sábado, 17 de agosto de 2024

E tudo são recordações


E propostas reformistas feitas com velha garra, que nos fazem reviver os tempos de alguma fé, à direita. Um obrigada a JOSÉ RIBEIRO E CASTRO, e que por muito tempo assim continue, com a frontalidade antiga, para que essas lembranças possam ainda fazer endireitar os trilhos por onde tantos temos descambado, parolamente… ou antes, sofismadamente, rosnando em torno do osso, sempre aliciante, por duro que seja…

Venezuela, temos de chegar a tempo

Não ouvimos uma só palavra do PS – pode dar-se até o caso de Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão nunca terem ouvido falar da Venezuela, nem saberem onde fica.

 JOSÉ RIBEIRO E CASTRO Advogado

OBSERVADOR, 16 ago. 2024, 00:2033

Fui a primeira vez à Venezuela no Natal de 1978. Com família por lá e em Boston, juntámo-nos todos em Caracas. Foi o meu primeiro Natal da globalização. A Venezuela era, graças ao petróleo, um país muito rico e economia dinâmica, que atraía. A democracia parecia consolidada, com alternância entre democratas-cristãos e sociais-democratas: o COPEI, e Rafael Caldera, e a AD, de Carlos Andrés Perez (CAP, grande amigo de Mário Soares). Era até uma referência nas instáveis e incertas democracias latino-americanas. A influente ODCA, a internacional da democracia-cristã na América, tinha a sede em Caracas. A comunidade portuguesa era numerosa, respeitada e influente, na maioria de origem madeirense – gente feliz, muito presente no comércio e nos transportes.

Uma democracia lançada no abismo

O litro de gasolina era mais barato do que o litro de água, curiosidade que me surpreendeu. Era uma sociedade próspera, embora com visíveis desigualdades sociais (os “ranchitos”, favelas locais que cercavam a capital, nas montanhas), crime violento e corrupção. O meu pai preveniu-me, em 1978, o que viria a ser o caracazo, em 1989 (levantamento popular espontâneo, em Caracas e noutras cidades, com saques do comércio, violentamente reprimido, que favoreceu a queda progressiva do regime e a emergência de Hugo Chávez).

Voltei em Março de 1979, acompanhando Adelino Amaro da Costa à posse do Presidente Luis Herrera Campins, democrata-cristão, que ganhara as presidenciais de Dezembro de 1978. Depois, já só regressaria, por duas vezes em 2004/09, como deputado ao Parlamento Europeu, em solidariedade com a oposição ao chávismo. O sistema entrou a derrapar no fim dos anos 80; e a década de 90 seria pior e fatal. Hugo Chávez tentou dois golpes de Estado em 1992 contra o Presidente da República. Seria preso, mas o Presidente caiu. Haveria nova tentativa democrática com o outro histórico Rafael Caldera. Mas falhou também. E o tenente-coronel Hugo Chávez alcançou o poder nas presidenciais de 1998, à frente do seu movimento pela V República, pela Revolução Bolivariana e pelo Socialismo do Século XXI. Três grandes fracassos, em que a grandeza proclamatória do palavreado tenta mascarar a catástrofe política, a catástrofe económica e a catástrofe social.

Hugo Chávez fez logo adoptar nova Constituição, moldada ao regime que quis. Abriu ao país as portas do abismo, violando as regras da democracia, abusando das normas da economia e abalando os pilares da sociedade. Desinstitucionalizou progressivamente o país, apoderado pelo ditador. As eleições passaram a ser sempre contestadas, ou por manobras políticas prévias e na campanha, ou por fraude nos resultados. Nas anteriores, em 2018, Nicolàs Maduro foi “reeleito” para segundo mandato em 20 de Maio. “Eleições” marcadas por controvérsias, com acusações de fraude e manipulação, e amplamente contestadas tanto internamente quanto pela comunidade internacional. Muitos países não reconheceram os resultados. Agora, repete-se o filme, com muito maior evidência de ser gigantesco o roubo da vontade popular. O regime agoniza e entrincheira-se no seu castelo – um clássico.

A Revolução Bolivariana

Chávez ainda tinha o carisma do fundador e sentido de humor. E beneficiou da vontade internacional de o desculpar, apesar de novo Mussolini, notório fascista à esquerda, de camisa vermelha, em vez de negra, alinhado com todos os revolucionários prestáveis, brandindo punho e verbo contra os yankees – velha receita latino-americana para animar plateias. Valeu-lhe também – e aos seus – a riqueza do petróleo ainda não destroçada. Porém, desde 2013, com Nicolás Maduro, a Venezuela ficou entregue a um clown incapaz e incompetente, de que correm vídeos com as famosas “maburradas”, um ditador feroz, sem escrúpulos, perito em roubar eleições e perseguir e prender opositores.

A revolução bolivariana é um falhanço estrondoso. A sua mais famosa bandeira foi também recolhida: o “socialismo do século XXI”. Só tinha de novo o “século XXI” e esboroou-se logo no princípio – as dos séculos XIX e XX estoiraram (algumas com milhões de cadáveres), mas duraram mais – a soviética durou 70 anos e picos. Ambicionou expandir-se pelo mundo, jorrando petrodólares sobre sócios e companheiros, num novo internacionalismo irmanado com a corrupção. Nos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, a Venezuela ofereceu uma série de ajudas financeiras, económicas e políticas a vários países da América Latina e a partidos e movimentos políticos da sua área, além de olear convenientemente as suas alianças internacionais com a Rússia, a China, o Irão e Coreia do Norte. Até o Grupo Wagner lá foi parar – e sabe-se como cobra caro os seus serviços. Usando o petróleo a preços subsidiados, montou uma política de mãos largas para promover a “Revolução Bolivariana” e construir alianças. Cuba terá recebido ajudas de 7 a 10 mil milhões de dólares anuais no período de Chávez e 2 a 3 mil milhões, nos anos de Maduro, marcados por monumental crise económica e cambial. A ajuda à Nicarágua terá sido de 500 a 600 milhões de dólares/ano, com Chávez, e 200 a 300 milhões anuais, com Maduro. A imprensa foi relatando também o fluxo de ajudas generosas para o casal Kirchner na Argentina, o PT no Brasil, a Bolívia de Evo Morales, os sandinistas na Nicarágua, o Equador de Rafael Correa, o Podemos em Espanha, além do agilíssimo e sinuoso Zapatero. Tem sido “fartar, vilanagem”. Chávez e Maduro tornaram a Venezuela, progressivamente, na prostituta do comunismo internacional, bombando dólares para os seus restos, seguidores, ramificações e aliados, incluindo franjas socialistas.

Os circuitos financeiros andaram sempre bem oleados até que a economia estoirou – sim, os “bolivarianos” conseguiram a proeza invejável de rebentar a outrora próspera indústria petrolífera venezuelana. Se quiser um diamante a valer menos do que um cristal de vidro ou um lingote de ouro menos que latão, é encomendar a um bolivariano – ele consegue.

O Socialismo do século XXI, maravilha fatal da nossa Idade

A esquerda mundial, seja a revolucionária, seja a democrática, tem uma longa lista de êxitos a apresentar e saudar na política de esquerda na Venezuela dos últimos 25 anos, algo de que pode legitimamente orgulhar-se. Raramente se viu tão completo.

Os dois problemas mais sérios que já tinha há 50 anos – corrupção e crime violento –, nenhum melhorou e ambos pioraram bastante. A corrupção é sistémica e bate recordes, com a Venezuela a surgir como um dos países mais corruptos do mundo: no último Índice de Percepção (2023), da Transparência Internacional), está no penúltimo lugar de 180 países analisados, ultrapassada apenas pela Somália e empatada com a Síria e o Sudão do Sul, companhias de excelência. O crime violento mantém-se muito significativo, nomeadamente assassinatos, raptos e assaltos à mão armada.

A pobreza atingiu níveis catastróficos: segundo a ENCOVI, organismo que segue as condições de vida, cerca de 96% da população vive na pobreza e, aproximadamente, 80% em pobreza extrema. Os 10% mais pobres não têm mais de 10 dólares por mês, 33 cêntimos por dia! O colapso económico é o factor central para esta pobreza generalizada.

A inflação, tradicionalmente alta na Venezuela, disparou para números loucos a partir de 2014, com a hiperinflação a galgar, em 2018, para a estratosfera: 130.060,20 %! Por isso, a Venezuela teve de fazer três reformas monetárias nos últimos 15 anos, cortando 14 zeros à sua moeda: em 2008, ao lançar o “bolívar forte”, cortou três zeros; dez anos depois, em 2018, matou o “bolívar forte” e cortou mais cinco zeros; e, em 2021, cortou mais seis zeros, quando lançou o “bolívar digital”. Isto é, no agregado, 100.000.000.000.000 bolívares = 1 bolívar – matemáticas maduras…  Tanto valor perdido! É cedo para dizer que a estabilidade monetária esteja de volta. Em 2023, a inflação ainda foi superior a 300%. Como pode viver-se assim? Entre 2012 e 2020, o PIB da Venezuela caiu oito vezes, para 12,5% do que era! Leram bem: caiu oito vezes em oito anos… Uma desgraça, uma catástrofe. O país, membro da OPEP, continua dependente de ajuda humanitária internacional para acorrer a necessidades básicas de parte da população.

Há 8 milhões de desempregados, 29% do total da população. Nos últimos anos, a crise empurrou para a emigração 7 a 8 milhões de venezuelanos, cerca de ¼ da população, fustigada pela hiperinflação, pelo desemprego e pela falta de bens básicos, por altos níveis de criminalidade violenta e de repressão política e pelo colapso dos serviços públicos, com falta de acesso a saúde, educação, electricidade e água potável. Só 4 milhões fugiram para Colômbia e Peru, espalhando-se os outros por Estados Unidos, Espanha, Chile, Argentina, Brasil e Equador. É uma crise migratória dramática, considerada uma das maiores do mundo.

Na educação, o abandono e o insucesso escolares estão em alta. Estatísticas oficiais mostram que cerca de 20% dos adolescentes em idade escolar (12 a 17 anos) estavam fora da escola; e há indícios de as taxas de reprovação estarem a aumentar, pesando factores como professores mal remunerados e desmotivados, infraestrutura deteriorada, escassez de materiais didácticos e insegurança alimentar de muitos alunos. A esperança média de vida baixou para 71 anos. E a mortalidade infantil é 20 a 25 por 1000 nados-vivos e, até aos 5 anos, de 27 a 30 por 1000, revelando deficiências no sistema de saúde e, até aos 5 anos, desnutrição e falta de salubridade.

A morte da esquerda democrática mundial

Maduro acaba de fazer outra vítima inesperada: a esquerda democrática. Matou-a em quase todo o mundo: já não existe. Chávez pôde fazer o que quis e Nicolás Maduro herdou esse privilégio, usufruindo sempre, um e outro, da amnistia geral da esquerda mundial.

Nem a perseguição política, violenta, insistente e reiterada, abre os olhos e solta a língua da esquerda democrática internacional. Na verdade, passou a haver presos políticos, na Venezuela. Muitos. Contavam-se em 300, antes das eleições de há semanas. Após as eleições e por causa destas e dos protestos contra a fraude, o número de presos já ultrapassa os 2.000. E houve mais de 20 mortes. A perseguição tornou-se frequente e o ambiente é intimidatório. Nos últimos 10 anos, organizações de direitos humanos contam 15.000 detenções arbitrárias. Porém, a ordem na esquerda é: nem uma palavra! Nem aqueles números terríveis da pobreza gigantesca, ou a emigração aos milhões de um país que se esvazia, nada muda a quietude distraída da esquerda democrática. Também emigrou para longe da realidade, fingindo que não vê, não ouve e… realmente não fala. A esquerda olha e assobia. Nem uma palavra!

O embaraço é tão grande que alguns falam, agora, de “repetir as eleições”. Porquê “repetir”? Porque perderam?

Os labirintos da corrupção têm certamente a ver com isso: por estes dias, José Dirceu – esse mesmo, o do “mensalão” – destacou-se a apoiar a reeleição de Maduro. Lula calou-se – antes das eleições, ainda fez uma advertência, mas calou-se, faz de conta que não vê, é cúmplice. Por que está Lula calado? Ainda tem, diante do sofrimento dos venezuelanos, alguma noção de liberdade e democracia? Da vizinha Espanha, viajou Zapatero a carimbar o roubo das eleições, sem ponta de vergonha, enquanto Pedro Sanchéz e o seu governo não vão além de pedirem a publicação das actas das eleições, o “quanto antes” – já vão passados quase três semanas… Em Portugal, também não ouvimos uma só palavra do secretário-geral do Partido Socialista, nem da líder parlamentar – pode dar-se até o caso de Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão nunca terem ouvido falar da Venezuela, nem saberem onde fica. Se calhar… Por sinal, também por lá andou a economia socrática, com os grandes heróis que foram o Magalhães e o famoso pernil, além de uns bónus para construtoras. Foram anos grandes de abundante “prosperidade” a circular entre Portugal, Brasil, Angola e Venezuela – aí se perdeu, corrompeu e afundou o nosso sistema bancário. Foi “fartar, vilanagem”.

Passando em revista os últimos anos da política e do estado da democracia, saltam à memória o acontecido com Trump e o Capitólio e com Bolsonaro e os Três Poderes em Brasília. Todas as vigorosas condenações estão certas: são crimes inomináveis e selvajarias inqualificáveis. Mas por que se cala a esquerda diante do inominável e inqualificável que, já há três semanas, se passa na Venezuela, com Maduro a assaltar o Palácio que perdeu e está a roubar uma eleição, em directo e ao vivo, com descaramento e todos nós a ver? Maduro não está a ameaçar fazê-lo. Maduro está a fazê-lo. Como se explica a cumplicidade da esquerda. Por quê?

Quem está com os venezuelanos, ao seu lado?

Mas não é só a esquerda. Há outros partidos mainstream que também não fazem o que é exigível. O que estamos a assistir no ocidente e nos nossos países é à decadência da cidadania, ao esvaziamento dos partidos e à morte da política.

Custa-me não ver cidadãos na rua, mobilizados pelos partidos políticos, com veemência, a manifestar-se contra a ditadura venezuelana, a exigir a exibição e verificação das actas eleitorais, a solidarizar-se com os cidadãos da Venezuela, a reclamar a libertação dos presos políticos e o fim da repressão, a impor aos organismos internacionais missões de observação. Já vi isto acontecer com os ucranianos, com os judeus e agora também com os venezuelanos. Estamos a tornar-nos uma sociedade que não presta. Sim, a rua tem muito significado. A rua tem peso. A rua conta. Como podemos ser tão indiferentes?

Tenho seguido nos últimos dias algumas figuras de democratas da Venezuela. Um homem tão sereno, quanto corajoso, o novo Presidente Edmundo González Urrutia, realmente eleito com 7.303.480 votos, quando estavam contadas 25.073 actas digitalizadas, 83,5% do total. María Corina Machado, uma mulher extraordinária e líder de primeiríssima água – passou à clandestinidade desde o dia 7 e está escondida, com aparecimentos pontuais. O ex-governador Williams Dávila, sequestrado pela polícia de Maduro, foi internado em estado crítico no Hospital, onde continua sob sequestro ilegal e apartado da família. E María Oropeza, uma jovem mulher, bravíssima, coordenadora da oposição no Estado Portuguesa, que relatou, em directo, a sua própria detenção, na noite de 6 para 7 de Agosto, não se sabendo onde está, o que estão a fazer-lhe e como está.

Amanhã, dia 17 de Agosto, dia da jornada mundial convocada, procurarei saber deles. Espero que, no fim, tudo acabe bem. Mas é preciso lutar.

Aqueles que somos livres temos de lutar por quem não é. Haverá algum sítio em Portugal, onde possamos manifestar-nos? Com tantas ligações que temos à Venezuela, com tantos que tiveram de voltar e tantos que para cá fugiram, como pode ser que não mexamos uma palha?

VENEZUELA      MUNDO      DITADURA      SOCIEDADE 

COMENTÁRIOS (de 33)

Nuno Abreu: Sinceramente penso que, para bem de Portugal, Pedro Nuno e Alexandra Leitão. cairão de Maduro,  antes de atingirem o poder.                Tim do A: A Venezuela é o exemplo vivo de que o socialismo em 20 anos apenas transforma um país próspero num dos países mais pobres do mundo. Em Portugal também nos tem empobrecido, a caminho da cauda da Europa.                  João Floriano: «Haverá algum sítio em Portugal, onde possamos manifestar-nos?» Parece que o Dr. José Ribeiro e Castro encontrou o seu espaço: a Opinião no Observador e fá-lo magistralmente com uma crónica excelente que explica com clareza a tragédia venezuelana. Por cá o PCP apressou-se a felicitar o carrasco Maduro, que já nem sequer é maduro porque está  a cair de podre. Compreende-se perfeitamente o embaraço a e a vergonha da esquerda que assobia para o lado depois de durante anos ter ido a Caracas abraçar o ditador. A nossa esquerda e não só, tem o fascínio por ditaduras aberrantes. Em 2016 Marcelo Rebelo de Sousa visitou Fidel de Castro. São os custos do progressismo ou querer revelar-se muito progressista e ter o aplauso da esquerda. Já ninguém vai  a tempo para resgatar a Venezuela. Mais um grande feito da esquerda tanto da extrema como da democrática que tolera as alucinações da extrema, sob pena de ser atacada por ela. Por cá até compreendo o cuidado com pinças para lidar com a Venezuela de Maduro: a comunidade portuguesa. Se Maduro a atacar, estarão à mercê das perseguições, não só das autoridades como dos que lhes estão próximos prontos  a ajustar quezílias pessoais. Entretanto a rua não dá para todos. O Bloco anda a alugar aviõezinhos para apoiar o Hamas  nas praias algarvias. As ruas são presentemente palco para esfaqueamentos, espancamentos, violações e todo o tipo de criminalidade. Não há espaço para uma manifestação pela democracia na Venezuela, onde as eleições recentes foram um caso tão escancaradamente fraudulento .  O PS anda totalmente atarantado, perdido no dilema de Hamlet: Aprovar ou não aprovar o orçamento: essa é a questão! Verdadeiras baratas tontas.          José Miranda: Socialistas cada vez mais próximos dos comunistas.  São frutos da mesma árvore.     Eduardo Costa: O PS, sob o pretexto de tentar proteger os cidadãos portugueses ainda a viver na Venezuela do ditador comunista Maduro, mostra as suas verdadeiras cores: um desprezo pelos regimes democráticos abertos e transparentes                Bernardo Vaz Pinto: A hipocrisia existe em todos os lados do espectro político, mas com a nova ideologia “woke” parece ter batido recordes …o PS que já fraco estava , agora rasteja pelo grau mais baixo…pior, como diz bem no artigo, é Lula o grande herói do povo que agora vem pedir umas novas eleições… havia uma anedota sobre o socialismo na universidade americana : “ regime político que se se implanta no deserto importará areia ao fim de um ano…”                   Maria Augusta Martins: O Pedro só entende de gáspeas e a Marrã de bolota!                Coxinho: Cada novo artigo seu, JRC, é mais um motivo para reconsiderar uma intenção que vem ganhando peso: cessar a minha condição de assinante. O seu artigo de hoje é completo no tratamento do tema e justo no envolvimento e nos juízos que faz. Só posso apontar uma falha -- falha grave! -- que aliás não é difícil de corrigir: um pouco de informação será o bastante. O 8 de Janeiro em Brasília não foi nada do que os media noticiaram mas algo bem diferente. Peço licença para lhe recordar que toda a informação veiculada pelas ditaduras (e actualmente não só ditaduras) é confiada ao jornalismo comprado.                    Pedro Martinez > José Miranda: Basta ver a posição do democrata Biden, e do actual Partido Democrata dos EUA, também ele embarcou na sugestão de “repetição das eleições venezuelanas”. Surreal e sinalizador do que poderá ser o desnorte de supostos democratas                Carlos Real: O que mais me assusta não é a posição dos chuchialistas. O drama é assistirmos a líderes de grandes potências como o Brasil e os EUA a defenderem novas eleições. Quando Lula e Biden vêem a política desta forma, ou seja, acreditarem no Pai Natal estamos de facto bem desgovernados. A Venezuela precisa que Maduro saia sabendo que não vai haver uma caça às bruxas. Que as patentes militares consigam manter as suas posições, e exista uma transição pacífica. O povo já decidiu. Até Maduro sabe que perdeu em toda a linha. Lula e Biden nem sequer seguem as posições dos líderes da oposição. Já parecem os comunistas lusos que divergem da sua congénere venezuelana. Uma completa tristeza.

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