quarta-feira, 27 de julho de 2022

Bons exemplos


Mas outro é o nosso seguidismo.

Shema Israel (Escuta Israel)

Israel aproveitou as dificuldades para se tornar líder mundial nas questões da água. É isto que faz um país com ambição. Não chora, não se queixa do triste fado, não se contenta com médias europeias.

RAQUEL ABECASIS, Jornalista e ex-candidata independente pelo CDS nas eleições autárquicas e legislativas

OBSERVADOR, 26 jul 2022, 00:1727

Este fim-de-semana, o Embaixador de Israel em Portugal dá-nos testemunho e oferece-nos o know how do seu país, para nos ajudar a enfrentar uma das maiores dificuldades que, como país, temos pela frente. Num artigo publicado no jornal Expresso, intitulado “Faça-se água”, Dor Shapira conta como os israelitas fizeram das fraquezas forças e são hoje o país líder global no sector da água.

Israel nasceu há 70 anos no deserto. O pequeno território que constitui o estado judaico (sensivelmente com a dimensão do Alentejo) era tudo o que os líderes do jovem país tinham para construir uma nação e dar condições de vida ao seu povo. Problema: este era um território sem água, e sem água, todos sabemos, não há vida. Ora, o que o Embaixador de Israel nos conta neste interessante artigo cuja leitura recomendo é que os vários governos israelitas, em vez de cruzarem os braços e se queixarem das condições climáticas, encararam a escassez de água como um desafio para toda uma nação.

Dor Shapira explica como se educou um povo para o uso eficiente da água, como se investigou e como se desenvolveram tecnologias avançadas para fazer água onde ela não existia.

Cito este artigo porque me parece que não há melhor exemplo para demonstrar como faz toda a diferença ter políticos empenhados e competentes, ao invés de não os ter. Aprendemos mais com três minutos de leitura deste texto do que com três horas de debate parlamentar a ouvir António Costa a fugir das suas responsabilidades.

Mas numa altura em que começamos, tarde e a más horas, a enfrentar aquele que vai ser um dos nossos maiores problemas, a escassez de água, vale a pena chamar a atenção para o que nos propõe o Embaixador de Israel: “Israel tem a experiência e a tecnologia e estamos disponíveis para trabalhar com Portugal para que encontre, mais rapidamente, as melhores soluções para fazer face à escassez deste bem.”

Reparem bem, Israel não só fez das fraquezas forças, como aproveitou as dificuldades para se tornar líder mundial nas questões da água. Ou seja, criou riqueza com as soluções que foi obrigado a procurar. É isto que faz um país com ambição. Não chora, não se queixa do triste fado, não se contenta com as médias europeias, aposta tudo em ser o melhor. Quem já visitou Israel viu com os seus próprios olhos como a vontade política e o engenho humano conseguem dominar a natureza e criar um oásis no lugar de um deserto. Basta ter vontade e ambição.

Olhando para as diferenças, ocorre-me propor ao executivo português uma visita de estudo a Israel. Estou certa de que aprenderiam mais numa semana do que em sete anos de Conselhos de Ministros inúteis. Afinal de contas, deve ser bastante mais difícil encontrar água onde ela não existe do que decidir onde se faz um aeroporto.

ÁGUA   NATUREZA   AMBIENTE   CIÊNCIA   ISRAEL   MÉDIO ORIENTE   MUNDO   GOVERNO   POLÍTICA

COMENTÁRIOS:

Paulo Orlando: Cara Raquel, isto é Portugal, compensa mais o queixume que o trabalho para o bem comum. Aqui a conquista é às custas do falhanço alheio e não a superação meritória. Estamos condenados à mediocridade, ou somos complacentes ou emigramos. A verdade é dura, mas é incontornável.           Pontifex Maximus: Visitas de agudo do governo a Israel? Para quê, se não tem vontade para fazer bem nem capacidade para fazer melhor!               Eduardo L: Eu também já o disse várias vezes: contratem especialistas israelitas para virem cá resolver o problema da água que já existe há dezenas e dezenas de anos. Parto do princípio de que quem gere o país já terá equacionado esta hipótese. Estou cada vez mais convencido que parto do princípio errado!            bento guerra: Não seria de pedir ao Abramovich , nosso "compatriota", para assumir a pasta da Agricultura?             Paixao: sem falsas modéstias, ando a dizer isto há  alguns anos sobre Portugal: só há dinheiro para a corrupção.  Sérgio: Países CIVILIZADOS é assim e funciona! Cá no penico mais pestilento e atrasadito e pobretanas da Europa, as coisas resolvem-se por elas ou pedinchando de mão estendida.....          S Belo > Sérgio: Somos e seremos sempre" pobres e mal agradecidos". Nem na penúria admitimos precisar de aprender  seja o que seja. Exímios na pedinchice; isso sim !               Francisco Tavares de Almeida: Não que simpatize com o homem ou, já agora, com a família, Mas Roquette que deixou a profissão de banqueiro para se dedicar à viticultura e transformou a sua adega no Alentejo num modelo de gestão da água - além de já ter substituído muita vinha por castas menos exigentes em humidade - há anos que, sempre que lhe dão oportunidade, afirma que a situação do Alentejo e do Algarve, exige que os governos avancem com a dessalinização. Há anos e anos; não é de agora. Já agora, o país que obtém a maior percentagem de água por dessalinização é a Arábia Saudita, seguida pelos Emiratos. Já sei, já sei, já sei. Não são democracias. Acresce que a Arábia Saudita é onde está mais avançada a investigação sobre miniaturização de painéis solares usando nanotecnologia              Meio Vazio: Bastava que se retivesse (em lagoas, mini-hídricas, albufeiras) uma pequena percentagem da muita água que todos os invernos deixamos correr para o mar.           Mario Areias: Sabe Raquel, é que em Portugal temos escassez de água e total deserto de governantes. Antes da visita de estudo a Israel para aprender a tratar a água, a Raquel conhece algum país onde este governo pudesse fazer uma visita de estudo para aprender a governar? Suspeito que não aprendam nada em nenhuma das visitas, mas a esperança é a última a morrer.               S Belo > Mario Areias: Lembro que nos anos 60, sim 60, já o governo português gastava dinheiro enviando técnicos a Israel. Aqui, não  se fazia ideia do que era um kibutz, um moshaw ou um moshaw shitufi e respectivos sistemas inovadores de irrigação. Que resultados obtivemos e que progressos houve em termos de organização territorial, aproveitamento racional dos nossos recursos hídricos, sempre mais escassos,  e gestão de áreas elegíveis para  agricultura e pecuária              Domingos Rita: Excelente artigo, como sempre. Infelizmente nunca tivemos governantes que enfrentem os problemas com as mangas arregaçadas, pois preferem empurrar com a barriga para os que vêm a seguir, e beneficiar das mordomias que lhes são permitidas, mas nunca merecidas.                 Jose Luis Salema: Cheira-me que estes governantes não vão ouvir nada...              João Ramos: O pior é que se alguém do governo integrar a tal viagem de estudo a Israel, o resultado serão apenas os gastos na viagem, pois o tal membro do governo virá para cá dizer umas inutilidades, fazer algumas promessas que evidentemente não serão cumpridas e continuará tudo na mesma como é típico deste governo…              S Belo > João Ramos: Poderia ter respondido ao seu muito realista comentário com as palavras  que, acima, dediquei a Mário  Areias.             Joaquim Lopes: Israel sempre teve a ajuda de Jeová, um agriculturaa altamente subsidiada com preços de venda que não correspondem ao custo de produção, são maravilhosos, quanto custa a água em Israel , D. Raquel? Ah, esquecia que não acredita em milagres, apenas Jesus os fazia, mas esse é de outro campeonato, é para destruir, com a ajuda dos americanos, judeus. Eu por mim continuei sefardita os meus ancestrais nunca quiseram sair da minha querida Cidade de Santa Maria, também não vou ser enterrado junto ao Estádio de S.Luís, onde está, deixando a ironia e com todo o respeito, uma das pessoas que sempre admirei por ser tudo o que de melhor um homem deve ter, num político mais difícil foi decerto, um dos melhores Portugueses que serviu Portugal depois de Abril e sendo como sou, diria que 2 mãos abertas são demais para os contar, infelizmente não digo o nome por que a Senhora D. Raquel sabe a quem me refiro. Mas não acredito na história da água barata!                    bento guerra: Israel tem a mão divina. Não precisam de chuva ,porque dessalinizam a água do mar. Não aceitam é chuva de gafanhotos            António Bernardino: Lamento informar, que o António Costa não tem a menor intenção de fazer absolutamente nada, excepto manter-se no poder.                 Madalena Sa: Na mouche!!!!              Maria Nunes: Muito bem RA. É deprimente comparar a actuação do nosso governo com aqueles que realmente trabalham para o desenvolvimento do seu país.              João Floriano: Uma das coisas mais interessantes que se pode ver em Israel é o contraste entre um deserto amarelo torrado e uma plantação fresquíssima e verdissima de tomates. Um país que consegue aquele milagre no meio do deserto tem mesmo de ter uns grandes tomates.           klaus muller > João Floriano: Oh João, mas os tomates não são encarnados? Pelo menos, os do meu super são.                      João Florianoklaus muller: Bom dia Klaus. Vê-se à légua que não é agricultor, nem mesmo de varanda. Os tomates kumato são quase pretos. O coração de boi tem várias tonalidades de rosa. No fundo tanto dá  coração de boi como cherry: tudo tomate. Até porque uns bons tomates não fazem uma salada que valha a pena sem pepino de qualidade. Está devidamente esclarecido ou quer um desenhinho?                  klaus muller > João Floriano: lol             S Belo > João Floriano: Boa tarde, João. Há, como diz,  tomates de sabor e aspecto variados e, bem assim, alguns que até devem mudar de cor quando gente aborrecida e chata neles se pendura.           João FlorianoS Belo: Olá S Belo: Veja sempre as coisas pelo lado positivo. Têm certamente de ser coração de boi  para aguentar com tanto chato e aborrecido.            Fernando CE: Na mouche.

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