Ou arrimados ao pão de fora, apesar dos
esforços educativos de peso de Jaime
Nogueira Pinto e outros que nos apraz ler. Mas não basta. Uns coitadinhos,
é o que somos, ver para crer.
Mas o texto de JNP foi igualmente pretexto para desabafos eruditos de comentadores
ansiosos por mostrarem o seu parecer distinto, que nos aprouve ler também.
Tempos de Fauda
O clima de confrontação violenta, a
que assistimos na série Fauda, tende hoje a ser levianamente convocado na luta
política entre Esquerda e Direita, na Europa e até em Portugal.
OBSERVADOR 21 jan 2022
O espírito de Fauda
Muitos
terão visto na NETFLIX a série Fauda, passada nos chamados “territórios
ocupados”, entre Israel e a Palestina. Fauda quer
dizer caos, em árabe,
e é também a palavra usada pelos militares israelitas para as operações que
correm mal. Contribui para o realismo da série o facto de os actores,
roupas e interiores serem locais, bem como os idiomas falados – dispensando o
inglês como língua franca do género.
Um
dos grandes méritos de Fauda é procurar escapar (e não estou a dizer
que escapa) ao habitual maniqueísmo de “bons” e “maus” do spy
thriller, a que nem o mestre John
Le Carré escapou. Ao retratar uma realidade humana e política que põe
em permanente confronto os sentimentos e as emoções das pessoas e as razões de
Estado ou do bem comum (ou as razões da insurreição, que são o bem comum dos
inimigos do bem comum institucional), Fauda fá-lo com equilíbrio,
mostrando “bons” e “maus”, de um lado e de outro, e “bons” e “maus” praticando
“bondades” e “maldades”. Isto apesar de os heróis da fita estarem na unidade
especial dos Serviços de Inteligência e Operações israelitas que protagoniza a
história.
É
o relato de uma situação no fio da navalha, de inimizade radical, de medo, de
desconfiança mútua, de vingança cruzada e sem grandes perspectivas de paz, mas
onde o inimigo é, apesar de tudo, tratado com dignidade e as suas razões e
humilhações não são ignoradas.
O
que tem Fauda a ver com as esquerdas e as direitas na Europa e em
Portugal, de que quero aqui falar? É que, apesar de as regras da “política como
forma de continuação da guerra por outros meios” (na célebre glosa de Lenine a
Clausewitz) só serem válidas em caso de guerra civil ou quando parte dos
cidadãos se sente rejeitada ou estranha à comunidade, tais
desvios faudianos tendem hoje a ser estimulados em sociedades
constitucionais e democráticas, onde persistem elementos de unidade e de
identidade fortes.
Há,
nas sociedades democráticas, uma regra de jogo: a rejeição da violência no
confronto político e a entrega ao voto dos eleitores da escolha dos seus representantes,
sob um princípio de respeito e garantia das liberdades individuais. Querer aí
aplicar princípios e critérios de sobrevivência do tipo Fauda,
do mors tua, vita mea, é abrir um perigoso precedente.
É o que sucede quando, por exemplo, se
pretende proibir partidos ou formações políticas em nome de critérios
ideológicos. O
princípio democrático é a instituição de regras para a competição do poder;
vencer segundo essas regras pouco tem a ver com “bondade” ou “maldade” ou com
aquela espécie de bênção teológica rousseauniana, que atribuía à “vontade
geral”, expressa através da maioria dos votantes, atributos de sabedoria e
infalibilidade quase mágicas ou divinas.
A introdução de factores teológicos,
morais, éticos, num processo laico, legal, técnico-jurídico, de escolha livre
por cidadãos livres é uma perigosa contradição. E o facciosismo e maniqueísmo
analíticos que os secundam e confirmam, ainda tornam tudo pior.
Como,
em última instância, o decisor é “o Povo”, sempre que os senhores da palavra –
os académicos, os intelectuais, os jornalistas, “a esquerda”, porque, em
Portugal, quem domina a palavra ainda é a esquerda – querem substituir-se à
Constituição, às leis e ao voto do povo e ser os árbitros do Bem e do Mal, os
cidadãos votantes tenderão a rejeitá-los nas urnas, como tem vindo a acontecer
por toda a Europa.
Assim,
aplicar arbitrariamente a um partido, a parte do eleitorado ou a todo um espaço
político um epíteto e um tratamento de “inimigo da Democracia” é atentar
contra a própria essência do sistema, é transplantar para uma sociedade em paz
civil o espírito da guerra das sombras, empolgante, é certo, porém desajustado
e perigoso numa sociedade de brandos costumes mas empobrecida e cheia de
problemas.
Contra a decadência
Já
houve tempos de Fauda na sociedade portuguesa, quando, para alguns de
nós – à direita e à esquerda –, estavam em jogo valores definitivos, valores
contrários mas que, para uns e outros, eram igualmente essenciais. Foi assim nos anos 60 e foi assim nos primeiros tempos
da revolução. Aí, uns e
outros, fomos conscientemente coerentes, levando as coisas até ao fim e
correndo os riscos necessários…Sendo que, como sempre, os que
verdadeiramente os correram não falam muito disso, porque acham normal correr
riscos por aquilo em que acreditam e pagar o preço das suas convicções.
Agora, devagar mas inexoravelmente e
sem percepção directa ou imediata, Portugal tem vindo a perder condições de
viabilidade e de independência, não só na economia e nas comparações económicas
com a União Europeia, mas também em termos de identidade e de soberania. Nisso,
estamos em contra-rotação em relação à maioria das nações europeias, onde há
vozes e forças que lutam contra a decadência e pela memória dos seus fundadores
e heróis, que reagem à tragédia demográfica e que não cedem à diluição e
reinvenção à la carte de identidades e “famílias”, cuja “legislação
avançada” é quase sempre negociada à porta fechada; e que, na economia,
defendem as condições económico-financeiras da independência, denunciando a
entrega de empresas estratégicas ao primeiro condutor de burros carregados de
ouro.
Em
Portugal, é mais antiga e mais continuada a hegemonia da Esquerda, também
porque não temos entre nós, em força e evidência, as causas que, no resto da
Europa, têm levado à reacção: a Leste, houve uma maciça vacinação contra a
Esquerda, produto de décadas de comunismo; a Ocidente, há, por exemplo, em
França, uma imigração de difícil integração nacional e, em Espanha, movimentos
separatistas poderosos. Mas se o separatismo não existe por cá, as ideias
simpáticas e levianas da regionalização, que agora renascem no Centrão, podem
vir a trazer perturbações semelhantes; bem como a marginalização ética e legal
de forças políticas que cumprem as regras do sistema.
Viragem
à direita?
Contudo,
não restam dúvidas de que, mesmo na Europa que vira eleitoralmente à direita (em França, em Itália,
em Espanha), o
esquerdismo ou oitocentismo mentais permanecem no espectro político maioritário
– continuando a contaminar com os seus interditos grande parte das elites e até
os que já deviam estar imunes ao vírus.
Assim,
quando Éric Zemmour, o candidato-surpresa da direita nacional e identitária às
eleições presidenciais francesas, antevê o fim da hegemonia política da
esquerda, não deixa de notar a permanência do “magistério” dessa mesma
esquerda:
“Creio
que vivemos um momento especial da nossa História. Particularmente para a minha
geração, que conheceu uma esquerda triunfante que dominava escandalosamente o
espaço público e ideológico francês. Vivemos o fim da Esquerda. Isto não
significa que ela tenha deixado de ser nociva. Nem que tenha deixado de exercer
o seu magistério nos media, nas universidades, na escola, no cinema, no mundo
da cultura. Mas significa que, politicamente, o povo francês desviou-se da
Esquerda, porque a Esquerda se desviou do povo francês, para se submeter às
minorias”
Por
cá, não se antevê que a Direita vá crescer a ponto de desalojar a Esquerda pelo
voto. Pelo menos para já. Mas como estão e como irão ficar as coisas entre a
Esquerda e a Direita em Portugal?
Quando
aqui falo em “direita”, refiro-me a concepções do mundo e da vida com
determinadas bases filosóficas e políticas úteis como classificação. A
direita é realista, logo, anti-utópica, nacionalista, popular, meritocrática e
conservadora em costumes. E, em economia, defende o mercado dentro da
solidariedade e da preferência comunitária.
Quando
falo em “esquerda” refiro-me a concepções do mundo e da vida, também
generalizadas, radicalmente opostas às que hoje definem a “direita”. A esquerda é
optimista, utópica, internacionalista, intelectualmente elitista, moralista,
igualitária e tributária da desconstrução da sociedade e do homem, fazendo,
tendencialmente, “do passado tábua rasa”. Economicamente, o caminho das
esquerdas é, quase sempre, o pouco imaginativo aumento da carga fiscal.
Nem
num caso nem noutro estamos, por enquanto, em tempos de Fauda, já que
e os irmãos próximos, socialistas e sociais-democratas, ainda amparam um grande centrão enfeudado à esquerda. Mas a degradação lenta das coisas remete-nos para a
velha história da rã em banho-maria – pode estar muito bem em águas mornas, mas
acaba, inevitavelmente, cozida.
A SEXTA COLUNA CRÓNICA OBSERVADOR POLÍTICA
COMENTÁRIOS
Domingas Coutinho: Excelente como sempre. Eu acho que em Portugal a
esquerda vai ter sempre dificuldade em se implantar precisamente porque os
portugueses são conservadores por natureza e esta esquerda mesmo em minoria,
quer impor-se e impor-nos as suas teorias utópicas e irresponsáveis. Acredito
que no próximo dia 30 o povo vai dar uma grande lição de maturidade. João Afonso: Muito bom, com excepção do
descrito como fundamento de economia para a esquerda. O objectivo económico de
toda a esquerda é o da colectivização do aparelho económico. Este é o dogma, o
resto são derivados oportunistas do fruto do capital. Robles há-os aos molhos! Graça Ribeiro: Que comentários tão
rasteirinhos! Não merecem ler JNP. Battering EU: Esqueceu-se que 1/5 da
população na europa não é nem de esquerda e nem de direita? Esses não gostam de
divisões. Ou já assumiu esse quinto populacional que não compactua com
Partidocracias como pária? Esse
quinto não é influenciado por distracções e não obedece a esquemas, gosta de
tudo o que é desenvolvido pelo homem muito
bem justificado e provado. Jose Carabanchel: É de relevar a analogia de
Fauda com a realidade política Portuguesa, pelo menos, onde a Esquerda e em
particular a extrema-Esquerda, tenta sempre ocultar o seu passado tenebroso e
quando confrontada com as suas origens, questões muito incómodas, a tentativa
imediata é sempre alegar desconhecimento, relativizar ou negar. Claro que a experiência de vida
dos Povos do Leste Europeu (já libertados do jugo soviético), que sofreram na
pele durante muitas dezenas de anos, não esquecerão esses tempos e sempre que
lhes derem a opção de escolha (democrática), jamais quererão regressar à
penúria, à miséria, à massiva morte avulsa. A realidade Portuguesa,
felizmente, não padeceu de tais sacrifícios e por isso, essa e a outra
Esquerda, muito têm beneficiado pela endrominação das suas utopias, que por
definição são inalcançáveis. Adolfo
Dia Safio > Jose
Carabanchel: Tem mesmo a certeza disso?
É que a "patroa" aqui do BadaBing (que
eu nunca frequento e quem disser que me viu alguma vez lá está a mentir) era Enfermeira na Ucrânia e (dizem-me)
que estão já a ficar fartos daquilo. Não ouça só o
som da sua própria voz porque pode ter alguma surpresa. Adolfo Dia Safio: O Doutor JNP deixou-se apanhar a almoçar com um comentador
desportivo inflamatório e agora queixa-se do clima de confrontação? O Doutor
JNP é um homem vivido e inteligente: Quem
semeia AVenturas colhe tempestades... xupa e engole não cuspas
> Riaz Carmali: Eu só não escrevo aqui o que
penso do Islão, do Profeta e de tudo e todos os que acreditam, seguem e
promovem aquela ideologia criminosa, sanguinária e verdadeiramente nazista,
porque seria liminarmente censurado ou mesmo banido. Mas acho que o meu caro
percebe, pois para bom entendedor meia palavra basta. Para ficar absolutamente
claro de uma forma não-censurável: NÃO HÁ lugar na civilização para incivilizados
e terroristas. Um único já é um a mais e um perigo público à solta. Todo e
qualquer um deveria ser recambiado para a origem. Todo e qualquer lugar de
culto público deveria ser imediatamente e definitivamente encerrado. Toda e
qualquer manifestação pública dessa ideologia deveria ser processada como um
acto de alta-traição e de terrorismo. É a minha opinião, e é o que eu faria se pudesse, para
podermos proteger a nossa civilização dos bárbaros e dos seus costumes, em
particular proteger as nossas mulheres, os nossos filhos, as minorias como os
homossexuais, os Judeus, os próprios cristãos, etc. José Pedro Correia > Riaz Carmali: Aqui frustração que se note, só
mesmo a sua.
MCMCA A > josé maria: Tristeza Zézinho lambe botas
após um comentário no mínimo triste porque a história lembrará o pensador JNP e
nunca nenhum de vocês. Dor de cotovelo, porque não têm a coragem de ser contra
a corrente, o que é muito difícil nos dias de hoje. Isabel Gomes: Excelente. Como sempre objetivo
e lúcido!
Manuel Lourenço: Grande análise, lúcida e suportada por uma enorme
bagagem. É curioso como com o Chega, todos os restantes
partidos que se diziam do espaço não socialista, em especial o famigerado Rui
Rio, que afirmou explicitamente que o PSD era de centro esquerda e o CDS, de
que o inepto Rodrigues dos Santos (e cobarde) andava a dizer que era de centro
- como aliás o nome indica: Centro Democrático e Social (o não saudoso Freitas
do Amaral afirmava que o CDS se encontrava rigorosamente ao centro), agora já
andam a dizer que são de direita e representam a direita civilizada. Joaquim Carvalho: Mais um grande texto. Obrigado
Jaime Nogueira Pinto. Até a menção a Eric Zemmour, uma lufada de ar fresco
numa Europa amordaçada. Aconselho verem a entrevista dele à BFM, disponível no
Youtube. Nomeadamente no final, quando refere que a França se
confronta com a transformação num Líbano, no melhor dos casos, ou
transformar-se num país muçulmano, no pior cenário. Isto, se nada for feito. José Pedro Correia: Um prazer ler. Sempre. Madalena Magalhaes Colaco:
Começando pelo
fim do seu texto, os portugueses já estão cozidos na panela e já não têm
forças para saltar. Veja-se o exemplo, comentado por Júdice, e que diz
respeito à educação: um professor numa aldeia da Madeira, conseguira pôr os
alunos de uma escola básica, durante anos classificada nos piores rankings, no
topo. O professor foi suspenso, porque não tinha cumprido com a grelha imposta
pelo ministério da educação. Isto passa-se no tempo da geringonça, e mais grave
não é notícia dos media, ou seja um tema que não interessa. A hegemonia
crescente do colectivo sobre o individual está aqui bem patente. O professor, é
mais um, no colectivo dos professores, sem a mínima das liberdades para
estimular os alunos. O Estado é que dita, de forma autoritária, como e o que
deve ser ensinado. A liberdade é votada às urtigas e valoriza-se a igualdade,
porque não pode haver diferenças como cada professor ensina. Este é um exemplo,
de como estamos a ser totalmente dominados por um estado que é cada vez mais
totalitário. Estamos em contracorrente com o resto da Europa, porque a rã já
cozeu na panela. Luis
Figueiredo > Madalena
Magalhaes Colaco: E ninguém fala na cozedura da rã na panela porque os media
estão totalmente controlados e dominados aos ditames desta esquerda
absolutamente autoritária. Sim, porque quando se fala desta esquerda e da sua
alegada superioridade moral não se pode esquecer que esta pouco falada e
(errada) superioridade moral só existe porque ela evita, de uma forma clara ou
mais velada, a prática do contraditório nos vários forums públicos, de que
os media são o exemplo mais comum. Madalena Magalhaes Colaco
> Luis
Figueiredo: Como refiro no artigo que retiraram, prática comum
neste jornal, estamos, sem que ninguém dê conta e muito menos os jornalistas a
entrar num regime totalitário. Francisco Tavares de Almeida
> Madalena
Magalhaes Colaco: O ensino já estava mal no regime anterior com o
centralismo napoleónico e piorou no final com os aventais a assegurar uma
fortíssima presença no ministério. Depois o 25 de Abril entregou a
representação dos professores ao PCP ao permitir o sindicalismo vertical. Alguns optimistas pensaram que
aventais e comunistas entrariam em conflito mas afinal entenderam-se. O golpe de Costa em 2015
entregou parte substancial do ensino à influência do BE e alguns optimistas
pensaram que comunistas, cripto-carreiristas, neo-marxistas pós-gramscianos e
ex-terroristas se iriam desentender mas afinal ajustaram-se. Acabaram com as avaliações
nacionais, acabaram com a cooperação com os privados e proliferaram os
observatórios e quejandos, chorudamente subsidiados. Chegámos ao extremo de ver
um professor universitário, terrorista condenado salvo erro a 15 anos de
prisão, politicamente amnistiado pela AR, a presidir a um organismo que avalia
as candidaturas a juízes. No Ensino já nem em ambiente de Fauda se vai lá. Seria
preciso um Yom Kippur tipo 1973, evidentemente sem o auxílio americano que,
neste caso, seria apagar um fogo com gasolina. MCMCA A > Madalena
Magalhaes Colaco: Está enganada quando diz que
estamos em contra-corrente com a Europa, dado que os programas são ditados pela
ONU e estão a ser implementados em todo o mundo ocidental, dos USA à Europa. A
escola de Frankfurt está a ser aplicada visando a igualdade social e os alunos
são educados para serem membros de um colectivo e não indivíduos não interessando
os conhecimentos científicos dado o que interessa é ter todos iguais. Esta teoria
foi lançada nos USA no séc XIX, visando combater o ensino ministrado pela
família, ainda hoje muito comum nos USA, e a influência da igreja e religião
porque eram fontes de desigualdade social. Foi adoptada pelo embaixador
prussiano que a levou até à Prússia onde foi aplicada. Mais tarde, os
ensinamentos foram aprofundados na escola de Frankfurt cuja apologia tem sido
feita por Klaus Swab, o banqueiro suíço que criou o forum de Davos e profundo
advogado da globalização. Tudo segundo ditames dos senhores do mundo que,
face aos movimentos nacionalistas (que depreciativamente designam populistas)
europeus e americano, lançaram em 2016 um video, que pode ser visto na net, a
defender a globalização e cujo lema é "You owe nothing, because you will
rent everything, but you are happy". Ver video do forum de Davos sobre a
globalização e tentar comprar o livro de Klaus Swab sobre "Great
Reset". É paradigmático. Madalena Magalhaes Colaco
> MCMCA A: Klaus Swab, e as empresas
que o sustentam, como diz e eu concordo completamente, querem dominar o mundo,
e começam pela Europa. Portugal está contra corrente porque aqui já não
há rã que salte, enquanto que em França, como o pequeno texto que o JNP aqui
reproduz de Zemmour, é sinal que a tal rã na panela ainda está viva e a saltar
para não ser cozida. Aqui infelizmente não vejo que haja alguma hipótese. TIM DO Ó > Riaz Carmali: Qual é a sua democracia, se
entende que a democracia só se deve fazer de partidos de esquerda? Qual é a sua democracia se não
tolera pessoas que pensem diferente de si? Que patriotismo pode ter se nem o seu nome é português? O senhor odeia o ocidente onde
vive. E, já agora, a venda recente de empresas portuguesas
ao estrangeiro deveu-se à aflição do país provocada pela bancarrota socialista.
Não se esqueça que Passos Coelho não governou com o seu programa. Governou com
o programa da Troika negociado com o PS da bancarrota corrupta. O PSD foi quem
nos livrou da Troika em poucos anos. José Paulo C Castro > Riaz Carmali: Não reparou mesmo que todo o
artigo é sobre o facto de o cancelamento da expressão política de um povo, ao
proibir certos partidos ou permitir a perseguição deles nos media, ser
absolutamente contrário ao princípio democrático? Não, ainda tinha de vir
mostrar precisamente o ponto do autor, tornando-se mais um exemplo da chamada
ditadura da casta "pensante", assim auto-intitulada, que acha que o
princípio democrático tem de ser subvertido para não desaparecer. Entretanto,
fazem-no desaparecer ou ficar bloqueado. E, no limite, acaba em justificação da
violência sobre o próprio povo. P.S.: os Direitos escritos nessa declaração
universal impedem a subversão do princípio democrático por quaisquer outros a
gosto. Não a invoque para defender uma ideologia ou ideia de parte ou partido e
atacar os que classifica como inimigos. José Pedro Correia > Riaz Carmali:
Este comentário
intolerante e armado em moralista vem dar razão ao ponto salientado por
JNP.
Riaz Carmali > TIM DO Ó: Meu caro, Eu sou tão português como
você!! A origem do nome é altamente positiva, enriquecendo a cultura do nosso
país!! Disse no meu comentário que sou Conservador. Logo, é
impossível eu ser de Esquerda!! Porque haveria eu de odiar o
Ocidente que tão bem acolheu os meus avós?? A União Europeia é o maior projecto de Paz dos últimos
2 milénios, e eu, sendo europeísta, advogo a sua manutenção. Como Muçulmano Praticante, não
tenho o menor problema em dizer que consigo praticar a minha religião
muitíssimo melhor no Ocidente do que em alguns países Muçulmanos onde grassa a
Ignorância sobre o próprio Islão prevalecendo ideais pré-islâmicos. Se estudar com atenção a
História do pós 25 de Abril, verá que tanto o PS como o PSD venderam a Pátria
aos estrangeiros. Mário Soares foi a desgraça que foi!! Cavaco acabou com a nossa
Indústria, Pescas e Agricultura!! Sócrates..... ...... essa figura nem sequer merece o meu
comentário!!! Quanto a Passos Coelho, actualmente vários economistas
portugueses e estrangeiros já vieram dizer que a sua Austeridade foi exagerada!!! E quem pagou pela mesma?? A
Classe Média!!! Sabe como Franklin Delano Roosevelt tirou os EUA da
crise de 1929?? Taxando os multimilionários!!! Meu caro!! Eu penso por mim
próprio, não me deixando levar por aquilo que outros dizem!! Gil Lourenço > Riaz Carmali: A forma como você
escreve, ainda que bastante subtil, mostra claramente o seu modo de pensar. Vem
agora falar da cultura judaico cristã para dizer mal de Israel (eu sei
porquê)... Eric Zemmour está a fazer uma grande Revolução na França e ainda
bem! E não venha falar da Idade Média que foi um período glorioso na Europa: a
formação da Europa cristã e a Reconquista Cristã. Portugal deve muito à Idade
Média. O tempo das Catedrais. Riaz Carmali > Gil Lourenço:
Como Muçulmano
Praticante e Português Patriota, e sendo Teólogo Islâmico e Investigador de
Religiões, tenho o maior respeito pelo Catolicismo, aquela que é a Escola
Cristã Intelectualmente mais rica de todas, por, entre outras razões, os
filósofos e místicos que produziu!!! Sou o primeiro a defender a Igreja Católica quando os
média a bombardeiam com escândalos de Pedofilia dos Padres!! Digo e mantenho, que a
Pedofilia não abarca mais do que 5% do Clero Católico, havendo também esta
maladia em Igrejas Protestantes nos EUA, e em muito maior escala na Sociedade
Secular em que o Mundo vive!! Já o disse noutras caixas de comentários do Observador
e mantenho que, com a Graça de DEUS, é pelo esforço de inúmeros Padres e
Freiras Católicos por este Mundo fora, que milhões de seres humanos têm acesso
aos cuidados mais básicos de Saúde e à Educação Escolar!!! Nasci no seio da cultura Cristã
e nunca me senti incomodado com isso!! Até porque os Valores Islâmicos são
muito parecidos com os Valores Cristãos e Judaicos!! Quem despiu a Europa dos
Valores Cristãos foi a Revolução Francesa, não os Muçulmanos!! Tive no preparatório a
disciplina de "Religião e Moral Católicas" e advogo a sua continuação
no sistema escolar nacional!! Caro Gil, Israel é uma Criação artificial dos
ingleses, que para não perderem a Primeira Guerra, prometeram a judeus
sionistas a criação de Israel caso estes conseguissem convencer o presidente
americano Woodrow Wilson a entrar na guerra!! Se ler autores judeus israelitas
como a Tanya Reinhart, Arno J. Mayer, irá constatar precisamente isso!! É importante saber separar o
Sionismo do Judaísmo!! A maioria dos Judeus Ortodoxos são contra a própria
existência de Israel, por razões de natureza Teológica do Judaísmo!! Mesmo assim, eu sempre defendi, defendo e defenderei
se DEUS quiser, a existência de dois estados independentes e viáveis na Antiga
Palestina, nomeadamente: — o Estado de Israel, compreendendo os territórios
internacionalmente reconhecidos em 1967 pela ONU, com capital em Tel Aviv; — O Estado Palestino,
compreendendo a totalidade de Gaza e Cisjordânia, com capital em Ramallah. Jerusalém, na minha óptica,
deveria ser uma Cidade-Estado Independente, administrada na sua totalidade pela
ONU, onde Muçulmanos, Judeus e Cristãos, pudessem rezar livremente nos seus
respectivos locais de culto. Agora é legítimo o Gil perguntar-me porque defendo a
existência de Israel!! A resposta é simples!!! O Princípio da Misericórdia
premeia todo o Islão como se pode ler no Sagrado Alcorão!! E é o Islão do Sagrado Alcorão
que eu sigo, e por isso mesmo sou contra o Hamas que quer atirar os judeus ao
Mediterrâneo!!! Meu Caro!! Se ler num livro de História, a Idade Média
começou imediatamente a seguir à dissolução do Império Romano Ocidental em
476!! Como amante de História, nada tenho contra a
Reconquista Cristã da Península Ibérica!! Mas reconheço a influência e o
bem que a Presença Muçulmana teve neste território, tendo contribuído em muito
para o Progresso Científico e Filosófico!! Também nada tenho contra a expansão Muçulmana ocorrida
há mil anos, que muito Bem deu ao Mundo!! Mas tudo isso é passado!! Como disse acima: "A Europa demorou séculos
a atingir o seu actual Estádio Civilizacional, onde o Ser Humano não é avaliado
pela sua raça, crenças religiosas e orientação sexual, mas sim pela sua adesão
aos valores humanos proclamados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e
nas Cartas de Direitos Fundamentais consagradas nas Constituições de todas as
Democracias Europeias." É esta Europa Multicultural, onde grassa a Tolerância
e o Respeito por todos que eu defendo "com unhas e dentes", e que
pessoas como Jaime Nogueira Pinto e o CHEGA querem destruir..... TIM DO Ó > Riaz Carmali: A Europa multicultural falhou.
Foi uma boa intenção, mas falhou. O multiculturalismo europeu é que está a
destruir a Europa. Porque a maior parte dos que vieram (sobretudo os muçulmanos
e os africanos negros) não respeitam a cultura dos que os acolheram e querem
impor a deles ou odeiam os ocidentais. Não quer dizer que seja o seu caso. O único exemplo de
multiculturalismo bem sucedido foi o caso português até ao 25 de Abril. Ao contrário, a Europa e os europeus
para sobreviverem têm de travar a invasão de inimigos (pessoas com valores
hostis aos europeus) que está a acontecer no mundo ocidental e que faz com que
os europeus já não se sintam em casa e estejam a ficar sem terra. Esse é,
nomeadamente, o grande objectivo dos muçulmanos. Isso é um perigo. Os judeus
também viveram séculos sem terra e viu-se como foram sendo tratados até se
chegar ao holocausto e se dizer basta. Não queremos que aconteça, no futuro, o
mesmo aos ocidentais, quando um dia também deixarem de ter terra. Ainda há poucos meses vi, em
Marselha, um padre católico entrar na sua igreja escoltado por seguranças para
dar a missa. O que é isto?!? É isto o multiculturalismo? Então, não obrigado. E
eu não sou religioso nem penso nunca no sobrenatural. Cabe aos ocidentais preservar e
defender os seus valores no seu território, onde estão cada vez mais ameaçados.
Antes que seja tarde. Elvis
Wayne > Riaz Carmali: Tanta bílis faz-lhe mal, aceite este meu humilde
conselho. Não vejo motivos para ter essa ideia sobre o caro cronista. JNP
analisou bem o tom crescentemente belicoso na nossa política referiu bem
as transformações vistas nos restantes países europeus e notou correctamente o
histórico atraso lusitano em relação às modinhas europeias. A coisa acabará por
chegar aqui, mais tarde ou mais cedo. Sem bem a religião que o caro riaz diz que
professa. Até simpatizo consigo mas perdoe-me, não é do meu agrado que se
verifique neste nosso País o mesmo que está a acontecer em França. É
natural que discorde, compreendo. Riaz Carmali > TIM DO Ó:
Meu caro, A História mostra que as
Sociedades Multiculturais são as mais prósperas!! Veja os casos dos Impérios
Sumério, Babilónio, Aqueménida, Sassânida, Romano, Árabe, Cartaginês, Fenício,
de Alexandre o Grande, Otomano (que acolheu os 250 mil Muçulmanos e 50 mil
judeus expulsos de Espanha em 1609), o nosso Império Português, e muitos outros. Você mencionou um tópico
interessante!! Se me permite, vamos abordar-lo mais um pouco. Portugal e o Reino Unido são
casos de sucesso do Multiculturalismo. A Alemanha e a Holanda também o são em
menor escala!! Quanto aos imigrantes marroquinos e argelinos (eu
prefiro não usar o termo Muçulmano e o meu caro vai perceber porquê), os mesmos
não conhecem a sua própria religião, limitando-se a seguir costumes tribais e
pagãos pré-islâmicos!! Entre os imigrantes negros, uns clamam ser Cristãos,
outros outros clamam ser Muçulmanos, conquanto não sigam nem uma Religião nem
outra!! Daí ser até certo ponto normal que uma pessoa de fora
como o meu caro, misture o comportamento destas pessoas com o Islão ou
eventualmente com o Cristianismo no caso dos negros!!! Mas estamos a falar de
realidades completamente dissociáveis!!! O Islão e o Cristianismo são uma
coisa, e a cultura dos Negros, Marroquinos e Argelinos, é outra!!!! É muitíssimo importante
dissociar o Islão do comportamento de alguns Muçulmanos, tal como é fundamental
dissociar o Cristianismo das limpezas étnicas de povos inteiros perpetradas por
espanhóis e americanos, ingleses e outros!! Tal como é fundamental também dissociar o Judaísmo do
Sionismo!! Como lhe disse há pouco, eu não tenho o menor pejo em
dizer que consigo praticar muitíssimo melhor o Islão aqui na Pátria, do que em
alguns países muçulmanos onde grassa a Ignorância sobre o Islão, prevalecendo
Ideais Pagãos Pré-islâmicos!! Nasci aqui na Pátria há quase 43 anos, no seio da
cultura Cristã e nunca me senti incomodado com isso!! Até porque os Valores
Islâmicos são muito parecidos com os Valores Cristãos e Judaicos!! Hoje, existe uma crise de
valores na Europa, a qual é fruto da Revolução Francesa, onde Igrejas foram
queimadas e muitos padres perseguidos!! Já nos EUA, não vê o mesmo e as diferentes religiões
convivem em paz. Tal como você, eu oponho-me a qualquer cultura que se
queira impor a outra!! Daí, defender que para o Multiculturalismo funcionar,
é imperativo as minorias respeitarem a identidade das maiorias, e as maiorias
respeitarem a identidade das minorias!! Isso a acontecer, só enriquece a
Sociedade Receptora!! França é um caso muito específico. O francês caucasiano é o povo
mais racista da Europa até mesmo com imigrantes caucasianos de outras origens.
Há casos de alguns portugueses, italianos e espanhóis que se queixam de racismo
por parte dos franceses!! E a França tem um modelo integrador completamente
diferente do nosso e do britânico. Em França, Integração significa recusa da Identidade!! Em Portugal e Reino Unido, os
imigrantes e seus descendentes estão bem integrados, e ao mesmo tempo mantêm a
sua identidade, algo que só enriquece estas sociedades!!! Os franceses requisitaram a
imigração marroquina e argelina para reconstruirem o seu país depois da 2a
Guerra Mundial, e nos anos 60 do século passado, para fazerem o trabalho que os
franceses não queriam fazer. Porém, tratam-nos como cidadãos de segunda,
deixando-os viver em guetos e não permitindo igualdade de oportunidades a essas
comunidades!! Mas, em França, também há o outro lado da equação,
onde marroquinos, argelinos e negros não se querem integrar. Isso sim é grave e
como se diz aqui na nossa terra, "a porta da rua é a serventia da
casa". O caso que mencionou do Padre ter de ser escoltado
para dar uma Missa é altamente lamentável e só posso dizer o mesmo às pessoas
que o perseguiram: "a porta da rua é a serventia da casa". Aqui na Pátria temos alguns
negros como Joacine Catar Moreira e Mamadu Bá, a quem também digo: "Se não
gostam de cá estar, a porta da rua é a serventia da Casa". Até ao Brexit, eu tinha algumas
turras com alguns imigrantes do Paquistão, que vinham para cá apenas para ter a
Nacionidade para depois fugirem para o Reino Unido!! Embora fale bem a língua deles,
o Urdu, recusava-me a falar com eles nesse Idioma instando-os a aprender o
Português!! Os que se recusavam, eram por mim tratados como trato
qualquer estrangeiro, com cordialidade claro, mas a falar Inglês, a Actual
Língua Franca Mundial!! Já os indianos, nepaleses e brasileiros que para cá
emigram, querem criar raízes na nossa terra e contribuem para a riqueza
nacional pagando impostos!! Esses na minha óptica são bem-vindos!! Aqui na Pátria há
aproximadamente 50 mil Muçulmanos, a esmagadora maioria dos quais estão bem
integrados!! Eu e a minha família nunca vimos incompatibilidade
alguma entre sermos Muçulmanos Praticantes e Portugueses Altamente Patriotas!! Posso-lhe assegurar que sou
muitíssimo mais Patriota que muitos portugueses de ascendência europeia!! Quando Joacines e Mamadus Bas se
põem a falar em Portugal pagar reparações por algo feito há 1 ou 2 séculos, eu
fico revoltado com os mesmos Mamadus e Joacines, porque são pessoas que vêm
para cá desestabilizar a Sociedade!! Para o Multiculturalismo
funcionar, estas pessoas ou integram-se ou saem!!! Um Multiculturalismo
Saudável permite a integração com manutenção da Identidade!! Deixa de ser
saudável somente para as pessoas se comportam como Mamadus e Joacines!!! TIM DO Ó > Riaz Carmali:
O problema não
está consigo. O problema está com a maioria dos imigrantes que não querem
respeitar a identidade e a cultura dos que os acolhem. E, já agora, o
multiculturalismo pode ser muito bonito, mas, a ser implantado, não pode ser
romanticamente (ingenuamente?) unilateral por parte dos ocidentais. Porque
assim sendo os ocidentais serão invadidos enquanto os outros povos manterão os
seus territórios próprios e a sua cultura. É o fim e o suicídio dos ocidentais.
Isso já se está a verificar, agora ainda em ponto pequeno, nos denominados
"territórios perdidos da nação" na Europa. E os únicos partidos que
defendem os ocidentais são os de direita. Os que chamam de direita radical
porque convém à esquerda suicida dona da moral e aos invasores inimigos. Por
isso os inimigos do ocidente os querem proibir de existir. Esses partidos de
direita não são mais do que partidos populares conservadores que albergam o
povo ocidental inseguro e atacado nos seus valores e até fisicamente na sua
própria casa. Apenas pretendem a defesa e a conservação das populações ocidentais.
Mais, quando os países ocidentais desaparecerem, quem vai defender os direitos
humanos? Os muçulmanos? Os africanos pretos? Os chineses? Voltará a
escravatura. Aí sim, viveremos uma Idade das trevas. TIM DO Ó > Riaz Carmali:
"Para o
Multiculturalismo funcionar, estas pessoas ou integram-se ou saem!!!". Concordo
consigo. E isso mesmo é o que defende a direita e um partido como o Chega e
outros equivalentes europeus. Ninguém é contra os imigrantes que vêm por bem.
Pelo contrário, são bem vindos (normalmente o problema são as gerações
descendentes). Só se pretende que exista equilíbrio e não se registe uma
entrada desgovernada de imigrantes (na pequena Europa) em excesso e
desnecessários (que não vão contribuir) a ponto de se descaracterizar a
civilização e a cultura ocidental. Espero, assim, o seu voto no partido Chega
no dia 30.
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