domingo, 23 de janeiro de 2022

Tão longe que estamos


Dos entusiasmos e dos masoquismos e sadismos expressos na extraordinária Ode Triunfal de Álvaro de Campos, que nos apeteceu, de repente, trazer à baila da nossa solidão. Leiamo-la no seu final. Como forma de ganhar ânimo para umas eleições sem triunfalismos que valham, no sadismo que as ditou, dirigido a uma população de inércia… Mas Alberto Gonçalves merece-a, como homenagem a uma coragem – e acidez - também estridentes: 

Eh-lá grandes desastres de comboios!

Eh-lá desabamentos de galerias de minas!

Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos!

Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,

Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,

Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,

A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,

E outro Sol no novo Horizonte!

 

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto

Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo,

Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?

Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento,

O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro,

O Momento estridentemente ruidoso e mecânico,

O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes

Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

 

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,

Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos, Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,

Engenhos brocas, máquinas rotativas!

 

Eia! eia! eia!

Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!

Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!

Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!

Eia todo o passado dentro do presente!

Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!

Eia! eia! eia!

Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!

Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!

Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.

Engatam-me em todos os comboios.

Içam-me em todos os cais.

Giro dentro das hélices de todos os navios.

Eia! eia-hô! eia!

Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

 

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!

Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

 

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

 

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!

Hé-la! He-hô! H-o-o-o-o!

Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

 

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

     Londres, 1914 — Junho.

Mais PS? Era o que faltava!

O que começou em 2015, sob o dr. Costa e os leninistas, foi a aceleração vertiginosa do “projecto” socialista: preencher o resto da sociedade com o Estado, ocupar o resto do Estado com o PS.

ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador         OBSERVADOR, 22 jan 2022

“Era o que faltava!”, respondeu o dr. Costa. Isto quando lhe perguntaram se pediria desculpa ao empresário David Neeleman. Isto porque o sr. Neeleman exigira publicamente essas desculpas. Isto depois de o dr. Costa ter dito que o sr. Neeleman não passava de um falido, indigno de confiança. Isto para justificar a aquisição, pelo Estado, de mais um pedaço da TAP.

Uma singela frase e o respectivo contexto resumem com aprumo o dr. Costa e a governação do dr. Costa. Em primeiro lugar, graças a uma equilibrada mistura de fanatismo ideológico, incompetência e inclinação para o trambique, envolve os contribuintes num negócio ruinoso (a reversão da privatização da TAP e as habilidades que se seguiram constituem um monumento à irracionalidade e à leveza com que se espatifa o dinheiro alheio). Em segundo lugar, na falta de uma explicação airosa ou no mínimo sofrível, o dr. Costa justifica-se com uma calúnia descarada (o sr. Neeleman não só não faliu como é figura particularmente prestigiada na aviação comercial). Em terceiro lugar, apanhado a mentir, o dr. Costa não admite a mentira e reage com típica sofisticação de taberna (e a firme convicção de que o público dele sofre de défice cognitivo suficiente para aplaudir a bojarda).

Eis o dr. Costa, um mentiroso persistente e rude, crescido na manha partidária e estranho ao escrutínio. É, sem surpresas, tão prepotente quanto limitado, embora fiquem dúvidas sobre a consciência das limitações: ele tem noção daquilo que é ou, pelo contrário, julga de facto ser o que tenta, atabalhoadamente, parecer? Não sei. Não me interessa. Interessa que burgessos há muitos. Alguns, por desdita ou sarcasmo divino, alcançam uma posição susceptível de influenciar as nossas vidas. Não vale a pena notar que o resultado é calamitoso.

A calamidade não começou em 2015. Nuns pormenores, começou há décadas, e há séculos. Noutros, começou em 1995, com o advento do eng. Guterres e de um bando que, sem grandes alterações e com breves pausas para efeitos de “resgate”, nos ilumina até agora. O que começou em 2015, sob o dr. Costa e os leninistas que o dr. Costa acarinhou, foi a aceleração vertiginosa do “projecto” socialista: preencher o resto da sociedade com o Estado, ocupar o resto do Estado com o PS. Mussolini não faria melhor. Fez, aliás, pior, dado que acabou pendurado numa corda. O dr. Costa encontra-se pendurado em sondagens, que apesar da tendência decrescente o mantêm favorito. Em última instância, pendura-se num cargo “europeu” ou similar, onde olhará de cima, e com aquele sorriso permanente, as ruínas que nos deixou.

Não vou inventariar as desgraças que o dr. Costa nos infligiu. O Observador pede-me crónicas, não simulacros das defuntas Páginas Amarelas. Por falar em defuntos, e se a questão for a economia, pensem num indicador, qualquer um, e é garantido que, ao longo destes 6 anos, Portugal subiu quando seria positivo descer e desceu quando seria positivo subir. E o mesmo acontece na saúde, na justiça, na educação e no que calha. Os “trunfos” nessas matérias que o dr. Costa distribui possuem, lá está, a marca de credibilidade do homem, leia-se são falsos a ponto de o próprio Polígrafo, reverente e coitado, se ver forçado a desmenti-los.

O problema, ou o principal problema, é que os estragos do dr. Costa não se esgotam nos indicadores que a estatística mede. Nem sequer se esgotam nos danos “institucionais” em que as manigâncias do dr. Costa não dispensaram a cumplicidade de terceiros: hoje, se não repararam, o regime está amputado de um Tribunal Constitucional a sério, de uma magistratura a sério, de uma presidência a sério. A oposição política é escassa e o papel do jornalismo, nos dois sentidos, entrou em coma induzido. Os negócios são uma degenerescência obediente do poder. As únicas instituições sólidas são o compadrio e a inépcia, o nepotismo e o descaramento.

Porém, a destruição causada no tempo do dr. Costa foi sobretudo civilizacional. Não é em vão que se abraça partidos frontalmente anti-democráticos: o contágio pela prepotência é inevitável. A aproximação do PS aos “valores”, digamos, da extrema-esquerda transformou um governo eleito numa máquina de supressão da dissidência, proeza evidente durante a “pandemia” mas não reservada à “pandemia”. O súbito “civismo” dos portugueses, na verdade a resignação cega a regras e ameaças grotescas, reflecte o clima vigente, o de uma população temerosa do vírus e de quem manda, da doença e da represália. O dr. Costa, que exerce a língua com dificuldade, conseguiu reduzir os cidadãos a esta existência vergonhosa, e o país a uma noite sem esperança. Na campanha, com o Orçamento nas mãos e a petulância habitual, promete “estabilidade” e “continuidade”. Ou seja, assegura que a miséria, material e simbólica, não terá parança. Nisto o dr. Costa não mente.

 Daqui a oito dias, o povo revelará o que quer. O que quer o povo? Uma parte quer a miséria na medida em que beneficia dela. Uma parte quer a miséria por recear as alternativas. Uma parte quer a miséria por não a reconhecer enquanto tal. E a parte que sobra não quer a miséria. Esperemos que, nas urnas, a parte que sobra exceda as três partes anteriores. Linhas vermelhas? A linha vermelha é exactamente a miséria, também conhecida por socialismo. É a psiquiatria, e não a História., a explicar o buraco

ANTÓNIO COSTA POLÍTICA   LEGISLATIVAS 2022   ELEIÇÕES

COMENTÁRIOS:

José Ramos: Uma coça no dr. Costa que peca por ser leve. Leve, não por culpa do disciplinador dos costumes que, neste caso com pouco riso, a aplica. A coça aplicada por Alberto Gonçalves é tremenda, porém, qualquer tareia aplicada a esta gente, sem vergonha, sem carácter, sem educação e sem escrúpulos, peca sempre por defeito e nunca por excesso. Valham-nos todos os deuses que até esteticamente estes sujeitos são medonhos! Realmente, Brutti, Sporchi e Cattivi, como no filme.     Alves Neto: David Neeleman esteve uns tempos entre nós. Se acredita que a nossa democracia é robusta, que há total separação entre o poder judicial e o poder do PS e se não tem "telhados de vidro" enquanto sócio da TAP, então deve processar Costa por difamação, falsas acusações, etc. Se não, ou é manso ou está mesmo falido.          Pepe Legal: "e a firme convicção de que o público dele sofre de défice cognitivo suficiente para aplaudir a bojarda". Esses e os "Inteligentes" que de alguma forma se sentem favorecidos por dinheiros fáceis e trabalho pouco.          Maria Augusta: Acho sempre imensa piada quando os analistas, comentadores e jornalistas intitulam o Costa Psicopata de político "habilidoso". É de facto sintomático, normal e até típico o caracterizarem dessa forma. Como povo e colectivamente, somos assim por mais que nos custe encararmo-nos desta forma. Aquilo que eles chamam de "habilidoso", eu chamo de aldrabão, vigarista e manobrador. … Quando esta pandilha de malfeitores xuxo-comunas tirar as pa-tas do poder, será difícil reconhecer a "paisagem" que restou. Portugal poucas vezes desceu tão baixo como nação antiga e com um passado de relevo. Desde a abrilada e em particular desde há 25 anos o PS tem provocado tais danos ao país que deveriam ser julgados como crimes de lesa-pátria e de traição a Portugal e aos portugueses.            Paula Barbosa: Hoje em dia, recomendo vivamente a todos os jovens que conseguem entrar na Administração Pública, que vão de imediato inscrever-se no PS e exibam no local de trabalho esse cartão! É a única maneira de terem uma carreira ...Depois então, votem em quem quiserem. Acredito que se um dia o PSD voltar ao poder, não irá fazer uma razia nesta gente nova, num desvario fanático de ideologia... Ainda acredito nos valores de tolerância e humanidade, para quem connosco trabalha e convive, independentemente das suas ideologias. Sou tola, talvez....          Paixao: óptima análise. Bem-haja.              Noémia Santos: AC legitimou o chico-espertismo. A CS usa o eufemismo da habilidade.          Julio Carreira: A direita tem ajudado muito a manter o PS no poder,  desacreditando continuamente Rio Rio            João Afonso: Concentram demasiado as atenções no "dr Costa", quando a desgraça reside na quantidade inesgotável de substitutos que a agremiação a que preside congrega.  Talvez o "dr Costa" deseje a encenação que acontece por estes dias, para que possa pôr-se ao fresco sem julgamentos de maior e livrar-se do pesadelo que vem acumulando ao longo de seis anos. O seu substituto encontrará uma situação catastrófica. Se recordarmos o pós-Sócrates, e o défice real das contas públicas (só isso bastaria para julgá-lo criminalmente e encarcerá-lo por 25 anos!), e se acrescentarmos o valor da inflação, com o mais que provável fim da compra de dívida pública pelo BCE, mais a situação de pré-conflito a larga escala na Europa, talvez fosse melhor que o "dr Costa" continuasse a arruinar ainda mais o país, pois temo ser a única maneira dos 40% de iletrados que usualmente votam PS  aprenderem a usar a mioleira e a serem responsabilizados pelos seus atos.          Paula Barbosa: Bela crónica. Eu vivi isto tudo. Eu senti na pele o que era no Ministério da Agricultura onde trabalhei, assumir, alto e bom som, que não era socialista ! Olhada com desprezo por chefias e muitos colegas. Parecia que tinha lepra....Três concursos para chefias, eu fiz. Curriculum excelente, entrevistas ???? Último lugar, sistematicamente !!! Porquê? Porque dizia ao júri o que estava mal e podre e eu iria reformular rapidamente, através de promover o mérito nos funcionários !!!!! A cara de horror deles, merecia ser filmada !!!!         Maria Augusta > Paula Barbosa: Percebo-a perfeitamente. A ditadura socialista, travestida de tolerante e democrática é terrível para a vida das pessoas. Os custos para Portugal são incalculáveis.         Elvis Wayne > Paula Barbosa: Nem me diga nada. Tenho familiares que trabalharam numa câmara socialista, na AML, e que quando descobriram certas instâncias de "contabilidade criativa" (chamemos-lhe assim), foram celeremente recambiados para outra divisão (só não foram despedidos por sorte). É uma Máfia autêntica, com hierarquias, juras de omertá, padrinhos protectores e que extorque dinheiro a todos nós, em troca de "estabilidade".        Pedra Nussapato: Bastaria a António Costa fingir-se de morto para ganhar estas eleições. Em vez disso, optou por posições que foram autênticos tiros no pé: 1) Acenar com orçamento reprovado; 2) repudiar qqer entendimento à esquerda e à direita para depois pedir maioria absoluta; 3) acenar com o "amigalhaço" Marcelo; 4) construir narrativas manifestamente falsas sobre pontos dos programas de outros partidos, nomeadamente do Livre e do PSD. A juntar a isto, Costa usa na campanha discurso, formas de comunicação e receitas já ultrapassadas, com repetição de ideias ipsis verbis tipo cassete. Antecipo que tudo isto somado irá custar-lhe as eleições.        Joaquim Moreira: Apesar da "fraca oposição", quero acreditar que desta vez, "era o que faltava" ter mais aldrabão! Na realidade, quero acreditar que a maioria da sociedade, já percebeu que está a chegar a hora da verdade! Até porque, como esta não há muita outra oportunidade. Que é poder eleger um político que não tem medo de falar verdade. Coisa rara, entre os políticos demais, que são acusados de serem todos iguais! Efectivamente, temos a oportunidade de eleger um político que é muito diferente. Que, para além de ser muito sério, corajoso e transparente, ainda é coerente! O que, para os tais políticos "todos iguais" esta característica é demais! Mas não posso terminar sem dizer algo mais. Primeiro, esta crónica de Alberto Gonçalves é uma perfeita exposição das características do tal aldrabão. Mas não posso deixar de dizer que, pior que a tal "fraca oposição" é o desempenho da comunicação. E aqui estou a falar da CS em geral. Que em muito tem contribuído para a situação actual. Que é fazer de um enorme aldrabão, um político que chamam de habilidoso, mas com ar caridoso. Ao ponto de ser por eles adorado e até transformado em muito poderoso! Quando, na realidade, é mesmo um político verdadeiramente perigoso!             Pontifex Maximus: Que o após é a desgraça que é já o sabemos há 50 anos, pelo que o Alberto bem podia guardar o latim para o que interessa. Por exemplo, por que razão o povo abomina o PPD e o Rio? Terá isto que ver com a história trágica dos seus governos, desde o Cavaco que esbanjou três orçamentos por ano (o dinheiro das privatizações, das ajudas de adesão da Europa e o Orçamento propriamente dito) e conseguiu a proeza do Alfa Pendular andar quase à mesma velocidade do extinto Foguete (ganhámos 15 minutos com um investimento milionário equivalente a uma linha ferroviária nova e ficámos com uma podre de velha) ou de entregar para a vida a travessia do Tejo que já estava paga (obrigado, prof. Salazar, pela sua clarividência) em troca de tachos para os seus ministros da área… Sim, talvez o Alberto se esqueça disto tudo (não falo do traidor ex-MRPP ou do ridículo Sr Lopes para não carregar nas tintas) e continue a pensar que o povo é todo funcionário público, pensionista (que crimes…) ou traficante de drogas que também recebe o rendimento mínimo, mas aí começa o seu erro. Voltámos à maioria silenciosa, que não vota porque não acredita nos políticos e essa maioria é de direita, mas quando alternativa é um analfabeto comentador de futebol mais vale esperar que isto caia de podre.          klaus muller > Pontifex Maximus: Então e o Passos, Maximus? Não me digas que estás com Alzheimer e já não te lembras dos factos recentes, só dos antigos.        Pedro Campos: Excelente crónica! Leitura obrigatória para aqueles portugueses que ainda tencionam... votar no dr. Costa!          Jorge Seiça > Pedro Campos: Muito bom!         Amigo do Camolas: Aqui em Portugal, a lógica funciona de maneira peculiar. Aliás, funciona de maneira inversa. Ideias e políticas socialistas com pressa do comunismo que comprovadamente deram errado, onde quer que foram aplicadas, exercem um fascínio quase erótico sobre a população e sobre toda essa gente que sempre viveu na Tetalândia do estado e não tem a mínima noção da realidade do País. Saúde grátis, escola grátis, transportes grátis, casa grátis, salário grátis... tudo de graça. Só falta é mais vontade política. Parodiando um Venezuelano: Quando o Chavez morreu, não foi passarinhos que o Maduro viu na parede, foi venezuelanos a fugirem do seu paraíso socialista          Seknevasse: Creio que não agradará, mas como é uma mera opinião pessoal, pouco importa... Estou no grupo dos "Uma parte quer a miséria por recear as alternativas" de acordo com a classificação desta excelente crónica de AG. Conhecendo em boa parte o que Rio fez e não fez na cidade do Porto, não desejo ver desempenho semelhante a nível nacional. Pode-se pôr as coisas assim: Pior que Costa é possível!! Acho que estas eleições são para esquecer, se o PS vencer, melhor (já dispensou a muleta do BE!) e terá de assumir as consequências da fase de contracção económica que aí vem! Esperemos que o PSD consiga um candidato melhor qualificado numas próximas eleições...          Maria Tubucci: Bom dia, claríssimo e muito certeiro. Eu pertenço à parte que não quer miséria, desprezo e abomino o socialismo. Espero que a 30 Janeiro o ps ao estar pendurado em sondagens, o chão lhe falte debaixo dos pés e a corda cumpra a sua função, caso contrário, será o futuro de Portugal que continuará pendurado na corda.          Paulo Orlando: Caro Alberto Gonçalves, no outro dia vi na televisão uma arruada de um partido qualquer, creio que conotado com a direita, no meio daquilo tudo aparece uma idosa com uma fotografia do Dr Costa dizendo que vai votar sempre nele porque foi ele que lhe deu a reforma. Não me pareceu uma pessoa que receba uma reforma dourada, mas estava agradecida e convicta do seu benfeitor. Quando vejo no meu recibo de ordenado os descontos para a SS, sinto como muitos de nós revolta perante a ingenuidade destes eleitores que condicionam o nosso futuro. A democracia actual é uma fraude e se não acordarmos a tempo, isto tende para acabar muito mal.        Alberto Nascimento > Paulo Orlando: Aqui na ilha onde vivo é a mesma coisa. Mas muda a cor para laranja. Os velhotes votam todos no laranjal pensando que se eles saem do poder deixam de receber a reforma. No dia das eleições até os vão buscar aos lares. E muito mais haveria a dizer. É a mesma mentalidade em todo o país. Não importa se é rosa ou laranja.        Carlos Grosso: Socialismo & Fascismo: A ideia de que o Socialismo é tolerável e de que o Fascismo é horrível resulta de lavagem ao cérebro persistente. Ambos os sistemas são do pior que há. O ser humano é uma criação natural e a família também, basta observar a natureza. O Estado é uma criação artificial, embora, tendo em conta o número de seres humanos e a complexidade das relações humanas, seja necessário como regulador. A criação do Estado não deve eliminar os interesses do indivíduo, mas apenas regular, e quanto menos melhor. Vamos a factos. Ambos os sistemas, Socialismo & Fascismo, pretendem um poder do Estado super forte, ambos têm polícia política, presos políticos, pena de morte, os interesses do Estado sobrepõem-se completamente aos do indivíduo, que são completamente espezinhados ou mesmo aniquilados. Ambos os sistemas valorizam o nacionalismo, defendem o totalitarismo, investem nas forças militares e na segurança nacional, têm desprezo pelos direitos humanos, por intelectuais e artistas, controlam os meios de comunicação e têm censura. Ambos se definem como uma espécie de religião a que todos têm de obedecer, que manipula completamente os indivíduos. Apesar se serem dois sistemas terríveis, o Socialismo acaba por ser ainda pior: é contra a propriedade privada, nem sequer podes ser dono da tua própria casa, as populações são bastante mais pobres e as condições de vida muito mais miseráveis. Das experiências que houve, os países Socialistas tiveram que construir muros, fechar fronteiras, para que o povo não fugisse e isso nunca aconteceu com as experiências Fascistas. Ainda atualmente se observa a fuga de populações, pela miséria em que vivem. Muitas vezes preferem morrer na fuga do que permanecer.  Nunca se viu populações a fugir de países fascistas para países socialistas. Nunca se viu populações a fugir de países capitalistas para países socialistas. Fascismo nunca mais! Socialismo ainda pior!          LÚCIO MONTEIRO: Apenas aos eleitores portugueses - e só a eles! - cabe decidir se o País precisa de mais ou menos PS. A mente deste cronista assalariado pode projectar, até à exaustão e a seu bel-prazer, um Partido Socialista fragilizado, mas o “peso pluma” eleitoral de Alberto Gonçalves é de apenas um voto. E, convenhamos, um voto apenas é frustradamente escasso para criar um “menos” PS e entregar Portugal a uma direita fossilizada e bafienta, cujo único foco é abocanhar o poder, não para o colocar ao serviço dos Portugueses, mas sim para satisfazer os seus propósitos mais esconsos, na linha do que vem defendendo André Ventura. Enquanto se mantiverem vivos  - e bem vivos! - os valores democráticos, conquistados pelo 25 de Abril, Alberto Gonçalves e os seus “comparsas” conservadores e retrógrados de direita podem trepar em desespero pelas paredes acima, que não vão conseguir fazer colapsar nem o PS e nem o País.           Marco Nunes: 🤗👏👏👏👏 E é isto,  doa a quem doer.  Parabéns pela crónica.

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