Dos ”Públicos” que
fraternalmente a minha irmã me vai fornecendo, destaco, no de 25 de Junho, - além
da crónica de ANTÓNIO BARRETO – «O pior inimigo» – impecável de progressão expositiva, neste
caso sobre a investida bélica russa, condenando-a, naturalmente, nos seus
vários ângulos de crime repulsivo, com a elegância sentenciosa que desde sempre
lhe reconhecemos – o artigo de JOSÉ
PACHECO PEREIRA, «A “paz” para uma guerra abstracta, sem autoria, sem invasores e
invadidos”, sobre idêntico tema, mas desta vez em termos de irónica condenação da hipocrisia de uns tais “autores do Apelo à Paz”.
São esses tais que, hipocritamente,
desejam mostrar a sua saúde mental condenando a guerra generalizada no mundo,
como já o nosso Padre Vieira definia, mas em libelo conceituoso, “aquele
monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas…”, condenatório,
naturalmente, e não com cinismo, ele que foi um poderoso defensor de causas sociais, não só em termos de humanidade real, como literários... igualmente reais.
Como bem descreve José Pacheco Pereira, no seu
texto impecável de lúcida sensatez – que me encheu de “orgulho” por haver ainda
por cá quem – e alguns se conhecem - tão explicitamente e brilhantemente
consiga desmascarar as ultrajantes e cobardes perfídias dos que, generalizando
a guerra e as culpas, na Terra, afirmam desejar a paz, desvalorizando a
monstruosidade de uma invasão na Ucrânia, equiparando esta às demais, como
refere na epígrafe do seu texto: Os
autores do Apelo à Paz da manifestação de hoje não querem paz na Ucrânia, se ela
significar a derrota do fautor próximo da guerra».
Do texto de Pacheco
Pereira extraio ainda o passo seguinte: “Por muito que custe ao PCP e aos seus “companheiros de
estrada”, nada tem nem de marxista, nem de comunista, mas é muito mais próxima
das ideias de Hitler, Mussolini e do imperialismo japonês, dos anos 30 até
1945, ou, se se quiser, do “imperialismo americano” tal como o descrevem”.
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