De eliminar um partido que atropelou os ideais anteriores, enganando
quem nele votou para ser governante, crente que votava em ideólogos da mesma
estirpe anterior, quando afinal, aquela figura calada e sorridente de Montenegro,
que nunca se definiu, mas se fez acompanhar
por Passos Coelho, a dar a entender que o seguia, mas jamais o convidou para que
ocupasse o lugar, que lhe fora usurpado e por direito lhe pertencia, essa figura que
aceita o atropelo dos ideais que definiam o seu partido, permitindo
posicionamentos ideológicos de pseudo-avanço libertário, como o revelado por
essa tal Balseiro Lopes de neutralidade linguageira, pessoa que menstrua,
certamente, pois o demonstra com arreganho – não há processo de eliminar um ser
que se revela rasteiro, rasteiro, rasteiro… como o comprova este texto e as
duas figuras – a da Balseiro e a do Montenegro, que sorri sempre e avança. Somos,
de facto, uma caca, um país de rectaguarda, a quem não servem os avisos como este, de MÁRIO PINTO.
As lideranças do PSD viram à esquerda woke?
Um certo eleitorado católico foi
deitado fora do PSD pela ministra Balseiro Lopes. E não acredito que tenha
conquistado nenhum voto. Mas ganhou protagonismo pessoal, que deve ser o que
lhe interessa.
MÁRIO PINTO Professor catedrático da Faculdade de Ciências
Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
OBSERVADOR, 26 ago. 2024, 00:056
Li no jornal Observador notícias
surpreendentes, de que tiro estas afirmações: «”Pessoas que menstruam”. Governo dá respaldo à DGS e defende “linguagem neutra”. A
ministra Margarida Balseiro Lopes, que tem a pasta da Igualdade, defende a
“linguagem neutra do ponto de vista do género”». «O deputado do PSD Bruno Vitorino, em declarações ao Observador,
disse que ficou “perplexo” com a resposta de Margarida Balseiro Lopes. O
deputado — que tinha feito uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre a campanha
da DGS sobre “pessoas que menstruam” — diz que estava “mais habituado a
discutir este tema com as irmãs Mortágua e não com uma ministra do meu
partido”.» «Carlos Coelho dá “razão” à ministra da Juventude e
ataca as visões do “antigamente”. O antigo eurodeputado e diretor de campanha
de Montenegro nas últimas diretas, saiu esta terça-feira em defesa da ministra
da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, que diz
ser “uma das melhores referências da nova geração do PSD” e uma “mulher aberta e inteligente”.» «Sem
nunca se referir a Bruno Vitorino, Carlos Coelho diz que “qualquer reacção contrária” a defender a
posição da ministra “é uma reacção desagradável, com sabor do antigamente, de
exclusão, de preconceito“. O antigo eurodeputado admite que os
“partidos são sempre realidades muito plurais” e que, portanto, nem todos
pensarão como ele sobre o assunto, mas acrescenta que “há pessoas que
olham para o futuro e as que estão presas ao passado.”»
E no jornal Expresso li assim: «O Governo defendeu uma campanha recente
da Direcção-Geral de Saúde (DGS) sobre saúde e produtos menstruais, dirigida a pessoas que menstruam, afirmando que a saúde menstrual é uma “questão de direitos humanos”
que inclui pessoas transgénero
e não-binárias, e considerou que a
linguagem para este tipo de políticas deve ser “neutra do ponto de vista do
género”».
E eu que tenho lido várias notícias
em sentido contrário a estes avanços do PSD em favor do «queer-ismo», isto é,
que em vários e civilizados países da Europa se vem recuando legislativamente
nestas derivas da ideologia de género! E
que as Associações de Pais nesses países protestam contra as intrusões
ideológicas do Estado-educador na educação das crianças, desrespeitando os seus
direitos legais de encarregados de educação! Por exemplo aqui.
Esta linguagem agora adoptada por
personalidades social-democratas é ridícula. Ora vejam se percebem: «a saúde menstrual é uma “questão de direitos
humanos” que inclui pessoas transgénero e não-binárias»! E ainda mais isto: «a
linguagem para este tipo de políticas deve ser “neutra do ponto de vista do
género”»!
Mas então agora os direitos humanos
são um «passe-partout» ideológico, como o esquerdismo demagógico vem
divulgando? Direito humano é tudo aquilo que a mim me apetecer? E como é que se
entende uma «linguagem neutra» para referir entidades que por definição não são
neutras, porque são entidades com género? Neutro quer dizer que não tem género!
Portanto não se pode aplicar a um conjunto de entidades que têm e querem ter
género. E ainda por cima a um conjunto infinito de géneros, como é o conjunto
LGBT+. Tratar toda a gente como coisas neutras, isto é, sem género, embora
chamando-lhes pessoas? As pessoas que se consideram como trans querem mudar de
género; não querem ser neutras. Ou eu estou enganado?
Com
todo o respeito que todas as pessoas me merecem, pensem o que pensarem e digam
o que disserem, não se pode concordar com todas as suas ideias nem com todas as
suas declarações, sejam quais forem. Relativamente à ideologia de género, eu
estou com o Papa Francisco, que já por várias vezes fez declarações públicas
frontalmente contra tal ideologia. Aliás, na boa companhia dos médicos e
cientistas de várias ciências, que negam qualquer respaldo científico a tal
ideologia. Numa das
suas declarações mais recentes, noticiada pelo Observador, ele «condenou a
“ideologia de género” qualificando-a como uma das «colonizações ideológicas
mais perigosas do nosso tempo». Ora, os Papas não costumam dizer coisas
assim tão fortes sem uma forte e seriíssima razão. E esta
seriíssima razão é que de facto estamos perante uma ideologia subversiva,
porque, como diz o Papa, pretende anular a diferença antropológica fundamental
entre a mulher e o homem.
E note-se bem: dizer isto não nega as situações de disforia de género que a medicina
reconhece como cientificamente patológicas, evidentemente. Pelo contrário,
confirma-as e respeita-as.
A recente saída da ministra Balseiro
Lopes é uma formidável novidade ideológica no PSD, lançada não a título pessoal
e com alcance pessoal, mas sim como representante ministerial responsável do
PSD. Ora,
tanto quanto se sabe, essa novidade ideológica não tem base nem no programa
partidário, nem no programa eleitoral, nem em qualquer decisão representativa
do PSD. Foi uma novidade lançada sem consultar publicamente ninguém: nem os
filiados, nem os votantes, nem os simpatizantes, nem os órgãos próprios do
partido que são os competentes para tomar decisões deste calibre doutrinário,
ideológico e político. Talvez e informalmente a Juventude Social Democrata. Não sei. Em termos
partidários, foi então um inaceitável atrevimento pessoal. Não é assim que se
procede responsavelmente numa associação partidária que tem tradição e programa
publicamente assumidos. A liberdade
pessoal não pode violar a responsabilidade associativa que livremente se aceita
quando se entra numa associação partidária, que além de compromissos entre os
seus membros assume compromissos perante os seus eleitores. Quem quiser
preservar absolutamente as suas liberdades pessoais pode muito bem fazê-lo
mantendo-se independente. Uma e outra coisa é que não é racional nem honesto.
Mas agora, desde que seja para a
esquerda e para o wokismo, a moda é a de personalidades que se fazem notar pelo
seu «atrevido» libertarismo. Porquê? Porque os conservadores humanistas são
inofensivos e abandonam os seus? Enquanto os progressistas libertários são
agressivos e protegem os seus? Porque vem dos Estados Unidos? Porque é sexy?
Porque é de esquerda? Porque é politicamente correcto?
Com Rui Rio, a liderança
do PSD virou à esquerda. Rui Rio fartou-se de minar partidariamente Passos
Coelho, ainda este governava heroicamente para resolver a falência financeira
do País, que o anterior Governo do Partido Socialista lhe tinha legado, no
programa político obrigatório que assinou com a «troika». O país reconheceu o
mérito de Passos Coelho, dando-lhe a vitória eleitoral nas eleições seguintes.
O que, dadas as extraordinárias circunstâncias, devia ter sido considerado como
um verdadeiro referendo nacional. Mas, em vez disso, o PS de António Costa
aliou-se à extrema-esquerda, e deitou abaixo o segundo Governo de Passos
Coelho. Que, depois de ter resistido nobre e brilhantemente, se retirou da
política, a mim me parece com justas mágoas. E o PSD aceitou Rui Rio como
líder, e despediu aqueles que tinham lutado com Passos Coelho, que durante todo
o tempo em que liderou, traindo a história recente, não fez outra coisa senão
tentar que o Partido Socialista quisesse casar com ele. Logo nas eleições
parlamentares seguintes, saneou nada menos do que mais de metade do grupo
parlamentar que tinha lutado por Passos Coelho e ganho as eleições com ele,
incluindo os mais notáveis, que agora regressaram à liderança do PSD, embora não
todos, como por exemplo Miguel Morgado, uma das mais inteligentes, cultas e
capazes personalidades políticas do actual plantel nacional. Depois perdeu
todas as eleições; mas, num patético apego ao poder, nunca assumiu as derrotas
nem a honradez de se retirar derrotado. Sobre a eutanásia, que o partido tinha
deliberado em Congresso dever ser decidida por referendo, desprezou essa
deliberação partidária ao seu máximo nível, e, tomando posição pessoal
favorável à eutanásia, aceitou destacar-se nessa posição com adversários
partidários, enquanto criticava o grupo parlamentar que tinha decidido
abster-se e dar liberdade de voto de consciência aos seus membros.
Evidentemente, Rui Rio é o maior
responsável histórico do PSD por ter abandonado à direita o espaço político que
o Chega e a Iniciativa Liberal vieram muito racionalmente ocupar e alargar. Ao
mesmo tempo, o PS tem combatido que outros partidos, velhos e novos, lhe
conquistem espaço à sua esquerda, até agora com êxito. Estes movimentos
tectónicos são evidentes no nosso mundo partidário.
Recentemente, com Montenegro, parecia
vir aí uma correcção da deriva socialista rioísta. O discurso que fez no Congresso de Almada
foi esperançoso. Mas depois começou a nascer uma dúvida, quando em vez de ter a
coragem de assumir a liderança social-democrata de toda a direita, como o PS
fez assumindo a liderança socialista de toda a esquerda, se assustou com os
ataques do esquerdismo e caiu no erro das famosas linhas vermelhas contra a
direita conservadora. Agora está prisioneiro do centro esquerda; e
continua a estreitar o seu espaço partidário, pedindo batatinhas ao PS e
recusando o liberalismo. Que recuse o liberalismo individualista e libertário,
isso seria correcto; mas não o liberalismo personalista, que é a alternativa aos
estatismos de esquerda.
Enfim, até agora, este Governo da AD
não indicou querer reformar nada do que fez o PS coligado com a
extrema-esquerda, nos últimos governos, designadamente na educação e na saúde,
onde apenas pretende governar melhor mantendo as mesmas políticas centralistas.
E agora esta última novidade da adesão governamental à ideologia de género
mostra que, em vez de querer ser uma alternativa à esquerda woke, e liderar a
direita, o PSD quer ser mais um partido de esquerda «queer». Entretanto, um
certo eleitorado católico creio que foi deitado fora do PSD pela ministra
Balseiro Lopes. E não acredito que tenha conquistado nenhum voto. Mas ganhou
protagonismo pessoal, que deve ser o que lhe interessa. Vamos ver o que se
seguirá.
COMENTÁRIOS (de 5)
Gabriel
Madeira: Tem toda a razão. Não deve ter conquistado nenhum
voto. Aliás, comigo, perdeu um. E mais haverá. Clavedesol: O P.S.D. está cada vez mais wookizado ! Tenho pena e desgosta-me ver o meu partido de sempre
esfumar-se cada vez mais! Por este
andar não haverá Balsa que o salve...mas uma Balseira que o afunda! observador censurado >
Clavedesol: O nosso partido é Portugal. Todos os outros são para
colocar no lixo quando mostrarem que já não têm utilidade como é o caso do
Partido Socialista Dois.
Manuel Filipe Correia de Araújo: O CDS com
a conversa da "Eutanásia" como contraponto às "Pessoas que
Menstruam" do PSD Woke, só mostra o CDS a ser partidário do WHATABAUTISMO
Estalinista!
Quanto ao PSD a história ainda é muito mais complicada, senão
vejamos: "O texto defende a integração nos Estatutos do PSD das
"Mulheres Sociais Democratas" como estrutura autónoma - uma
reivindicação antiga, mas nunca concretizada!" (PSD) A
partir de agora o PSD passou a adoptar uma linguagem WOKE, devido aos
"Extra-Lúcidos" e "Hiper-Inteligentes" Carlos Coelho &
Margarida Balseiro Lopes.....!!!!???? Carlos Coelho
dá "razão" à Ministra da Juventude Margarida Balseiro Lopes e ataca
as Visões do "Antigamente", o que significa que, desde já, a
Organização das "MULHERES SOCIAS DEMOCRATAS" se passe a designar, com
efeitos imediatos, de Organização das "PESSOAS QUE MENSTRUAM SOCIAIS
DEMOCRATAS".....!!!!???? "O antigo Eurodeputado Carlos Coelho admite que
“Há pessoas que Olham para ao Futuro e outras que estão Presas ao
Passado!".” "A Ministra da Juventude Margarida Balseiro Lopes
está plenamente consciente dos desafios que lhe estão associados, designadamente
na Concepção de Políticas para Pessoas que Menstruam, onde se incluem as
Pessoas Transgénero, Não Binárias, etc...etc..." Assim sendo,
propõe-se que, desde já, a Organização das "MULHERES SOCIAIS
DEMOCRATAS" se passe a designar, com efeitos imediatos, de Organização das
"PESSOAS QUE MENSTRUAM SOCIAIS DEMOCRATAS".....!!!!???? O
que é mais impressionante, no meio disto tudo, é que a AD, CDS, PSD,
Mulheres Sociais Democratas, Juventude Centrista, Juventude Social Democrata se
mantenham mudas e quedas que nem Ratos e Ratas, dando a ideia que Concordam e
Apoiam todos estes Disparates de índole WOKE.....!!!!!! Aparentemente
os "Cérebros" do PSD e do Governo estão convencidos ou até já
convenceram Luís Montenegro de que se conseguissem transformar o PSD num
Partido fortemente WOKISTA poderiam, em próximas Eleições, ir Conquistar
muitíssimos votos aos Socialistas Radicais e até, quem sabe, aos
Bloquistas da Mariana Mortágua.....!!!!! Valha-nos Deus que a Nossa
Senhora de Fátima já não nos consegue valer, se agora até os Membros do Governo
do PSD/CDS e o Reitor da Universidade de Verão do PSD já conseguiram passar as
Mulheres Portuguesas da categoria de "Mulheres" para a categoria de
"Pessoas que Menstruam"......!!!!!
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