terça-feira, 12 de julho de 2022

Cumprindo


Minimamente o seu dever – e refiro-me, é claro, ao governo. Mau seria se o não fizesse. Mas sempre as nossas críticas são depreciativas, e, sobretudo, achincalhantes. Claro que, se o governo português não agisse na mesma linha dos outros países, seria pior o coro das troças. Creio que não são muito simpáticos os discursos dos comentadores, pejorativos, denunciadores, pelo alarde das nossas misérias, do nosso eterno complexo de inferioridade, que não ultrapassamos nunca. E é grande a nossa responsabilidade nisso, mandriões que somos, excluindo, é claro, os do costume responsável.

Blindados portugueses já estão a caminho da Ucrânia para ajudar na guerra contra a Rússia

As forças armadas portuguesas enviaram 14 veículos blindados do modelo M113, de fabrico americano. Os veículos deverão chegar no final desta semana a território ucraniano.

JOÃO FRANCISCO GOMES: Texto

OBSERVADOR, 11 jul 2022, 11:32 16 

Já estão a caminho da Ucrânia os blindados portugueses destinados a ajudar as forças armadas ucranianas na luta contra a invasão russa, confirmou ao Observador o Ministério da Defesa Nacional. Os equipamentos em questão são veículos blindados de transporte de pessoal do modelo M113, de fabrico norte-americano, uma das viaturas mais comuns nas forças armadas de todo o mundo, e seguem para a Ucrânia numa operação logística especial coordenada com os países da NATO.

Este fim-de-semana, o jornal Nascer do Sol tinha noticiado que um total de 14 veículos blindados saíram na sexta-feira do Campo Militar de Santa Margarida (em Constância) rumo à Ucrânia, em camiões polacos, devendo cruzar a fronteira ucraniana após uma viagem de sete dias. Segundo o mesmo jornal, que citava fontes militares não identificadas, a operação logística envolve sete camiões (uma vez que cada um carrega dois blindados) e está a ser financiada essencialmente pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

Questionado pelo Observador sobre este assunto, o Estado-Maior General das Forças Armadas remeteu quaisquer esclarecimentos para o Ministério da Defesa Nacional, que por sua vez confirmou que “Portugal já enviou para a Ucrânia, a pedido das autoridades ucranianas e em coordenação com os mais de 40 países aliados e doadores, 314 toneladas de material, que incluem equipamentos de proteção pessoal, equipamentos e dispositivos médicos, armamento ligeiro e pesado, munições e viaturas blindadas, incluindo os referidos M113“.

Contudo, em relação ao facto de a operação logística ser financiada por Washington ou Londres, o Governo português clarifica que “o transporte de todo o material que é enviado para a Ucrânia é realizado no âmbito da operação logística dos aliados, nos seus termos e prazos, numa operação que é complexa e de grandes dimensões, e que não é financiada por um ou outro país”.

Quando o Observador reiterou o pedido de detalhes sobre a operação de envio de material militar para a Ucrânia, o Ministério da Defesa Nacional disse que “não é possível dar mais detalhes por questões de segurança operacional“.

O jornal Nascer do Sol noticiou também que Portugal se tinha disponibilizado para enviar um lote de obuses e metralhadoras pesadas Browning, mas que a Ucrânia havia rejeitado a oferta, considerando que se tratava de material obsoleto. Questionado sobre esta situação pelo Observador, o Ministério da Defesa Nacional disse que “Portugal disponibilizou um conjunto de armas cujo modelo foi especificamente solicitado pelas autoridades ucranianas, mas o pedido foi posteriormente retirado por aquelas, por terem número suficiente daquele tipo de material”.

Quanto aos blindados M113, de acordo com a página do Exército, trata-se de viaturas fabricadas pela empresa norte-americana FMC Corporation. Pesam mais de 11 toneladas e podem levar até 13 militares no interior (dois tripulantes e 11 passageiros). A sua velocidade máxima é de 64 quilómetros por hora. O modelo é amplamente usado por forças armadas em todo o mundo e já foi utilizado em inúmeros conflitos desde a década de 1960 até aos dias de hoje, incluindo a guerra do Vietname, a guerra do Kosovo ou a invasão norte-americana do Iraque.

O envio destes blindados para a Ucrânia começou a ser discutido depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter discursado na Assembleia da República, a 21 de abril. Na altura, Zelensky deixou um pedido explícito aos decisores políticos portugueses: “Precisamos de armas para nos protegermos da brutal invasão russa, que trouxe ao nosso povo tanto mal quanto a invasão nazi trouxe há 80 anos.”

Portugal já tinha enviado um conjunto de materiais militares, incluindo armamento letal, para a Ucrânia. Em maio, na sequência do discurso de Zelensky, começou a circular a informação de que Portugal iria enviar mais de uma dezena de blindados — algo que António Costa não confirmou por motivos de segurança, mas que mereceu um comentário de Marcelo Rebelo de Sousa: A confirmar-se essa notícia, é um caso de apoio empenhado de Portugal em termos de meios militares à Ucrânia.

A recente guerra na Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro deste ano, quando a Rússia de Vladimir Putin invadiu o território ucraniano, escalando um conflito armado localizado na região de Donbass que já dura desde 2014. A guerra já causou a morte a milhares de civis.

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COMENTÁRIOS:

Sérgio: Devem estar a cair de podres....            Hernani Oliveira; Devido a falha de comunicação entre o ministro da defesa e o primeiro ministro , ninguém se lembrou que não havia munições para os blindados..... não importa, os russos não sabem .....              manuel rodrigues: O modo Luso-socialista, tipo Oliveira da Figueira, aplicado às relações internacionais              josé alves: Agora é que os urssos estão f*did*s!!              André Silva:  Quando os Russos virem os nossos Chaimites até lhes tremem as pernas!                 Luís Soares Ribeiro: Coitados dos Ucranianos.             Paula Barbosa: Aleluia. Vão servir para qualquer coisa...Estavam a enferrujar em Santa Margarida . E claro que vamos receber outras novas para os desfiles do Dia de Portugal. Não há que ficar preocupados...           José M. Pinho Coelho: Segundo os mentideros, mas informações não confirmadas, mas que não andarão longe da verdade, Portugal, país pobre, poucos mais blindados tem desta espécie e, mesmo assim, os que vai dar, custam dinheiro no Transporte e Portugal nem dinheiro tinha para isso. Ou seja, não houve dinheiro para o comboio. Ou seja, pobretes mas alegretes, que vivemos dos Fundos Comunitários e da entrega de subsídios para sustentar os votos, e não inovamos, não conservamos nem investimos. Nem nos conseguimos afirmar no plano militar, como País médio, e assim descemos à insignificância, ficando nós com a retórica e o paleio. E ainda assim quer o nosso Primeiro vir a ser eleito para um cargo europeu?         Apartidário Agnóstico: A NATO oferece uns novos depois             Ernesto Sousa: E pelo caminho deixarão uma colecção de peças se as abanarem muito. Teriam mais eficácia largadas de 10000 pés, paradas e vazias, sobre alvos russos. M L: Tivemos de esperar que alguém pagasse o transporte !!! No caso, os ingleses, de quem não deixamos de ser um protectorado, e os USA. Vergonhas atrás de vergonhas a nível internacional, é o resultado dos últimos anos de governação             Henrique Frazão: Lá vamos que ter que adiar a reconquista de Olivença....          Carlos Martins > Henrique Frazão:  lol            bento guerra: Chaimites recuperadas, agora é que vai!           Vitor Batista > bento guerra: Não sabes ler?               Tony Silva > Vitor Batista: M113 são da mesma época...anos 60 Os americanos tinham uma alcunha "engraçada" para este tipo de blindados.

 

  

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