segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Num país de descontentes

 

Impõe-se, habitualmente, o sorriso dos primeiros-ministros. Luís Montenegro não é excepção. Contra os esgares furibundos dos partidários contrários.

Sim, entre nós, o Nevoeiro é uma constante. Di-lo Fernando Pessoa, defeito, pois, muito nosso e de raiz, não há que esperar melhoria. Ou que chegue a tal HORA, de que trata Pessoa. Repitamos, pois, sabendo, contudo, que a Hora não chegará nunca, a tal da mudança. Trata-se de estrutura, fiquemo-nos pela poesia, que essa vale sempre a pena.

       NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer —

Brilho sem luz e sem arder

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

                                 Valete, Fratres.

O homem que perdeu ganhando

Pedro Nuno Santos, obviamente. Mas também André Ventura e o síndroma do prematuro. E o estranho caso do caso que não é caso. Ou a fúria do ministro Paulo Rangel.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 20 out. 2024, 00:24149

Pedro Nuno Santos, o homem que perdeu ganhandoPedro Nuno Santos é um caso. Não um caso sério ou um caso menos sério. Também não é um caso de falta de jeito. Nem de falta de preparação intelectual. É um caso de falta de senso.

Nos tempos que correm o senso anda arredado dos critérios de avaliação. Elogia-se a inteligência, a perspicácia, a combatividade e sei lá que mais mas nada se diz sobre o senso. Percebe-se porquê: com o seu quê de prudência e capacidade de julgamento em função das circunstâncias, o senso acabou por cair no espectro do conservadorismo e daí o seu ocaso nos valores mediática e socialmente exaltados. Contudo devia dar-se a maior atenção ao senso porque ele é fundamental para a manutenção da paz e do bem-estar nas sociedades. Mas não só. Como a actual situação política portuguesa ilustra à exaustão o senso ou mais precisamente a capacidade de transmitir uma imagem de alguém ligado aos valores do senso comum é fundamental num líder. Afinal foi o menosprezo pelo senso que levou Pedro Nuno Santos e o seu círculo mais próximo a saírem derrotados nesta crise do orçamento, apesar de na prática a terem ganho pois não só conseguiram alterar substancialmente esse mesmo orçamento como ainda têm a possibilidade de o continuar a alterar, agora na especialidade.

Aquele tropel de dizer e desdizer que visto de fora se resume a vencemos o governo no orçamento mas afinal não viabilizámos o orçamento que nós mesmos alterámos só faz sentido para quem vive fechado na bolha da política e que, por conforto material e muito isolamento social, não percebe que no mundo real há muito se perdeu o fio à meada.

Pedro Nuno Santos conseguiu a proeza de ser o homem que perdeu ganhando única e exclusivamente pela sua absoluta falta de senso. Para quem o apoia tenho uma má notícia: ao contrário do que acontece com outras lacunas ou até defeitos, a falta de senso não se corrige. Apenas mudam as circunstâncias em que se manifesta.

O estranho caso do caso que não é caso. Ou a fúria do ministro Paulo RangelComecemos pelo caso em si mesmo: a 4 de Outubro aterrou em Figo Maduro o voo de repatriamento de portugueses que se encontravam no Líbano. Dadas as circunstâncias em que estes portugueses regressavam ao país, estavam a recebê-los o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o comandante do Aeródromo de Figo Maduro, coronel Abel Oliveira, e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Cartaxo Alves. A dado momento, Paulo Rangel ter-se-á dirigido ao general Cartaxo Alves  “de forma ofensiva e aos gritos”. Menos vocal mas bem expressivo foi o que se terá passado entre o ministro e o comandante do Aeródromo de Figo Maduro, coronel Abel Oliveira: Paulo Rangel virou-lhe as costas, deixando o coronel Abel Oliveira de mão estendida

Na base desta insólita situação terá estado uma questão protocolar que deixou descontente o ministro dos Negócios Estrangeiros. O que não deixa de ser em si mesmo uma desculpa esfarrapada porque se o ministro estava ofendido com uma questão protocolar não devia ele mesmo criar mais duas gravíssimas questões protocolares, sendo que uma delas foi com o  próprio Chefe do Estado-Maior da Força Aérea.

Perante tudo isto não sei o que causa maior perplexidade: o despropósito e o descontrolo de Paulo Rangel obviamente são preocupantes. Mas igualmente preocupante é o silêncio que caiu sobre o assunto: o presidente República que note-se é o comandante supremo das Forças Armadas declara “não foi notificado, por nenhuma entidade competente, dos alegados eventos” e nos meios de informação à excepção do “Tal&Qual” e do “Correio da Manhã” mal se deu pelo assunto. Os partidos da oposição tão pressurosos a pedir explicações aos ministros por qualquer assunto também olham para o lado ou manifestaram-se de forma tão discreta que não se deu por isso. Luís Montenegro, que está a caminho de ser o homem que ganha, mesmo e sobretudo quando perde. também não foi incomodado com tal assunto. Mas se é verdade o que “Tal&Qual” relatou e o “Correio da Manhã” fotografou estamos perante um comportamento inadmissível do ministro dos Negócios Estrangeiros. O estranho caso do caso que não é caso é mesmo muito estranho.

André Ventura e o síndroma do prematuro. Aquilo a que por aí se chama pouca confiabilidade de André Ventura em muitos momentos mais não é que a manifestação duma espécie de síndroma do prematuro. Não estou obviamente a referir-me ao que pensa o líder do Chega mas sim à forma como actua.

André Ventura - e nisso é acompanhado por Pedro Nuno Santos - queria chegar onde está hoje mas age como se tudo lhe tivesse acontecido antes do tempo. Com os seus 50 deputados, André Ventura parece uma criança a quem deram um estojo de química e que de repente percebe que há uma grande diferença entre as experiências na realidade versus às dos anúncios.

André Ventura tem tido coragem, sorte e instinto político. Quando este último falha como notoriamente aconteceu nas últimas semanas, convém não abusar da sorte nem confiar em excesso na coragem. Até porque se ele, André Ventura, continua insubstituível no Chega o mesmo não se pode dizer do próprio Chega: naquela área política não faltam candidatos a replicar o modelo. É tudo uma questão de oportunidade.

PEDRO NUNO SANTOS     POLÍTICA     ANDRÉ VENTURA     PARTIDO CHEGA

COMENTÁRIOS (de 155)

Ruço Cascais: Pedro Nuno Santo Caído: Assim como existem anjos caídos, também existem santos caídos. Pedro Nuno deve ser um. Subiu aos céus onde seria recebido por toda a glória de Deus, só que, quando lá chegou, foi recebido a pontapé e a murro até espetarem com ele novamente cá em baixo.           Ministro dos Negócios Traseiros e da Pinga: Sim, já ninguém se lembra, mas o ministro foi apanhado com uma cadela (pinga, ga.jas nem vê-las) em Bruxelas de caixão à cova. Se calhar em Figo Maduro também já estava com os copos, mas, ainda naquele estágio de rezingão e implicativo e não o de andar abraçado aos postes a cantar. Enfim, são coisas que acontecem. Não obstante, adorava ver uma discussão entre o Rangel e o Moedas. Ambos timbram em falsete, e, com sorte, teríamos a primeira versão dos Bee Gees em Portugal com agudos de fazer inveja ao Barry Gibb. Falta um, talvez Rui Rio que também estica bem as cordas ou não fosse ele um homem do Porto. Por fim Ventura o Homem Odiado. Se Portugal fosse Moçambique já lhe tinham limpo o sebo. Felizmente que em Portugal tudo grita em falsete. Coitado do Homem, só disse que todos deviam pagar impostos, incluindo aquela etnia cujo nome não se pode dizer, e, também, que é preciso controlar a migração para evitar a vinda de Sinwar’s que timbram em voz grave para Portugal               observador censurado: Quem perdeu foi o contribuinte, em particular, a autora que há duas semanas perguntou: "o rural está disposto a fazer algo pelo país?" Num país que tem metade da população da Holanda, o "rural" escolheu continuar o caminho do sr. António Costa, escolhendo um governo com o dobro dos ministros do governo holandês. Metade do governo do "rural" são ministros fantasma, isto é, ministérios que os contribuintes pagam e que não lhes prestam qualquer serviço. Por exemplo, o Estado presta serviços de Saúde. Assim, compreende-se que exista o Ministério da Saúde. No entanto, o Estado não presta nenhum serviço de Coesão Territorial, sendo que a coesão territorial é "apenas" um critério que deveria ser considerado em todas as decisões de investimento do Estado. Consequentemente, o Ministério da Coesão Territorial é um ministério fantasma. Salvo melhor opinião, quando os contribuintes são obrigados a pagar "serviços" que o Estado não lhes presta, estes montantes vão engrossar o "bolo" da corrupção. Conclusão: logo no início, na formação do governo, o "rural" escolheu o caminho do empobrecimento e da corrupção.                    Maria Paula Silva: A HM está a falar de senso ou  de bom senso? o que falta a esta gente é bom senso. PNS: tem falta de bom senso e de preparação intelectual. PRangel: é um tonto, meio roscofe a fingir que não é.              A Ventura: ninguém é insubstituível e é bom que se modere e não tenha nenhum ataque cardíaco, ganharia muito se fosse mais contido.            José Paulo Castro: Quem perdeu ganhando foi o contribuinte, que votou para ter uma mudança e ganhou essa mudança. No entanto, acabou com um orçamento que é quase uma continuação do anterior, com um pouquito menos de IRS e IRC, que vai servir para pagar os impostos indirectos que continuam por aí e até aumentam.               Alfaiate Tuga: Se este orçamento passar, quem vai continuar a perder são os trabalhadores do privado com salários acima de 2000 euros, pois já andam há anos a ser esbulhados em IRS para sustentar um estado que não lhes serve praticamente para nada e pelos vistos vão continuar, apesar da promessa não cumprida em campanha da AD de redução de IRS até ao oitavo escalão. Agora vão dar desconto em IRS aos jovens na esperança de que não emigrem …é só rir!!! Não conseguem atrair para Portugal investimento que pague bons salários, depois querem que os jovens fiquem cá, só se for como nómada digital a receber salário da Irlanda ou Holanda. O número de funcionários públicos já está ao nível da pré troika, mais 100 mil nos últimos anos,          bento guerra: Ventura só teve ganhos, por muito que desagrade aos papagaios das televisões, ter de o admitir. Que seria da vossa conversa bafienta, sem o Chega?                Maria Tubucci: Hoje estou pessimista, o homem que perdeu ganhando diz a Srª. HM. Isto significa que a política é só um jogo, onde os políticos jogam com o país e com a vida dos portugueses. Eu achava que a política servia para melhorar a vida dos portugueses, afinal os portugueses são apenas peças de tabuleiro que são jogadas, segundo a mão e a táctica política. Que jogo sujo e perverso. O meu avô dizia sempre, a perder se ganha e a ganhar se perde. Estamos precisamente aqui. No dia 10 de março ganhou a direita, errado perdeu a direita ganhou a esquerda. Ou melhor, quem perdeu foram os portugueses, depois de 8 anos de atraso de vida irão ter mais 2 anos de atraso de vida, ficando cada vez mais pobres e com menos liberdade. Quando um ministro não consegue lidar com os seus, como lidará com os outros? Significa que não tem competência para ser ministro. A “direitinha” que ganhou as eleições, apoiou como se fosse um dos seus o mais incompetente pm para Bruxelas,  iniciou a governação com o OE do perdedor das eleições e quis que o perdedor apoiasse o seu OE2025. Disforia política? Para onde vamos a partir daqui? Será que os políticos querem saber dos portugueses? Acho que não. Querem mudar um povo importando descontroladamente gente que não respeita nem quer a nossa cultura, traindo a nossa história. Querem uma economia baseada em trabalho escravo, o que faz os nossos fugirem para onde são bem pagos. E não passamos disto. Os políticos tratam os portugueses como acéfalos. O nosso SNS que nós pagamos em impostos é para ser usufruído pelos estrangeiros, se quisermos tratar da nossa saúde temos de pagar bem caro. Por exemplo, a minha mãe no SNS tem direito a 1 consulta por ano no médico de família, era agora no final de outubro, passou para o final de novembro, em 1º lugar o SNS é para os estrangeiros. Com os políticos anti-nação e anti-portugueses que temos, o nosso caminho é em direcção ao abismo.          Joaquim Almeida: São tão ridículas essas aparições de políticos no aeroporto  para acolher repatriados. Vão lá fazer o quê, esses populistas baratos? Para armar barracas  protocolares ou de mera má-educação meio rasca ?                Tim do A: PNS não tem perfil e é do Bloco de Esquerda. Montenegro não tem perfil e é do PS. Rangel não tem perfil e é histérico e desequilibrado.                Américo Magalhaes: Uma excelente análise de HM, cheia de substância e oportunidade. como sempre nos habituou aqui no Observador. Se me é permitido, gostaria de acrescentar o seguinte. PNS é um bolchevique genuíno, para quem não acredita,   dêem-lhe o poder e ficarão a saber o que é um bolchevique. PR, a sua vida privada (que devemos respeitar) terá sempre influência no seu comportamento e vida profissional. AV  peca por falar demais, demasiadas vezes, e por vezes fora do tempo. Terá  de se autodisciplinar. No entanto as suas preocupações e a sua luta (Controlo da Imigração,  Segurança,  Educação, Economia, Dessocialização do país da Censura e Inquisição) fazem todo o sentido .           Gabriel Madeira > JOHN MARTINS: No meio de todos estes jogos, quem perde é o país, e os contribuintes, sobretudo os que quiseram uma mudança dos últimos 8,5 anos.              José Paulo Castro > JOHN MARTINS: Então acha que Montenegro daria um bom líder da oposição? Eu acho que já deu. O 'melhor' líder da oposição é o que ganha as eleições e continua a executar o orçamento do anterior governo e propõe um novo quase igual. Assim, até dá gozo perder as eleições como PNS, pela vontade do povo.               Manuel Martins: Em minha opinião,  o problema de PNS é que parece tentar ser como o Ventura: tenta copiar as tendências ditatoriais  com que Ventura gere o seu partido e faz política. Demonstrou bem essa faceta quando mandou todos falar como ele. Azar o dele pois os militantes do PS não são os do Chega.  Têm gente muito inteligente, livre e com ideias próprias. Para mim, são ambos egos inchados,  com pouca preocupação com o interesse público. Também me parece que o Montenegro está a ficar parecido com o Costa.  Espero que não se esqueça do valor da humildade...           João Floriano: Começando pelo fim, não consigo ver quem na  área da Direita  possa replicar o sucesso, o instinto político e o atrevimento que André Ventura e o CHEGA por arrasto têm demonstrado. Eu penso precisamente o contrário de Helena Matos: é muito mais fácil neste momento substituir Ventura do que anular o CHEGA. Há cinco anos que Ventura está à frente do CHEGA, foi já um deputado sozinho que fez  a diferença de forma muito inteligente. Passou depois a doze deputados e agora tem 50 e mesmo que haja quem diga que são descartáveis e que não contam para nada, como o jovem Bugalho disse uma noite destas do cimo da sua arrogância e sucesso instantâneo, os 50 contam e de que maneira. PNS que o diga. Foi obrigado a engolir um sapo do tamanho de uma melancia de 14 kilos. E aquela questão das reuniões ainda não está esclarecida devidamente. Aliás há uma ligação entre as cinco reuniões discretas em S. Bento e o chilique de Paulo Rangel. Já se percebeu que quando as coisas não agradam, a AD pura e simplesmente tenta ocultar debaixo do tapete, tal e qual como quem quer manter a casa limpa, mas com o pó a acumular-se debaixo da carpete. Não costuma dar bom resultado porque lixo escondido, não é lixo eliminado. Este deslize grave de Paulo Rangel, que demonstra uma grande falta de controle que no caso de um importante membro do governo é fundamental, pode dar origem  a um grave mal - estar entre o governo e as altas chefias militares. Ou será que Paulo Rangel estaria «indisposto» como  em julho de 2021 quando foi fotografado  em Bruxelas a trocar os pés? É de facto uma reacção exagerada, imprudente, muito informal, protocolarmente insustentável. Quanto à aprovação do orçamento está-se a querer passar  a ideia de que Montenegro é o grande vencedor: o sagaz, o arguto, o visionário, o que comeu as papas na cabeça da oposição. E a propósito de papas, o grande Jean de la Fontaine que com as suas fábulas geniais tão bem soube usar os animais para  descrever os vícios, as fragilidades, as arrogâncias dos humanos tem uma fábula chamada a Cegonha e a Raposa, em que a Raposa parece ser muito inteligente até a Cegonha lhe dar o troco. Neste trio, não há quem tenha saído vitorioso nem derrotado a 100%. Todos evitaram eleições de resultado muito imprevisível, Montenegro tem governo até 2026  mas com um orçamento que não é o seu e vai ter de aturar a extrema-esquerda como Passos fez nos tempos da troika, PNS pode sempre puxar pelo trunfo de ter sido o garante da paz política e da estabilidade, Ventura cola a AD ao PS. Foi isto que restou depois de um verão enjoativo em que só se falou do Orçamento.               Jorge Espinha: Quem ganhou por agora foi o PS, quando voltarem ao poder não vão necessitar de reverter seja o que for, pois tudo continua segundo a sua cartilha.               Filipe Paes de Vasconcellos: PNS é como o Costa, o PS e tal qual o Benfica: nunca perdem! Podem é não ganhar!               Ronin kaishakunin: A reacção de Rangel é a de uma virgem ofendida, salvo seja para as virgens e mostra o que é ter como MNE um indivíduo desequilibrado,  a mão estendida do militar deveria ser uma bofetada para o acordar da atitude histérica. Sobre Ventura ser insubstituível, tenho as minhas dúvidas e decerto o Chega irá crescer com a época de "defeso" até eleições, por uma razões muito simples, o PS continuará com um líder de extrema esquerda substituível por outro igual ou parecido, o PSD tentará ser o que o PS sempre foi, situacionista e muito à esquerda, socialista sempre, como todos os social democratas na Europa.          Maria Emília Santos Santos: Pedro Nuno continuará a ganhar porque a maré está do lado dele! Bruxelas ama-o a ele e a todos os dele! Quem perdeu e continuará a perder tudo, mas tudo mesmo, são os pobres portugueses que votaram nele e nos comparsas do PSD. Acabou-se a festa, agora há que ir aos caixotes do lixo para comer, porque os subsídios são para os estrangeiros que nunca nada fizeram neste país! Mandem vir mais e dêem-lhes casa, comida e dinheiro, sem trabalhar porque é a melhor maneira de acabar com a raça portuguesa, a sua identidade e o seu espaço geográfico! O Ventura não lhes agrada por ser íntegro e se opor à corrupção continua e abominável deles! O Ventura é um deputado com BOM SENSO!                   Joaquim Almeida > Maria Paula Silva: Certíssimo. Não confundir senso comum com bom senso:  está precisamente aí o primeiro passo para o senso crítico indispensável a todo o cidadão  e  ao bom exercício da democracia. Pelo contrário, é nas águas do senso comum que pescam e medram  os políticos e activistas sem bomsenso. Então nestes tempos da "novilingua"...                 Antonio Sennfelt: O estranho caso do caso que não é um caso, é um caso muito sério!                 Rui Lima: Por norma o ministro dos negócios estrangeiros deve ser o mais polido e calmo num governo .

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