terça-feira, 19 de julho de 2022

NOTÍCIA


O que nos vale, para a nossa acalmia, momentânea que seja, ainda são as pesquisas de Nuno Rogeiro e de José Milhazes, por entre os dados do seu espanto – e do nosso – perante tais demonstrações de hediondez primária – ou requintada, à vontade do freguês – do “arrojo” perfeitamente poltrão do chefe russo, bem resguardado dos incómodos da sua guerra – os Alexandres, os Júlios Césares, os Napoleões não lhe serviram de exemplo, de praticantes em campo, e muito menos o nosso Nun’Alvares, coitado, que este nem dos nossos é reconhecido, preferindo o ricaço do leste. E muito menos o nosso rei d. João da Boa Memória, que diria aos seus soldados em Aljubarrota, entre outros ditos, em livro que Putin ignora, superior que é, para mais,  à efabulação épica de feitos hiperbolicamente reproduzidos:

-"Vedes-me aqui, Rei vosso, e companheiro,
Que entre as lanças, e setas, e os arneses
Dos inimigos corro e vou primeiro:
Pelejai, verdadeiros Portugueses!"-
Isto disse o magnânimo guerreiro,
E, sopesando a lança quatro vezes,
Com força tira; e, deste único tiro,
Muitos lançaram o último suspiro.”…  (Lus. , IV, 38)

O rei de Castela, bem que se safou, na tal batalha da “trombeta castelhana” onde ele atacou primeiro, embora familiar por via afim, do nosso rei - sendo este, tio (natural) da sua esposa Beatriz, pormenor supérfluo, embora reflectindo curiosos ideais de democracia primária, nessas bastardias em barda do nosso medievo. O “rei” da Rússia, que me lembra o fenómeno fonético estilístico da aliteração, por via do “rato que roeu a rolha …” também se vai safar, no seu bungalow de luxo que o seu povo protege, sem roer, que isso é tarefa do “rei da rússia”, mesmo sem aliteração, no caso da notícia em foco, que nos traz a Agência Lusa.

Medvedev ameaça Kiev com "dia do juízo final" em caso de ataque à Crimeia

A Rússia deixa claro que a operação quer eliminar "todas as ameaças ao país" e caso a Ucrânia pense em atacar a Crimeira, Medvedev diz que "será muito rápido e muito duro" o "dia do juízo final".

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 17 jul 2022

De acordo com o ex-Presidente russo, isso abrange também os países ocidentais que "alimentam o regime" de Kiev com dinheiro e armas

YANDER ZAMORA/EPA

 “As consequências [do eventual ataque] são óbvias. Se algo semelhante acontecer, o dia do juízo final chegará em breve para todos eles [ucranianos]. Será muito rápido e muito duro“, disse Medvedev, chefe de Estado da Rússia entre 2008 e 2012, durante uma reunião com veteranos da Segunda Guerra Mundial em Volgogrado, antiga Estalinegrado.

No seu discurso, divulgado pela agência RIA Nóvosti, o político russo garantiu que os objectivos da campanha militar do Kremlin, “vão ser cumpridos“.

“Podem ter a certeza de que os objetivos desta operação vão ser cumpridos. Estão relacionados com a eliminação… das ameaças ao nosso país“, disse.

De acordo com o ex-Presidente russo, isso abrange também os países ocidentais que “alimentam o regime” de Kiev com dinheiro e armas.

O senador russo Andrei Klishas havia já pedido a “desmilitarização” e a “desnazificação” de toda a Ucrânia devido às ameaças das autoridades ucranianas em atacar a Crimeia.

“Ameaças (…) de atacar a Crimeia ou o porto da Crimeia provam que toda a Ucrânia deve ser desnazificada e desmilitarizada, porque, caso contrário, haverá sempre uma ameaça ao nosso território, aos nossos cidadãos e à nossa infraestrutura”, escreveu no serviço de mensagens Telegram.

No passado, fontes do Ministério da Defesa ucraniano não descartaram a possibilidade de usar o sistema de mísseis norte-americano HIMARS, que Kiev começou a receber em junho, para atacar alvos militares na Crimeia.

O conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych também havia dito que a ponte da Crimeia, como fonte de abastecimento para as tropas russas, pode tornar-se alvo de um ataque assim que Kiev tiver essa “possibilidade técnica“.

Arestovych acrescentou que Kiev continua fiel à promessa de não atingir o território russo, no caso de receber armas sofisticadas, mas enfatizou que “há muitos alvos [russos] no território ucraniano“.

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COMENTÁRIOS:

Pedro Fontes: depois de 140 dias de guerra ainda há gente que acredita no pai natal. infelizmente, continua a ser verdade aquilo que tb era a 24fev: é preciso ter cuidado com o que desejamos ... pq a vitória da Ucrânia sempre foi uma ilusão. os que apostam na vitória da Ucrânia são aqueles que acham que uma guerra nuclear (ou 3a guerra mundial, como quiserem) pode ter vencedores. uma coisa é certa, quanto mais a guerra se arrastar mais a Rússia não irá negociar, porque está a gostar de ganhar e humilhar o ocidente. seria portanto bom que houvesse alguém a trabalhar a sério na vertente diplomática, mas, mais uma vez, a UE tem um timing perfeito e hoje lá vem o Borrell lavar roupa suja só para chatear os russos. Simplesmente incrível           Miguel Ramos: A RúSSia de Putin está a cavar o seu próprio buraco.           Alice No País das Maravilhas: Infelizmente a Rússia já roubou mais  de 20% de território á Ucrânia...quase todo de acessos ao mar! Será que só eu é que vejo que isto é uma ameaça real, que está a acontecer?... Depois de anexados como se poderão recuperar?... Lançando mísseis da Ucrânia para a Ucrânia?... Não seria preferível investir em diálogo? Forçar uma negociação, através das sanções?... Apesar de a guerra não poder parar do lado da Ucrânia, eles estão a perder terreno que dificilmente vão recuperar...isto pode vir a ser muito mais grave, para os ucranianos e para nós!... Não há qualquer investimento diplomático. É tudo muito triste...         Jose Pereira da Silva: Conversa típica de um lacaio e covarde que o putin tem na prateleira.         Geiger Dieter: O melhor é Medvedev preparar-se para o juizo final, os mísseis vão começar a cair em cima dele.     José Alves: Vergonha de discurso, de quem inventa guerras onde os outros vão morrer.

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