Reflectem uma sociedade cujo princípio básico é a convicção do poder, e da grandeza que daí advém – grandeza sem quaisquer considerações de modéstia, de equilíbrio, de meio-termo, apenas uma imoderada arrogância puramente senil, se não idiota. Mas não julgo que seja um princípio genérico no poderoso espaço americano, jovem e dinâmico, pois outros presidentes ali houve, corajosos e sóbrios de maneiras … Trump não passa dum pobre diabo sem educação, subserviente qb, daqueles a quem se chamava de “armalhão”, nos meus tempos de adolescência. O crescimento em riqueza, que o fez cair nas boas graças de apoiantes interesseiros, apenas o fez crescer em vaidade lorpa e subserviente, para com quem o pode ajudar no seu espectáculo, que interessa a muitos dos seus, está visto, em livro a condizer, para incitar a sociedade a tornar-se ainda mais reles…
As conversas de Trump e Bob Woodward, agora em
audiolivro: "Entendermo-nos com a
Rússia é uma coisa boa, não é uma coisa má, certo?"
Não
tinha qualquer plano quando desafiou Kim jong-un; as ideias dos discursos são
todas suas, aprecia líderes mundiais "quanto mais duros e mais maus
forem". As revelações de Trump a Woodward.
OBSERVADOR, 19
out 2022, 11:03 9
O
jornalista norte-americano Bob Woodward, célebre por ter sido um dos
protagonistas da investigação Donald Trump jornalística ao escândalo Watergate,
que levou à demissão do Presidente dos EUA Richard Nixon em 1974, vai lançar na próxima semana um audiolivro
com oito horas de gravações de 20 entrevistas com— durante as quais o
antigo Presidente norte-americano fala extensamente sobre a sua relação com Kim
Jong-un e Vladimir Putin, sobre o armamento nuclear dos EUA, sobre a pandemia
da Covid-19 e sobre o seu modo de administrar a Casa Branca.
De acordo com a CNN,
que esta quarta-feira publica alguns excertos do audiolivro, uma das
grandes revelações da obra é a de que Donald Trump não tinha qualquer plano
quando, em 2018, se envolveu numa disputa retórica com o líder da Coreia do Norte, Kim
Jong-un, sobre o poderio nuclear de cada um dos países, chegando mesmo a
afirmar que tinha um botão nuclear “muito maior e mais poderoso” do que
o norte-coreano.
Numa
das entrevistas que surgem neste audiolivro, gravada em dezembro de 2019 na
Sala Oval, o famoso escritório do Presidente dos EUA, Bob Woodward pergunta
a Donald Trump se o objectivo daquela retórica dura contra Kim Jong-un era o de
convencer o líder norte-coreano a negociar. Mas Trump assume honestamente:
“Não, não. Foi por uma razão qualquer, foi, quem sabe,
instintivamente. Falemos do instinto, está bem? Porque, na verdade, não sabemos
o que vai acontecer, mas era uma retórica muito forte. A mais forte.” Depois, o então Presidente norte-americano
mostrou ao jornalista uma série de fotografias ao lado de Kim na zona
desmilitarizada da Coreia.
Na introdução do livro, Bob Woodward explica que a sua
decisão de publicar o audiolivro, que será a mais completa colecção de
gravações de Donald Trump a pronunciar-se sobre a sua presidência, se prende com
a importância de ouvir Trump de viva voz. “Ouvir Trump a falar é uma
experiência completamente diferente de ler as transcrições ou de ouvir alguns
excertos de entrevistas na televisão ou na internet”, diz Woodward, citado pela
CNN, acrescentando que Donald Trump é “cru, profano, divisivo e enganador”,
usando uma linguagem “frequentemente retaliatória”.
“Ainda assim, também é possível ouvi-lo a interagir e
a entreter, a rir-se, sempre o anfitrião. Ele está a tentar conquistar-me,
vender-me a sua presidência. Um vendedor a tempo inteiro”, diz o jornalista, acrescentando que tinha o objectivo
de publicar o máximo possível de gravações de voz de Trump, não apenas para o
registo histórico, mas também “para que as pessoas possam ouvir, julgar e fazer
as suas próprias avaliações”.
Noutro excerto divulgado pela CNN, Donald Trump falou
sobre o processo de escrita dos seus discursos e garantiu que todo o
processo gira em torno de si próprio: “Há pessoas que vêm com ideias, mas
as ideias são minhas, Bob. As ideias são minhas. Quer saber uma coisa? Tudo
é meu. Sabe? Tudo. Cada parte.”
O Presidente Donald Trump reflecte também sobre as
suas relações com outros líderes internacionais, incluindo Vladimir Putin ou
Recep Tayyip Erdoğan. “Gosto de Putin. A nossa relação deveria ser uma relação
muito boa. Defendi que devíamos entender-nos com a Rússia, a China e toda a
gente. Entendermo-nos com a Rússia é uma coisa boa, não é uma coisa má, certo?
Especialmente porque eles têm 1.332 ogivas nucleares”, disse Trump a Bob
Woodward.
Dizendo que habitualmente tem melhores relações com
líderes mundiais “quando mais duros e mais maus forem”, Donald Trump salientou
que se dá muito bem com o Presidente turco. “Dou-me muito bem com Erdoğan,
apesar de não ser suposto fazê-lo porque toda a gente diz que ele é um tipo
horrível. Mas, sabe, isso para mim funciona bem.”
O audiolivro de Bob Woodward será publicado
na próxima terça-feira, dia 25 de outubro.
DONALD TRUMP ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO
COMENTÁRIOS:
luís palma de jesus: O mais interessante interveniente na geopolítica no recente século XXI
merecia um compilador mais isento: «ele queria vender-me [o seu produto]» «ele
é divisivo e enganador».
Dará para confiar na «Edição» deste audio livro? Jorge Barbosa:
Como é possível
que nos EUA e no mundo em geral ainda se ouçam javardotes de gabarito de um
Trump, ou de um Berlusconi João
Angolano > Jorge
Barbosa: Se gravassem António Costa há 10 anos ele diria ‘gosto
de José Sócrates’ ….posto isto concordo apenas em parte consigo pois andam
muitos mais javardotes à solta do que esses dois exóticos João Eduardo Gata: Claro que Donald Trump gosta
de Putin....como gosta de Hitler, Estaline, Mao Zedong, Kim Jong Un, e de todos
os demais Ditadores Sanguinários da História. Francisco Ramalho: Tudo pior do que se imaginava.
Todos os actos e declarações do presidente dos EUA têm um enorme impacto
politico, económico e militar. Pensar-se que durante 4 anos este senhor com
problemas psicológicos esteve no lugar mais poderoso do mundo e que poderá
voltar é muito preocupante. Mas o sistema americano dá mais poder de voto aos
habitantes dos Estados do interior e rurais onde predominam os menos
qualificados. Se alguém julga que o Trump é de direita ou tem especiais
afinidades politicas, engana-se. No passado dizia ter afinidades democráticas
mas o que o move é o seu enorme ego. É em função disso que toma decisões que se
repercute m nas nossas vidas.
JP> Francisco
Ramalho: Concordo consigo quando afirma que Trump está ao
serviço do seu ego e não tem afinidade política em concreto. Ele já se
considerou democrata, independentemente e agora republicano, se bem que,
diga-se, as posições dos partidos também se foram modificando ao longo do
tempo, como Ronald Reagan afirmou uma vez: "I didn't leave the Democratic
Party, the party left me." Mas a verdade é que o Partido
Republicano endossou Donald Trump. Trump pode não ser de direita, mas o partido
qui-lo, achando que representava as ideias e os valores republicanos. E agora
ainda estão a colher os frutos dessa escolha. O partido está completamente
dominado pelos seguidores de Trump e as vozes dissonantes estão a abandonar o
barco. E do outro lado não há alternativa viável que se vislumbre, com o
Partido Democrata cada vez mais nas mãos da extrema-esquerda woke. Francisco
Ramalho > Francisco
Ramalho: Totalmente de acordo. Só
espero que esse apoio seja totalmente oportunista e que apareça um candidato
mais sensato ou que o Trump seja impedido de se reapresentar, fruto das muitas
ilegalidades que foi cometendo na vida privada e na esfera pública. Para bem do
Mundo. JOSÉ MANUEL: claro que
gosta de quem o colocou no poder LÚCIO MONTEIRO: “Trump a Woodward: "Gosto de Putin"”
É óbvio que Trump gosta de
Putin e Bolsonaro e vice-versa; de igual modo, Putin gosta de Bolsonaro, e
vice-versa; Também Bolsonaro “morre de
amores” por Kim Jong-un, presidente da Coreia do Norte, que “ama” os ditadores acima citados, e
vice-versa. Enfim, todos os líderes ditadores e autocratas,
- e de igual modo portadores de grave condição médica de insanidade mental
- que se encontram no poder neste momento, se identificam e admiram entre
si. Mas o mais grave no meio de tudo isto é que, neste momento,
existem mais líderes no exercício de poder com estas características psíquicas,
do que seria expectável, já que eles ameaçam, literalmente, a paz global.
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