A Poluição é geral e não específica de alguns. Em termos de governação, está
visto – como, de resto, está expresso no título da crónica de Maria João Avillez. Pobre país, este Portugal, não “a entristecer”, mas,
definitivamente, a empobrecer. Sem esperança. Que os que poderiam orientar
ainda, sérios e seguros, como deram prova, se encolhem hoje, e tudo o mais se
moldou à bitola geral, de subserviência dos que se dizem governantes e das troças
dos seus opostos, pretendentes ao mesmo rapar do tacho, e por isso jogando ao
ataque. Alternadamente, decididamente, vibrantemente, risonhamente. Como se não
percebêssemos.
Afinal, Portugal raramente foi
mais do que “isto”
Não há um português que suporte um
minuto mais “disto”. Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou
com polcas desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser
dançadas.
MARIA JOÃO AVILLEZ Jornalista,
colunista do Observador
OBSERVADOR, 16
out. 2024, 00:2065
1O joio desconcentra-me. Os dias andam
exigentes, não estão para distrações. Fiz um passeio no parque, atenta à
observação deste tempo político: lembrando-me de todos os quadros da vida
portuguesa de há mais de cinquenta anos, talvez
não me lembre de uma simultaneidade tão tóxica de ingredientes igual à de hoje.
Como ocorre com as infecções do organismo, o ar está doente.
Infectado
de irracionalidade e a política detesta-a (corre sempre mal); de escorregadia destemperança e a política
precisa do contrário; de má-fé e a
política não costuma ser complacente; de
imaturidade e a política dispensa-a; de
indecisos zangados ou vendilhões do templo, mas a política nunca deixa de
mandar a factura (normalmente alta).
2Sucede que o que aí está, não pode
continuar a estar. Não há um
português – nem os “interessados” – que suporte um minuto mais “disto”.
Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou com polcas
desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser dançadas. Basta!
Não há passeio no parque que varra este ar de suspeita e acusação – de torpeza
para ser mais claro – que sopra em ventos cruzados. Sem propósito mas com consequência,
porque em vez de política há birras, e no lugar do critério está a desconfiança.
E em vez de país, há cálculo. PS e Chega irmanam-se no cálculo e
na ambição do poder: o primeiro no
seu vício, oito anos é muito ano; o outro, na sua ânsia. Como é que Santos e Ventura tão diferentes
na ideologia, nos objectivos, nas propostas mas também na personalidade –
lideranças, truculência, uso do verbo e do gesto; segurança/ insegurança,
manha; na necessidade de partilhar uma liderança (como Santos) e na intencional
solidão dessa liderança (como Ventura) –, como é que eles conseguem ambos
desaguar num mesmo porto chamado insuportabilidade? Somando
(ainda?) dúvidas, críticas, hesitações, recusas? E tendo (ainda?) a necessidade de mais “diálogo” com o governo. E
querendo (ainda?) mais tempo, como se estivéssemos às portas do verão e não de
uma decisão crucial para o país (talvez porém mais crucial ainda para cada um
deles). Dois homens – por razões diferentíssimas – de difícil trato.
Infeliz coincidência, reparei eu no passeio pelo parque.
3Os do Chega têm um líder que não sabe
– literalmente – o que há-de dizer aos seus deputados, nem para quê. Temos
ouvido tudo e o seu contrário a uma velocidade vertiginosa e vertiginosamente
histriónica. Apesar de serem cinquenta parlamentares, e passados já alguns
meses, continua-se – à excepção de três ou quatro deles – sem saber quem são e
o que fazem os outros 46, a não ser temer sair do parlamento. Mas há uma coisa que se sabe: para lá do
biombo da sacrossanta frase “estamos preparados para eleições” esconde-se um
nada secreto medo que isso venha a acontecer: parte do eleitorado – não tenho
dados para a quantificar – do Chega não aprecia nem aplaude tanta hostilidade
ao PSD. As europeias mostraram-nos isso ao espelho. E ainda
menos apreciou a festiva cumplicidade de algumas votações parlamentares
PS+Chega para menorizar o mesmo PSD. O desnorteio enraivecido nunca foi bom
conselheiro.
4Sabendo
há muito o PS realmente dividido internamente tive por duas vezes – há cerca de
dois meses e há cerca de duas semanas – ocasião de transmitir a minha intuição
a um dirigente socialista sobre a posição do seu líder: Pedro Nuno Santos não
queria aprovar o orçamento, comentei eu ao meu interlocutor. Feitas contas e
cálculos, não queria. Como esse PS – erro deles – não confia em mim, fiquei a
falar sozinha, mas não teve a menor importância: estou sempre tranquila perante
o óbvio. Além de que o que me interessava era meramente sinalizar que tinha
compreendido tudo.
Tudo? O essencial: não fosse o diabo
tecê-las e Luís Montenegro começar um dia a governar e não só a distribuir e
não seria tão cedo que o grande PS, dono disto tudo, voltaria ao poder. Reencontrando-se
com os “seus” no aparelho do Estado e na sua administração, onde dezenas e
dezenas foram prestimosamente colocados nos últimos anos, em diversas escalas e
graus de importância. Uma reencontro de família. Se houvesse um parque perto,
dariam um belo passeio.
Mas
eis que agora o líder arreganhou o dente, a plateia dos seus críticos não
gostou, gerou-se para aí um alarido vestido de indignação: o novo líder
deste novíssimo PS quer o coro afinado (desde que a seu favor). Subiu um degrau
na escada dos erros, desceu um lance no entendimento do que é liderar uma
família política.
Lembro-me de duas visitas não
apressadas, feitas a Pedro Nuno Santos – que não conhecia – no início
do verão de 2023, num gabinete da ala nova da Assembleia da República. A
memória que guardo, sendo indiscutivelmente simpática, destoa porém
inteiramente dos dias que correm. E mesmo que há dias, na Gulbenkian, na
apresentação da reedição dos livros que fiz com o dr. Soares, tivéssemos ficado
lado a lado, cruzado algum ironia política e trocado impressões com a
apresentação da minha família pelo meio, aquela difusa sensação de
desconformidade que eu já notara não se alterou: o deputado e ex-ministro do PS
de 2023 não se parece com o condutor político de hoje. Não é líder quem
quer nem há chefes sem competência. Um dia voltarei a isto porque é
interessante. Mas antes desse dia, só há uma pergunta, a mesma que os
portugueses fazem: que quer Pedro Nuno Santos? Ou melhor: que quer
MAIS o líder do PS se o orçamento – para gáudio do PS e mal do país – também é
dele mas afinal nunca o leu? Mistério? Não, não há espessura para ser um
mistério, é apenas uma birra amuada que ontem (não) disfarçava a hesitação e
hoje a aflição.
5So what? Paciência. É o que há.*
Mas enquanto faço passeios pelo parque
vou-me interrogando se à excepção dos poucos (mas grandes, imensos e alguns
mesmo portentosos) momentos vividos pelo país, Portugal não tem sido afinal,
apesar de batalhas, conquistas, catedrais, descobertas longínquas, pouco mais
do que “isto”.
POLÍTICA PEDRO NUNO
SANTOS ANDRÉ
VENTURA PARTIDO CHEGA
COMENTÁRIOS (de 65)
unknown unknown: Curioso.. Basta! foi o 1o nome do Chega! Para quem
entendeu tudo, parece-me que entendeu pouco… 1. A sociedade hoje não é a de há
50 anos. E querer achar que sim, é ignorar uma premissa base 2. E o cálculo do
PSDois ao querer comprar votos em vez de fazer as reformas que prometeu? Alguém
ainda se lembra de uma medida que seja do grande programa anti-corrupção do
PSDois? Se não é não para quê 5 reuniões? E o que dizer da imensa baixa no IRS
como bandeira para ganhar eleições apenas para depois afirmar que ninguém o
entendeu e que não foi isso que disse? E o que achar do relatório do OGE que
propõe o fim do congelamento das rendas, para voltar afirmar que somos todos
tontos e ninguém sabe ler? Por que razão não vislumbra calculismo no PSDois?
Parte do princípio que é burrice/desonestidade? E isso é melhor que calculismo?
3. Obrigado por afirmar o óbvio - os deputados não defendem os interesses de
quem os elegeu mas o interesse do Partido que os levou a eleições - vejamos se
o improvável Albuquerque quebrará essa regra ao bom estilo Limiano.. Mas faltou
o outro óbvio - ninguém sabe o nome dos deputados do PS nem do PSDois - e
também ninguém percebe o que andam para lá a fazer ou porque lhes pagamos tanto
para somente baterem palmas e apuparem. Não lhe suscita a mínima dúvida do que
andam lá a fazer os carneiros do PS e PSDois cujo nome ninguém sabe e ideias
todos desconhecemos? 4. Óbvio que o PS quer governar e aprovar orçamentos com
os quais discorda não os leva lá. O que não entendo é achar que o PSD ‘já
está a governar’.. a arreganhar os dentes claramente está. Mas se isso é
governar de onde vem a estupefacção sobre a polarização e falta de moderação??
Não dá para ter chuva na eira e sol no nabal. Ou então a autora realmente
acredita que o PsDois está a fazer um óptimo trabalho e é exactamente isto que
o País precisa! Fica à espera da próxima crónica onde canta alvíssaras ao
seu maravilhoso trabalho. Mas dúvido muito que tenha a coragem/falta de noção
para o fazer. 5. Pois.. não tenho 50 anos para saber se sempre fomos só isso. O
que sei, é que pela 1a vez vejo um partido político que diz que está disposto a
tudo para acabar com o élan dos últimos 50 anos. A sua principal bandeira? A
luta anti-corrupção. Num País em que 96% acha que a corrupção é generalizada
(ver Euronews), o que me faz questionar, é por que razão 2/3 dos votantes vota
naqueles que considera corruptos ou acha que após de 3 bancarrotas, perdermos o
elevador social e estamos ao nível da Albânia alguns iluminados acharem que a
responsabilidade é do Chega… claramente não possuo o Iluminismo dos filhos da
revolução de Abril! Claramente não pululo na CS Se calhar andamos mesmo há 50
anos a patinar na mesma substância escorregadia. Se calhar é altura de dizer
basta! Se calhar é altura de percebermos que basta é sinónimo de Chega! E que
exceptuando Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho isto nunca correu realmente bem.
Mas é óbvio que a culpa é do chega. João
Floriano: Nada de novo
na crónica de Maria João Avillez. O culpado do costume que é o
CHEGA, o novo culpado que já há muito tempo é culpado de não termos mais do que
«isto», o PS, e o que não tem culpa nenhuma, porque de repente comentadores
como Helena Matos e Maria João Avillez descobriram que Montenegro é o cúmulo
da inteligência, da sagacidade, com um QI político acima de 140. Porém foi o
génio político com o irrevogável Não é Não que nos meteu nesta verdadeira
trapalhada. Ana Luís
da Silva: Sugiro a Maria
João Avilez quando voltar a passear no parque que aproveite para fazer uma reflexão sobre este PSD
que virou à esquerda desde Rui Rio e uma análise séria às palavras proferidas e
às jogadas de bastidores do actual líder do PSD. Talvez perceba o óbvio: que a
hostilidade parte em primeira mão de Montenegro para Ventura e o CHEGA, basta
ouvir as palavras de humilhação de Montenegro contra Ventura no debate
televisivo da última campanha eleitoral, e que é ele o errático (já uma vez
traiu André Ventura quando ainda militavam ambos no PSD). Mas para que estou eu
dar-me ao trabalho de lhe abrir os olhos? Já há muito que a Maria João Avilez
confunde o joio com o que a incomoda. O joio corta-se e deita-se fora no
fim dos tempos. Até lá deixa-se crescer, não vá haver engano e cortar-se com
ele ou em vez dele, inclusive por erro de julgamento, o trigo bom. Tim do A: O adulto na sala devia ser
Montenegro. E Montenegro mostrou-se incompetente para governar em minoria.
Enredou-se no regateio político. E, no fim, aliou-se ao socialismo. Defraudou
as eleições que, claramente, quiseram afastar o socialismo. Raio de país que
não consegue deixar o socialismo. Vamos continuar pobres. Esta crónica é
inútil e tendenciosa e não ajuda o país. É mais socialismo. Do que estamos
fartos é de socialismo. observador censurado": As cadelas apressadas
parem os filhos cegos" Facto 1: Em 2015, o estadista Aníbal Cavaco Silva
(ACS) exigiu ao primeiro ministro António Costa um governo estável.
Consequentemente, foi feito um acordo de governo entre PS, UDP/PSR e PCP.
Facto 2: Em 2024, o instável Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) não exigiu ao
primeiro ministro Luís Montenegro (LM) um governo estável. Facto 3: De acordo
com a Constituição da República Portuguesa, MRS é o responsável pelo normal
funcionamento das instituições. Facto 4: Ao não exigir um governo estável, MRS
satisfez também as pretensões de António Costa que pôde largar o cargo de
primeiro-ministro mais cedo e abraçar os 32000 Euros mensais. Como resultado do
facto 2, o governo de LM terá pensado que Portugal era uma espécie de tasca
em que ele mandava e os outros partidos obedeciam. Como é bom de ver, nem Pedro
Nuno Santos nem André Ventura têm nada a ver com a instabilidade governativa
actual, a qual é resultante de alguém que não quis aprender com ACS, talvez por
considerá-lo um "rural" do Algarve. António
Lamas: Curiosa coincidência. O dia que começou finalmente o julgamento
do DDT a MJA escreve este FDT (Fartos Disto Tudo) Estamos de facto Fartos. Só
faltou mencionar dois nomes ao "FARTO" : Marcelo e Alexandra Leitão. Rosa
Silvestre: Ouço dizer por aí que Montenegro é espertíssimo e que conseguiu
"entalar" Pedro Nuno Santos com um orçamento que satisfaz todos os
requisitos do PS. Mas que me interessa a mim que Montenegro se mantenha no
governo a fazer as políticas do PS, se o que eu queria eram políticas que não
fossem do PS? Onde está a descida do IRS para mim que já não tenho 35
anos? Onde está a justiça no arrendamento, quando continua a haver rendas
de 50€ mensais? Onde está a resolução dos problemas na Saída, Educação,
Segurança e Justiça? O aumento dos salários não é resposta, cala os
funcionários durante alguns meses e os sindicatos durante algumas horas, mas os
problemas mantêm-se. Carlos
Chaves: Caríssima Maria João Avillez obrigado por ter partilhado connosco o seu
passeio no “parque”. Tudo tão certo e tão verdadeiro do princípio ao fim, no
que a análise de comportamentos dos actuais políticos com mais relevância, diz
respeito. Obrigado também pela maravilhosa escrita que honra a nossa preciosa
língua, e que nunca se canse a sua “pena”. Lápis
Afiado: Que grande análise e sem carteira profissional, a dois dos piores políticos
dos últimos anos, só ganância e vontade de mandar, mas arte política zero . Maria
Nunes: Excelente artigo, MJA. Obrigada. Margarida
Matos: Excelente artigo tanto em conteúdo como na magnífica prosa. Ainda há
grandes jornalistas/analistas/pensadores. PARABÉNS José
Ferreira: Excelente
reflexão. Excelente. Está tudo aqui. Pedro
Matos Cruz: Acho graça a
alguns comentadores ao afirmarem que, pelo facto de ter havidos 3, 4 ou 5
encontros entre o PM e o dono do CH, já havia acordos. Do que a imaginação dos
apaniguados é capaz. Parece que com o PS também houve várias reuniões, tais
como com a IL, e que se saiba não há acordos, por enquanto. Pedro
Matos Cruz > Rosa Silvestre: Que giro o seu comentário. Então com a percentagem de
votos que a AD teve, ainda por cima com o CH a ser muleta do PS, acha que
alguma vez vão conseguir fazer grandes reformas?? E, também, para quem teve de
gramar o PS durante tantos anos, vamos agora exigir que em 6 meses tudo se iria
alterar. A AD sõ vai conseguir fazer alguma coisa quando tiver mais votos e,
com sorte, se algum dia o CH deitar fora AV e tiver gente exigente mas sensata
a dirigir aquele partido. Até lá tem duas opções: Ou mantem a confiança na AD
ou muda-se para um partido comandado por extremistas: PS ou CH. Eu também pago
muitos impostos, mas com a atual composição, não é fácil alterar o estado das
coisas. Joaquim
Rodrigues: Um Partido,
qualquer Partido, para ser confiável, seja ele de esquerda ou de direita,
(porque em democracia, ao contrário do que acontecia no antigo regime, onde só
havia os da situação e os “comunistas”, há lugar para Partidos de extrema
esquerda, esquerda, centro esquerda, centro, centro-direita, direita e extrema
direita) tem que ter por base um "Sistema de Princípios, Valores e
Fundamentos Doutrinários" respeitadores da Democracia, que constituem o elo de “confiabilidade”
desse Partido "com" e "entre" os seus eleitores,
simpatizantes e militantes e com todos os outros Partidos e Instituições
Democráticas. E, sem isso,
sem essa "confiabilidade" entre cidadãos e os Partidos e os Partidos
entre si, a democracia não funciona. Sem "confiabilidade" dos
eleitores nos Partidos é a participação democrática dos cidadãos que desaparece
e a abstenção que aumenta. Sem "confiabilidade" entre os Partidos,
substitui-se, o diálogo, a negociação, o acordo, a aliança e o pacto, pela
esperteza saloia, a intriga, a rasteira, o golpe e a traição. Um Partido
“confiável” não pode viver apenas do cavalgar das ondas do descontentamento,
“inchando” com a espuma dos dias. Se assim for, quando chegar a hora da
verdade, esvai-se como um balão furado. Maria
Tubucci: Quando nasci a
Sra. MJA já era jornalista, cresci a apreciá-la como jornalista, tem uma
escrita excelente é uma jornalista de topo. Agora como apoiante do PSD é um
bocadinho sectária, só vê qualidades do seu lado e defeitos no outro lado. O
mundo evoluiu, será que os partidos de 2024 são iguais aos partidos dos anos
90? Não são. O PS parece o BE e o PSD parece o PS. Eu há 4 eleições atrás
votava no PSD, aquele PSD que acreditava nos portugueses, queria que
criassem riqueza e que não penalizava o seu empreendorismo. O PSD atual é um
traidor, deixou de acreditar nos portugueses só quer distribuir como o PS,
roubar a quem trabalha para dar a quem nada faz. E pior autoriza a
importação de trogloditas do exterior para consumirem os nossos recursos
económicos e transformá-los em “portugueses” instantâneos, desprezando os
nativos. Sabe que mais, também estou cansada deste estado de coisas, de
interesse nacional em interesse nacional, os portugueses estão cada vez mais
pobres e endividados. Não existem partidos nem dirigentes perfeitos, todos
falam a sua verdade. No entanto, começa-se a ver que há demasiados palhaços,
presentemente só quero ver o circo pegar fogo, quem contribuir para isso terá o
meu voto. Está na hora de pôr o povo a decidir, se quer um governo do PS ou do
PS2 ou nenhum dos 2, uma vez que deixámos de ter líderes... Rui Carp: Excelente e corajosa análise dos dias que correm. É
claro que será insultada pelos medíocres e fanáticos do radicalismo
autoritário. Mas esses ainda reforçam mais a imagem de Mulher Coragem de Maria
João Avillez. S N: Mais uma excelente e inteiramente certeira crónica da
Jornalista Maria João Avillez sobre o actual momento, apesar de tudo singular,
da política portuguesa. O texto poderia ter sido revisto aqui e ali, mas nada
que justifique os comentários (tudo indica) alienígenas e inconsistentes sobre
o mesmo. bento
guerra: Pura
propaganda, a que esta tia se dedica. Para mim, pode escrever bem, mas gosto de
jornalismo a sério e com seriedade. Não é só o diploma que lhe falta Alberico
Lopes: Cara Maria
João! Esta crónica vale pelo que diz e pelo que nos ensina! Uma verdadeira
lição que os seus críticos deviam meditar para ver se conseguiam crescer no
mundo dos verdadeiramente crescidos! Quando pôe em confronto o
"irrequieto" ventura com o "vozone" pedro, mostra bem como
os extremos se assemelham quer na tontice quer na sua essência: um nada
absoluto! Só poeira para quem ainda tem a pachorra de os ouvir! Aproveito para
de maneira sincera lhe manifestar a minha solidariedade pelos
ataques soezes por parte da classe dita "jornalística" que, à
semelhança dos venturas e dos nunos santos, não passa e, salvo honrosas
excepções, de uma série de avençados
esquerdistas/bloquistas/putinistas pagos à linha e para quem mais lhes
conceder umas lentilhas! Ediberto
Abreu: Como sempre,
uma excelente crónica. Sabe porém que um garoto mimado é de difícil sustento,
dois é uma tragédia. John Doe: Apesar de todas as sondagens -
que valem o que valem, mas são o único indicador com que se pode minimamente
contar - indicarem que em Eleições antecipadas o quadro na AR não se altera
significativamente - Chega! desce grandemente, e seus lugares de deputados são
"distribuídos" por PSD e PS, mas nenhum dos blocos tem Maioria
Absoluta, ou seja continua tudo na mesma - estes "garotos"
continuam a brincar no recreio político para o qual há muito se esgotou a
paciência. É o que dá a Legislação Eleitoral ser o que é: se votássemos em
pessoas e não em partidos, há muito que certas figuras tinham sido erradicadas
da AR, e os outros fariam aquilo para que foram eleitos, com cagaço de serem
também corridos. Sendo os partidos a elaborar listas em circuito fechada e nada
poder fazer a não ser votar nos conchavos entre eles, só arranjamos
"garotos" para "governar" o País Jorge
Frederico Cardoso Vieira Barbosa: Cara Senhora Dona MJA, não posso deixar de discordar
totalmente da percepcão que nos deixa no seu artigo. Bem pelo contrário, nunca
Portugal se portou tão mal como agora. Agora, numa conjuntura tão facilitada
como aquela em que se vive agora - às custas da UE - esta III república em que
nos encontramos tem estado a "vive" à custa das gerações vindouras, o
que sendo moral e eticamente vergonhoso, altamente reprovável, nunca antes
aconteceu. No passado, Portugal acelerou a boa globalizacão como
poucos outros países o fizeram, e estar agora a alimentar como alimenta neste
seu artigo a vergonha pelo nosso passado, não lhe fica bem. José
Carvalho: Também gostaria de saber quem são e o que fazem os deputados do PSD. Por que
razão só os deputados do CHEGA lhe suscitam essa curiosidade? Ai ai! O ar dos
articulistas está poluído. Já nem posso ir ao parque. GateKeeper: Portugal, no geral e desde 1974
foi quase sempre " menos até que isto". A "velhice do
Restelo" dá-se bem com isso; embora afirme a pés juntinhos que não, que é
a SUA demo-cracia que está ameaçada. Enfim... O passado breve a tentar travar o
largo tempo do futuro. E o "folclore" continua! JOHN
MARTINS: A caminho da resolução da situação política, uma faceta já está resolvida
com a decisão do patrão único do chega, de decretar irrevogavelmente, o chumbo
do orçamento. Só não sei a que horas foi!! Já o chefe do Repartido Socialista
se as pernas não lhe tremerem e se tiver coragem, segue o veredito do Aventureiro...
Ora, estão criadas condições para o povão dizer BASTA a esta barafunda, e em
novas eleições pôr Montenegro a GOVERNAR porque já deu o que tinha que dar,
quase tudo a toda a gente. FORÇA.
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