Malandrice! Diria o Solnado.
Infelizmente não se trata da guerra das moscas. Terão os Israelitas que criar drones
em triplicado, para obviar ao duplicado dos ataques do Hezbollah e progredir
nos seus, tão severamente condenados pelos que desejam a impunidade dos
palestinianos do Hamas. Mesmo que Israel já esteja “a desenvolver uma rede de sensores capazes
de identificar drones a baixas altitudes e de enviar essa informação de
imediato para as forças armadas israelitas”, a sugestão
do triplicado não é de desatender, que os do Hezbollah parecem bastante bem
defendidos, com as armas e estratégias do seu ódio. Caso contrário não teriam
iniciado tão trágica e perversa luta contra Israel e o espaço nacional a que este
tem, obviamente, direito, como semitas que também são, embora condenados, de
longa data, a uma estranha errância, que na 2ª guerra pareceu, justamente,
findar. Estranho mundo de perversidade.
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Ataque que matou quatro soldados
israelitas expõe a maior fragilidade da "Cúpula de Ferro":
os drones
Quatro soldados israelitas morreram
na sequência de um ataque com um drone lançado pelo Hezbollah. Pequenos e
leves, os drones não são detectados pela "Cúpula de Ferro".
OBSERVADOR, 15 out. 2024, 18:05 1
Um ataque do Hezbollah que matou quatro soldados israelitas e
deixou 58 feridos numa base militar no norte de Israel está a deixar em
evidência a principal fraqueza do célebre sistema de defesa aérea de Israel: a “Cúpula de Ferro” não está desenhada
para lidar com drones. O ataque
aconteceu no domingo, por volta das 19h locais (17h em Lisboa), quando um
grande grupo de soldados pertencentes à Brigada Golani, uma unidade de elite do
exército israelita, estavam a jantar na messe de um quartel no norte de Israel,
perto da cidade de Binyamina.
O drone foi disparado a partir do
Líbano com precisão contra o edifício onde os soldados jantavam, matando quatro
e deixando 58 feridos, alguns deles com gravidade. A base aérea encontra-se a mais de 60
quilómetros da fronteira com o Líbano — uma distância que o drone do Hezbollah
conseguiu percorrer sem ser detetado pela “Cúpula
de Ferro”, sistema de defesa aérea israelita
considerado um dos mais sofisticados do mundo, capaz de interceptar a esmagadora
maioria dos rockets e mísseis disparados contra o território israelita.
Como explica a CNN, o simples facto de o Hezbollah ter
lançado o drone especificamente contra o refeitório do quartel numa altura em
que os soldados estavam a jantar é um indicador significativo da capacidade do grupo xiita para
recolher informação de precisão e para levar a cabo ataques eficazes.
Em declarações àquela televisão
norte-americana, a investigadora israelita Orna Mizrahi, do Instituto para os
Estudos de Segurança Nacional de Telavive, explicou que os drones são “pequenos, muito leves e
com uma baixa assinatura de radar”, o que faz com que sejam muito difíceis de
detectar pela Cúpula de Ferro. O facto de
voarem a uma altitude mais baixa, mais devagar e com maior capacidade de mudar
subitamente de direcção ajuda os drones a não accionar os alertas da defesa
aérea e a escapar mais facilmente aos sistemas.
Segundo Orna Mizrahi, o Hezbollah já identificou esta
“fraqueza” nos sistemas israelitas, pelo que tem recorrido cada vez mais aos
drones. “Sempre que
encontramos uma solução para algo, eles encontram outra forma de atacar”, disse
a especialista.
Ao The Telegraph, James
Patton Rogers, especialista em
drones na universidade norte-americana de Cornell, explicou que esta
falha é resultado de uma “negligência
a nível de defesa aérea” ao longo de décadas. “Fazem [os
drones] voar devagar e reduzem os seus componentes electrónicos para reduzir a
sua assinatura radar e a probabilidade de detecção, e têm cada vez mais usado materiais como fibra de carbono, que são
mais difíceis de detectar”, destacou.
Além de recorrer a drones por serem
mais difíceis de detectar, o Hezbollah também estará a recorrer a uma táctica
específica para os ataques: a de lançar dois drones em simultâneo, a partir do
mesmo lugar e para o mesmo destino, para que um deles seja detectado e abatido,
mas o outro não.
Terá
sido essa a técnica usada em julho quando os Houthis, grupo islâmico do Iémen
também apoiado pelo Irão, conseguiram atingir um edifício em Telavive com um
drone, matando um homem e deixando dez pessoas feridas. O drone conseguiu
chegar à capital sem activar quaisquer sirenes — depois de um outro drone,
disparado em simultâneo, ter sido abatido.
Também
agora o Hezbollah terá usado essa técnica em dois ataques consecutivos: um na
sexta-feira (que apenas causou danos no edifício de um lar de idosos) e outro
no domingo, o tal que provocou a morte a quatro soldados israelitas. Terão sido
usados drones Sayyad 107.
Em declarações ao The Telegraph, um
soldado que estava dentro do refeitório do quartel que foi atingido confirmou
que o ataque apanhou os militares de surpresa. “A porta de ferro dobrou-se. Não sabíamos o que tinha acontecido e de
repente alguma coisa entrou pelo telhado. Não ouvimos nada antes, só a enorme
explosão. As sirenes não tocaram”, contou.
Para tentar resolver este problema, o sector
empresarial israelita está a procurar desenvolver soluções capazes de aumentar
a capacidade de detecção de drones, diz ainda o jornal britânico — dando o
exemplo da startup israelita R2, que está a desenvolver uma rede de
sensores capazes de identificar drones a baixas altitudes e de enviar essa
informação de imediato para as forças armadas israelitas.
CONFLITO
ISRAELO-PALESTINIANO MUNDO
COMENTÁRIOS:
Vladimiro Mousinho: Senhor jornalista, não se
entusiasme com a "fragilidade" de Israel . Esclareceu o major general
Isidro Pereira que os drones lançados no Líbano fizeram o percurso sobre o mar,
depois desviaram-se para o alvo com sucesso! A surpresa consistiu
neste desvio do drone e a sua inversão que impediu a Cúpula de Ferro de o
destruir.
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