Chegado ao meu email, postado por Luis Soares de Oliveira, embora sem
o seu comentário. Ontem às 15:23.
28/7/22
A mim, o êxito desses portugueses lá
fora, em contraste com o falhanço cá dentro, parece-me mais uma questão de uma
diferente postura no estrangeiro, onde não encontram, talvez, os entraves burocráticos
e outros, fabricados por uns políticos e um povo reticentes, que por cá os
impedem muitas vezes de actuarem com mais esforço e êxito. Sempre se disse que
os portugueses lá fora trabalham mesmo, dadas as condições de trabalho de maior
respeito pelos direitos humanos, e exigindo competência.
«A diplomacia
portuguesa vista por um jornalista espanhol.»
«Otro
triunfo de la diplomacia portuguesa
En
un intervalo de dos años políticos lusos se han situado al frente de la UE y de
las Naciones Unidas
La
elección de António Guterres es un triunfo de su empeño personal, pero también
es un triunfo de la diplomacia portuguesa, incluso un triunfo de la carrera
diplomática en general, como actividad profesional.
En
un intervalo de dos años, dos portugueses se han situado en la dirección de la
Unión Europea(José Durão Barroso, 2004-14) y en la dirección de las Naciones
Unidas (António Guterres, 2016), incomprensible si se mide por el tamaño del
país, de apenas 10 millones de habitantes. Pero el tamaño no importa.
Mirando
un poco más hacia atrás habría que recordar que el dictador Salazar maniobró
hasta convencer a Franco para no aliarse con Alemania en la Segunda Guerra
Mundial o que Portugal es miembro fundador de la OTAN, señales ambas de que el
país tiene ojos para mirar más allá de sus fronteras. En la ONU fue miembro
bianual del Consejo de Seguridad derrotando a las candidaturas de Alemania y
Canadá.
En
Portugal no cambian los embajadores en función del color del Gobierno, y todos
son de carrera
Tanto
en el caso de Durão Barroso como en el de Guterres coinciden unas
características comunes de aversión a la confrontación, frente al tan hispano
“de entrada no”, el “de entrada sí”, del diálogo constante y alargado, haya o
no haya decisiones (la mayoría de las veces no las hay). Ambos responden a
virtudes congénitas del portugués como son la paciencia y el respeto. Bajo
ninguna circunstancia, por extrema que sea, se llega al desaire o al insulto.
El portugués ni toca la bocina ni dice palabrotas (“mierda”, por ejemplo).
Pero
a esa personalidad individual y colectiva del alma portuguesa, de un país que
no irrita a nadie - como otros muchos -, se le añade la preparación
profesional. Hace diez meses, Portugal cambió de un Gobierno conservador a uno
socialista. El vuelco ejecutivo no significó ningún baile en sus embajadas. Las
embajadas portuguesas son dirigidas - sin excepción- por profesionales de la
carrera, y estos no cambian en función del color del Gobierno. El nuevo
ejecutivo solo ha nombrado a dos embajadores y por su jubilación.
La
discreción diplomática fue el arma secreta con la que se tumbó la zafiedad
política de Junckers y Merkel.
Desde
que en diciembre Guterres anunció su candidatura a la ONU, todo el cuerpo
diplomático portugués, sin fisuras, comenzó a trabajar por él y en el más
absoluto de los sigilos. Nadie salió, por su puesto, a hablar mal de Guterres,
pero tampoco nadie salió a hablar bien. Los elogios sobre su candidato se
decían en privado, metódica y pacientemente, a cada uno de los 193 embajadores
de la ONU. La discreción diplomática fue el arma secreta con la que se tumbó la
zafiedad política de Junckers y Merkel.
Pero
hay otra cualidad, no menor, que permite a este pequeño país distinguirse en el
mundo: su educación lingüística. No hay dirigente portugués que no hable inglés
y español, por lo menos. El citado Barroso, como Guterres o como los actuales
dirigente del país, el presidente Rebelo de Sousa y el primer ministro Costa,
se mueven con total comodidad en los escenarios internacionales gracias a su
don de lenguas. No necesitan intérpretes para hablar con Merkel, Hollande o
Teresa May. En seis meses, Rebelo de Sousa ha departido cara a cara con más
dirigentes internacionales que Rajoy y Zapatero juntos en sus años de Gobierno.
Esa cercanía, esa afabilidad con todos, sin prepotencias y sin menosprecios, al
final acaba dando sus frutos.
2016 (Infelizmente não tenho mais
referências)
Ver tradução:
11Luis Soares de Oliveira e 10 outras pessoas
A diplomacia portuguesa vista por um jornalista
espanhol.
Outro
triunfo da diplomacia portuguesa
Num
intervalo de dois anos, políticos lusos colocaram-se à frente da UE e das
Nações Unidas.
A
eleição de António Guterres é um triunfo do seu empenho pessoal, mas é também
um triunfo da diplomacia portuguesa, mesmo um triunfo da carreira diplomática
em geral, como actividade profissional.
Num
intervalo de dois anos, dois portugueses colocaram-se na direção da União
Europeia (José Durão Barroso, 2004-14) e na direção das Nações Unidas (António
Guterres, 2016), incompreensível quando medido pelo tamanho do país, de apenas
10 milhões de habitantes. Mas o tamanho não importa.
Olhando
um pouco mais para trás deveria lembrar-se que o ditador Salazar manobrou até
convencer Franco a não se aliar à Alemanha na Segunda Guerra Mundial ou que
Portugal é membro fundador da NATO, sinais ambos de que o país tem Olhos para
olhar além de suas fronteiras. Na ONU foi membro bianual do Conselho de
Segurança derrotando as candidaturas da Alemanha e do Canadá.
Em
Portugal os embaixadores não mudam em função da cor do Governo, e todos são de
carreira.
Tanto
no caso de Durão Barroso como no caso de Guterres coincidem características
comuns de aversão ao confronto, face ao tão hispânico “de entrada não”, o “de
entrada sim”, do diálogo constante e prolongado, independentemente de ou não
existirem decisões (a maioria das vezes não há). Ambos respondem às virtudes
congénitas do português como são a paciência e o respeito. Em nenhuma
circunstância, por mais extrema que seja, se chega ao desaire ou ao insulto. O
português não buzina nem fala palavrões (“merda”, por exemplo).
Mas
a essa personalidade individual e colectiva da alma portuguesa, de um país que
não irrita ninguém - como muitos outros - acrescenta-se a preparação
profissional. Há dez meses, Portugal mudou de governo conservador para
socialista. Virar executivo não significou nenhuma dança nas embaixadas deles.
As embaixadas portuguesas são dirigidas - sem excepção - por profissionais da
carreira, e estes não mudam em função da cor do governo. O novo executivo só
nomeou dois embaixadores e por sua aposentadoria.
A
discrição diplomática foi a arma secreta com a qual se derrubou a zafiedade
política de Junckers e Merkel.
Desde
que Guterres anunciou a sua candidatura à ONU, todo o corpo diplomático
português, sem fracturas, começou a trabalhar por ele e no mais absoluto dos
furtivos. Ninguém saiu, claro, para falar mal de Guterres, mas também ninguém
saiu para falar direito. Os elogios sobre o seu candidato eram ditos em
privado, metódica e pacientemente a cada um dos 193 embaixadores da ONU. A
discrição diplomática foi a arma secreta com a qual se derrubou a saciedade
política de Junckers e Merkel.
Mas
há outra qualidade, não menor, que permite a este pequeno país distinguir-se no
mundo: a sua educação linguística. Não há dirigente português que não fale
inglês e espanhol, pelo menos. O citado Barroso, como Guterres ou como os
actuais dirigentes do país, o presidente Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro
Costa, movem-se com total conforto nos palcos internacionais graças ao seu dom
de línguas. Não precisam de intérpretes para falar com Merkel, Hollande ou
Teresa May. Em seis meses, Rebelo de Sousa departiu cara a cara com mais
líderes internacionais do que Rajoy e Zapatero juntos nos seus anos de governo.
Essa proximidade, essa afabilidade com todos, sem prepotências e sem desprezo,
acaba por dar frutos.
2016
(Infelizmente não tenho mais referências)
COMENTÁRIO:
Teresa Mónica: Senhor
Embaixador - Vi agora este seu post. O artigo é do "El País" e
publicado em 6 de Outubro de 2016. Aqui fica o link
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