quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Claro!

 

A Poluição é geral e não específica de alguns. Em termos de governação, está visto – como, de resto, está expresso no título da crónica de Maria João Avillez. Pobre país, este Portugal, não “a entristecer”, mas, definitivamente, a empobrecer. Sem esperança. Que os que poderiam orientar ainda, sérios e seguros, como deram prova, se encolhem hoje, e tudo o mais se moldou à bitola geral, de subserviência dos que se dizem governantes e das troças dos seus opostos, pretendentes ao mesmo rapar do tacho, e por isso jogando ao ataque. Alternadamente, decididamente, vibrantemente, risonhamente. Como se não percebêssemos.

Afinal, Portugal raramente foi mais do que “isto”

Não há um português que suporte um minuto mais “disto”. Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou com polcas desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser dançadas.

MARIA JOÃO AVILLEZ Jornalista, colunista do Observador

OBSERVADOR, 16 out. 2024, 00:2065

1O joio desconcentra-me. Os dias andam exigentes, não estão para distrações. Fiz um passeio no parque, atenta à observação deste tempo político: lembrando-me de todos os quadros da vida portuguesa de há mais de cinquenta anos, talvez não me lembre de uma simultaneidade tão tóxica de ingredientes igual à de hoje. Como ocorre com as infecções do organismo, o ar está doente.

Infectado de irracionalidade e a política detesta-a (corre sempre mal); de escorregadia destemperança e a política precisa do contrário; de má-fé e a política não costuma ser complacente; de imaturidade e a política dispensa-a; de indecisos zangados ou vendilhões do templo, mas a política nunca deixa de mandar a factura (normalmente alta).

2Sucede que o que aí está, não pode continuar a estar. Não há um português – nem os “interessados” – que suporte um minuto mais “disto”. Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou com polcas desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser dançadas. Basta! Não há passeio no parque que varra este ar de suspeita e acusação – de torpeza para ser mais claro – que sopra em ventos cruzados. Sem propósito mas com consequência, porque em vez de política há birras, e no lugar do critério está a desconfiança.

E em vez de país, há cálculo. PS e Chega irmanam-se no cálculo e na ambição do poder: o primeiro no seu vício, oito anos é muito ano; o outro, na sua ânsia. Como é que Santos e Ventura tão diferentes na ideologia, nos objectivos, nas propostas mas também na personalidade – lideranças, truculência, uso do verbo e do gesto; segurança/ insegurança, manha; na necessidade de partilhar uma liderança (como Santos) e na intencional solidão dessa liderança (como Ventura) –, como é que eles conseguem ambos desaguar num mesmo porto chamado insuportabilidade? Somando (ainda?) dúvidas, críticas, hesitações, recusas? E tendo (ainda?) a necessidade de mais “diálogo” com o governo. E querendo (ainda?) mais tempo, como se estivéssemos às portas do verão e não de uma decisão crucial para o país (talvez porém mais crucial ainda para cada um deles). Dois homens – por razões diferentíssimas – de difícil trato. Infeliz coincidência, reparei eu no passeio pelo parque.

3Os do Chega têm um líder que não sabe – literalmente – o que há-de dizer aos seus deputados, nem para quê. Temos ouvido tudo e o seu contrário a uma velocidade vertiginosa e vertiginosamente histriónica. Apesar de serem cinquenta parlamentares, e passados já alguns meses, continua-se – à excepção de três ou quatro deles – sem saber quem são e o que fazem os outros 46, a não ser temer sair do parlamento. Mas há uma coisa que se sabe: para lá do biombo da sacrossanta frase “estamos preparados para eleições” esconde-se um nada secreto medo que isso venha a acontecer: parte do eleitorado – não tenho dados para a quantificar – do Chega não aprecia nem aplaude tanta hostilidade ao PSD. As europeias mostraram-nos isso ao espelho. E ainda menos apreciou a festiva cumplicidade de algumas votações parlamentares PS+Chega para menorizar o mesmo PSD. O desnorteio enraivecido nunca foi bom conselheiro.

4Sabendo há muito o PS realmente dividido internamente tive por duas vezes – há cerca de dois meses e há cerca de duas semanas – ocasião de transmitir a minha intuição a um dirigente socialista sobre a posição do seu líder: Pedro Nuno Santos não queria aprovar o orçamento, comentei eu ao meu interlocutor. Feitas contas e cálculos, não queria. Como esse PS – erro deles – não confia em mim, fiquei a falar sozinha, mas não teve a menor importância: estou sempre tranquila perante o óbvio. Além de que o que me interessava era meramente sinalizar que tinha compreendido tudo.

Tudo? O essencial: não fosse o diabo tecê-las e Luís Montenegro começar um dia a governar e não só a distribuir e não seria tão cedo que o grande PS, dono disto tudo, voltaria ao poder. Reencontrando-se com os “seus” no aparelho do Estado e na sua administração, onde dezenas e dezenas foram prestimosamente colocados nos últimos anos, em diversas escalas e graus de importância. Uma reencontro de família. Se houvesse um parque perto, dariam um belo passeio.

Mas eis que agora o líder arreganhou o dente, a plateia dos seus críticos não gostou, gerou-se para aí um alarido vestido de indignação: o novo líder deste novíssimo PS quer o coro afinado (desde que a seu favor). Subiu um degrau na escada dos erros, desceu um lance no entendimento do que é liderar uma família política.

Lembro-me de duas visitas não apressadas, feitas a Pedro Nuno Santos – que não conhecia – no início do verão de 2023, num gabinete da ala nova da Assembleia da República. A memória que guardo, sendo indiscutivelmente simpática, destoa porém inteiramente dos dias que correm. E mesmo que há dias, na Gulbenkian, na apresentação da reedição dos livros que fiz com o dr. Soares, tivéssemos ficado lado a lado, cruzado algum ironia política e trocado impressões com a apresentação da minha família pelo meio, aquela difusa sensação de desconformidade que eu já notara não se alterou: o deputado e ex-ministro do PS de 2023 não se parece com o condutor político de hoje. Não é líder quem quer nem há chefes sem competência. Um dia voltarei a isto porque é interessante. Mas antes desse dia, só há uma pergunta, a mesma que os portugueses fazem: que quer Pedro Nuno Santos? Ou melhor: que quer MAIS o líder do PS se o orçamento – para gáudio do PS e mal do país – também é dele mas afinal nunca o leu? Mistério? Não, não há espessura para ser um mistério, é apenas uma birra amuada que ontem (não) disfarçava a hesitação e hoje a aflição.

5So what? Paciência. É o que há.*

Mas enquanto faço passeios pelo parque vou-me interrogando se à excepção dos poucos (mas grandes, imensos e alguns mesmo portentosos) momentos vividos pelo país, Portugal não tem sido afinal, apesar de batalhas, conquistas, catedrais, descobertas longínquas, pouco mais do que “isto”.

POLÍTICA      PEDRO NUNO SANTOS      ANDRÉ VENTURA      PARTIDO CHEGA

COMENTÁRIOS (de 65)

unknown unknown: Curioso.. Basta! foi o 1o nome do Chega! Para quem entendeu tudo, parece-me que entendeu pouco… 1. A sociedade hoje não é a de há 50 anos. E querer achar que sim, é ignorar uma premissa base 2. E o cálculo do PSDois ao querer comprar votos em vez de fazer as reformas que prometeu? Alguém ainda se lembra de uma medida que seja do grande programa anti-corrupção do PSDois? Se não é não para quê 5 reuniões? E o que dizer da imensa baixa no IRS como bandeira para ganhar eleições apenas para depois afirmar que ninguém o entendeu e que não foi isso que disse? E o que achar do relatório do OGE que propõe o fim do congelamento das rendas, para voltar afirmar que somos todos tontos e ninguém sabe ler? Por que razão não vislumbra calculismo no PSDois? Parte do princípio que é burrice/desonestidade? E isso é melhor que calculismo? 3. Obrigado por afirmar o óbvio - os deputados não defendem os interesses de quem os elegeu mas o interesse do Partido que os levou a eleições - vejamos se o improvável Albuquerque quebrará essa regra ao bom estilo Limiano.. Mas faltou o outro óbvio - ninguém sabe o nome dos deputados do PS nem do PSDois - e também ninguém percebe o que andam para lá a fazer ou porque lhes pagamos tanto para somente baterem palmas e apuparem. Não lhe suscita a mínima dúvida do que andam lá a fazer os carneiros do PS e PSDois cujo nome ninguém sabe e ideias todos desconhecemos? 4. Óbvio que o PS quer governar e aprovar orçamentos com os quais discorda não os leva lá. O que não entendo é achar que o PSD ‘já está a governar’.. a arreganhar os dentes claramente está. Mas se isso é governar de onde vem a estupefacção sobre a polarização e falta de moderação?? Não dá para ter chuva na eira e sol no nabal. Ou então a autora realmente acredita que o PsDois está a fazer um óptimo trabalho e é exactamente isto que o País precisa! Fica à espera da próxima crónica onde canta alvíssaras ao seu maravilhoso trabalho. Mas dúvido muito que tenha a coragem/falta de noção para o fazer. 5. Pois.. não tenho 50 anos para saber se sempre fomos só isso. O que sei, é que pela 1a vez vejo um partido político que diz que está disposto a tudo para acabar com o élan dos últimos 50 anos. A sua principal bandeira? A luta anti-corrupção. Num País em que 96% acha que a corrupção é generalizada (ver Euronews), o que me faz questionar, é por que razão 2/3 dos votantes vota naqueles que considera corruptos ou acha que após de 3 bancarrotas, perdermos o elevador social e estamos ao nível da Albânia alguns iluminados acharem que a responsabilidade é do Chega… claramente não possuo o Iluminismo dos filhos da revolução de Abril! Claramente não pululo na CS Se calhar andamos mesmo há 50 anos a patinar na mesma substância escorregadia. Se calhar é altura de dizer basta! Se calhar é altura de percebermos que basta é sinónimo de Chega! E que exceptuando Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho isto nunca correu realmente bem. Mas é óbvio que a culpa é do chega.                   João Floriano: Nada de novo na crónica de Maria João Avillez.  O culpado do costume que  é o CHEGA, o novo culpado que já há muito tempo é culpado de não termos mais do que «isto», o PS, e o que não tem culpa nenhuma, porque de repente comentadores como Helena Matos e Maria João Avillez descobriram que  Montenegro é o cúmulo da inteligência, da sagacidade, com um QI político acima de 140. Porém foi o génio político com o irrevogável Não é Não que nos meteu nesta verdadeira trapalhada.                  Ana Luís da Silva: Sugiro a Maria João Avilez quando voltar a passear no parque que aproveite para fazer uma reflexão sobre este  PSD que virou à esquerda desde Rui Rio e uma análise séria às palavras proferidas e às jogadas de bastidores do actual líder do PSD. Talvez perceba o óbvio: que a hostilidade parte em primeira mão de Montenegro para Ventura e o CHEGA, basta ouvir as palavras de humilhação de Montenegro contra Ventura no debate televisivo da última campanha eleitoral, e que é ele o errático (já uma vez traiu André Ventura quando ainda militavam ambos no PSD). Mas para que estou eu dar-me ao trabalho de lhe abrir os olhos? Já há muito que a Maria João Avilez confunde o joio com o que a incomoda.  O joio corta-se e deita-se fora no fim dos tempos. Até lá deixa-se crescer, não vá haver engano e cortar-se com ele ou em vez dele, inclusive por erro de julgamento, o trigo bom.                  Tim do A: O adulto na sala devia ser Montenegro. E Montenegro mostrou-se incompetente para governar em minoria. Enredou-se no regateio político. E, no fim, aliou-se ao socialismo. Defraudou as eleições que, claramente, quiseram afastar o socialismo. Raio de país que não consegue deixar o socialismo. Vamos continuar pobres. Esta crónica é inútil e tendenciosa e não ajuda o país. É mais socialismo. Do que estamos fartos é de socialismo.                  observador censurado": As cadelas apressadas parem os filhos cegos" Facto 1: Em 2015, o estadista Aníbal Cavaco Silva (ACS) exigiu ao primeiro ministro António Costa um governo estável. Consequentemente, foi feito um acordo de governo entre PS,  UDP/PSR e PCP. Facto 2: Em 2024, o instável Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) não exigiu ao primeiro ministro Luís Montenegro (LM) um governo estável. Facto 3: De acordo com a Constituição da República Portuguesa, MRS é o responsável pelo normal funcionamento das instituições. Facto 4: Ao não exigir um governo estável, MRS satisfez também as pretensões de António Costa que pôde largar o cargo de primeiro-ministro mais cedo e abraçar os 32000 Euros mensais. Como resultado do facto 2, o governo de LM terá pensado que Portugal era uma espécie de tasca em que ele mandava e os outros partidos obedeciam. Como é bom de ver, nem Pedro Nuno Santos nem André Ventura têm nada a ver com a instabilidade governativa actual, a qual é resultante de alguém que não quis aprender com ACS, talvez por considerá-lo um "rural" do Algarve.                António Lamas: Curiosa coincidência.   O dia que começou finalmente o julgamento do DDT a MJA escreve este FDT (Fartos Disto Tudo) Estamos de facto Fartos. Só faltou mencionar dois nomes ao "FARTO" : Marcelo e Alexandra Leitão.                             Rosa Silvestre: Ouço dizer por aí que Montenegro é espertíssimo e que conseguiu "entalar" Pedro Nuno Santos com um orçamento que satisfaz todos os requisitos do PS. Mas que me interessa a mim que Montenegro se mantenha no governo a fazer as políticas do PS, se o que eu queria eram políticas que não fossem do PS? Onde está a descida do IRS para mim que já não tenho 35 anos?  Onde está a justiça no arrendamento, quando continua a haver rendas de 50€ mensais? Onde está a resolução dos problemas na Saída, Educação, Segurança e Justiça? O aumento dos salários não é resposta, cala os funcionários durante alguns meses e os sindicatos durante algumas horas, mas os problemas mantêm-se.                 Carlos Chaves: Caríssima Maria João Avillez obrigado por ter partilhado connosco o seu passeio no “parque”. Tudo tão certo e tão verdadeiro do princípio ao fim, no que a análise de comportamentos dos actuais políticos com mais relevância, diz respeito. Obrigado também pela maravilhosa escrita que honra a nossa preciosa língua, e que nunca se canse a sua “pena”.                      Lápis Afiado: Que grande análise e sem carteira profissional, a dois dos piores políticos dos últimos anos, só ganância e vontade de mandar, mas arte política zero .                      Maria Nunes: Excelente artigo, MJA. Obrigada.                    Margarida Matos: Excelente artigo tanto em conteúdo como na magnífica prosa. Ainda há grandes jornalistas/analistas/pensadores. PARABÉNS                    José Ferreira: Excelente reflexão. Excelente. Está tudo aqui.                   Pedro Matos Cruz: Acho graça a alguns comentadores ao afirmarem que, pelo facto de ter havidos 3, 4 ou 5 encontros entre o PM e o dono do CH, já havia acordos. Do que a imaginação dos apaniguados é capaz. Parece que com o PS também houve várias reuniões, tais como com a IL, e que se saiba não há acordos, por enquanto.                      Pedro Matos Cruz > Rosa Silvestre: Que giro o seu comentário. Então com a percentagem de votos que a AD teve, ainda por cima com o CH a ser muleta do PS, acha que alguma vez vão conseguir fazer grandes reformas?? E, também, para quem teve de gramar o PS durante tantos anos, vamos agora exigir que em 6 meses tudo se iria alterar. A AD sõ vai conseguir fazer alguma coisa quando tiver mais votos e, com sorte, se algum dia o CH deitar fora AV e tiver gente exigente mas sensata a dirigir aquele partido. Até lá tem duas opções: Ou mantem a confiança na AD ou muda-se para um partido comandado por extremistas: PS ou CH. Eu também pago muitos impostos, mas com a atual composição, não é fácil alterar o estado das coisas.                      Joaquim Rodrigues: Um Partido, qualquer Partido, para ser confiável, seja ele de esquerda ou de direita, (porque em democracia, ao contrário do que acontecia no antigo regime, onde só havia os da situação e os “comunistas”, há lugar para Partidos de extrema esquerda, esquerda, centro esquerda, centro, centro-direita, direita e extrema direita) tem que ter por base um "Sistema de Princípios, Valores e Fundamentos Doutrinários" respeitadores da Democracia, que constituem o elo de “confiabilidade” desse Partido "com" e "entre" os seus eleitores, simpatizantes e militantes e com todos os outros Partidos e Instituições Democráticas. E, sem isso, sem essa "confiabilidade" entre cidadãos e os Partidos e os Partidos entre si, a democracia não funciona. Sem "confiabilidade" dos eleitores nos Partidos é a participação democrática dos cidadãos que desaparece e a abstenção que aumenta. Sem "confiabilidade" entre os Partidos, substitui-se, o diálogo, a negociação, o acordo, a aliança e o pacto, pela esperteza saloia, a intriga, a rasteira, o golpe e a traição. Um Partido “confiável” não pode viver apenas do cavalgar das ondas do descontentamento, “inchando” com a espuma dos dias. Se assim for, quando chegar a hora da verdade, esvai-se como um balão furado.                 Maria Tubucci: Quando nasci a Sra. MJA já era jornalista, cresci a apreciá-la como jornalista, tem uma escrita excelente é uma jornalista de topo. Agora como apoiante do PSD é um bocadinho sectária, só vê qualidades do seu lado e defeitos no outro lado. O mundo evoluiu, será que os partidos de 2024 são iguais aos partidos dos anos 90? Não são. O PS parece o BE e o PSD parece o PS. Eu há 4 eleições atrás votava no PSD, aquele PSD que acreditava nos portugueses, queria que criassem riqueza e que não penalizava o seu empreendorismo. O PSD atual é um traidor, deixou de acreditar nos portugueses só quer distribuir como o PS, roubar a quem trabalha para dar a quem nada faz. E pior autoriza a importação de trogloditas do exterior para consumirem os nossos recursos económicos e transformá-los em “portugueses” instantâneos, desprezando os nativos. Sabe que mais, também estou cansada deste estado de coisas, de interesse nacional em interesse nacional, os portugueses estão cada vez mais pobres e endividados. Não existem partidos nem dirigentes perfeitos, todos falam a sua verdade. No entanto, começa-se a ver que há demasiados palhaços, presentemente só quero ver o circo pegar fogo, quem contribuir para isso terá o meu voto. Está na hora de pôr o povo a decidir, se quer um governo do PS ou do PS2 ou nenhum dos 2, uma vez que deixámos de ter líderes...                  Rui Carp: Excelente e corajosa análise dos dias que correm. É claro que será insultada pelos medíocres e fanáticos do radicalismo autoritário. Mas esses ainda reforçam mais a imagem de Mulher Coragem de Maria João Avillez.                S N: Mais uma excelente e inteiramente certeira crónica da Jornalista Maria João Avillez sobre o actual momento, apesar de tudo singular, da política portuguesa. O texto poderia ter sido revisto aqui e ali, mas nada que justifique os comentários (tudo indica) alienígenas e inconsistentes sobre o mesmo.                     bento guerra: Pura propaganda, a que esta tia se dedica. Para mim, pode escrever bem, mas gosto de jornalismo a sério e com seriedade. Não é só o diploma que lhe falta                Alberico Lopes: Cara Maria João! Esta crónica vale pelo que diz e pelo que nos ensina! Uma verdadeira lição que os seus críticos deviam meditar para ver se conseguiam crescer no mundo dos verdadeiramente crescidos! Quando pôe em confronto o "irrequieto" ventura com o "vozone" pedro, mostra bem como os extremos se assemelham quer na tontice quer na sua essência: um nada absoluto! Só poeira para quem ainda tem a pachorra de os ouvir! Aproveito para de maneira sincera  lhe manifestar a  minha solidariedade pelos ataques soezes por parte da classe dita "jornalística" que, à semelhança dos venturas e dos nunos santos, não passa  e, salvo honrosas excepções, de  uma série de avençados esquerdistas/bloquistas/putinistas  pagos à linha e para quem mais lhes conceder umas lentilhas!                   Ediberto Abreu: Como sempre, uma excelente crónica. Sabe porém que um garoto mimado é de difícil sustento, dois é uma tragédia.                   John Doe: Apesar de todas as sondagens - que valem o que valem, mas são o único indicador com que se pode minimamente contar - indicarem que em Eleições antecipadas o quadro na AR não se altera significativamente - Chega! desce grandemente, e seus lugares de deputados são "distribuídos" por PSD e PS, mas nenhum dos blocos tem Maioria Absoluta, ou seja continua tudo na mesma - estes "garotos" continuam a brincar no recreio político para o qual há muito se esgotou a paciência. É o que dá a Legislação Eleitoral ser o que é: se votássemos em pessoas e não em partidos, há muito que certas figuras tinham sido erradicadas da AR, e os outros fariam aquilo para que foram eleitos, com cagaço de serem também corridos. Sendo os partidos a elaborar listas em circuito fechada e nada poder fazer a não ser votar nos conchavos entre eles, só arranjamos "garotos" para "governar" o País                       Jorge Frederico Cardoso Vieira Barbosa: Cara Senhora Dona MJA, não posso deixar de discordar totalmente da percepcão que nos deixa no seu artigo. Bem pelo contrário, nunca Portugal se portou tão mal como agora. Agora, numa conjuntura tão facilitada como aquela em que se vive agora - às custas da UE - esta III república em que nos encontramos tem estado a "vive" à custa das gerações vindouras, o que sendo moral e eticamente vergonhoso, altamente reprovável, nunca antes aconteceu. No passado, Portugal acelerou a boa globalizacão como poucos outros países o fizeram, e estar agora a alimentar como alimenta neste seu artigo a vergonha pelo nosso passado, não lhe fica bem.             José Carvalho: Também gostaria de saber quem são e o que fazem os deputados do PSD. Por que razão só os deputados do CHEGA lhe suscitam essa curiosidade? Ai ai! O ar dos articulistas está poluído. Já nem posso ir ao parque.                          GateKeeper: Portugal, no geral e desde 1974 foi quase sempre " menos até que isto". A "velhice do Restelo" dá-se bem com isso; embora afirme a pés juntinhos que não, que é a SUA demo-cracia que está ameaçada. Enfim... O passado breve a tentar travar o largo tempo do futuro. E o "folclore" continua!                    JOHN MARTINS: A caminho da resolução da situação política, uma faceta já está resolvida com a decisão do patrão único do chega, de decretar irrevogavelmente, o chumbo do orçamento. Só não sei a que horas foi!! Já o chefe do Repartido Socialista se as pernas não lhe tremerem e se tiver coragem, segue  o veredito do Aventureiro... Ora, estão criadas condições para o povão dizer BASTA a esta barafunda, e em novas eleições pôr Montenegro a GOVERNAR porque já deu o que tinha que dar, quase tudo a toda a gente. FORÇA.

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