O que está feito, está feito! Não se
fala mais nisso, embora seja enternecedor o papel reivindicativo de CARLOS
LUNA,
com este seu patriótico texto sobre OLIVENÇA. Mas nem a Espanha ia permitir
procedimentos desses, arrebatadores, nem nós por cá nos metíamos em tal demanda
de exigência devolutiva, e julgo que os oliventinos também se encontram bem,
como estão, a progredir melhor do que se tivessem ficado na nossa posse. Mas foi
um bonito e corajoso descritivo, este de C.L., gostei de ler mais um retalho de espaços
que habitámos e onde deixámos marca, que deveria voltar para nós, como nós
assim procedemos, nos tempos das descolonizações capitais, mas só com as
raças “tristíssimas e pretas”,
convenho. Como Espanha também fez, de resto, generosamente desapossando-se das por
si colonizadas, pela mesma altura, a mostrar iguais sentimentos para com esses
da cor discrepante, para a moda da devolução em moda. Olivença, que foi nossa, não
merece idênticos escrúpulos devolutivos, sendo os seus nativos do mesmo tom de
pele, a não excitar igual comiseração à para com os de além-mar, que, esses
sim, mereceram, não só devolução, como indemnização, e hoje mesmo, a sua resposta
invasora, a ajudar-nos, de resto, na nossa reconstrução própria, preguiçosos
que estamos.
Ir onde Saramago não quis ir (ao
Portugal que não quis conhecer)
O viajante é patriota. Sempre ouviu
dizer que Olivença nos foi abusivamente sonegada, educaram-no nessa
crença. Agora a crença torna-se convicção.
CARLOS LUNA
Professor de História licenciado pela Faculdade de Letras de Lisboa
OBSERVADOR, 27 ago. 2024, 00:202
Poucas vezes a arrogância e o génio se
viram tão confundidas como no escritor José Saramago. Mesmo quando
escreveu um livro a tentar dar uma visão geral de todo o Portugal, foi
vítima dos seus preconceitos. No livro em questão ( “Viagem a Portugal”, de
1981), na página 339, encontra-se uma referência a Olivença que vale a
pena citar: : «quando numa sombra
se detém para consultar os mapas, repara que na carta militar que lhe serve de
melhor guia não está reconhecida como tal a fronteira face a Olivença. Não
há sequer fronteira. Para norte da Ribeira de Olivença, para sul da Ribeira
de Táliga, ambas do outro lado do Guadiana, a fronteira é marcada com uma faixa
vermelha tracejada: entre os dois cursos de água, é como se a terra portuguesa
se prolongasse para além do sinuoso traço azul do rio.
O viajante é patriota. Sempre ouviu
dizer que Olivença nos foi abusivamente sonegada, educaram-no nessa
crença. Agora a crença torna-se convicção. Se os serviços cartográficos do
exército tão privativamente mostram que Portugal, em trinta ou quarenta
quilómetros, não tem fronteira, então está aberto o caminho para a reconquista,
nenhum tracejado nos impede de invadir a Espanha e tomar o que nos pertence. O viajante promete que voltará a pensar
no assunto. Mas uma coisa teme: é que não falte o tracejado nas cartas
militares espanholas, e que para eles seja o assunto caso arrumado.
Para se preparar, o viajante irá estar presente nas próximas reuniões das
comissões mistas para as questões fronteiriças. Ouvirá com atenção o que se
discute, como e para quê, até à altura de puxar do mapa que afervoradamente guarda
e dizer: “Muito bem, vamos agora
tratar desta questão de Olivença.
Diz aqui o meu papel que a fronteira
está por marcar. Marquemo-la com Olivença da nossa banda.”. Morre de
curiosidade de saber o que acontecerá.”». É confrangedor o argumento de nada constar nas cartas militares
espanholas. Será que as cartas militares britânicas de Gibraltar reflectem as
reivindicações de Madrid? E quanto ao comentário final de Saramago,
ele é claramente negativo sobre as pretensões portuguesas, mas omite
ou esquece algo que em Saramago é constante, isto é, de que o que
importa é a justiça, a razão do que se defende, e não o tamanho do oponente.
Foi isso que o escritor defendeu na Palestina, e defendeu a propósito de Timor.
Para sua honra! E, pasme-se… Saramago não foi a Olivença. E isso
é imperdoável!
O que perdeu Saramago? É isso que vamos
ver!
Em 1981, só se podia ir a Olivença indo a Badajoz. Desde 2000, há uma ponte administrativamente
só portuguesa entre Elvas e Olivença. É a Ponte
da Ajuda, sobre o Guadiana… tendo ao
lado a ruína duma Ponte Manuelina destruída em 1709. Ao passarmos a Ponte
(nova), entramos no Território Histórico da Olivença!
São cerca de 453,61 Km.2, até às
Ribeiras de Táliga (ou de Alconchel) e de Alcarrache. Dois concelhos: o de Olivença propiamente
dito, e o de Táliga, pequeno comparativamente em área, antiga aldeia de
Olivença, independentizado em 1850 Segundo a perspectiva diplomática oficial portuguesa, é um
território legalmente português, administrado de facto pela Espanha. Uma
região que foi, na época franquista principalmente, sujeita a uma
descaracterização que se pode classificar de dramática. Durante mais ou menos
quarenta anos.
A
nova ponte foi inaugurada em 11 de Novembro de 2000, ´Houve
quem quisesse que se chamasse “General Humberto Delgado”. Construída à
mistura com quase vários e pouco divulgados desentendimentos
diplomáticos. Mas ela lá está, ligando directamente Elvas a
Olivença (e sem ligação a mais lado nenhum! São 21 Quilómetros ), sendo considerada como infra-estrutura local
ou municipal, e não internacional. Aliás, o Estado Português pagou-a
integralmente. Uma história que teve e tem tantos episódios e condicionantes
estranhos, que deveria merecer um livro…
Claro que, para quem sai de Elvas e se dirige somente a Olivença, a Ponte
constituirá o primeiro local a visitar quando entrar na Região… mas
voltaremos a falar do assunto!
Peço perdão, mas talvez caiba aqui um
comentário! Sendo Democracias
actualmente, Portugal e Espanha, aproveitando até o facto de ambos estarem na
União Europeia, podem agora encarar este litígio de forma aberta, sem
complexos, com um mínimo de traumas, sem pôr em causa princípios e interesses
legítimos nem planos de cooperação noutros domínios. As boas relações facilitam
a discussão de todos os assuntos, principalmente os melindrosos. Os
preconceitos passam a ter muito menos sentido. Só por isso, a Democracia vale a
pena!
Mas…voltemos
ao tema da visita… e à Ribeira de
Olivença. Ao lado da
Ponte Nova, está uma mais antiga, que deixou de ser usada em 1994. Para
já, informa-se que está a um quilómetro do local onde foram assassinados o
General Humberto Delgado e a sua secretária, em 1965. Mesmo a Norte da Ribeira
de Olivença, a Leste, nas proximidades da herdade de “Los Almerines”. Se veio
do Sul, ou de Elvas pela nova Ponte da Ajuda, que muitos querem, pelo episódio
histórico referido, que se chame “Ponte General Humberto Delgado”, terá de
percorrer três ou quatro quilómetros para norte, a partir da Terra das
Oliveiras
Mas siga, a partir da Ponte. Está
próximo, muito próximo mesmo de Olivença. Acabará por avistar a cidade, donde
se destaca uma Torre de Menagem. Avance, vire à direita, e terá chegado a um
mundo que o surpreenderá… se tiver olhos para ver… e que Saramago não quis ver.
Continue a ler estas linhas, e dar-nos-á razão… esperamos.
Verá algumas casas alentejanas,
principalmente em ruas pequenas, e até em algumas grandes.
Principalmente algumas artérias simples poderão surpreender, mesmo porque é nelas que eventualmente poderá ouvir
falar português “alentejano”, por vezes com surpreendente pureza. Pode mesmo
tomar a iniciativa.
Sem dúvida que os nomes das ruas
parecem, e são, espanhóis. Mas, desde 2011, graças aos esforços duma Associação
local, os nomes portugueses antigos também lá estão. Os nomes antigos, como
verá, são bem portugueses, e muita gente os conhece de cor, principalmente os
mais idosos. Rua dos Oleiros. Rua das Atafonas. Rua do Poço. Rua da Caridade.
Rua da Pedra. Rua dos Saboeiros. Há tantas, tantas !
Mas… vamos á parte turística
“consagrada. Comece pela Torre de Menagem, construída por volta de 1488, por ordem de D. João II de Portugal…
ou talvez antes.. Encontrará, num mesmo complexo, um Museu
Etnográfico…que já foi Municipal… e que é algo de admirável. Está ali todo um passado, quase sem barreiras. Há
Pré-História. Há mundo rural. Há mundo urbano. Há coisas que nunca pensou ver
num museu… mas que devem mesmo lá estar. Aprenderá algo, seguramente.
Está
na parte mais antiga de Olivença, a chamada zona dionisina. Nome derivado de D. Dinis de Portugal, que em 1297 assegurou a posse lusitana da
cidade (Tratado de Alcañices), após meio século de
confusões fronteiriças. Verá por ali as Portas dos Anjos, ou do Espírito Santo.
Também as de Alconchel. E, já disfarçadas no Palácio dos Duques de Cadaval,
actual Câmara Municipal, as Portas da Graça. E, como se não bastasse, foi reconstruída uma outra, que
se chamou 8 e chama de São Sebastião…
Porque estamos na parte dionisina,
visite a Igreja de Santa Maria do Castelo, Igreja Salão, Matriz da cidade
E também uma belíssima árvore genealógica da Virgem Maria (árvore de Jessé; a
maior em, dizem terras lusófonas). Entre outras coisas.
Saiamos da zona dionisina pelas
Portas do Espírito Santo, e examinemos a Porta Manuelina da Câmara Municipal. É
um exemplar valioso.
Já
que falamos em Manuelino… vamos à Igreja de Santa Maria Madalena, a 20
metros de distância. Eis uma espantosa Catedral Gótica- Manuelina, a segunda em
tamanho existente neste estilo… após, naturalmente, os Jerónimos. As colunas toscanas imitam cordas na perfeição. E
podemos ver azulejos. E Talha Barroca, mais recente. Este templo, há poucos
anos, mereceu a classificação de “espaço mais bonito de Espanha”, num concurso
aberto à votação pública da responsabilidade de uma companhia
petrolífera(gasolineira)
Não há que espantar. O templo foi
sede do Bispado Português de Ceuta. O
seu primeiro bispo, Frei Henrique de Coimbra, está lá sepultado. Trata-se ( as
voltas que a História dá !) do homem que rezou a Primeira Missa no Brasil, em
1500.
Voltemos a passar em frente da Câmara
Municipal, e viremos à esquerda, percorrendo parte da Rua da Caridade. Eis-nos diante da Misericórdia de Olivença. Vejamos
os mármores em torno da belíssima porta. Os Escudos Nacionais de Portugal e
Espanha. Sobre a porta da Capela, outro escudo luso, embora picado. Entremos na
Igreja/Capela, . Tantos azulejos portugueses ! Dir-se-ia uma versão menor da
Igreja da Madalena. E há talha em madeira para todos os gostos…
Sigamos depois pela Rua Espírito Santo,
ou pela sua paralela, a Rua Fernando Afonso Durão (“Fernando Alfonso”), ou das
Parreiras. Desembocaremos na Plaza de
España, antigo Terreiro ou Passeio Velho. E… para
quem pensa que a presença histórica portuguesa se esgotou lá pelo século XVII,
veja o Palácio dos Marçais, pombalino, do Século XVIII. Aí
chegados, se houver tempo, não é má idéia visitar-se o Convento de São Francisco (Séculos
XVI/XVII), porque fica a menos de 100 metros.
Mas…existem muitas alternativas ainda!
Podemos visitar alguns troços, de incontestável beleza, das muralhas dos
séculos XVII-XVIII (estilo “Vauban”; iniciadas a propósito da Guerra da
Restauração ), e, andando um bocado mais, ver as Portas do Calvário, que delas fazem parte, em mármore, iguaizinhas
às que se encontram, por exemplo, em Elvas e Estremoz.
À direita das Portas do Calvário,
encontraremos o Convento de São João de Deus ( Século XVI ).
Se, depois, seguirmos pelas ruas de
Santa Luzia e de Santa Quitéria, encontraremos uma pequena Igreja, de Nossa Senhora da Conceição (ou de
Santa Quitéria), e, sempre
andando, uma dependência das já
destruídas Portas de Santa Quitéria, ou Porta Nova, companheiras das Portas do
Calvário (ainda que sem mármores), tal como uma outra porta também já
destruída, a de São Francisco. De três, resta uma. Mais acima, o antigo Quartel de Cavalaria
dos Dragões de Olivença (século XVIII) dá-nos as boas vindas. Em frente deste,
nas antigas cavalariças, um Centro de Lazer para Idosos (“Hogar del
Pensionista”) poderá ensinar muita coisa !
A menos de 50 metros, está o
novíssimo Centro Cultural de Olivença/Casa da Cultura/Universidade Popular. A cultura
tem lugar de destaque na Moderna Olivença.
Em todas estas “voltas”, poderão
observar-se os muitos “Passos” da Paixão de Cristo de que Olivença
dispõe. Estão um pouco por todo o lado, alguns com azulejos novos, executados
por artistas/profissionais das Caldas da Rainha ou doutros pontos de
Portugal. E, recente, bastante calçada
portuguesa…
Há muita coisa para ver. É difícil
dizer tudo!
Se, de facto, se pensa que a Cultura não
são só monumentos, e nem só cidades, então, para além das Ruas Antigas já
sugeridas, podemos visitar as aldeias dos arredores. Como, por exemplo,
São Jorge de Alôr, cinco quilómetros para Leste. Veremos casas alentejaníssimas, e chaminés meridionais portuguesas
de estonteante altura. Podemos, em alternativa, visitar São Bento da Contenda
(7 Km. a Sudoeste), com o mesmo tipo de arquitectura, uma das povoações onde a
Língua Portuguesa se mantém como língua comum.
Podemos ainda visitar Vila Real, 10 Km.
a Oeste, frente a Juromenha, de cujo extinto Concelho foi parte até 1801. As características linguísticas e arquitectónicas
continuam a surpreender…ou, nesta altura, talvez já não! Ainda que, em
Vila Real, desde 2004 e 2005, muita coisa tenha mudado, com umas obras em
várias das suas velhas casas. Pelos vistos, não se está a preservar como devia
a velha traça popular na região…
Mas…
vamos a São Domingos de Gusmão, 4 Km. a sudeste, aldeia quase abandonada
por causa da emigração. Prosseguindo pela estrada que a esta conduz, a 20 Km.
de Olivença, encontra-se, como já referimos, Táliga, (ou Talega), uma antiga
aldeia que é hoje um Concelho independente da Terra das Oliveiras. Embora não
tanto como noutras povoações, o Português alentejano ainda por lá subsiste…
mais entendido que falado… ainda que o possa não parecer à primeira vista !
Poderemos ainda visitar as aldeias novas
de São Francisco e São Rafael de Olivença, 7Km. a Norte de Olivença, a
primeira, e 9 a nordeste, a segunda. Só existem desde 1954. Claro, por isso as
suas características arquitectónicas são diferentes, mas há por lá umas
chaminés não previstas nos planos iniciais, e a população também vai falando e
compreendendo a lusa fala… em versão planície.
Já que andamos por estradas várias,
independentemente de depois voltarmos para trás ou de simplesmente continuarmos
diretamente para Elvas, visitemos a sério, parando por lá, a velha Ponte da Ajuda (10 Km. a noroeste da urbe transodiana),
destruída, como já se disse, desde 1709. Não foi reparada depois,
e a ocupação espanhola de Olivença em 1801 veio dificultar ainda mais
as coisas. É um
impressionante Monumento Manuelino (mais um!), que tem cerca de 450 metros, 19
arcos, e um largo tabuleiro de quase seis metros… o suficiente para se cruzarem
duas carroças. Não se sabe quando, ou mesmo se será reconstruída. O que se fez
nesse sentido esteve e está envolvido em acesa polémica. Mas, como se disse
antes, há uma Ponte novinha a cem metros de distância (desde 2000), pelo que o
Guadiana já não é obstáculo!
Vamos dedicar a nossa atenção a outras
coisas… ou outros pontos de interesse. Por exemplo, na estrada para São Jorge
de Alôr há a Quinta de São João, ou da Marçala, ou dos Marçais… que
esconde um Convento de Frades Franciscanos do Algarve, fundado talvez em 1500.
Encontramos muitos “montes” rurais
alentejanos. Em número superior a uma centena. E pelo menos um doce português de muita fama (“Técula-Mécula”) nas
duas pastelarias, chamadas “Fuentes” e “La Chiminea” e que me perdoem em alguma
eventual guerra de patentes! Encontramos…
Vamos a deter-nos com as indicações. Quem
quiser, vá a Olivença. Descubra mais coisas. Escreva sobre isso, ou relate aos
amigos. Parece-nos que já demos pistas suficientes !
Só umas últimas linhas -
referir que entre 2008 e 2019 existiu uma associação autóctone ( a “Além Guadiana”), que, sem se meter em
políticas ou questões de soberania, luta
pela herança cultural lusa de Olivença em todas as suas vertentes, tendo
conseguido convencer as autoridades locais a reporem os velhos nomes
portugueses, em 2011 (ao lado dos atuais nomes espanhóis) em 74 ruas e praças
no burgo. E anda no ar a ideia de fazer de Olivença uma espécie de
cidade-museu, ou cidade de museus…Em 2011, essa Associação inciou um
processo de atribuição de nacionalidades portuguesas a oliventinos, que
prossegue agora ao cuidado de cada particular. Em março de 2024, já havia mais
de três mil oliventinos com nacionalidade lusa… dos quais dois mil eleitores
para órgãos políticos (portugueses, naturalmente).
Agora, é a sério! Já chega de pistas!
Repetimos: vá lá, visite o que puder. Já agora, não vá a uma segunda
feira, pois tudo quanto é monumento está fechado, e não caia no erro de querer
visitar seja o que for entre as catorze e as dezassete horas locais,
pois, durante três horas, tudo fecha. É a inevitável “Siesta”… a Sesta, que já
se usou no Alentejo.. .
Por aqui ficamos. Foi além de Saramago.
Visitou o que talvez nem procurasse. Se veio de Badajoz, à moda antiga, talvez
tenha feito menos compras do que esperava, ou pelo menos, não onde as pensava
fazer. Seja como for, foi decerto interessante descobrir Portugal… a pouco mais de 20 Quilómetros ao Sul de
Badajoz ! Se veio, à “moderna”, pela nova Ponte da Ajuda… nem chegou a
ir a Badajoz… e a sua visita terá quase só um fim turístico-cultural, e
aproveitou para honrar Elvas, há pouco declarada cidade-património mundial.
A escolha é sua!
COMENTÁRIOS:
Paul C. Rosado: Muito obrigado, pela aula de História. Belo
artigo. António
Costa: Agora, que à
falta de melhor, se manda matar e morrer em nome do chão (que não é de
ninguém), trocou-me as voltas com uma humanização da paisagem que deve ter feito
as delicias de quem estava à sua beira. Pedro
Henrique Vilar Miranda > António
Costa: Também gostei
bastante do artigo. Posto isto fica nos meandros do futuro uma hipotética
visita às terras lusas do lado espanhol :)
NOTAS DA INTERNET:
Olivença
Olivença (em castelhano: Olivenza é uma cidade sede do município homónimo da zona raiana, cuja demarcação é objecto de litígio entre Portugal e Espanha. Reivindicado de jure por
Portugal, o município
integra actualmente a província de Badajoz da comunidade autónoma espanhola da Estremadura. É a capital da comarca
espanhola de Llanos de Olivenza (em português: "Planícies de Olivença"), também conhecida como Comarca de Olivença. Tem
430,1 km² de área e em 2021 tinha 11 871 habitantes (densidade: 27,6 hab./km²). Apesar do
desentendimento entre Portugal e Espanha sobre a Questão de
Olivença, o tema
não tem provocado atrito nas relações entre os dois países ibéricos. Olivença e os municípios raianos espanhóis
de La Codosera, Alburquerque e Badajoz e portuguesesde Arronches, CampoMaior, Estremoz, Portalegre e Elvas chegaram a um acordo em 2008 com vista à criação
de uma eurorregião. O Tratado de
Alcanizes, de 1297,
estabelecia Olivença como parte de Portugal. Em 1801, através do Tratado de
Badajoz,
denunciado em 1808 por Portugal, o território foi anexado a Espanha. Em 1817 a Espanha reconheceu a soberania
portuguesa subscrevendo o Congresso de
Viena de
1815, comprometendo-se à retrocessão do território o mais prontamente possível.
Porém, até aos dias de hoje, tal ainda não aconteceu. Assim continuam por
colocar os marcos delimitadores de fronteira entre a confluência do rio Caia com
o rio Guadiana e a confluência da ribeira de Cuncos com o rio Guadiana com a numeração de 802 a 899 correspondentes
ao território de Olivença.
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