O Courrier internacional que
assinamos cá em casa costuma alertar-nos para os desastres ecológicos, entre a
temática variada abrangendo o mundo. O título do de Julho 2022 - ALERTA AZUL - tem em epígrafe os dizeres seguintes: “RISCOS E
CONSEQUÊNCIAS DA CORRIDA DESENFREADA À EXPLORAÇÃO DOS OCEANOS. A PROCURA DE
RECURSOS PODE TRANSFORMAR-SE NUM DESASTRE AMBIENTAL?”. Valeria a pena ler,
entre tantos textos analíticos de ordem vária, ao nível mundial, a EDITORIAL de RUI TAVARES GUEDES que tem por título “Tanto mar… para quem?” que mostra, entre outros motivos, a importância do MAR a vários
títulos, tanto nas relações do poder, como fonte de recursos humanos e meio de
ligação entre os povos, sempre, ao longo da História, e ainda assim mal
conhecido, e maltratado sem dúvida, como meio de domínio mundial, através da
poderosa força naval, quer da China, quer dos E. Unidos e outros que dele fazem
alvo do seu apreço por igual domínio, como verificamos com as arremetidas
russas nestes novos tempos.
E todavia, sabemos bem da sua poluição, nas
tentativas de “limpeza” ambiental das praias pelos descuidos e pouca educação
dos que se não importam de deixar as praias semeadas com os plásticos e outros
artifícios que as marés limpam para confundir e matar os habitantes marítimos.
Vem o assunto a propósito dos comentários descrentes dos nossos comentadores
sabedores, que não vão em poluições nem desastres ambientais, atidos aos seus
muitos conhecimentos dos primórdios da História, que faz que não creiam nas prevenções
humanas que levaram Helena Garrido a defender, com
a preocupação que quase todos também sentimos, mesmo as Gretas, a prevenção
contra o aquecimento global.
Sim, a TERRA sempre sofreu transformações
climáticas e geológicas, mas mais lentamente. Hoje parece que estamos à beira
do precipício, todos o sentimos, devemos respeitar as normas… mesmo os
cépticos.
O calor que nos
alerta para o clima
Vivemos mais um Verão de calor
extremo. É uma excepção ou um sério alerta para o que não estamos a fazer – ou
já nem conseguimos fazer – contra o aquecimento global?
HELENA GARRIDO
OBSERVADOR, 12 jul
2022, 00:2152
Quem
vá a Trás-os-Montes e se perca a conversar, ficará a saber, por exemplo, que em
Rio de Onor já raramente neva. Plantar o que quer que seja tem a marca da
incerteza. Não há neve, mas há geadas imprevisíveis. Quem sair da cidade
percebe que as alterações climáticas não são uma moda de urbanitas. É um tema
sério que já está a ter efeitos graves em várias regiões, mesmo em Portugal. Já
não é apenas aquela imagem distante da terra gretada algures longe de nós.
As
temperaturas extremas que estamos a ter neste início de Verão fazem parte
daquilo que os cientistas têm previsto para o mundo, com os incêndios e tudo.
Claro que podemos sempre dizer que há fogos que, em parte, resultam da nossa
estrutural incapacidade de concretizar o que dizemos que vamos fazer, designadamente
o plano desenhado após os incêndios de 2017 que provocaram mais de cem mortes.
E com certeza que há uma parte que assim é.
Aquilo
que podemos observar é que os portugueses, com medo da fiscalização e das
multas – essas, sim, muito activas – tiveram em geral a preocupação de limpar
os seus terrenos. Mas o
mesmo já não podemos dizer dos poderes públicos, especialmente das autarquias.
Valia a pena perceber se fizeram o que deviam, porque há alguns locais em que
parece que não.
Neste
caso concreto, contudo, a razão fundamental parece estar nas elevadas
temperaturas, associadas a um ano de seca. Tudo acontecimentos que podem
encontrar razões naquilo que os cientistas andam a prever que vai acontecer ao
planeta. O Acordo de Paris estabeleceu como objectivo limitar o aquecimento global a menos de 2 graus,
de preferência 1,5 graus centígrados, quando se compara com a era
pré-industrial. A temperatura da
Terra aumentou um grau desde 1890-1900, com a
subida mais acentuada a verificar-se nos últimos 40 anos, ou seja, desde a
década de 80 do século XX.
O
enquadramento político para combatermos as alterações climáticas (perdoem-me se
não usar a linguagem dos especialistas) está muito completo. Há
documentos e documentos, conferências e encontros, os mais diversos planos e
compromissos de governos e de empresas. Mas, infelizmente, há muito aquilo que
nesta tribo é conhecido como “greenwashing”.
As
empresas mais expostas têm explicitadas as suas estratégias para
cumprirem os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações
Unidas, enquadrados nas empresas através de
estratégias ambientais, sociais e de governação (ESG na sigla em inglês). Já
são muitas as empresas que, percebe-se, levam esses objetivos a sério, que os
consideram mais do que documentos que produzem porque assim lhes é exigido.
Mas, claro, ainda há quem considere que isto é uma brincadeira de
ambientalistas fundamentalistas e vá fingindo que faz sem fazer.
Ainda
recentemente o HSBC viu-se obrigada a dispensar um quadro seu que na conferência
“Moral Money” do Financial Times resolveu dizer
que não percebia qual era o problema da subida do nível do mar. “Quem é
que se preocupa se Miami ficar seis metros abaixo do nível do mar daqui a cem
anos, Amsterdão está seis metros abaixo do nível do mar há anos e é um sítio
muito simpático”, disse na altura. A sua suspensão foi inevitável, mas teve a
vantagem de mostrar que esta preocupação com o clima é ainda mais aparente do
que real.
Os gestores têm hoje de se mostrar
preocupados com o desenvolvimento sustentável, mesmo que não creditem, dada a
pressão da opinião pública. A geração
Z, mais até do que a Y, já questiona, nas entrevistas de emprego, como são as
políticas de sustentabilidade da empresa e está disposta a não trabalhar em
companhias que não respeitam, pelo menos, objetivos ambientais. Numa altura
em que há escassez de mão-de-obra, especialmente em algumas qualificações, as
empresas têm de se preocupar com esses objetivos. Além disso, algumas têm
clientes informados e exigentes. Há empresas que, se não levarem a sério os
seus objetivos de ganhar dinheiro com moralidade e ética, em suma, numa perspectiva
sustentável, correm risco de sobrevivência.
É também este o caminho de exigência
dos cidadãos que é preciso seguir para forçar os governos a adoptar medidas que
aceleram a transição ambiental. Infelizmente a guerra pode atrasar alguns
objectivos, mas criou mais uma razão para a mudança: não é só a Terra que está
ameaçada pelo consumo de energias fósseis, é também a segurança europeia, algo
que diz mais a quem lidera.
Está em parte nas nossas mãos
conseguir que todos tenham comportamentos mais sustentáveis, basta sermos mais
exigentes com o Governo, a autarquia onde residimos e a empresa onde trabalhamos.
Tem sido assim que se têm concretizado as mudanças. As elevadas temperaturas
que enfrentamos nestes dias em Portugal podem ser uma excepção, mas o mais
provável é que sejam o reflexo do aquecimento da Terra. E como diz o slogan “Não há planeta B”.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA
AMBIENTE
CIÊNCIA VERÃO
NATUREZA
COMENTÁRIOS:
Manuel Gonçalves: Eu preocupava-me era se as medidas tontas de descarbonização acabassem com
o CO2. Aí sim, morríamos todos, animais e plantas. Mas como é a natureza que
produz o CO2, fico mais descansado por poder contar com o fornecimento contínuo
do gás do qual depende a nossa vida. As pessoas de Rio de Onor dizem que agora raramente
neva. Depois do período quente medieval que durou 500 anos, veio a pequena
idade do gelo e deve ter havido pessoas a dizerem umas às outras o inverso, ou
seja, " agora neva muito mais que antigamente". Depois o clima
começou a aquecer outra vez. Filipe Costa: Eu vejo isto de outra forma. Primeiro temos que cuidar do
lixo, reciclar em grande, nada se passa. Depois falamos da poluição aérea, há industrias
poluidoras que deviam usar o PRR para limpar as emissões. Fábricas de água, no Algarve e
Alentejo, condutas e encher de água o Sul do pais. Fernando Correia: quando o sapateiro vai além da
chinela dá nisto. jose
oliveira: E quem convence
os mais poluidores a tomar medidas? China, India, Rússia, USA, que medidas
puseram no terreno nos últimos anos? letao jor: então tomem lá muita atenção
... nem a onu nem os americanos nem os chineses brasileiros franceses ou
koreanos vão consertar o clima, mas sempre que sair um artigo num jornal de uma
pessoa minimamente credível mesmo sem conhecimentos científicos a queixar-se do
calor vão aproveitar para nos meterem mais uma taxa mais um imposto e arranjar
mais uma maneira de ficarmos mais pobres e com menos qualidade de vida ...todos
os cientistas que provem que o co2 não faz mal nenhum ao planeta estão no
desemprego e calados pelos midia ... há uma ditadura feroz por aí...
tenham cuidado.... Francisco
Correia: As alterações
climáticas fazem parte da História da Terra. Existiram antes do Homem aparecer e existirão depois
do Homem desaparecer. Se ainda estivéssemos a falar de uma acção concertada entre todos os
países, compreendia-se que também contribuíssemos. Por mim, prometo contribuir
para a redução das emissões de CO2, quando a Greta for para a China e para a
Índia fazer campanha. Acresce que na História da Ciência há muitas certezas, que mais tarde se
vêm a revelar infundadas... L
CM: Para o clima e
falta de estratégia do (des)governo para a água num país que tende a deserto e
seca acentuada…porque não destinar PRR a esta área em vez de gastar tanto na
Administração pública?…porque não termos mais exemplos do “Alqueva” em outras
áreas do país?…porque não se fala e discute isto aos vários níveis como
Comunicação Social, Partidos oposição, PR que fala de tudo e pouco diz…? Pense
se o país, o seu futuro e suas necessidades, especialmente nesta área tão
importante da água, bem cada vez mais escasso e precioso. Luís Barreto: Hoje em dia, para ter um debate
sobre o que quer que seja é preciso fundamentar a própria existência do tema em
debate ou até o que torna provável tal existência. Qualquer dia, quando duas
pessoas estiverem a discutir qual é a cerveja que vão beber vão ter que
estabelecer que a terra roda sobre si mesma para chegarem à Carlsberg… Fernando Gomes da
Costa Luís Barreto: Talvez então explicar a que se deveram todas as outras
alterações climáticas antes até do Homem cá estar, e por que é que agora essas
causas não são consideradas. Repare que eu não estou a dizer que as emissões de
CO2 e outros gases estufa não causam as alterações. Estou é a perguntar como é
que se tem a certeza que são só e apenas elas e que todas as outras que sempre
as causaram desta vez não são para aqui chamadas. Convenhamos que achar que
tudo se resume a isso (que é o mais vantajoso para os políticos, é verdade) é
também negacionismo. É que investir tudo numa diminuição carbónica que pode não
resultar ou apenas minimizar uma pequena parte do problema está a impedir ou
minimizar actuar em outras áreas como a prevenção e tecnologia, que são mais
baratas, eficazes e objectivas: diques, protecção costeira, revestimentos das
casas, regularização de leitos e solos, agricultura resiliente, captação de
água dos oceanos, etc, etc...e sobretudo, diminuição da pobreza. Tudo isto por
um décimo das verbas mexidas entre as elites mundiais para uma suposta
descarbonização. joão
Melo: Torna-se
impraticável para quem tem terrenos limpar os mesmos todos os anos. Há pessoas
que têm pouco dinheiro, e o que acontece é que são quase forçadas a vender as
suas terras porque não têm como as limpar. O Estado, já que obriga os
proprietários a ter este trabalho, deveria por um lado oferecer serviços a
preços controlados que ajudassem na tarefa, e por outro deveria tomar conta dos
seus terrenos, e assim dar o exemplo. Silvia
T: D. Helena,
as alterações climáticas sempre existiram, a existência dos humanos na terra é
um grão de areia numa praia Não há nada que se possa fazer , há muitos factores
externos ao planeta lua ,sol etc . Essa conversa é pallha para burros quanto ao
CO2 esteve muito mais alto no tempo dos faraós sem máquinas, tecnologia,... Sérgio Correia: Se o problema é o CO2, a
solução é simples... Plantem árvores e desamparem-me a loja. Árvores não chega? Pesquisem
por fotossíntese artificial. Já há dispositivos 10x mais eficazes que as árvores. Tudo isto não passa de um
esquema (mais um) para vender algo e dar poder a algo ou alguém. O importante é
serem submissos e subservientes. Ou então os malucos tomaram conta do manicómio. Ou a erva que estes gajos fumam
é de boa qualidade. Lógica não é para aqui chamada.
Joaquim Lopes: Que conhecimento histórico existe sobre se há ou não alterações extremas do
clima e se isto não é uma fase igual a outra não registada? Só a atmosfera conta? Então e
as variações do eixo da Terra e as variações das órbitas em torno do Sol e as
tempestades solares e os seus ciclos? As interacções entre as órbitas da Lua e
da Terra? Como estaríamos hoje se o Estado Novo não construísse as barragens que
construiu? Lembram-se da história dos transvases? Sim precisamos de mais
barragens e sistemas de reabastecimento dos aquíferos, mas a água evapora como
dizia a actriz de circo do BE. Quando ouvimos falar em n de floresta ardidos só pode
ser anedota, há muitos anos não há floresta em Portugal, há é mato, nem madeira
temos, desde o criminoso incêndio do Pinhal de Leiria, criminoso pela forma
como não foi cuidado pelos "comunistas que nos governam, os que sabem que
são e os que ainda não descobriram que são, no PS e PSD). Alerta para o clima e fazer o
quê? Mais eólicas, mais negociatas de solares, carros eléctricos? Espero
que inventem outra coisa que não o cobre porque os chinas estão a mandar
no Chile. O Soros, Obama, Clinton, os sauditas e a RPC têm por enquanto uma
aliança que funciona e provocará no fim do ano uma inflação de 20% na Europa,
se esses criminosos quiserem. Gramschi explicou nos anos 30. Fernando Gomes da Costa: Há uma pergunta a que
normalmente nunca se responde e, mais admiravelmente ainda, raramente as
pessoas se colocam: ao longo de toda a sua história a Terra sempre o fez: mudar
o clima. Já houve temperaturas muito mais altas e muito mais baixas, subidas
dos, oceanos e descidas, e mudanças muito mais súbitas e radicais. Eu não
contesto que o CO2 e outros gases estufa tenham um papel importante no
aquecimento ou arrefecimento. A questão é como se pode ter tanto a certeza que,
desta vez, o único factor em causa para alteração é o CO2 e os outros (muitos
até desconhecidos) que tiveram efeitos tão radicais noutras eras, estão agora
fora da equação. Tudo se resolve com a diminuição drástica das emissões, como
se isto fosse chegar ali e girar o reóstato. Gostava que as pessoas que estão
sempre a falar na "ciência estabelecida" (como se princípios
estabelecidos não fossem a própria negação da Ciência) me explicassem por que é
que nem sequer se coloca a hipótese do objectivo de baixar as emissões poder
não servir de nada ou de muito pouco porque há outros factores em jogo. Também
me causa uma certa estranheza que passem a vida a dizer que o tempo está a
acabar (dizem isso desde pelo menos há 20 anos) e que se não diminuirmos
drasticamente as emissões, temos a catástrofe irreversível e morte certa. Mas
por outro lado, reconhecendo que a energia nuclear é a única capaz de diminuir
rapidamente essas emissões e permitir a energia de que não podemos prescindir,
a recusam porque "tem riscos". Ou seja, entre morte certa e ter
riscos, preferem a morte certa....
Francisco Carvalho:
Cara Helena
Garrido, Surpreendeu-me. Não vou atacar forte pois o seu artigo tem, como
sempre, lógica, bom senso e é bem estruturado. Mas não é “assente”, tem de
pensar global e não neste minoria rica onde nos incluímos, tem de tentar ver
mais números. A incompetência e desorientação que vê nos governos portugueses
existe em muitos países e muitas organizações! Ler Fact Fulness é essencial
para largar essa ideia de “estamos cada vez pior” e talvez ler Unsettled, do
Steven Koonin, a leader in US science policy and former science advisor for the
Obama administration. Malta do Obama! E claro, o “Apocalipse Never”! Cumprimentos. João Afonso: Só no último milhão de anos, o planeta Terra teve 10 ciclos de
glaciação/degelo, em que o gelo só não cobriu o equador e o degelo fez subir o
nível dos oceanos até 115 metros acima do nível actual. A novidade para muitos
(?) é constatar que a civilização humana tem 3 ou 4 mil anos, e a
industrialização somente 200 anos. Pensar que temos influência significativa
nas alterações climáticas, é não ter noção da dimensão geológica e temporal da
Terra. bento
guerra > João Afonso: Prevê-se que seremos 8 mil milhões ,já no Outono deste
ano. Esta rapaziada que se aquece e gasta energia para cada movimento, acha que
não deixaria a "pegada" no planeta, O que vale é que ele tem
fantástica auto-regulação
…………………………………..
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