O que nos vale, para a nossa acalmia, momentânea que seja, ainda são as pesquisas de Nuno Rogeiro e de José Milhazes, por entre os dados do seu espanto – e do nosso – perante tais demonstrações de hediondez primária – ou requintada, à vontade do freguês – do “arrojo” perfeitamente poltrão do chefe russo, bem resguardado dos incómodos da sua guerra – os Alexandres, os Júlios Césares, os Napoleões não lhe serviram de exemplo, de praticantes em campo, e muito menos o nosso Nun’Alvares, coitado, que este nem dos nossos é reconhecido, preferindo o ricaço do leste. E muito menos o nosso rei d. João da Boa Memória, que diria aos seus soldados em Aljubarrota, entre outros ditos, em livro que Putin ignora, superior que é, para mais, à efabulação épica de feitos hiperbolicamente reproduzidos:
-"Vedes-me aqui, Rei vosso, e companheiro,
Que entre as lanças, e setas, e os arneses
Dos inimigos corro e vou primeiro:
Pelejai, verdadeiros Portugueses!"-
Isto disse o magnânimo guerreiro,
E, sopesando a lança quatro vezes,
Com força tira; e, deste único tiro,
Muitos lançaram o último suspiro.”… (Lus. , IV, 38)
O rei de Castela, bem
que se safou, na tal batalha da “trombeta castelhana” onde ele atacou primeiro,
embora familiar por via afim, do nosso rei - sendo este, tio (natural) da sua esposa
Beatriz, pormenor supérfluo, embora reflectindo curiosos ideais de democracia primária, nessas bastardias em barda do nosso medievo. O “rei” da Rússia, que me lembra o fenómeno
fonético estilístico da aliteração, por via do “rato que roeu a rolha …” também
se vai safar, no seu bungalow de luxo que o seu povo protege, sem roer, que
isso é tarefa do “rei da rússia”, mesmo sem aliteração, no caso da notícia em
foco, que nos traz a Agência Lusa.
Medvedev ameaça Kiev com "dia do
juízo final" em caso de ataque à Crimeia
A Rússia deixa claro que a operação quer eliminar
"todas as ameaças ao país" e caso a Ucrânia pense em atacar a
Crimeira, Medvedev diz que "será muito rápido e muito duro" o
"dia do juízo final".
OBSERVADOR, 17 jul 2022
▲De acordo
com o ex-Presidente russo, isso abrange também os países ocidentais que
"alimentam o regime" de Kiev com dinheiro e armas
YANDER ZAMORA/EPA
“As
consequências [do eventual ataque] são óbvias. Se algo semelhante acontecer, o
dia do juízo final chegará em breve para todos eles [ucranianos]. Será
muito rápido e muito duro“, disse Medvedev,
chefe de Estado da Rússia entre 2008 e 2012, durante uma reunião com veteranos
da Segunda Guerra Mundial em Volgogrado, antiga Estalinegrado.
No
seu discurso, divulgado pela agência RIA Nóvosti, o político russo garantiu que
os objectivos da campanha militar do Kremlin, “vão ser cumpridos“.
“Podem ter a certeza de que os
objetivos desta operação vão ser cumpridos. Estão relacionados com a
eliminação… das ameaças ao nosso país“, disse.
De acordo com o ex-Presidente russo,
isso abrange também os países ocidentais que “alimentam o regime” de Kiev com
dinheiro e armas.
O
senador russo Andrei Klishas havia já pedido a “desmilitarização” e a “desnazificação”
de toda a Ucrânia devido às ameaças das autoridades ucranianas em atacar a
Crimeia.
“Ameaças (…) de atacar a Crimeia ou o
porto da Crimeia provam que toda a Ucrânia deve ser desnazificada e
desmilitarizada, porque, caso contrário, haverá sempre uma ameaça ao nosso
território, aos nossos cidadãos e à nossa infraestrutura”, escreveu no serviço
de mensagens Telegram.
No
passado, fontes do Ministério da Defesa ucraniano não descartaram a
possibilidade de usar o sistema de mísseis
norte-americano HIMARS, que Kiev começou a receber em junho, para
atacar alvos militares na Crimeia.
O
conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych também havia dito que a
ponte da Crimeia, como fonte de abastecimento para as tropas russas, pode
tornar-se alvo de um ataque assim que Kiev tiver essa “possibilidade técnica“.
Arestovych
acrescentou que Kiev continua fiel à promessa de não atingir o território
russo, no caso de receber armas sofisticadas, mas enfatizou que “há muitos
alvos [russos] no território ucraniano“.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO RÚSSIA
COMENTÁRIOS:
Pedro Fontes: depois de 140 dias de guerra ainda há gente que acredita no pai natal. infelizmente,
continua a ser verdade aquilo que tb era a 24fev: é preciso ter cuidado com o
que desejamos ... pq a vitória da Ucrânia sempre foi uma ilusão. os que apostam
na vitória da Ucrânia são aqueles que acham que uma guerra nuclear (ou 3a
guerra mundial, como quiserem) pode ter vencedores. uma coisa é certa, quanto
mais a guerra se arrastar mais a Rússia não irá negociar, porque está a gostar
de ganhar e humilhar o ocidente. seria portanto bom que houvesse alguém a
trabalhar a sério na vertente diplomática, mas, mais uma vez, a UE tem um
timing perfeito e hoje lá vem o Borrell lavar roupa suja só para chatear os
russos. Simplesmente incrível Miguel
Ramos: A RúSSia de Putin está a cavar o seu próprio buraco. Alice No País das
Maravilhas: Infelizmente a Rússia já roubou mais de 20% de
território á Ucrânia...quase todo de acessos ao mar! Será que só eu é que vejo
que isto é uma ameaça real, que está a acontecer?... Depois de anexados como se
poderão recuperar?... Lançando mísseis da Ucrânia para a Ucrânia?... Não seria
preferível investir em diálogo? Forçar uma negociação, através das sanções?...
Apesar de a guerra não poder parar do lado da Ucrânia, eles estão a perder
terreno que dificilmente vão recuperar...isto pode vir a ser muito mais grave,
para os ucranianos e para nós!... Não há qualquer investimento diplomático. É
tudo muito triste...
Jose Pereira da Silva: Conversa típica de um lacaio e covarde que o putin
tem na prateleira.
Geiger Dieter: O melhor é Medvedev preparar-se para o juizo final, os
mísseis vão começar a cair em cima dele. José
Alves: Vergonha de discurso, de quem inventa guerras onde os
outros vão morrer.
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