Mas outro é o nosso seguidismo.
Shema Israel (Escuta Israel)
Israel aproveitou as dificuldades para
se tornar líder mundial nas questões da água. É isto que faz um país com
ambição. Não chora, não se queixa do triste fado, não se contenta com médias
europeias.
RAQUEL ABECASIS, Jornalista e ex-candidata independente pelo CDS nas
eleições autárquicas e legislativas
OBSERVADOR, 26 jul
2022, 00:1727
Este
fim-de-semana, o Embaixador de Israel em Portugal dá-nos testemunho e
oferece-nos o know how do seu país, para nos ajudar a enfrentar uma
das maiores dificuldades que, como país, temos pela frente. Num artigo
publicado no jornal Expresso, intitulado “Faça-se água”, Dor
Shapira conta como os israelitas fizeram das
fraquezas forças e são hoje o país líder global no sector da água.
Israel
nasceu há 70 anos no deserto. O pequeno território que constitui o estado
judaico (sensivelmente com a dimensão do Alentejo) era tudo o que os líderes do
jovem país tinham para construir uma nação e dar condições de vida ao seu povo.
Problema: este era um território sem água, e sem água, todos sabemos,
não há vida. Ora, o que o
Embaixador de Israel nos conta neste interessante artigo cuja leitura recomendo
é que os vários governos israelitas, em vez de cruzarem os braços
e se queixarem das condições climáticas, encararam a escassez de água como um
desafio para toda uma nação.
Dor Shapira explica como se educou um povo para o uso eficiente da
água, como se investigou e como se desenvolveram tecnologias avançadas para
fazer água onde ela não existia.
Cito este artigo porque me parece que
não há melhor exemplo para demonstrar como faz toda a diferença ter políticos
empenhados e competentes, ao invés de não os ter. Aprendemos mais com três
minutos de leitura deste texto do que com três horas de debate parlamentar a
ouvir António Costa a fugir das suas responsabilidades.
Mas
numa altura em que começamos, tarde e a más horas, a enfrentar aquele que vai
ser um dos nossos maiores problemas, a escassez de água, vale a pena chamar a
atenção para o que nos propõe o Embaixador de Israel: “Israel tem a
experiência e a tecnologia e estamos disponíveis para trabalhar com Portugal
para que encontre, mais rapidamente, as melhores soluções para fazer face à
escassez deste bem.”
Reparem
bem, Israel não só fez das fraquezas forças, como aproveitou as
dificuldades para se tornar líder mundial nas questões da água. Ou seja, criou
riqueza com as soluções que foi obrigado a procurar. É isto que faz um país com
ambição. Não chora, não se queixa do triste fado, não se contenta com as médias
europeias, aposta tudo em ser o melhor. Quem já visitou Israel viu com os seus
próprios olhos como a vontade política e o engenho humano conseguem dominar a
natureza e criar um oásis no lugar de um deserto. Basta ter vontade e ambição.
Olhando para as diferenças, ocorre-me
propor ao executivo português uma visita de estudo a Israel. Estou certa de que
aprenderiam mais numa semana do que em sete anos de Conselhos de Ministros
inúteis. Afinal de contas, deve ser bastante mais difícil encontrar água onde
ela não existe do que decidir onde se faz um aeroporto.
ÁGUA NATUREZA AMBIENTE CIÊNCIA ISRAEL MÉDIO
ORIENTE MUNDO GOVERNO POLÍTICA
COMENTÁRIOS:
Paulo Orlando: Cara Raquel, isto é Portugal, compensa mais o queixume que o trabalho para
o bem comum. Aqui a conquista é às custas do falhanço alheio e não a superação
meritória. Estamos condenados à mediocridade, ou somos complacentes ou
emigramos. A verdade é dura, mas é incontornável. Pontifex
Maximus: Visitas de agudo do governo a Israel? Para quê, se não
tem vontade para fazer bem nem capacidade para fazer melhor! Eduardo L: Eu também já o disse várias
vezes: contratem especialistas israelitas para virem cá resolver o problema da
água que já existe há dezenas e dezenas de anos. Parto do princípio de que quem
gere o país já terá equacionado esta hipótese. Estou cada vez mais convencido
que parto do princípio errado!
bento guerra: Não seria de pedir ao Abramovich , nosso
"compatriota", para assumir a pasta da Agricultura? Paixao: sem falsas modéstias, ando a
dizer isto há alguns anos sobre Portugal:
só há dinheiro para a corrupção. Sérgio: Países CIVILIZADOS é assim e
funciona! Cá no penico mais pestilento e atrasadito e pobretanas
da Europa, as coisas resolvem-se por elas ou pedinchando de mão estendida..... S Belo > Sérgio: Somos e seremos sempre"
pobres e mal agradecidos". Nem na penúria admitimos precisar de
aprender seja o que seja. Exímios na pedinchice; isso sim ! Francisco Tavares
de Almeida: Não que simpatize com o homem ou, já agora, com a
família, Mas Roquette que deixou a profissão de banqueiro para se dedicar à
viticultura e transformou a sua adega no Alentejo num modelo de gestão da água
- além de já ter substituído muita vinha por castas menos exigentes em humidade
- há anos que, sempre que lhe dão oportunidade, afirma que a situação do
Alentejo e do Algarve, exige que os governos avancem com a dessalinização. Há
anos e anos; não é de agora. Já agora, o país que obtém a maior percentagem de
água por dessalinização é a Arábia Saudita, seguida pelos Emiratos. Já sei, já
sei, já sei. Não são democracias. Acresce que a Arábia Saudita é onde está mais
avançada a investigação sobre miniaturização de painéis solares usando
nanotecnologia Meio Vazio: Bastava que se retivesse (em
lagoas, mini-hídricas, albufeiras) uma pequena percentagem da muita água que
todos os invernos deixamos correr para o mar. Mario Areias: Sabe Raquel, é que em Portugal
temos escassez de água e total deserto de governantes. Antes da visita de
estudo a Israel para aprender a tratar a água, a Raquel conhece algum país onde
este governo pudesse fazer uma visita de estudo para aprender a governar? Suspeito
que não aprendam nada em nenhuma das visitas, mas a esperança é a última a
morrer. S
Belo > Mario Areias: Lembro que nos anos 60, sim 60, já o governo português
gastava dinheiro enviando técnicos a Israel. Aqui, não se fazia ideia do
que era um kibutz, um moshaw ou um moshaw shitufi e respectivos sistemas
inovadores de irrigação. Que resultados obtivemos e que progressos houve em
termos de organização territorial, aproveitamento racional dos nossos recursos
hídricos, sempre mais escassos, e gestão de áreas elegíveis para
agricultura e pecuária? Domingos
Rita: Excelente artigo, como sempre. Infelizmente nunca
tivemos governantes que enfrentem os problemas com as mangas arregaçadas, pois
preferem empurrar com a barriga para os que vêm a seguir, e beneficiar das
mordomias que lhes são permitidas, mas nunca merecidas. Jose Luis Salema: Cheira-me que estes governantes
não vão ouvir nada...
João Ramos: O pior é que se alguém do governo integrar a tal
viagem de estudo a Israel, o resultado serão apenas os gastos na viagem, pois o
tal membro do governo virá para cá dizer umas inutilidades, fazer algumas
promessas que evidentemente não serão cumpridas e continuará tudo na mesma como
é típico deste governo… S
Belo > João Ramos: Poderia ter respondido ao seu
muito realista comentário com as palavras que, acima, dediquei a
Mário Areias.
Joaquim Lopes: Israel sempre teve a ajuda de Jeová, um agriculturaa
altamente subsidiada com preços de venda que não correspondem ao custo de
produção, são maravilhosos, quanto custa a água em Israel , D. Raquel? Ah, esquecia que não acredita
em milagres, apenas Jesus os fazia, mas esse é de outro campeonato, é para
destruir, com a ajuda dos americanos, judeus. Eu por mim continuei sefardita
os meus ancestrais nunca quiseram sair da minha querida Cidade de Santa Maria,
também não vou ser enterrado junto ao Estádio de S.Luís, onde está, deixando a
ironia e com todo o respeito, uma das pessoas que sempre admirei por ser tudo o
que de melhor um homem deve ter, num político mais difícil foi decerto, um dos
melhores Portugueses que serviu Portugal depois de Abril e sendo como sou, diria
que 2 mãos abertas são demais para os contar, infelizmente não digo o nome por
que a Senhora D. Raquel sabe a quem me refiro. Mas não acredito na história da
água barata! bento
guerra: Israel tem a mão
divina. Não precisam de chuva ,porque dessalinizam a água do mar. Não aceitam é
chuva de gafanhotos
António Bernardino: Lamento informar, que o António
Costa não tem a menor intenção de fazer absolutamente nada, excepto manter-se
no poder. Madalena
Sa: Na mouche!!!! Maria Nunes:
Muito bem RA. É
deprimente comparar a actuação do nosso governo com aqueles que realmente
trabalham para o desenvolvimento do seu país. João Floriano: Uma das coisas mais
interessantes que se pode ver em Israel é o contraste entre um deserto amarelo
torrado e uma plantação fresquíssima e verdissima de tomates. Um país que
consegue aquele milagre no meio do deserto tem mesmo de ter uns grandes
tomates. klaus
muller > João Floriano: Oh João, mas os tomates não são
encarnados? Pelo menos, os do meu super são. João
Florianoklaus muller: Bom dia Klaus. Vê-se à légua que não é
agricultor, nem mesmo de varanda. Os tomates kumato são quase pretos. O coração
de boi tem várias tonalidades de rosa. No fundo tanto dá coração de boi
como cherry: tudo tomate. Até porque uns bons tomates não fazem uma salada que
valha a pena sem pepino de qualidade. Está devidamente esclarecido ou quer um
desenhinho? klaus
muller > João Floriano: lol S
Belo > João Floriano: Boa tarde, João. Há, como diz, tomates de sabor
e aspecto variados e, bem assim, alguns que até devem mudar de cor quando gente
aborrecida e chata neles se pendura. João FlorianoS Belo: Olá S
Belo: Veja sempre as coisas pelo lado positivo. Têm
certamente de ser coração de boi para aguentar com tanto chato e
aborrecido.
Fernando CE: Na mouche.
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