A respeito de uma data que a Internet confirma: 5 de Outubro
de 1143: Nascimento de Portugal, contestada por
um comentador, entretanto, apagado do texto, devido ao seu discurso
incompreensível.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
05.10.22
5 de Outubro de 1143 - assinatura do Tratado de Zamora firmando a paz entre D. Afonso Henrique
e seu primo Afonso VII de Leão assim se fixando a independência de Portugal
"5 de Outubro de 1143
Quem não sabe esta data
Não é bom português"
* * * *
5 de Outubro de 1910 - passagem dos portugueses do estatuto de
súbditos ao de cidadãos.
Tags:
história
COMENTÁRIOS:
Adriano Miranda Lima 07.10.2022 18:01: Pois é, Sr. Doutor, cinco de Outubro é uma data
talismã. Possamos aperfeiçoar continuamente a nossa democracia para
engrandecimento e perenidade da República.
Anónimo 12.10.2022 04:28 Prezado Dr Salles da Fonseca. Venho afirmar que me julgo um bom português, mas venho-lhe confessar que desconhecia que a nossa independência tinha ocorrido num 5 de Outubro, mas sabia o ano como é normal. Todos os dias me disponho a aprender e tenho aprendido muito com os seus escritos e mais recentemente com os áudios!
NOTAS DA INTERNET:
Tratado de Zamora
O Tratado de Zamora foi um
diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão, assinado a 5
de Outubro de 1143. Alguns
historiadores consideram a assinatura do tratado como a declaração de independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Nesse dia,
simpatizantes da causa monárquica costumam celebrar o nascimento do Reino de
Portugal, embora a razão oficial que o torna feriado nacional seja
a implantação da
República, em Portugal, em 1910. [carece de fontes]
Em Braga foi revogado o anterior Tratado de Tui datado
de 1137.
Após a vitória na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques rompeu o tratado de paz com Tui e invadiu
a Galiza. Em
resposta, o exército de Afonso VII de Leão e Castela entraram em terras
portuguesas e desceram até às montanhas do Soajo, em direcção a Arcos de Valdevez. Os dois
exércitos acabaram por se encontrar, em 1141, no Vale do Rio Vez, para
disputar aquele que ficou conhecido como Torneio de Arcos de Valdevez ou Recontro de Valdevez. “Esta espécie de contenda/torneio medieval
evitou uma batalha quase certa que deu uma importante vantagem aos
portucalenses e às ambições autonomistas do seu jovem monarca”.
D. Afonso Henriques beneficiou
então da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, D. João Peculiar. Este
procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em
Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.
“ |
Todavia, não usou, entre 1128 e 1139,
o título de rei, mas de "príncipe" ou de "infante", o que
significa, decerto, que não podia resolver por si próprio a questão da sua
categoria política; isto é, devia admitir que ela dependesse também do
assentimento de Afonso VII, que era, de facto, o herdeiro legítimo de Afonso VI. Mas também não usou nunca o título de
"conde", que o colocaria numa nítida posição de dependência para
com o rei de Leão. |
” |
Pelos termos do tratado,
Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse
a ser reino, tendo D. Afonso Henriques como
seu rex (rei).
A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a
ser confirmada pelo Papa Alexandre III só
em 1179, mas o título de rex, que D. Afonso Henriques usava
desde 1139, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca
português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa
Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao
pagamento de um censo anual.
A partir de 1143 D. Afonso
Henriques enviava ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se
a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro. As negociações duraram
vários anos, de 1143 a 1179.
Em 1179 o Papa Alexandre III enviou a D. Afonso
Henriques a
"Bula Manifestis probatum", na qual o Papa aceitou que
D. Afonso Henriques lhe prestasse vassalagem direta, reconheceu-se
definitivamente a independência do Reino de
Portugal sem
vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão (pois nenhum vassalo
podia ter dois senhores directos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei
de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.
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