova linha geral da correcção, o espírito e os métodos dos processos
estalinistas parecem ter renascido das cinzas ou dos arquivos da Lubianka, com
os restauros que o tempo e as circunstâncias impõem, para eivar dos novos
dogmas o cidadão comum, transformando-o num censor, num auto-censor, num
informador, num delator exemplar. Na nova burocracia da correcção, os comissários
políticos globais podem ser mais fluidos, mas revelam-se igualmente hábeis na
selecção dos desvios à linha geral, na identificação das incorrecções, dos
incorrectos e das vidas incorrectas, na instrumentalização da culpa, da
culpabilização, da censura e da autocensura, na instigação à confissão, à
acusação, à delação e à condenação. E no silenciamento de tudo o que possa
contradizer as declarações humanitárias e as flores de retórica do melhor dos
mundos.
A História ensina-nos que é assim que
se queimam memórias, escritos, livros, vidas; que é assim que se verga e mata o
espírito e se seca o pensamento, sem que neutros e inclusivos amanhãs cantem. Mas o que é a História para quem parece
querer voltar a fazer do passado tábua-rasa?
UNIÃO
SOVIÉTICA MUNDO LIBERDADES SOCIEDADE
COMENTÁRIOS:
António Pais: Feliz Ano Novo Jaime Nogueira Pinto! As suas crónicas transcendem a sua
própria natureza, são verdadeiros artigos de natureza histórica que temos o
prazer de ler todas as semanas! Votos de um Bom Ano! Rui Lima: Pior que ignorantes, são
preguiçosos os totalitários vermelhos. Para compreender o fascismo temos de ir
a Itália e ver o que fez Mussolini . Eliminou a autonomia do capitalismo,
triplica os gastos em obras públicas que ultrapassam os custos da Defesa que
para a época é único, parece mais um governo de esquerda. Nenhum poderoso a sério
gosta do poder dos fascistas, em Portugal o maior banqueiro Cupertino de
Miranda ou o maior industrial Champalimaud não gostam de Salazar e o Salazar
deles . Meio
Vazio: Sim, vale a pena
ser assinante. Pedro Ferro: Um bom ano, caro JNP! É uma
delícia ler muitos dos seus artigos. Este não foge a essa regra. José
Manuel Pereira: Artigo excelente que me deu imenso gosto em ler e
rever o que tem a história para nos contar e ensinar, para quem queira aprender. Anarquista Inconformado: Mais uma elegia ao caixão
vazio, do capitalismo selvagem e destruidor da humanidade. Pobres tontos, com as mãos
sujas de sangue. Maria
Augusta > Anarquista
Inconformado: Só mesmo de um comuna empedernido e alucinado,
apreciador de totalitarismos, miséria e genocídio desde que claro
está, o genocida seja comuna, pode sair uma bojarda desse tamanho. As
tuas mãos estão sujas com crimes contra a humanidade! Rui Lima: Só alguém absolutamente
ignorante pode escrever que o fascismo defendia os poderosos tinha um discurso
oposto, eu tenho muito medo de todas as ideologias que para sua afirmação dizem
defender os pobres apenas querem uma sociedade de pobres e os comunistas nisso
foram os maiores . Estas 2 ideologias são semelhantes na sua visão do papel do
estado como dono e motor da sociedade só que o comunismo consegue ser mais
brutal ver número de mortes e também consegue ser maior no desastre económico, os 2 são maus mas o comunismo é a dobrar . josé maria > Rui Lima: Só alguém absolutamente
ignorante pode escrever que o fascismo defendia os poderosos Só alguém profundamente
ignorante ou intelectualmente desonesto pode escrever que o fascismo não
defendia os poderosos...
Maria Augusta Rui Lima:
Tem toda a
razão Caro Rui Lima.
Manuel RB > josé maria: Não foram poucas as desavenças
de Salazar com os capitalistas. Salazar, como bem expressa Rui Lima, também
gostava dos pobres e dignos. Não creio que Salazar tenha tido como objectivo
criar miséria e consequente descontentamento. Já a esquerda, PCP/BE, é o que
tentam fazer sempre que podem. Sobretudo quando conseguem atribuir aos
outros, aos "ricos" que ganham acima do salário mínimo, as culpas da
miséria. Lickety
Spit: Artigo
brilhante e certeiro. É de facto deprimente e triste ver o que está a acontecer
debaixo dos nossos olhos com a quase totalidade das pessoas a fecharem os olhos
e a negarem o que não querem ver. A Europa, a Nova Zelândia, a Austrália
e o Canadá estão já perdidos. Resta-nos alguma esperança nos Republicanos de
uma America totalmente dividida. Não tenho dúvidas que, dentro em breve,
seremos todos escravos do regime Chinês.
advoga diabo: Hoje sobrevivem sonhadores da ideologia fascista na
sua pureza inicial, de que JNP é ilustre representante, também do regime
utópico de Marx subsistem sucedâneos. A adulteração histórica de ambas as
ideologias baralhou a sua essência, acabando numa trágica convergência
consubstanciada pelo absoluto desprezo pela liberdade e humanismo. Contudo
persiste a diferença original, enquanto o fascismo protegia e promovia os
poderosos, o comunismo almejava defender os pobres! Maria Augusta > advoga diabo:
"...o
comunismo almejava defender os pobres!" ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
!!!! Não percebeste nada do texto, camarada, a iliteracia e
tramada! Maria
Augusta: Excelente texto
que expõe com imensa sabedoria a hipocrisia dos tiques totalitários dos
"estalinistas" do politicamente correcto da indignação-profissional
da xuxo-comunada nacional, no fundo o Homo
Sovieticus que tristemente está entranhado na maioria da população
portuguesa. Maria
Jose Amaro: Muito Bem, Jaime Nogueira
Pinto. Votos de excelente 2022 e
mantenha viva a Coragem da sua mulher
extraordinária Maria José
Nogueira Pinto. José
Miranda: Obrigado, Jaime
Nogueira Pinto, por nos dar com toda a clareza o resumo do comunismo. Sistema diabólico, que ainda hoje é uma terrível ameaça. Ao ler o trabalho sobre as FP 25, tem-se uma pequena ideia do que esses
escroques são capazes. Lickety Spit > José Miranda:
FPs-25? Please,
se não vê o que está a acontecer no resto do mundo supostamente democrático com
a ajuda entusiástica da Big Tech e da CS comprada então desespero ainda mais da
cegueira a que as pessoas se votam. Américo Silva: Bom dia. Falta dizer que a
revolução bolchevique só foi possível com o apoio maciço dos judeus, e
financiamento e apoio militar ocidental, nomeadamente a defesa do transiberiano
por tropas americanas. Foi um óptimo exercício de manipulação e domínio, agora
replicado pelo controle da comunicação social, pelo covid, pelo aquecimento
global, pelo revisionismo cancel e woke, enfim, algo se perdeu na Rússia para
ressurgir em força no ocidente com outras vestes. Acg: Como sempre, brilhante e
factual, também pedagógico no que se refere a obras e autores. Razão tinha M.
T. Cícero, "Historia vero testis temporum", a história é a verdadeira
testemunha dos tempos, o resto é ficção de quem quer fugir à realidade dos
factos, já não digo verdade porque, essa, segundo Nietzsche, não existe, apenas
representações, estão aqui, naquilo que efectivamente se passou. Bom Ano. Rui
Lima: Mais um grande
artigo de JMN, olho e vejo poucos a fazê-lo tão bem, além de escrever bem tem
conhecimentos históricos que dão aos seus artigos e livros outra dimensão. Mas
em Portugal um país de canhotos dizer mal do comunismo é um sacrilégio bem haja
pela coragem. Um 2022 bom mas acima de tudo que mantenha o seu ritmo de
intervenção Com livros, artigos e na rádio é bom para Portugal dar saber ao
povo . Carlos
Quartel: A tragédia do
século XX, sem dúvida. Uma peste que faz da covid uma brincadeira de
crianças. De facto, não passa de um novo nome para uma ditadura férrea,
que liquida e prende quem não compreende a mensagem. Tenho para mim que o
efeito mais nefasto e permanente é a transformação do ser humano num ente
sem alma, sem personalidade própria, um zombie sem valores, dependente do
estado, capaz de delatar o pai ou os filhos por um prato de lentilhas. E o
mais grave é que esse estado comatoso de prolonga no tempo. Há 30 anos que os
russos não conseguem articular um pensamento político, organizar um partido,
com ideias novas, dando lugar ao regresso do desejado pai da pátria, que dá o
pão e o chicote. Há a desculpa de se tratar de um povo que nunca conheceu a
democracia nem a liberdade, do czarismo ao leninismo e, agora, ao putinamismo. Pobre povo ...
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