Em que me encontrava com a minha amiga
numa esplanada dos Jardins da Parede e
encontrei, noutra mesa, MLA. O meu impulso foi irresistível: Ergui-me, fui ter
com ela e disse apenas: “Gosto muito
de si”, regressando à minha mesa, sem esperar resposta.
Sobriedade, seriedade, competência, foi sempre o que vi nela. Ao escolhê-la
para Comissária Europeia, Luís
Montenegro quis, talvez provar o seu apreço por ela, e fico-lhe
grata por isso. Mas preferia que tivesse um cargo por cá, embora só Pedro Passos Coelho estivesse à altura dela, na
reconstrução indispensável da nação e
Montenegro sabe-o bem. Quanto aos comentadores de esquerda, que
também ouvi, no seu papel detractor porque sim, não se esperava outra reacção,
nem mesmo ao Ventura que desejava realce. Como sempre, nada a fazer.
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Em
directo/ Maria Luís Albuquerque é a nova comissária
europeia
Luís Montenegro disse que teve o
"apoio de todo o Governo" na escolha e destaca "qualidades e
competências extraordinárias" de Maria Luís Albuquerque.
JOÃO
PORFÍRIO/OBSERVADOR
Momentos-chave
Há 4hPresidente
da República já felicitou "pessoalmente" Maria Luís Albuquerque
Há 5hIL:
Maria Luís Albuquerque "aparenta" ter competências para o cargo
Marina Ferreira: Moedas elogia
qualidade "técnica e política" de Maria Luís Albuquerque e antevê que
esta assuma pasta de relevo Carlos Moedas entende que Maria Luís
Albuquerque “reúne todas as qualidades para ser comissária europeia” e elogia
a “coragem” de Luís Montenegro por ter designado o nome de uma mulher. “Tem
qualidade técnica, é uma profissional reconhecida em tudo aquilo que fez e tem
qualidade política que demonstrou quando foi ministra das Finanças”,
assinala o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em declarações à RTP. Questionado
sobre se Maria Luís Albuquerque corre o risco de assumir uma pasta com um peso
menor devido ao papel de destaque de António Costa como Presidente do Conselho
Europeu, Moedas entende que se trata de “duas instituições completamente
separadas” e considera que a nomeada tem uma grande probabilidade de ter uma
pasta muito importante na Comissão Europeia uma vez que Ursula von der Leyen
apelou à designação de nomes de mulheres para conseguir ter paridade de género.
Além disso, o autarca antevê que a presidente terá “interesse em ter um bom
contacto com a comissária europeia portuguesa para criar essa ligação ao país,
porque tem de estar em ligação constante com o Presidente do Conselho Europeu
[António Costa]”. Marina Ferreira: Ventura revela as duas questões que o partido
propõe que sejam colocadas aos portugueses no referendo sobre imigração Na
conferência de imprensa desta tarde, André Ventura revelou as duas questões que
o partido propõe que sejam colocadas aos portugueses no referendo sobre a
imigração que o Chega pretende levar a discussão à Assembleia da República. A
primeira e segunda perguntas têm a seguinte formulação segundo o líder do
Chega: “Concorda que haja uma definição anual de limites máximos para a
concessão de autorização de residências a cidadãos estrangeiros?” “Concorda que
seja implementado em Portugal um sistema de quotas de imigração, revisto
anualmente, orientado segundo os interesses económicos globais, do país e das
necessidades do mercado de trabalho?” Marina Ferreira: Ventura acusa Governo de "arrogância" por
não consensualizar nome de comissária, mas assinala "currículo
sólido" da antiga ministra “Não
tenho grande comentário a fazer, tem de facto um currículo sólido nessa
matéria, lamento que o Governo não tenha querido consensualizar o nome de Maria
Luís Albuquerque”, afirma André Ventura, em reacção à designação do Governo
para o cargo de comissária europeia. “A boa prática é que o comissário europeu,
porque nos representa a todos, seja um nome consensualizado o mais possível
entre os partidos”, reitera, ressalvando que “não vamos ficar mal
representados”. Sobre a ligação da antiga ministra das Finanças aos cortes da
Troika, o líder do Chega diz que “já passou muito tempo sobre isso” e que as
“pessoas podem revelar-se noutros cargos”. Marina Ferreira: Ventura pede reunião de urgência no Palácio de Belém
para discutir referendo sobre imigração com Marcelo André Ventura diz-se
“surpreendido com as palavras do Presidente da República em relação ao
referendo sobre a imigração” que o partido pretende realizar em Portugal. Isto
depois de, numa resposta por escrito a um aluno da Universidade de Verão do
PSD, divulgada na
madrugada desta quarta-feira, o chefe de Estado ter apresentado
uma série de números sobre imigração que permitem “ter presente a diferença
entre a realidade e discursos ou narrativas sobre ela.” “A convocação de um
referendo tem que passar pela AR e pelo Governo, mas também em fase final pelo
Presidente da República. Entendemos que por ser uma entidade chamada a tomar
uma decisão sobre esta matéria e sem ter recebido ainda a proposta deveria ter
por esse motivo um maior dever de reserva”, afirma o líder do Chega. André
Maia: João
Cotrim Figueiredo: "Maria Luís Albuquerque é uma incógnita" O
Eurodeputado, João Cotrim Figueiredo, afirma que existiam outros nomes com um
perfil mais europeísta para o cargo, comparativamente com a ex-ministra das
finanças. André
Maia: Maria
Manuel Leitão Marques: "Não conheço ideias de Maria Luís Albuquerque para
a Europa". A
ex-eurodeputada socialista Maria Manuel Leitão Marques afirma que Maria Luís
Albuquerque é associada a “uma fase muito má da União Europeia”. André Maia: João Oliveira critica escolha para a
Comissão Europeia: "Maria Luís Albuquerque é o rosto do Governo da
Troika" João Oliveira afirma que Maria L. Albuquerque é uma “péssima
escolha” para comissária. O eurodeputado lembra que a ex-ministra das
finanças foi o rosto do Governo da Troika e de escândalos políticos. André Maia: Lídia Pereira elogia escolha de Maria Luís
Albuquerque: "É uma excelente representação de Portugal na Comissão
Europeia" A eurodeputada do PSD, Lídia Pereira, elogia a escolha de Luís
Montenegro, que nomeou a antiga ministra das Finanças (2013-2015), Maria Luís
Albuquerque, para comissária europeia por Portugal.
Mariana Lima Cunha: PAN
entregou requerimento para ouvir Maria Luís Albuquerque no Parlamento. Processo
marcado por falta de transparência "grave" Tal como tinha prometido,
o PAN já entregou um requerimento para ouvir Maria Luís Albuquerque no
Parlamento. “No entender do PAN, embora esta seja uma prerrogativa do Governo, esta
escolha deveria ter sido feita com mais transparência e ter sido precedida de
um debate público alargado sobre o perfil do nome escolhido”, defende o
partido. “Acresce que esta falta de transparência é especialmente grave e
criticável num contexto em que pouco se sabe sobre o que pensa a Dr.ª Maria
Luís Albuquerque sobre a União Europeia e os desafios que se lhe colocam”. É
por isso que o partido acredita que é “essencial” ouvir Maria Luís Albuquerque
na Assembleia da República, para “procurar assegurar a promoção de uma
participação aprofundada da Assembleia da República no processo de construção
da União Europeia e um maior intercâmbio com as instituições europeias”. O
objectivo é que o nome indicado pelo Governo possa “apresentar a este
órgão de soberania a sua visão sobre a União Europeia e os principais desafios
que se colocarão à Comissão Europeia no mandato 2024-2029”. Mariana Ferreira : Presidente da República já felicitou
"pessoalmente" Maria Luís Albuquerque Marcelo Rebelo de Sousa
“felicitou pessoalmente a Dra. Maria Luís Albuquerque pela sua designação pelo
Governo português como candidata a Membro da Comissão Europeia para o mandato 2024-2029”.
A informação é partilhada numa nota no site da Presidência da República, pouco depois de Luís Montenegro
ter anunciado a nomeação.
Mariana Lima Cunha: PS
diz que Maria Luís Albuquerque foi "responsável direta por medidas
gravosas". Pedro Nuno Santos foi "informado minutos antes" do
anúncio Pelo PS, Pedro Delgado Alves diz que o Governo podia ter
ouvido os outros partidos, em particular o PS, sobre a escolha da comissária
europeia, e que os socialistas o fizeram nos processos anteriores, tendo
inclusivamente reconduzido Durão Barroso. “Teria sido democraticamente mais
saudável e desejável”. Pedro Nuno Santos só foi informado “minutos antes” do
anúncio público da escolha, assegura. Depois, diz que foi “prudente” o
“recuo” de Montenegro, tendo anunciado o nome em São Bento e não na
Universidade de Verão do PSD, como estava previsto, para dar alguma “dignidade”
ao processo. Já a escolha
de Maria Luís Albuquerque é uma opção que não é “necessariamente uma boa
notícia, ou uma boa memória”, porque a ex-ministra foi “responsável directa por
medidas muito gravosas” para pensionistas ou funcionários públicos, recorda.
“Em muitos aspectos ia até para lá do que a UE defendia” e “pode representar um
regresso ao passado” nas instituições, avisa. Mariana
Lima Cunha: Bloco: Maria Luís
Albuquerque é "uma das piores representações da governação em
Portugal" e foi "uma agente da troika" O líder parlamentar do
Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, diz que esta é uma das “piores
representações da governação em Portugal. “Foi sobretudo uma agente da troika
no Governo português”, dispara sobre Maria Luís Albuquerque. Acusa a
ex-ministra de ter justificado cortes e legitimado todas as políticas da
austeridade, defendendo que se resolveria “empobrecendo as pessoas” e “forçando
milhares à imigração”. Um período de “má memória” com Albuquerque como uma das
“principais autoras dessa política de destruição social”, agora “premiada” pelo
Governo, atira. O bloquista acusa também Albuquerque de ser uma “má gestora de
fundos públicos” e recorda a comissão de inquérito das Swaps. E lembra que
depois de ser ministra acumulou o cargo de deputada com o trabalho num “fundo
abutre”, nas palavras do bloquista. “Não nos esquecemos que decidiu ir
trabalhar para a Arrow Global e acumular os dois salários”. “É um rosto
derrotado do passado”, remata Figueiredo. Mariana Lima Cunha: PCP recorda
experiência de Maria Luís Albuquerque em governo de "má memória": "Teve
responsabilidades sérias no corte de salários e pensões" Paula Santos,
líder parlamentar do PCP, diz que o que importa são as políticas que
Albuquerque pretende desenvolver na “defesa dos salários, pensões, habitação,
qual é a opinião sobre as taxas de juro”. “Já conhecemos Maria Luís
Albuquerque. Foi membro do Governo no período da troika, de má memória para os
trabalhadores e o povo. Teve responsabilidades sérias no corte de salários e
pensões”, atira, assim como no “desvio de recursos públicos para tapar o buraco
do BES” ou na privatização de empresas importantes. “Só podemos ver com
preocupação e inquietação” esta escolha, diz a comunista. O PCP não se oporá a
uma audição parlamentar de Albuquerque no Parlamento. Mariana
Lima Cunha: IL: Maria Luís Albuquerque "aparenta" ter
competências para o cargo Pela Iniciativa Liberal, a líder parlamentar Mariana
Leitão diz que o currículo e experiência de Albuquerque indicam que “aparentemente”
terá as competências necessárias para o cargo que vai desempenhar, embora não
seja conhecida a pasta que assumirá. Mais importante do que a pessoa em si, é
importante que tenha uma visão reformista para a UE, diz Leitão. Salienta que Montenegro
falou do futuro da economia, da democracia e do alargamento da UE. E defende
que deve haver políticas que fortaleçam o crescimento dos Estados-membros; que
os valores europeus assentam na liberdade individual, de expressão e de
imprensa e que não deve haver qualquer retrocesso; e que é fundamental que haja
uma “estratégia” para lidar com uma “redução substancial dos fundos” quando se
der o alargamento da UE. Mariana Lima Cunha: Livre critica
"recato" do Governo e diz que Albuquerque estará "sempre
associada a um dos piores momentos da história da UE" O deputado do Livre Jorge Pinto
diz, com “tristeza”, que o Governo perdeu uma oportunidade de “aproximar” os
portugueses do processo de escolha da nova comissária europeia. “Preferiu
fazê-lo com recato e orgulha-se de o ter feito com recato, quando o que se
deveria ter feito era um debate alargado, plural e democrático sobre os perfis
que poderiam representar Portugal”. O perfil de Albuquerque “surpreende” o
Livre, que recorda que a futura comissária está há vários anos afastada da vida
política nacional e “conhece muito pouco do pensamento europeu”. Além disso estará
“sempre associada a um dos piores momentos da história da UE”, tendo defendido
a austeridade “acerrimamente”. Tal como o PAN, o Livre quer ouvir a nova
comissária sobre a sua visão para o projecto europeu no Parlamento. Mariana Lima Cunha : CDS elogia
escolha "excelente":
"Ajudou Portugal a recuperar de uma bancarrota deixada pela
esquerda” No Parlamento, o líder da bancada do CDS, Paulo Núncio, reage à
escolha de Maria Luís Albuquerque, “saudando” a escolha. “Conheço muito bem
Maria Luís Albuquerque”, recorda, descrevendo a ex-ministra como alguém
“extremamente profissional, competente e com enorme sentido de Estado”. Lembra
a experiência política de Albuquerque “num momento particularmente difícil, dos
mais difíceis da história”, no tempo da troika. Albuquerque deve ser lembrada
como uma “governante que ajudou Portugal a recuperar de uma bancarrota deixada
pela esquerda”. “É uma
excelente escolha do Governo”, acrescenta Núncio. Sobre a crise da demissão
“irrevogável” de Paulo Portas, quando Maria Luís Albuquerque foi escolhida para
substituir Vítor Gaspar, diz que são “temas passados”. Mariana Lima Cunha:
PAN diz
que Maria Luís Albuquerque é "sinónimo de austeridade e dos tempos da
troika" e quer ouvir comissária no Parlamento A porta-voz do PAN, Inês
Sousa Real, é a primeira líder partidária a reagir à escolha de Maria Luís
Albuquerque. “É sinónimo da política conservadora do PSD. É sinónimo de
austeridade, dos tempos da troika que os portugueses não esqueceram”, atira.
A deputada do PAN assegura que os “desafios económicos” na UE se enfrentam
com uma economia verde e sem que se esqueça uma política humanitária e focada
também no bem estar animal. “Tudo isso fica de fora da política conservadora de
Montenegro” e do “revivalismo de sacrifícios” dos portugueses, ataca. Depois,
critica que um governo minoritário não tenha falado com os outros partidos
sobre isto e que a primeira intervenção de Albuquerque na condição de candidata
a comissária europeia seja feita na Universidade de Verão do PSD. Sousa Real
revela que irá propor no Parlamento que Albuquerque seja ouvida sobre a “visão
que vai levar para a UE”. Rui Pedro
Antunes: Montenegro conta com Maria Luís para
alavancar "reformismo e ambição europeia". Luís Montenegro diz que Maria Luís Albuquerque honra o perfil
definido e pelo conhecimento “directo e pessoal” que tem das suas capacidades
sabe que “vai honrar Portugal”. O primeiro-ministro diz que “deposita a
confiança” na ex-ministra de que “os portugueses vão ser uma nação que alavanca
o reformismo e ambição europeia de sermos o espaço no mundo onde há mais
bem-estar e mais qualidade de vida, respeito pelo Estado de Direito e da
democracia e uma salvaguarda da dignidade de cada ser humano. Rui Pedro Antunes: Montenegro:
"Maria Luís é detentora de qualidades e competências
extraordinárias que vão enriquecer a comissão": Montenegro diz que Maria Luís Albuquerque é
uma personalidade de reconhecido “mérito académico, profissional, político e
cívico” e “desempenhou as funções de docente universitária, de secretária de
Estado do Tesouro, de ministra de Estado e do Tesouro, além de várias funções
no sector público, privado e social”. O primeiro-ministro diz que é “detentora de qualidades e competências
extraordinárias que vão enriquecer a comissão europeia e prestigiar Portugal”. Rui Pedro Antunes: Maria Luís Albuquerque é a nova comissária O
primeiro-ministro já fala ao país e diz que tomou a “decisão com o apoio de
todo o Governo, de propor a Ursula Von der Leyan, Maria Luís Albuquerque para
integrar o novo colégio de comissários europeus em representação de Portugal.” Luís
Montenegro diz que este é um processo que o Governo tem vindo a tratar com
“discrição e recato desde antes das eleições europeias de junho”.
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