E voltamos uma vez mais ao dito de António Alves Martins, sobre a
quantidade de religião a usar, que, em tempos antigos, li na estátua do Bispo,
lá em Viseu - frase que metia o tempero equilibrado do sal na comida, como
paralelo – e que o meu pai repetia, que também nasceu por lá - talvez para
justificar a falta de prática religiosa na nossa casa, mau grado o respeito
pelas doutrinas que se incutiam, sobretudo aquando das comunhões impostas pelo
padre de moral do liceu. Sim, nunca fomos de subserviência estrita às práticas
religiosas, que serviam essencialmente como fonte de saber e pretexto para
avançar na curiosidade das histórias bíblicas, sendo a Bíblia, para mim, o
livro mais prodigioso para a curiosidade humana, na simplicidade das origens do
mundo e seus testamentos… Por isso, todos esses malabarismos desvirtuadores, trazidos
pelas novas sociedades, querendo impor princípios de falsa bondade e falsa
destreza mental, enxovalhante, só produzem asco, o asco que educadamente e
superiormente, é sentido no texto de um Homem corajoso e sabedor, que por tal
motivo nos transmite as suas lições que só temos que encaixar. Só desejamos que
não nos falhe. A sociedade bem precisa de JAIME NOGUEIRA PINTO – cada vez mais,
ai de nós.
Tempos difíceis
A conflitualidade histórica entre o
Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo tem agora um quarto pólo: o
fundamentalismo laico dos descrentes activos e agressivos de um ocidente
decadentista.
JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observadorsubserviência
estrita às práticas religiosas, mas guerras mais gerais e sangrentas. E não
faltam irresponsáveis e oportunistas, a braços com problemas ou competições
eleitorais internas, prontos a usar esses riscos e tensões em benefício
próprio, sem pensar nas consequências.
Lembro o Verão europeu de 1914, quando as elites da Europa atiraram
milhões para uma carnificina de onde nasceu o século XX e as suas novidades
políticas: o
bolchevismo e o regime totalitário soviético e as respostas autoritárias e
totalitárias ao bolchevismo, entre elas o nacional-socialismo hitleriano,
radicalmente antissemita. E depois a Segunda Guerra, o
concentracionarismo, o fim do Euromundo e tudo o que se lhe seguiu.
Uma vertente importante do único
“discurso de ódio” agora tolerado e até incentivado que poderá levar a outras
guerras, é a actual narrativa à volta das duas maiores crenças do
globo – o Cristianismo e o Islão – e, em
certa medida, atingindo também o Judaísmo. A conflitualidade histórica entre o
Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, com os seus altos e baixos ao longo dos
séculos, tem hoje um quarto pólo,
vindo do Ocidente: o fundamentalismo
laico dos descrentes activos e agressivos contra o sagrado em geral
e contra as “religiões do Livro” em
particular.
Convergência anti-religiosa
Sabemos bem que, no passado,
se expulsaram, condenaram ou converteram judeus à força, e que, nas guerras
religiosas, cristãos e muçulmanos, católicos e protestantes, se exterminaram com zelo e crueldade. Mas
a partir do século XVII as contas
foram outras; no século XVIII, os iluminados
e libertinos atiraram-se ao Trono
e ao Altar, e entre o racionalismo
à Voltaire e a pornografia
blasfema tipo marquês de Sade, tudo se fez para mitigar a influência cultural e espiritual da religião
cristã, criando a ideia de que a Igreja e os seus sacerdotes
e religiosos não passavam de um bando organizado de sanguessugas legitimadoras
da tirania real. Como consequência, Marat, Robespierre, Carrier, Fouquier-Thinville e outros
guilhotinaram, afogaram, metralharam, dizimaram, de Paris a Nantes e à Vendeia,
muitas dezenas de milhares de franceses cristãos de todas as condições sociais.
Os bolcheviques e os seus sucessores, com um ódio cego às Igrejas,
fizeram o mesmo na Rússia, no México, em Espanha, na China, na Indochina e em
África, nalgumas ditaduras e tiranias comunistas. Como
insistia o próprio Marx, o
materialismo de Feuerbach era essencial ao sistema e o marxismo-leninismo iria
ser, por princípio filosófico e político, materialista. Neste
sentido, o Cristianismo assenta em princípios incompatíveis com o comunismo, embora na prática político-social
pudesse haver coincidência e até algum entendimento, ora consciente e
circunstancial, ora enganoso ou equivocado.
Mas a grande ofensiva contra os
cristãos em geral e os católicos em particular dá-se hoje precisamente no chamado Ocidente, através de uma nova
cultura que foi tomando de assalto, há já algumas décadas, os centros de poder
académico e mediático.
A
decadência do comunismo soviético e da sua burocracia autoritária e a
incapacidade de atrair novos adeptos, sobretudo entre os jovens, marcou esta
mudança. Daí veio o culto pelos “novos
comunismos”: primeiro,
pelos modelos maoístas e cambojanos, com os seus milhões de mortos; depois
pelas causas da “Nova Esquerda”, ditadas
por uma curiosa convergência entre o marxismo revisto por Herbert
Marcuse e as acções armadas dos Panteras Negras.
A evolução, a partir daí, foi para a
adesão às novidades culturais ensinadas por livros como A Pedagogia do Oprimido, de Paulo
Freire, ou avançadas pela Critical Race Theory norte-americana.
Para este anti-cristianismo militante
foi decisivo o contributo de Daniel
Dennet, Richard Dawkins, Sam Harris e Christopher Hitchens, os “Quatro
Cavaleiros do Novo Ateísmo”. Deles, veio um crescente activismo
anti-cristão, destinado a substituir os fundamentos da civilização
do Ocidente, os valores de orientação permanente herdados da tradição cristã e
testados na própria evolução social, por
uma amálgama ideológica feita de filosofia iluminista e metodologia marxista
adaptada. O resultado está aí, na multiplicação dos
binómios cada vez mais delirantes de um marxismo cada vez mais imaginário e das
listas de exploradores-explorados, com a tentativa de mobilização permanente de
sucessivas minorias de oprimidos sexuais, raciais, animais ou climáticos para
que assumam um papel que outrora era exclusivo do “Proletariado”. O inimigo é agora uma “Burguesia” e um “Capital”
feitos de brancos, de conservadores, de “fóbicos”, de anti-abortistas, de
emissores de CO2, de consumidores de energia não-renovável… e de crentes.
Os
ataques à religião cristã vêm muito deste espírito – e também de o alvo ser
relativamente fácil, ou pelo menos razoavelmente disposto a dar a outra face,
por virtude, sentimento de culpa, desistência ou indiferença. Já quanto ao
Islão, desde que os ayatollas lançaram a Fatwa sobre Salman Rushdie
depois dos Versículos Satânicos, ou desde que os jornalistas do Charlie Hebdo
foram chacinados, os ânimos dos mais temerários parecem ter arrefecido – a
ponto de os muçulmanos já integrarem aqui e ali o rol das vítimas a arremessar
contra o “inimigo principal”.
Paris é uma festa
Thomas Jolly, o mestre de cerimónias das
Olimpíadas de Paris que agora acabaram, um actor e encenador curricularmente
modesto, escolheu o caminho mais fácil e festivaleiro. Porque não, na
cerimónia inaugural das Olimpíadas, uma paródia à Última Ceia? Pouca arte e
muita “irreverência” trariam com toda a certeza muita polémica e
popularidade. Talvez um bacanal com um elenco de minorias sexuais
sortidas, com um involuntário quê de galeria de aberrações medieval e um toque
de pedofilia para apimentar; qualquer coisa que pudesse propagandear-se como um
“hino ao paganismo dionisíaco e à sua liberdade, simbolizando o amor da Humanidade
pelos Jogos”, mas que aludisse inequivocamente à última Ceia de Cristo, de
Leonardo Da Vinci.
Do lado muçulmano, quer dos xiitas do
Islão, quer dos sunitas da Arábia Saudita, quer de líderes como o presidente
Erdogan da Turquia, vieram imediatos protestos sobre o despropósito do que era
claramente um quadro paródico da Última Ceia, no meio de todo um festival de
clichés.
A Santa Sé demorou a emitir um
comunicado – o que se entende, por não ser da sua índole nem da sua tradição
comentar semelhantes “manifestações artísticas” que, infelizmente, se têm vindo
a banalizar. O comunicado da Santa Sé limitou-se, por fim, a referir o absurdo
de inaugurar um evento desportivo que deveria celebrar “valores comuns”,
ofendendo gravemente as convicções religiosas de muita gente. Um bispo
norte-americano, Robert Barron, do Minnesota, definiu a “paródia grosseira” de
Jolly como o produto natural de uma “sociedade pós-moderna profundamente
secularizada” que tinha “o Cristianismo por inimigo”.
Um ecumenismo singular
Temos de assumir que passámos a ser uma minoria perseguida; mas que,
ao contrário de todas as outras minorias perseguidas a “empoderar”, não vamos
nunca fazer parte do arco-íris ou ser chamados a preencher cotas de inclusão,
diversidade ou paridade. Antes, vamos sempre funcionar como a maioria
opressora, como o inimigo útil ou o catártico saco de box contra o qual os
candidatos a cidadãos cumpridores e exemplares deverão treinar a falsa
“irreverência”, experimentar os prazeres do único “discurso de ódio” consentido
e ensaiar os lugares comuns de uma qualquer “arte”. Sabendo isto, também não
podemos ou não devemos, como cristãos, defender-nos activamente da pancadaria,
ou pagar na mesma moeda.
A este propósito, há muitos anos, perante os primeiros sinais e sintomas destes
desacatos, um velho amigo meu, cristão velho (e por isso também consideravelmente reaccionário e versado em
graças reaccionárias), propôs uma Liga
das Religiões do Livro (LRL): uma espécie de Nações Unidas, centradas, não nos
atentados ao clima físico, mas nos atentados ao clima metafísico. Na Liga, os “climáximos”, a tropa de choque, seriam os
muçulmanos, encarregados de punir os atentados à Fé de todos os filiados –
judeus, cristãos ou muçulmanos.
Aí, não haveria com certeza tantos
Jollys a exercerem de ânimo leve a sua “arte” à custa do erário público e em
prejuízo daquilo que para muitos crentes e descrentes é sagrado.
CIVILIZAÇÃO SOCIEDADE CRISTIANISMO RELIGIÃO EXTREMISMO
COMENTÁRIOS (DE 77)
José Vilaça: Regra geral costumo gostar desta coluna. No entanto, desta vez parei de ler
após o autor apelidar Richard Dawkins de "Marxista". Isto só prova
que o autor nunca perdeu 1 minuto a ler ou ouvir Dawkins. Dawkins despreza o
marxismo tanto como a religião, ou talvez até mais. Das duas uma, ou o autor é
ignorante por não perder tempo a ler as pessoas que critica, ou é ignorante por
achar que um ateu é forçosamente marxista. Henrique Mota > Paul C. Rosado: Não esteve atento ao fim da
crónica. Subtilmente, através de um “amigo” sugere exactamente o que diz Manuel
Gonçalves . João Santos: Uma das poucas vozes livres e lúcidas! Infelizmente, no Ocidente e,
sobretudo na Europa, já ultrapassámos o ponto de não retorno de decadência e a
precipitação no abismo já não é uma questão de "se", mas de
"quando"... Fernando
CE: Oportuna e
muito sábia análise. Sendo católico, mais cultural que religioso em sentido estrito, assisto
com preocupação com o deslaçar das sociedades de tipo ocidental, com uma
mistura de excesso de hedonismo e de atracção pelo abismo , conduzidos por
minorias com agendas woke. Para mim, por exemplo, o proliferar de
barrigas de aluguer para qualquer um fazer filhos, numa atitude mais egoísta
que outra coisa, em vez de se recorrer à adopção de tantas crianças abandonadas
ou órfãs, é sintoma da ausência de autênticos valores humanistas Carlos Quartel: Padres, bispos, rabinos, mulás
ou muftis têm muitas culpas no cartório. Foram, por milénios , as vozes do
ódio e da exclusão. mobilizaram o poder sempre baseado na seita, com
necessidade de eliminar os infiéis. São responsáveis
por muitos milhões de mortos, de crimes hediondos, por séculos e séculos. Despoletaram reacções de igual sinal, pretensamente racionais e livres de
fé, mas que, de facto, não passam de novas fés. Comunismo, nazismo ou wokismo enfermam dos mesmos defeitos, têm o exclusivo
da verdade, não toleram quem não decifra a mensagem e mantêm a
necessidade de neutralizar os infiéis. Por isso penso
que o valor supremo a preservar é o direito à liberdade, todas as
liberdade, especialmente a liberdade de pensamento. Quanto a religiões é algo que, quem não recebeu a graça da fé, não consegue
entender. Mas não odeia ... Interessante texto. Parabéns ao autor.
Paulo Alves > Madalena Magalhães Colaço: Ora nem mais! Poucos são os
Católicos que têm consciência plena dos danos nefastos que causou o Concílio
Vaticano II à Igreja Católica. Foi a grande Brecha que atingiu a Igreja e que, de
forma insidiosa, tem minado os alicerces desta instituição. Lenine a dada altura disse que
o grande entrave à expansão dos ideais marxistas a nível internacional era
precisamente a Igreja Católica. Há quem advogue, dentro dos círculos restritos do
KGB da antiga URSS, que foi uma operação planeada durante décadas e que acabou
por ser bem sucedida (Ver Mikai Pacepa, Sakharovsky, os antecedentes históricos
ao Concílio Vaticano II, o percurso cronológico dos eventos.) vitor manuel: Mais um excepcional artigo de
J.N.P. a chamar a atenção para um problema que há muito acontece mas com muito
mais atrevimento e impunidade nos tempos actuais, que é a ligeireza e
irresponsabilidade com que a hierarquia da Igreja Católica encara os ataques de
quem a quer destruir continuamente lhe faz. Ainda há pouco tempo houve um
artigo aqui no Observador da responsabilidade de alguém com responsabilidades
na Igreja a desvalorizar o que se passou em Paris e que só faltou felicitar os
seus autores. É inadmissível que um hipócrita canalha oportunista, como é um
dos afilhados do fundador ds PSDois, RAP de seu nome, tenha sido convidado para
entrar no Vaticano. Foi só mais um dos sinais, muito negros, de tempos que
acabarão muito mal.
Maria Nunes: Excelente e oportuno artigo. Parabéns JNP. João Floriano:
Tal como os nomes
de crianças têm modas, os nomes dos cães idem. Há uns anos, na rua onde cresci,
se alguém chamasse Jolly apareciam vários rafeiros, qual o mais feioso, porque
cães de raça são também uma tendência recente. Nos meus tempos de meninice, os
cães comiam ossos e espinhas, não iam ao veterinário porque o dinheiro não
chegava e uma vez o nosso cão ficou mal das pernas e a minha mãe levou-o ao
veterinário da Cãmara sem o meu pai saber. O que é certo é que o Bochita levou
uma injecção não sei de quê, ganiu como um perdido mas saiu de lá com um andar
novo. Portanto quando vi o nome Jolly associei imediatamente com cães rafeiros
roedores de ossos. O grande problema desta gente é que invadiram os governos, mesmo
os que se declaram laicos. Deixam de o ser quando permitem que assuntos de
religião se tornem centrais e motivo de discórdia. Um estado não pode ser laico
quando se intromete na vida religiosa das pessoas quer para impor uma religião,
quer para «ridicularizar e hostilizar» a crença noutra. Esta hostilidade contra
a igreja católica e os cristãos em geral é perfeitamente compreensível. É
preciso destruir, desorganizar e a igreja por muitos defeitos que tenha, e
tem-nos sem dúvida, ainda é uma forma sólida de agregação das pessoas, dos
crentes. Daí a perseguição permitida, apoiada pelas autoridades porque
quem cala consente. e ao calar, ao consentir, fazem o jogo dos que não se calam
e não estão dispostos a oferecer a outra face. O Islão quando é
insultado não mostra a outra face, mas a faca. Pobre Portugal: No nosso espectro político
caseiro, a grande novidade é que “somos perseguidos” não só pelos expectáveis
PS, PCP e BE, mas também pelo PSD. Madalena Magalhães Colaço:
Como se
pressentissem que uma guerra vinha a caminho, um ano antes desse verão de 1914
que traria uma carnificina horrível, em maio de 1913, no teatro dos Campos
Elísios, o empresário dos Ballets Russos Sergei Diaghilev provocava uma
escandaleira com a Sagração da Primavera. Diaghilev sabia que misturar dois
públicos conservador e vanguarda provocaria um escândalo o que seria uma óptima
forma de publicidade. A música de Stravinsky, com as suas dissonâncias e ritmos
espasmódicos e selvagens, criando uma atmosfera dionisíaca convidava aos
maiores excessos. Mas a coreografia de Nijinsky era talvez ainda mais chocante,
homens e mulheres vestidos de nu, o que resultou, nessa noite de 29 de
maio, em gritos, pateada, assobios, socos e pontapés...Mais de cem anos
passados muitos acham ainda o "Sacre" espinhoso e moderno. Talvez
seja um clássico, coisa que certamente a cerimónia de Jolly nunca será. Mas os
excessos e a atmosfera dionisíaca há muito que caracterizam as festas em Paris. Talvez um dos golpes mais duros
no cristianismo tenha vindo da própria igreja. Com o concílio Vaticano II, para
adaptar a igreja às novas modas, os crentes julgaram estar perante uma nova
religião. Nunca mais a igreja conseguiu recuperar desse duro golpe e o que está
em curso, que tão bem descreve JNP, visa acabar com o resto. Frederico Teixeira de Abreu: Artigo corajoso. Quem é cristão
sabe bem como tem razão. Mas o que fazer sobre tudo isto? Ronin kaishakunin: Mais um artigo de excelência. Os dois últimos parágrafos são
muito interessantes, nada que muitos não pensem onde podem levar as derivas das
políticas inclusivas, pagas pelos contribuintes. bento guerra: O conflito religioso é um
pretexto para arregimentar seguidores. A II Guerra foi entre cristãos e a da
Ucrânia entre ortodoxos. A deriva de Paris tem a ver com a necessidade de afirmação
dos sexualmente anormais, não em parada "pride" mas num palhaçada
transmitida a nível global Maria Cordes: Quer queiramos, quer não, somos seres espirituais. Por
mais voltas que o planeta dê à volta do sol, por mais trágicos séculos se forem
acumulando, com a maldade e perversidade sempre à tona de água, a nossa
essência divina estará sempre aí e move montanhas. Nunca o Vaticano se
aproximou tanto dos passos de Cristo, como nestes tempos. A pirosice horrenda,
apresentada em Paris, dionisíaca, ou lá o que lhe queiram chamar, foi um
fogacho satânico. O Universo se encarregará de o reduzir às suas proporções. Carlos Real: Estando de acordo com muito do
que foi dito, sendo eu um não religioso, o que são tempos difíceis para o
cristianismo e a imensa maioria de católicos e protestantes não praticantes. Um
absurdo por natureza. É o mesmo que ser desportista sentado num sofá. O
Ocidente, sobretudo na Europa (muito menos nos EUA) apenas usa a religião como
uma etiqueta que serve para rituais como o baptismo, os funerais e festas ditas
religiosas. A grande maioria que vai a Fátima nunca leu a Bíblia. Nem sabem
muitos deles as diferenças que existem entre as religiões. Isto sim, poderá
significar uma perda definitiva face a estrutura das instituições, tornar a
religião apenas um acto individual e egocêntrico na crença de uma vida/alma
imortal. Na Europa cristã a tendência significa uma prática religiosa artificial
que vai muito para além das modas wokistas. Não é por acaso que em Portugal até
os membros do clero são cada vez mais estrangeirados. O futuro não é brilhante. João Floriano > Carlos Quartel: «Quanto a religiões é algo que,
quem não recebeu a graça da fé, não consegue entender. Mas não odeia ...» É precisamente aí que me
encontro. Quanto aos malefícios originados pelo fanatismo e oportunismo religioso,
são de facto inegáveis. Mas não podem ser um motivo de desculpa para que em
pleno século XXI, baixemos os braços e não nos insurjamos contra a fantochada
organizada pelo Jolly que possivelmente teria mais sucesso a organizar o
desfile do Carnaval de Nice. O que se passa com as culpas atiradas à
igreja é um tanto ou quanto semelhante à questão das compensações devido á
escravatura. O que verdadeiramente interessa é que não se voltem a
repetir os erros do passado. Entretanto já estamos a caminho do final do
primeiro quartel do século XXI e penso que têm sido anos desperdiçados em que
em vez de a Humanidade ter progredido, tem regredido e o wokismo tem a
sua cota parte de culpa. Maria
Emília Santos Santos: Quem defende regimes totalitários não pode ter boas intenções! A liberdade é o maior bem que o
Criador nos deixou e, quando alguém nos quer roubar aquilo que não nos deu. que
não lhe pertence, essa pessoa é um ladrão! Um ladrão não é um cidadão
respeitador! É um abusador. É como querer ganhar eleições para impor as
suas ideias, mesmo sabendo que vão contra a liberdade dos outros! Essas pessoas
ditadoras, são seres humanos que se julgam superiores aos outros em
inteligência e na realidade é sempre o contrário! Americo Magalhaes: Mais um excelente texto do Prof
JNP cheio de oportunidade e de antecipação para o que nos espera até
2030. Reconheço com perfeita naturalidade a autoridade educativa e elucidativa
com que o Prof nos brinda todas as semanas. Depois compete a cada um de nós
analisar, reflectir e com normalidade aceitar ou discordar, também e de algum
modo de acordo com os acontecimentos históricos do passado. GateKeeper
> Frederico Teixeira de Abreu: Too late to tell. "Tempos
difíceis", enfim...! GateKeeper: Toda a razão caro Jaime. Como tecla aqui um comentador a principal força
desagregadora que "deslaça e torna perigosamente "sensaborona" e
falsamente puritana a sociedade chamada "ocidental" é, sem qualquer
margem para dúvidas, a corja situacionista & engajada nas águas turvas/
tóxicas liberaleco-pop-woke negacionistas da absurda e desastrosa realidade,
" under/behind the golden dust curtains" da hollywodesca decadência
actual. Vivemos num "mundo virtual/artificial" em que a verdade
passou a fazer parte de um "cenário" teatral de serial. Os
tradicionais "filtros" já funcionam mal, tal é a dimensão
apocalíptica da fraude global que impera, sobretudo pela via me[r]diática que
nos cobre diariamente com um manto "gasoso" pestilento.
Antigamente dizia-se [ e muito bem] que "em Terra de cegos quem tem um
olho manda." Contudo, actualmente, quem roubou e possui todos os olhos que
vêem e não vêem é uma agremiação mono-oligo-populista de Big-bros, que nos
expliram e secam os espíritos e a nossa pobre capacidade de iniciativa própria.
Somos autó-matos sem o sermos. Aparentamos seres humanos artificiais,
seguidistas, situacionistas, limitados a isso para conseguirmos sobreviver
como... Seres humanos, enfim...
Tim do A: A questão é que, com o a avanço da ciência, todas as religiões, tal como
estão, deixaram de ter sentido e é natural que haja menos crentes no
sobrenatural. O Ocidente está a pagar o preço de estar bem mais avançado do que
o terceiro mundo medieval. Em todo o caso, o Ocidente deve defender os seus
valores tal como os outros e não entregar-se nas mãos do inimigo, que é o que
sucede na actualidade, sem dignidade e em estranha auto flagelação. Um triste
fim que, a continuar a fazer caminho, pode mesmo acabar com a raça branca.
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