Digo, cidadania? Hipocrisia, também me
parece. Se não for melancolia. De pura empatia. Por alquimia, ou apenas simpatia,
jamais por filantropia. Mancebia em alegria, também rimam. Decididamente,
pleurisia, como inflamação da pseudo-sabedoria, rimando com ignorância, jamais
com ideologia. Ou com inconsciência, em harmonia. Com cobardia. Mas Roma e
Pavia não se fizeram num dia, tenhamos paciência contra tanta imprudência na
pedanteria. “Cochonnerie”, para findar em elegância. Mas porcaria é o que é.
Cidadania: Confap reconhece necessidade
de rever disciplina mas desmistifica questão da ideologia de género
Confederação Nacional das Associações
de Pais desmistifica questão da ideologia de género mas considera que revisão
da disciplina é necessária para "se adequar às realidades que existem actualmente".
OBSERVADOR, 21 out. 2024,
16:14 8
▲Luís
Montenegro declarou que o Governo tinha intenção de rever planos de disciplinas
do básico e secundário
JOSÉ COELHO/LUSA
A presidente da Confederação Nacional
das Associações de Pais (Confap) reconheceu esta segunda-feira a necessidade de
rever a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e de clarificar os conceitos
programáticos em alguns temas que diz serem mais complexos.
“O programa de Cidadania e Desenvolvimento,
como o de outras disciplinas, deve ser revisto para se adequar às
realidades que temos actualmente“, afirmou Mariana Carvalho, em reacção ao
anúncio pelo primeiro ministro, no domingo, da revisão dos conteúdos da
disciplina.
Em declarações à agência Lusa, a
representante dos pais reconheceu que
a disciplina não é consensual e que a confederação até chegou a receber queixas
por parte de alguns encarregados de educação, que não queriam que os alunos
frequentassem aquelas aulas.
“Não era muito frequente, mas é uma
disciplina que deixa muito ao critério das escolas e dos professores“,
justificou, explicando que um dos temas mais controversos é a igualdade de género.
“Mas a igualdade de género não tem a ver com
questões ideológicas e é preciso desmistificar isto”,
acrescentou.
Por isso, Mariana Carvalho, que
ressalva que ainda não é conhecida nenhuma proposta concreta do Governo, defende que no âmbito de uma revisão da
disciplina seria, sobretudo, importante clarificar os conceitos previstos.
“Do ponto de vista da identidade de
género, é um tema muito complexo e que gera controvérsia. Tem de ser lidado
com muito cuidado, mas a escola é inclusiva e acolhe todas as crianças e
jovens, com todas as suas diferenças e individualidades”, defendeu.
No encerramento do 42.º Congresso do PSD
em 20 de outubro em Braga, Luís Montenegro anunciou a intenção do Governo de
rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de
Educação para a Cidadania.
“Vamos reforçar o cultivo dos valores
constitucionais e libertar esta disciplina das amarras a projectos ideológicos
ou de facção”, prometeu, na que foi a passagem mais aplaudida do seu
discurso final.
A disciplina de Cidadania e
Desenvolvimento foi criada em 2017, na altura ainda em fase-piloto e alargada
depois a todas as escolas no ano letivo 2018/2019, sendo obrigatória para os
2.º e 3.º ciclos, enquanto no 1.º ciclo e secundário os temas são tratados de
forma transversal.
Entre
os conteúdos obrigatórios, o programa prevê os direitos humanos, igualdade de
género, interculturalidade, desenvolvimento sustentável, educação ambiental e
saúde, devendo ainda ser abordados temas como a sexualidade, media, instituições
e participação democrática e literacia financeira em, pelo menos, dois ciclos
do ensino básico.
O ex-ministro da Educação João Costa
acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de querer “retroceder civilizacionalmente” ao propor a revisão do currículo
da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, considerando que Luís Montenegro
está a pôr-se ao lado de movimentos “bastante extremistas”.
“O que está aqui em causa é retroceder
civilizacionalmente nos passos que têm vindo a ser dados, de termos uma
sociedade mais plural, mais livre, em que, sobretudo, o respeito pelos outros é
uma condição essencial para sermos comunidade e para podermos viver todos em
paz e em segurança”,
disse
João Costa, que em 2017 integrava o Governo
enquanto secretário de Estado da Educação.
ESCOLAS EDUCAÇÃO CIDADANIA SOCIEDADE
COMENTÁRIOS (de 7)
Rui Lima: Se tornarem essa coisa como optativa, vão
ver o que os cidadãos dizem da dita “cidadania”… uma doutrinação woke
socialista. Domingas
Coutinho: Este
ex-ministro da educação é mesmo um teimoso. Só fez porcaria e insiste. Foi um
péssimo Ministro da Educação. Porque não se cala? João
Floriano > Domingas
Coutinho: Um
dos piores ministros da Educação que já tivemos. Foi secretário de Estado de
outro ainda pior do que ele, Tiago Brandão, que nos tem feito o grande favor de
se manter calado. Tiago Brandão era ministro mas quem de facto punha e dispunha
era João Costa que invadiu o sistema educativo com as doutrinas do género. Foi
premiado com um tacho na UE ligado à Educação. Quanto mais incompetentes melhor. Otavio
Luso: Como
defensor da igualdade dos dois géneros existentes, masculino e feminino, começo
a ficar preocupado com a violação desta equidade, quando vamos constatando que
as medidas de “discriminação positiva” beneficiam sempre só o género feminino. Não vejo
ninguém manifestar-se a favor da equidade, através da implementação de quotas,
para as profissões de juízes, onde há mais mulheres que homens, ou de
professores, ou médicos, e muitas mais. Talvez haja mesmo necessidade de aulas sobre igualdade
de género.
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