domingo, 5 de março de 2023

Esclarecedor


Como sempre, o discurso hábil de Helena Matos, com inúmeros comentadores de parecer idêntico, prova do desapontamento em que se vive, de que somos responsáveis, com o abstencionismo eleitoral, ou o voto conveniente no PS, bom manipulador das consciências….

A geringonça nunca existiu: a geringonça é o PS

Os senhorios são o alvo da nova Reforma Agrária. O PS precisa de radicalizar a sociedade portuguesa para criar a ilusão de que não há alternativa ao falhanço dos seus governos.

HELENA MATOS, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 05 mar. 2023, 02:2290

 Proprietários de casas sobrelotadas obrigados a realojar inquilinos” avisa o Jornal de Negócios. Este título fez-me regressar directamente a Agosto de 1974, quando ainda não se falava directamente de reforma agrária mas nos gabinetes se começavam a dar os passos que criariam a emergência que a tornaria inevitável: em Agosto de 1974, José Gomes Palma, proprietário do Monte do Outeiro, foi informado que teria de passar a empregar mais dois trabalhadores. Em Novembro chegam mais 20 trabalhadores, cuja contratação não queria, com ordenados que não tinha definido, mas que teve de pagar. O que estava então a acontecer na Herdade do Monte do Outeiro nesse Agosto de 1974 era um processo que se havia de alargar a outras propriedades rurais no Alentejo: umas chamadas Comissões Paritárias (os nomes destas estruturas totalitárias são sempre um manifesto de boas intenções), criadas em Junho/Julho de 1974 e compostas por 1 técnico do Governo; 2 representantes dos trabalhadores e 2 representantes dos agricultores (na prática o PCP escolhia os membros) definiam quantos mais trabalhadores podiam ser empregues por cada herdade. Em seguida os trabalhadores eram lá colocados com ordenados e funções definidos pelo sindicato mas a pagar pelos proprietários das terras. O número de trabalhadores aumenta exponencialmente (em média mais do que triplicou). Alguns proprietários recusam pagar os vencimentos, outros ainda o tentam mas acabam submersos em dívidas. Perante a desobediência estavam criadas as condições para o passo seguinte: a 10 de Dezembro de 1974, o Monte do Outeiro é ocupado. Em conjunto com as outras herdades de José Gomes Palma, o Monte do Outeiro vai dar origem à Cooperativa Vanguarda do Alentejo.

A imagem destes proprietários agrícolas obrigados a pagar ordenados a trabalhadores que não contrataram, assumir despesas que não fizeram e a terem de acatar ordens estatais sobre o que deviam fazer com as suas terras, ressurge 49 anos depois nos senhorios que têm de garantir uma “alternativa habitacional” aos inquilinos sempre que uma câmara municipal detete “desadequação da tipologia da habitação face à dimensão e características do agregado habitacional”. (Como pode um senhorio ser responsabilizado pelo facto de um seu inquilino num T0 ter levado mais pessoas para viver na casa que lhe alugou ou muito simplesmente ter tido trigémeos?)

Como é óbvio o PS conhece a história da passagem da Herdade do Monte do Outeiro para Unidade Colectiva de Produção Vanguarda do Alentejo. Não ignora também o PS que a Vanguarda do Alentejo, que gerou tantas notícias esperançosas sobre o futuro dos trabalhadores e da agricultura, acabou num falhanço silencioso: a produção nunca foi o que se esperava, o modelo agrícola era desajustado, os seus membros desuniram-se. Eufemisticamente passou a dizer-se que foi um sonho que acabou. Não, não foi um sonho, foi sim uma opção política errada, com resultados desastrosos. E, sobretudo, o PS sabe que a terra onde existiu a Herdade do Outeiro de José Gomes Palma, e depois a Unidade Colectiva de Produção Vanguarda do Alentejo, é agora explorada por grandes fundos de investimentos. Uma evolução que muito provavelmente vai ser partilhada pelo mercado de arrendamento pois muitos dos actuais senhorios não resistirão a esta intervenção desastrosa do PS no mercado de arrendamento.

Perante isto cabe perguntar: o que quer o PS? Porque está a tomar estas medidas agora que a geringonça acabou? É uma perigosa ilusão achar que a forma como António Costa governou nos anos da chamada geringonça se deve às concessões que teve de fazer ao PCP e ao BE. Antes pelo contrário, nesses anos o PS tinha de se demarcar dos partidos à sua esquerda. Agora o PS quer crescer à esquerda e vai ultrapassar o PCP e o BE pela esquerda.

Mas esta é apenas uma parte da explicação para o desastroso pacote da Habitação. A outra parte da resposta vem do falhanço executivo dos governos de António Costa. O anúncio de legislação é a manobra de diversão que nos desvia a atenção do falhanço quotidiano deste governo. Por isso as urgências hospitalares fecham mas os noticiários estão cheios de notícias sobre as novas obrigações dos senhorios. Quantas mais, melhor! Por isso, quando a CP está paralisada, o Governo avança contra as casas devolutas! Por isso, quando se anulam sentenças porque, mesmo no exercício dos poderes inalienáveis do Estado, como é a justiça, o Governo nem sequer conseguiu atender aos problemas que a não adequação da legislação portuguesa sobre metadados iria causar, o que conta é que a nova legislação vai permitir ao governo expropriar as nossas casas para alegadamente fazer políticas sociais.

O PS precisa de radicalizar a sociedade portuguesa para criar a ilusão de que não há alternativa ao falhanço dos seus governos.

PS. Os jovens e não jovens do movimento “Greve Climática Estudantil” que exigem o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e energia 100% renovável e acessível para todas as pessoas até 2025 importam-se de detalhar com exactidão as consequências para a nossa vida se estas suas reivindicações fossem atendidas?

PS   POLÍTICA   HABITAÇÃO E URBANISMO   PAÍS   REFORMA AGRÁRIA    AGRICULTURA SOCIEDADE

COMENTÁRIOS (de 90):

José PiresRui Cotrim: Faltam 4 anos e parece que também falta criar mais 5 milhões de pobres, a somar aos 4 milhões que já existem. Eles estão a apostar nisso.             Liberales Semper Erexitque: Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 ... Artigo 17 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. ...Artigo 30 Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer acto destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.                  Joana Fernandes: Este artigo é uma chamada de atenção para o que se está a preparar. A classe média é ainda a única que poderá sobressaltar-se com medidas que afectem sobretudo a sua pouca capacidade, liberdade e iniciativa que ainda lhe restam! A classe média é ainda aquela que tem alguma poupança, uma pequena propriedade, seguro de saúde, carro ou eventualmente algum filho numa escola privada. Colocar em marcha um plano para MATAR a possibilidade de se manter da propriedade privada, é ANIQUILAR a classe média que aí sim, ficará totalmente dependente do estado! Tal voragem só pode explicar-se pela ânsia de domínio total da sociedade e da sua já fraca liberdade e poder de decisão que se iniciou com Guterres, teve o seu expoente em Sócrates mas o aprofundar até à ideologia mais radical de Tutela sobre tudo e todos só mesmo com António Costa!! Este artigo é um alerta para quem ainda não entendeu que Costa vai fazer absolutamente tudo para que a classe média desapareça como hoje existe e nos tornemos nos novos dependentes e subsídio dependentes do Estado que é cada vez mais o PartidoSocialista! Obrigada Helena Matos pela sua coragem e liberdade de pensamento!          José Paulo C Castro > Joana Fernandes: Bingo. Acertou no ponto chave. E isso, matar ou controlar a classe média, é o ponto comum a partidos da teoria marxista e também da onda nacionalista (via controlo). Olha todos eles juntinhos         João Alves: Em que é que o Jornal de Negócios e a autora do artigo se baseiam para afirmar, peremptoriamente, que os proprietários das casas sobrelotadas são obrigados a realojar os inquilinos. Estou em querer que quer o Jornal de Negócios, quer a Helena Matos, meteram a pata na poça ao dar crédito a algo tão disparatadamente inexequível neste mundo possívelJosé Paulo C Castro > João Alves: Nas propostas de lei do Governo apresentadas esta sexta-feira, segundo o Jornal de Negócios. A necessidade de realojar a sobrelotação fica ao abrigo do mesmo regime da reconstrução para obras profundas, que impõe essas obrigações aos senhorios. O resto decorre da lógica: até o realojamento ser em condições mínimas, há que realojar toda a gente. Ou seja, tudo pensado às três pancadas...              Ediberto Abreu: O PS no seu melhor. Sempre foi um partido falhado e sempre será, enquanto os portugueses não acordarem para essa realidade. Tirando Portugal e Espanha, os outros países europeus já o fizeram há batante tempo.               Pedro Campos: Análise notável! Criatividade, inovadora e acutilância! Invulgar na comunicação social portuguesa!            João A: O PS quer o que sempre quis: destruir completamente a classe média! Empresas nas mãos do PS à disposição dos  adeptos do PS e muita gente a depender do PS, a maioria mendigos a votarem PS. Portanto, quando alguém me diz que é do PS, imediatamente concluo o tipo de pessoa que é - pessoas invejosas, oportunistas e maldosas!                   José Miranda: Há muito tempo que é evidente que o PS é incompetente, traiçoeiro e que usa os mais desfavorecidos como justificação para todas as arbitrariedades. Socialismo é isto. Gente incapaz de fazer algo de positivo, invejosos, e que apenas querem ser ricos ou viver como tal. O Lula , quando chegou ao poder, só convivia com os mais ricos, com a então chamada beautiful people. São todos iguais ataque com um prazo de 3 meses. Sinceramente, entre o PS e o povo manso não sei qual será pior                         Manuel Filipe Correia de Araújo "A Geringonça nunca existiu: a Geringonça é o PS" O Costa é a Geringonça e a Geringonça é o Costa! O Povo Português é Dócil, Submisso e Sereno, logo o Costa e o Marcelo, que sabem disso, fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo. Veja -se o exemplo dos Professores que votam maciçamente nos Socialistas e depois fazem Greves contra o Desgoverno do Costa. Então queriam o quê, se votam no "Quanto Pior para o Povo, Melhor para o PS" ? Ou então os Professores são Sadomasoquistas, Sádicos para com eles próprios e Masoquistas para com os restantes Portugueses!               Francisco Almeida: DDD Descolonizar, desenvolver, democratizar. A descolonizção foi uma mancha que para sempre enlameará a história de Portugal. Nos mortos que provocou, na violência das ditaduras, na pobreza, em tudo ultrapassou os erros e excessos da colonização, que até nem foram poucos. O desenvolvimento é o que se vê. Taxas de crescimento ridículas, emigração dos mais bem preparados e pagos por todos e imigração de não preparados com os custos sociais associados. A cauda da Europa já está à vista. A democracia é cada vez mais uma fachada. Corrupção, nepotismo, ocupação desenfreada do Estado, intervenção nas nomeações judiciais, controlo "de facto" (ainda não "de jure") da comunicação social. Depois do "ensaio" qua foi o combate à Covid, com direitos constitucionais afastados por decisões administrativas, espanto-me, espanto-me mesmo, que tantos ainda tenham esperança nas próximas eleições, sejam elas quando forem.                  José Paulo C Castro: Sempre disse que isto é o PS a querer ganhar votos à sua esquerda. Não vai funcionar mas vai criar problemas e eleitores fiéis por décadas. Mesmo que seja chumbado pelo Constitucional (não vai, pois já foi infiltrado pelos juízes da extrema em quantidade suficiente: andaram todos a dormir enquanto aqui se repetia a Venezuela, com o partido a dominar os três poderes). Reparem: um jovem do BE aluga uma casa (pelo preço que for) e depois leva para lá os seus 20 amigos. Se o senhorio não o limitar logo no contrato essa possibilidade de hospedagem para poder agir imediatamente contra o inquilino, ou se não o fizer, acaba a ter de arranjar ele casas para os 20 amigos todos. É a legalização da ocupação com responsabilização definitiva de privados por uma obrigação do Estado, a da habitação.                 Maria Paula Silva: Obrigada HM, muito bom como sempre. Há muito que não duvido que AC é uma "toupeira", ele é um comunista infiltrado no PS e desde a "geringonça" que isso foi ficando cada vez mais claro. E deve haver mais. Há pelo menos mais dois muito óbvios: PNS e A.SS. Este pacote sobre Habitação é um pequeno passo a caminho do totalitarismo. Haverá outros. Mas, como muito bem diz e também ficou claro na altura, desviaram-se os holofotes da sua não-governação e dos escândalos de corrupção que estavam a dominar a CS. Apesar de nunca ter gostado de Mário Soares, quase que chego a ter saudades dele..... p.s. - chamo a atenção para o último programa do "E o resto é História..." (Rui Ramos e João Miguel Tavares)  sobre o dia da morte de Stalin; excelente e fica-se a perceber o presente muito melhor.              José Paulo C Castro > Maria Paula Silva: Ele e Medina têm como ascendentes conhecidos militantes comunistas. Quando escolheram o PS foi com essa carga ideológica e sentido pragmático. Os que foram escolhendo, à sua volta, são um círculo restrito dentro do próprio PS. Tire as suas conclusões             José Garcia Correia: Exactamente. É uma manobra de diversão! Vai tentar o que resta do PCP e parte do BE. A direita deixa para o Chega sabendo que Montenegro não tem carisma nem espaço. Brilhante! Com a geringonça deu o abraço de urso ao PCP que na ânsia de afastar PPC não viu que Costa era igual ou pior. Tinha acabado de lixar o Seguro. Brilhante. Esperemos pelo fim. O povo está farto destes dois: PR e Costa. Mas é brando. Pouca literacia. Medo. Muitos anos de Inquisição com denúncias e morte nas fogueiras em autos de fé. Veremos              João Diogo: O PS têm o poder em tudo o que mexe, estraga, SNS , escola pública , transportes etc, não falham.                F. Mendes: Sem prejuízo da enorme utilidade dos factos aqui lembrados, pela Helena Matos, estou em desacordo com parte do conteúdo do artigo: Não acredito que, na habitação, venhamos a ter uma situação comparável à de 1974 e 1975, dado estarmos integrados na Europa e não se viver um ambiente revolucionário. De resto, existe até uma resignação preocupante em largas faixas da população. Não excluo, bem entendido, a possibilidade de ocupações pontuais. Mas daí a um movimento generalizado, vai uma grande distância. Duvido muitíssimo, também, que o PS queira ultrapassar a extrema-esquerda, pela esquerda. Não vejo como e com que objectivos. O que se passa, a meu ver, é que o PS se encontra desorientado e ensaia uma fuga para a frente. Julgo que perderá com isso para o centro e alguma direita, e não ganhará significativamente votos à esquerda. Oxalá assim seja; os erros do inimigo são sempre bem-vindos (ainda que não devamos contar com eles). Finalmente, as "cortinas de fumo". Aqui, penso que algumas manobras de diversão começam a perder eficácia. As pessoas já não têm pachorra para os telejornais, depois de andarem em comboios atrasados e sobrelotados, verem os filhos sem escola, as urgências fechadas, os preços dos alimentos, a carestia da habitação, e por aí adiante. É impossível enganar toda a gente, o tempo todo. E a realidade começa a morder. Não a de 74 e 75, mas a de agora.             Mario Caldeira: A quadratura do círculo do PS: distribuir mais rendimento pela criação de menor rendimento. Todos iguais, todos pobres.                 TIM DO Ó > jorge espinha: Os professores estão a protestar contra aquilo em que votam sempre. São patéticos. Têm o que pediram e o que merecem. Estão a protestar contra quê? Só se for contra eles próprios.               João Diogo > TIM DO Ó: Excelente a classe profissional que é o sustentáculo do PS, eu conheço alguns professores e todos votam PS.               Amigo do Camolas: ... excepto o Sérgio Sousa Pinto e mais um ou outro. É sempre bom ressalvar isto, porque ele merece. Mas isso não é novidade, a esquerda só tem sucesso quando age de forma implacável e sacrifica tantas vidas que eventualmente algum tipo de resultado é alcançado. E mesmo que o resultado alcançado seja de forma totalmente ineficiente e falhada em todos os sentidos, o que importa para eles é que são eles que estão lá. Por isso, concordo totalmente com Helena Matos: os fracassos de Costa são os da geringonça e os fracassos da geringonça são os do PS. Embora seus ideólogos alinhados nos queiram contar que Costa não tem ideologia mas sim habilidade, empatia e inteligência. E assumem quase por ele que sua política de esquerda com pressa do comunismo funcionará porque a história está do lado deles. Eles não se preocupam com as subtilezas de seguir a lógica ou ouvir alguém. Em vez disso, eles passam para a próxima grande coisa, ignorando o grande desastre já em andamento. E quando tudo explode, como a roubalheira na TAP, as consequências desastrosas da nacionalização das PPPs hospitalares, as consequências vergonhosas das 35 horas, as consequências da imposição do salário mínimo, as consequências em apostar mais no inchaço do estado (mais 100 mil funcionários públicos) e o desprezo total pelo investimento público... eles mentem e negam até perceberem que as pessoas em cujo nome estão agindo não estão mais a acreditar. E então eles culpam o diabo, o chifrudo, o Hitler, os fascistas, os nazis, os extremistas da direita fanáticos, os extremistas da esquerda fanáticos, ou melhor, os extremistas da esquerda fanáticos não! Por isso Costa e meio mundo está a culpar a direita por não ter ideias para o País. Mas ele sabia tudo sobre o que o País precisava para ele chegar ao poder sem ganhar as eleições. E ele escolheu não ouvir para evitar exactamente o que está acontecendo agora.                  Maria Fernanda Louro: Quando Helena Matos coloca entre parêntesis «os nomes destas estruturas totalitárias são sempre um manifesto de boas intenções», quer dizer muito mais do que parece! Quem é que é capaz de dizer que as intenções do PS não são as mais nobres? Quer defender sempre os mais indefesos: são os migrantes, são as vítimas da pedofilia dos padres, são as alterações climáticas, são os inquilinos vítimas da ganância dos senhorios, e outros pobres que eles definem como tal. E é assim que eles conseguem calar quem quiser dizer o contrário. Quem é capaz de defender os malandros ou, pelo menos, os que nos são apresentados como tal? Tenho muita pena de dizer isto, mas a culpa é da nossa geração. Não tivemos coragem de contar aos nossos filhos o que foi o PREC, escondemos no fundo da nossa memória todas as injustiças a que assistimos para não lhes mostrarmos a nossa cobardia, para não lhes revelarmos que fomos enganados, isto é, fomos fracos e cobardes quando lhes omitimos tudo isto e pior de tudo deixámos que agora sejam eles que irão pagar a respectiva factura. Por estas e outras é que se diz que a História se repete sempre, porque quando omitimos os nossos erros deixamos que as gerações seguintes caiam na mesma armadilha em que nós caímos!             Maria Tubucci: Obviamente, HM, o pior cego é o que não quer ver. Obrigado, Costa geringonça. A abstenção foi toda votar, ficaram sem casa! Conseguiste acordar um gigante inerte e amorfo, que achava que nunca seria atingido pelos teus desmandos. Quando destruíste o SNS, a educação e os transportes públicos, a abstenção não se incomodou, mudou-se para a saúde privada, colocou os filhos nas escolas privadas, continuaram a utilizar transporte privado. Quando colocaste os proprietários florestais a fazer de proteção civil e os culpaste pelos incêndios florestais, os abstencionistas não se incomodaram, não deram um ai. Agora queres colocar os abstencionistas a fazer de segurança social sacando-lhes a propriedade privada e culpá-los por todos os problemas na habitação. Bem, penso que foste longe de mais, mesmo comendo toda a esquerda e dividindo a direita, a estúpida, não consegues ter maioria absoluta em 2026. ……………………………………………………………………………..

 

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