terça-feira, 22 de outubro de 2024

Será que é?

 

Digo, cidadania? Hipocrisia, também me parece. Se não for melancolia. De pura empatia. Por alquimia, ou apenas simpatia, jamais por filantropia. Mancebia em alegria, também rimam. Decididamente, pleurisia, como inflamação da pseudo-sabedoria, rimando com ignorância, jamais com ideologia. Ou com inconsciência, em harmonia. Com cobardia. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia, tenhamos paciência contra tanta imprudência na pedanteria. “Cochonnerie”, para findar em elegância. Mas porcaria é o que é.

Cidadania: Confap reconhece necessidade de rever disciplina mas desmistifica questão da ideologia de género

Confederação Nacional das Associações de Pais desmistifica questão da ideologia de género mas considera que revisão da disciplina é necessária para "se adequar às realidades que existem actualmente".

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 21 out. 2024, 16:14 8 

Luís Montenegro declarou que o Governo tinha intenção de rever planos de disciplinas do básico e secundário

JOSÉ COELHO/LUSA

A presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) reconheceu esta segunda-feira a necessidade de rever a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e de clarificar os conceitos programáticos em alguns temas que diz serem mais complexos.

 “O programa de Cidadania e Desenvolvimento, como o de outras disciplinas, deve ser revisto para se adequar às realidades que temos actualmente“, afirmou Mariana Carvalho, em reacção ao anúncio pelo primeiro ministro, no domingo, da revisão dos conteúdos da disciplina.

Em declarações à agência Lusa, a representante dos pais reconheceu que a disciplina não é consensual e que a confederação até chegou a receber queixas por parte de alguns encarregados de educação, que não queriam que os alunos frequentassem aquelas aulas.

 “Não era muito frequente, mas é uma disciplina que deixa muito ao critério das escolas e dos professores“, justificou, explicando que um dos temas mais controversos é a igualdade de género.

 “Mas a igualdade de género não tem a ver com questões ideológicas e é preciso desmistificar isto”, acrescentou.

Por isso, Mariana Carvalho, que ressalva que ainda não é conhecida nenhuma proposta concreta do Governo, defende que no âmbito de uma revisão da disciplina seria, sobretudo, importante clarificar os conceitos previstos.

Do ponto de vista da identidade de género, é um tema muito complexo e que gera controvérsia. Tem de ser lidado com muito cuidado, mas a escola é inclusiva e acolhe todas as crianças e jovens, com todas as suas diferenças e individualidades”, defendeu.

No encerramento do 42.º Congresso do PSD em 20 de outubro em Braga, Luís Montenegro anunciou a intenção do Governo de rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de Educação para a Cidadania.

 “Vamos reforçar o cultivo dos valores constitucionais e libertar esta disciplina das amarras a projectos ideológicos ou de facção”, prometeu, na que foi a passagem mais aplaudida do seu discurso final.

A disciplina de Cidadania e Desenvolvimento foi criada em 2017, na altura ainda em fase-piloto e alargada depois a todas as escolas no ano letivo 2018/2019, sendo obrigatória para os 2.º e 3.º ciclos, enquanto no 1.º ciclo e secundário os temas são tratados de forma transversal.

Entre os conteúdos obrigatórios, o programa prevê os direitos humanos, igualdade de género, interculturalidade, desenvolvimento sustentável, educação ambiental e saúde, devendo ainda ser abordados temas como a sexualidade, media, instituições e participação democrática e literacia financeira em, pelo menos, dois ciclos do ensino básico.

O ex-ministro da Educação João Costa acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de querer “retroceder civilizacionalmenteao propor a revisão do currículo da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, considerando que Luís Montenegro está a pôr-se ao lado de movimentos “bastante extremistas”.

“O que está aqui em causa é retroceder civilizacionalmente nos passos que têm vindo a ser dados, de termos uma sociedade mais plural, mais livre, em que, sobretudo, o respeito pelos outros é uma condição essencial para sermos comunidade e para podermos viver todos em paz e em segurança”, disse João Costa, que em 2017 integrava o Governo enquanto secretário de Estado da Educação.

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COMENTÁRIOS (de 7)

Rui Lima: Se tornarem essa coisa como optativa, vão ver o que os cidadãos dizem da dita “cidadania”… uma doutrinação woke socialista.                    Domingas Coutinho: Este ex-ministro da educação é mesmo um teimoso. Só fez porcaria e insiste. Foi um péssimo Ministro da Educação. Porque não se cala?                    João Floriano > Domingas Coutinho: Um dos piores ministros da Educação que já tivemos. Foi secretário de Estado de outro ainda pior do que ele, Tiago Brandão, que nos tem feito o grande favor de se manter calado. Tiago Brandão era ministro mas quem de facto punha e dispunha era João Costa que invadiu o sistema educativo com as doutrinas do género. Foi premiado com um tacho na UE ligado à Educação. Quanto mais incompetentes melhor.              Otavio Luso: Como defensor da igualdade dos dois géneros existentes, masculino e feminino, começo a ficar preocupado com a violação desta equidade, quando vamos constatando que as medidas de “discriminação positiva” beneficiam sempre só o género feminino. Não vejo ninguém manifestar-se a favor da equidade, através da implementação de quotas, para as profissões de juízes, onde há mais mulheres que homens, ou de professores, ou médicos, e muitas mais. Talvez haja mesmo necessidade de aulas sobre igualdade de género.

 

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