A crónica desinibida de Tiago Dores, um jovem com espírito mordaz, atento a
várias facetas de uma actualidade livremente perversa, que jovens atentos como
ele poderão ajudar a corrigir… se os deixarem.
É da natureza do PCP estar muito para lá de Maduro
Depois de ver os comunistas
venezuelanos pedirem ao PCP para moderar os ímpetos comunas, só falta mesmo ver
António Guterres a pedir à Greta para não ser histérica com as alterações
climáticas.
TIAGO DORES Colunista do Observador
OBSERVADOR, 07 ago. 2024, 00:1540
Jogos Olímpicos, gosta? Tem visionado?
Bem giro, aquela pugilista italiana a ser esmurrada por um
indivíduo, não achou? Quer dizer, o
Comité Olímpico Internacional (COI) garante estarmos na presença não de um
pugilista, mas de uma pugilista argelina. Já os, suspeito, brutamontes da
Associação Internacional de Boxe (AIB) garantem tratar-se de um homem.
Só porque lhe fizeram testes genéticos e ao sangue e assim. Mas o que é que
isso prova? Tudo, para lá de qualquer dúvida, em princípio. Mas o COI decidiu
borrifar nisso. Daí chamar-se COI e não ORGANISMO COMO DEVE SER.
Ou
seja, se a razão estiver do lado da AIB, o Comité Olímpico deu carta branca a
um homem para dar umas boas solhas em várias mulheres. Se, pelo contrário, o
COI tiver razão, a Associação Internacional de Boxe daria carta branca a uma
mulher para, sempre que assim o desejar, entrar num ringue para enfardar
valentes enxertos de porrada de homens. Chamem-me conspiracionista, mas tendo a
achar esta última hipótese um bocadinho improvável.
Já
o primeiro cenário é coisa para não desagradar a tantos e tantos praticantes
amadores da clássica violência doméstica. Artistas, para quem a profissionalização
da disciplina poderia culminar em eventual carreira desportiva, cujo clímax
seria o enfardamento de senhoras de todo as nacionalidades num qualquer torneio
olímpico de boxe. Para mim, que tenho Vlad, o Empalador, em conta de personagem
fascinante, sem dúvida, mas talvez ligeiramente excessiva, era pegar numa
daquelas varas do salto com a dita e fazê-la estalar nos costados destes
meninos. E tornar isso modalidade olímpica.
Não digo que fosse uma modalidade muito
saudável para todos os intervenientes, mas se formos por aí, também o triatlo
não é. Basta ver o caso da atleta que
engoliu um pirulito no Sena e quase teve o mesmo destino que o Senna. A
coitada da triatleta foi para Paris com o sonho de ser número um e agora vai
para umas semanas desgraçadas à conta do número dois. Melhor está Portugal.
Podemos não trazer praticamente nenhuma medalha de França, mas pelo menos também não trazemos E. Coli.
Na
verdade, ninguém precisa da infame bactéria quando tem um Partido Comunista
Português a garantir os mais elevados níveis de aroma a putrefacção. E se desta vez o PCP caprichou em termos
de repugnância! Estão sempre a criticar o partido por causa da “cassete”, mas
desta vez não. Desta vez os comunistas portugueses esmeraram-se. Esmeraram-se
tanto que até os seus comparsas venezuelanos disseram “Eh, pá. Calma lá com
esse comunismo todo, camaradas. Olhem que o Maduro não é assim tão
espectacular. Começou muito bem, é verdade, mas depois descambou um bocadinho.
Temos aqui, na calha, um ou outro ditador, pronto para entrar, bem mais
fresquinho.”
Ainda
assim, o PCP não vacilou no apoio a Nicolás Maduro, que não é nenhum Kim Jong
Un, é certo, mas precisamente por isso, dêem tempo para o homem trabalhar. Da
minha parte, e depois deste puxão de orelha comunista – para não se rirem do
estado em que ficou o abano do Trump -, já vi tudo. Por esta
altura, o proverbial porco a andar de bicicleta já enverga a camisola às
bolinhas de Rei da Montanha da Volta a França. Aqui chegados, já só ficarei
surpreendido quando houver um dia fresquinho no inferno. Ou quando António Guterres pedir à Greta Thunberg para se deixar de
histerismos com o aquecimento global. Ou quando começar a haver artistas a
desistirem de actuar na Festa do Avante. Ou quando, para tomar o poder na
Câmara de Lisboa, PS, Livre e BE deixarem de fazer questão de ter o PCP no
mesmo barco. Ou quando este barco metafórico acertar metaforicamente,
mas em cheio, num valente iceberg. Aí, a surpresa seria mesmo das boas.
PCP POLÍTICA VENEZUELA MUNDO IGUALDADE DE
GÉNERO SOCIEDADE
COMENTÁRIOS (de 40)
Nuno Abreu: A mesma dignidade, caro José
Dias, que sentiria violada se alguém dissesse, ou mesmo insinuasse, que eu era
transsexual! Nota: uma primeira resposta onde aplicava um sinónimo de
transexual foi bloqueada. José B
Dias: Mas, caro Nuno, que dignidade conseguiu ver aqui ofendida? Será que não
terá lido já com preconceito? Nuno Abreu:
"Bem giro, aquela
pugilista italiana a ser esmurrada por um indivíduo, não achou? Quer dizer, o
Comité Olímpico Internacional (COI) garante estarmos na presença não de um
pugilista, mas de uma pugilista argelina. Já os, suspeito, brutamontes da
Associação Internacional de Boxe (AIB) garantem tratar-se de um homem".
Sinceramente
tinha alguma simpatia pelo Tiago. Mas este texto profundamente sexista,
profundamente superficial e que ofende a dignidade de um ser humano obriga-me a
pôr de lado a leitura de textos da sua autoria. Para o Tiago a minha decisão é
irrelevante. Para mim é estruturante na medida que não alimento quem, sem mais,
humilha alguém para ganhar o pão tentando fazer, à custa disso, rir os outros! João Floriano > Nuno Abreu; Nuno, a sua defesa da dignidade
de um ser humano deixa-me profundamente comovido. Espero sinceramente que a
italiana que ficou com o nariz desfeito leia e se debulhe em lágrimas com a sua
compreensão. porque está a falar da dignidade da italiana, não é verdade? João
Floriano: «Numa mulher não se bate nem com uma flor». Mas se for com uma luva de
boxe, até não há nada para reclamar. A italiana pediu desculpa por ter
levantado a dúvida de estar a apanhar de um homem ( não foi a primeira) e como
recompensa pela sua docilidade e compreensão, levou uma compensação monetária
que lhe vai permitir fazer uma rinoplastia e ficar com um narizinho novo. Nada
que por cá não tenhamos já visto demasiadas vezes: mulheres que apanham dos machos
e que em tribunal se remetem ao silêncio. Estou totalmente de acordo com uma
nova modalidade olímpica: vara no lombo. Já há petição para eu assinar? O
trocadilho entre Sena (rio) e Senna (corredor de automóveis prematuramente
desaparecido) é perfeita. De facto o Sena foi um dos grandes protagonistas
destes JO com a cena horripilante, grotesca, insensível da Última ceia de Da
Vinci, mais um trocadilho porque em italiano dizemos «Cena». o que nos leva a
concluir que os JO de Paris têm dado origem a grandes cenas, meu! E estamos a
tremer de excitação só em imaginar como vai ser a cena final do encerramento
porque qualquer coisa que fique para a posteridade ainda mais ofensiva do que a
abertura parece-me difícil. mas a imaginação woke não pára de nos surpreender.
A noite passada fomos surpreendidos por Kamala e Tim: indescritíveis! Quero
aqui defender a E. coli. é das bactérias mais fáceis de tratar com
antibióticos. experimentem meter-se com a Proteus mirabilis, uma simpática
bactéria polivalente que circula sem passaporte pelos nossos sistemas e vão
achar a E. Coli o vosso menor problema. Sabe-se lá o cocktail de javardices que
os atletas do triatlo vão levar como recordação destes JO. Semelhante às
equipas de triatlo que nem protestam e se atiram para aquele caldo de poluição
que é o Sena, a nossa esquerda também não hesita em querer o PCP na corrida à
CML, a grande medalha de ouro dos jogos autárquicos, apesar de saber que o PCP
é o nosso Sena: Foram gastos milhões a tentar despoluir o rio, mas em vão. No caso do PCP andam há 50
anos a tentar-nos convencer que se trata de um partido democrático, quando não
é. Há 50 anos que o PCP é o nosso melhor exemplo de wokismo. Não é democrático,
nunca foi, nunca será, mas se os comunistas dizem que são, só podemos aceitar e
respeitar em nome do politicamente correcto. Mas a esquerda continua a querer
atirar-se de cabeça, porque a CML justifica tudo. As provas no Sena são um caso
de saúde pública, os atletas correm riscos mas como a organização é woke, bico
calado. E ainda bem que os JO não foram na Índia em Varanasi, onde o triatlo
seria realizado no rio Ganges por entre restos de cremações incompletas. Fernando CE: Deliciosamente
hilariante.
João Floriano > Pedro Correia: Trata-se de uma atleta de
Taiwan. O que eu acho curioso no caso do macho argelino que grita que é mulher
(talvez esperançada que haja quem lá queira ir verificar), representa um país
muçulmano, extremamente conservador nestes assuntos de género e sexo, mas
parece que neste caso não se passa nada.
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