É o que me lembra dizer, a respeito de
grande parte dos comentários brincalhões ou atrevidamente provocatórios a um
artigo sério e sensível de Paulo Tunhas, ao crime monstruoso
perpetrado por ordem russa de rapto de crianças ucranianas. Sim, mais que
rapaziadas, termo clássico, salvo erro usado por Verney no seu “O Verdadeiro
Método de Estudar”, que utilizei por delicado
snobismo, eu diria mais drasticamente “patacoadas”, a esses comentadores de
pacotilha, que causam asco e indignação, pobres de espírito que revelam ser…
O rapto das crianças e o mestre dos significados
É exactamente aquilo que o crente
quer: ser subjugado pelo poder. A partir daí, acreditar que a Ucrânia é um
ninho de nazis e que Putin salva as crianças ucranianas custa pouco.
PAULO TUNHAS Colunista do OBSERVADOR
OBSERVADOR, 23
mar. 2023, 00:2038
A
propaganda russa fala abundantemente de “salvamento” das crianças ucranianas
para designar o rapto puro e duro de milhares dessas crianças pelo exército
russo depois da invasão da Ucrânia. De todas as mentiras delirantes que saem da
boca de Putin e dos seus, a ideia de “salvamento” das crianças é talvez a mais
intrinsecamente repugnante, sabendo-se, ainda por cima, que o rapto visa, antes
de mais, transformá-las em pequenos autómatos putinianos, endoutrinados pela
sua ideologia do “mundo russo”. Depois do assassinato dos pais, vem a violação
mental e moral dos filhos, se é que a violação não se manifesta também noutros
termos – e manifesta-se, de certeza.
A
impunidade da mentira, sobretudo da mentira mais infame, é algo que não deve
deixar de nos surpreender.
Porque a utilização das palavras num sentido que em nada corresponde à
realidade é uma forma de mentira como outra qualquer. É a mentira daqueles que
têm o poder de impor o significado das palavras a seu bel-prazer. Ninguém ousa
contrariá-los. As palavras significam o que eu quero que elas signifiquem,
dizia Humpty-Dumpty. A questão, acrescentava, é saber quem é o mestre,
quem é que tem o poder de decidir. Não ficar, a cada nova mentira desta
magnitude, sempre de novo surpreendido, é o último pecado em que devemos
incorrer.
Soljenítsin, que era um verdadeiro patriota russo – e que acreditava
que a Ucrânia e a Bielorrússia deviam permanecer ligadas à Rússia, mas que,
escolhendo afastarem-se, deviam ser respeitadas nessa sua decisão –, achava que
era injusto associar a Rússia ao comunismo, como se algo no seu país o
conduzisse naturalmente a esse tipo monstruoso de sociedade. Provavelmente
tinha razão. Mas, com toda a prudência que se deve ter nestas matérias, deve
haver algo que inclina a sociedade russa a uma terrível habituação à mentira, à
dissolução do laço que liga a palavra à verdade, à reverência pelos mestres do
significado que lhe caem em cima. Algo me diz – e só tomei consciência do facto
depois da invasão da Ucrânia – que o não ter havido, em toda a história desse
enorme país, um só grande filósofo digno desse nome tem algo a ver com isso. A
filosofia não conduz necessariamente à verdade, mas protege com alguma eficácia
do delírio da mentira.
É claro que todo o poder, em todo
o lugar, mente. Há até ocasiões codificadas em que a mentira recebe as graças
da legitimidade. Mas a Rússia parece exorbitar tradicionalmente no capítulo. A guerra não é guerra, é uma “operação militar
especial” destinada a livrar os ucranianos do jugo nazi. Etc. . Hoje em dia, o mestre dos significados não se chama
Estaline, chama-se Putin. E há
quem, na Rússia e por cá, continue a acreditar na colossal mistificação. Agora
não é Trotsky que é nazi: é Zelensky. Mas, tirando isso, o estilo é o mesmo.
Que
se possa mentir assim basta para que tenhamos a vertigem que sempre se
experimenta quando nos confrontamos com algo que ultrapassa em muito a nossa
imaginação. Que se possa acreditar nessas mentiras praticamente ilimitadas é,
se possível, ainda mais surpreendente. As pessoas normais, dizia alguém, não
sabem que tudo é possível. Mas é exactamente essa possibilidade infinita que
aqueles que acreditam nas mentiras de Putin exibem ao mais desprevenido olhar.
Tudo é possível. Contrariamente às aparências, é o mais terrível pensamento que
se pode ter.
Há,
no entanto, talvez uma explicação para uma tão abissal facilidade de acreditar.
É que as mentiras dos mestres do significado evidenciam, aos
olhos dos crentes, a presença de uma vontade forte e irresistível. Com efeito,
mentiras de tal magnitude, que ostensivamente nada têm a ver com a realidade,
só podem originar-se em alguém dotado de um poder identicamente ilimitado. Isso
fascina o crente e enche-o de admiração. Subjuga-o. Quanto mais inacreditável,
maior a subjugação. E é exactamente aquilo que o crente quer: ser subjugado
pelo poder. A partir daí, acreditar que a Ucrânia é um ninho de nazis e que
Putin salva as crianças ucranianas custa pouco. Na condição de se padecer de um
servilismo extremo face àquele que imaginamos dotado de uma incomensurável
vontade, custa pouco. E há gente assim. De facto, tudo é possível.
COMENTÁRIOS (de 38) :
Francisco Almeida: Para se poder
ser livre é essencial colocar a liberdade em perspectiva. E esta é precedida pela verdade e pela justiça.
De facto, manipulando ou dominando a verdade, inviabiliza-se a justiça e a
liberdade. No final, sem verdade nem justiça nem liberdade, já não há vida.
Apenas se vegeta. Putín como extremo, mas também António Costa, embora num
registo menos intenso, são ambos perigos reais. Antonio
Sennfelt: Desde a barbárie
da Moscóvia, passando pelo longo jugo mongol, até ao camarada Stalin, o Povo
russo vergou sempre a cerviz perante o tirano! Joaquim
Lopes: Estou certo que
tem a cabeça a prémio, por mais que se esconda, vai acabar mal. Putin, ou
ficará preso no seu palácio dourado ou arrisca-se numa das saídas a ser
condenado ou com um míssil ou com um tiro de sniper, ou então a doença mental
tomará conta dele, é a reincarnação de Stalin de quem os comunistas portugueses
tanto gostavam e que idolatram, como Cunhal, desenganem-se se acreditam no que
dizem, trata-se das mentiras que dizem como verdade e ainda apreciam este tipo
de gente por serem "coerentes", Stalin, Mao, Pol Pot e Hitler eram
coerentes. António
Monteiro > Joaquim Lopes: Estou 100% de acorda com a esclarecida afirmação. putin
fechado no seu palácio, morrerá louco. Jose Luis Salema: Excelente. Pontos nos i José Vaz: Excelente crónica. Só faço um
pequeníssimo aparte, apesar de escritor Fiodor Dostoievski tinha algo de
filosofia na sua bela escrita, de resto muito boa análise. João Floriano
> José Vaz: Tolstoi é muito mais do que Guerra e Paz. Tolstoi
tinha ideias políticas logo filosóficas sobre a educação e ele mesmo, promoveu
alguma escolaridade para os mujiques das suas propriedades. O romance Anna
Karenina é extremamente avançado para a época no que diz respeito à condição da
mulher. José
Vaz > João Floriano: Sim concordo. José Vaz > João Floriano: E para ver
como as obras dos 2 escritores estão actuais fazia muito bem aos russos neste
momento lerem "Crime e Castigo " e "Guerra e Paz" Cumps João Floriano
> José Vaz: E não esquecer Gulag e Dr.
Jivago. José Vaz
> João Floriano: Sem dúvida Fernando Cascais: Vou aparvoar. Vamos imaginar que o mundo nos prendava em câmara lenta um
filme da movimentação dos povos ao longo dos últimos 10 mil anos (desde o fim
da Idade do Gelo). Primeiro, as condições atmosféricas expulsavam ou chamavam
os povos para os territórios. Depois, mais tarde, as guerras faziam a mesma
coisa. Mais recentemente cabe à economia esse papel de expulsar o chamar os
povos para os territórios. Portugal O território já foi a casa de muitos povos.
Fenícios, Romanos, Visigodos, Celtas, Árabes e Ibéricos. Na verdade nós somos o
quê? Os do norte são loiros e os do sul morenos. Diria que a nossa grande
influencia racial é proveniente dos romanos. Temos muitas caraterísticas
físicas dos romanos. Os ibéricos não são nativos. Um dia fomos explorar o mundo
em barcaças, misturámo-nos com os indígenas e criámos os mistos (mulatos e
canecos). Sim, sem dúvida que fomos pioneiros em misturar as raças. Nos dias de
hoje, as populações das antigas colónias (muitos já com ligações sanguíneas aos
colonizadores) e mais recentemente da Ásia emigram para a Europa e
consequentemente para Portugal. Muitos bairros portugueses já tem nos dias de
hoje uma maioria de população com uma raça (peço desculpa pelo termo, mas é
importante para me explicar) diferente da que tínhamos há 50 anos s. Ou seja,
por outras palavras estamos a importar - em nome de uma demografia perversa e
também em nome de uma fraternidade socialista a todos os povos - os filhos do
continente africano e mais recentemente também do continente asiático. As
economias destes países africanos não oferecem futuro ao povo e estes procuram
uma vida melhor noutras paragens. É lógico. Guerra Ucrânia O que os russos
estão a fazer, obviamente que é diferente, porque o fazem por questões
políticas (guerra) e não pela força da sua economia. Mas, as movimentações de
povos pelo mundo sempre foram muito dinâmicas pelos factores apresentados,
incluindo o da guerra. Até os povos dos países nórdicos, muito puros de raça
devido ao clima agreste, começam hoje a ficar mais coloridos pela força da
economia que tem. Resumindo, o que os russos estão a fazer é muito mau porque
toda a situação foi provocada por eles, mas, o que é que eles podiam fazer
quando apanham esses miúdos "inimigos" perdidos na guerra? Tone da Eira >
Fernando Cascais: Quando se sabe quem são os pais ou familiares próximos dos miúdos, os
russos só têm de os enviar directamente de volta. É para tratar disso que há a
Cruz Vermelha e a ONU. Se o fazem para militares prisioneiros porque não fazem
para miúdos? É porque não querem fazer ou seja porque não obtêm nada em troca
que seja para eles de valor equivalente a aumentarem o número de
"russos". João
Floriano > Fernando Cascais: Fernando Cascais, o provocador!: Parece-me sinistro voltar a ter Gengis
Khan’ s e Átila’ s a varrerem impiedosamente os vizinhos com as suas
conquistas. À medida que os povos se vão misturando por via da migração surgem
também regras, códigos, entendimentos, muitas vezes não escritos para
possibilitar a coexistência. Caso não os houvesse, teríamos ainda mais guerra
e a civilização ainda estaria a marcar passo e se não tivermos a
civilização para nos proteger, nada teremos a não ser a volta à barbárie e aos
modernos« flagelos de Deus». Já que cita os nórdicos civilizados, o primeiro
parlamento islandês, num pedregulho ao ar livre data de 930, bem mais antigo do
que o inglês e a Magna Carta. Quanto às crianças raptadas, uma solução muito
simples para além de não as bombardear como aconteceu em Bucha e em Mariupol,
podem ser entregues às autoridades ucranianas. Este processo de adopção à força
não é exclusivo russo. Há vários países que a ele têm recorrido. Até a
Austrália tem uma nódoa na sua História com casos de crianças aborigenes. Se
estes garotos sobreviverem ao suicídio, saudade, abuso, voltarão formatados
pelos russos para imporem a vontade do invasor nas zonas ocupadas. Um enorme
número de casos de síndrome de Estocolmo em perspectiva. António
Monteiro > Fernando Cascais: Borraste todo o comentário com
o último parágrafo, se fosse o primeiro não tinha perdido tempo a ler o resto.
Fernando Cascais > João Floriano: Sabe que eu sou totalmente contra a Guerra da Ucrânia
e considero o Putin extremamente perigoso para a Europa livre e a UE, mas,
gostava de ter mais informação sobre esses miúdos levados para território
russo. São órfãos? Os pais fugiram e abandonaram-nos? Foram tirados às famílias
que ainda viviam nos territórios invadidos pelos russos? A informação sobre
estas crianças não é totalmente esclarecida. Que crianças são estas? Obviamente que elas estariam muito melhor com os
seus agregados familiares antes da invasão russa à Ucrânia e depois também. Mas
porque é que não salvaram logo os miúdos quando começou a invasão? Agora, com a
guerra em curso, como é possível que apareçam estas crianças abandonadas no
meio da guerra? Gostava de saber mais informação, sem que esta curiosidade não
provoque logo à partida o arremesso de pedras! Quanto
ao resto, a ideia era ser mesmo uma provocação, mas, com pretensões a ter algum
juízo.
João Floriano > Fernando Cascais: Fernando, julgo saber o que
pensa até porque sou leitor atento dos seus excelentes comentários. Portanto
percebi imediatamente tratar-se de uma provocação. Quanto aos gaiatos deve
haver de tudo: órfãos que sobreviveram aos pais, crianças mesmo raptadas perante
o olhar aterrorizado da família (se cometem violações também raptam para
desmoralizar os ucranianos), podem ter vindo de instituições nas cidades
conquistadas pelos russos..... as possibilidades são inúmeras. Vai ter de
esperar ainda. Remeto-o para este artigo «Austrália: Sequestrados em nome da
assimilação quando eram crianças, aborígenes processam governo», mas há muita
documentação sobre o que aconteceu na Austrália durante um período longo de
tempo. O que se passou com as crianças ucranianas vai ser tema recorrente do
Canal História, tal como é agora o período hitleriano. Mas eu já cá não estarei
provavelmente para assistir. O Fernando, mais jovem, ainda poderá ver a sua
curiosidade satisfeita. João
Floriano: Sobre o exercício da mentira há verdades
incontornáveis: - Uma mentira repetida à exaustão torna-se verdade. - Toda a mentira funciona melhor se tiver alguma
verdade à mistura. - Desmistificar uma
mentira dá tanto ou mais trabalho do que demonstrar uma verdade. Fiquemos
quietos na nossa vidinha e o melhor é não embarcar em qualquer das
alternativas. - Muitas vezes confundimos a
nossa opinião e visão dos factos com a verdade. Porque por muito que nos custe
admitir não há mentiras ou verdades universais. -
Também se inventa a verdade ( Machado y Ruiz), sendo que uma mentira bem
engendrada é mais eficiente do que uma verdade com lacunas e os tribunais que o
digam. - Há sempre uma primeira mentira que
leva a muitas outras. No caso de Putin teremos de procurar bem antes dele. A
Rússia sempre foi historicamente um campo muito fértil para mentiras. - Habituamo-nos facilmente à mentira porque, tal
como o café, a podemos adoçar a gosto. No entanto ainda há muita gente que
prefere o café forte e amargo. Ultimamente tenho procurado crónicas antigas do
Observador. Hoje a propósito deste texto filosófico de P. Tunhas ,
«desenterrei» uma crónica de Laurinda Alves com data de 1 de dezembro de 2015
sobre a Verdade da Mentira. Data curiosa!!- - bento guerra > João Floriano: "Para cada um a sua
verdade"Pirandello João
Floriano > bento guerra: Precisamente caro Bento. Agora
veja bem o trabalho monumental que dá querer perceber e entender os motivos de
cada um. Só mesmo um filósofo. bento guerra: O Tunhas deve ter informação
privilegiada, porque a mim é-me vedada a que não é fabricada por Kiev e amigos
José Vaz > bento guerra: Atingiu o em cheio a crónica de
hoje eheheh a verdade faz dói dói bebé José Vaz > bento guerra: Neste momento o meu caro faz me
lembrar uma barata que quando se pisa a pobre já com as tripas de fora mexe se
com o intuito de recuperar alguma dignidade que já não tem. João
Floriano > bento guerra: Tem a certeza que não anda
distraído? Eu estou sempre a ver os discursos de Putin, as falinhas doces do
Peshkov, o ar fantasmagórico do Lavrov (deve ter a consciência bem pesada a
julgar pelo ar lúgubre) e não esquecer as ameaças nucleares de Medvedev. O Roger
Waters e o Steven Segal fazem propaganda pró russa , só para mencionar duas
figuras do show bizz. Indirectamente Putin e a «verdade» russa são defendidas
por políticos como Lula, que até estava preparado para vir discursar no 25 de
Abril. As nossas televisões estão cheias de comentadores que mais ou menos
abertamente apoiam a «operação militar especial» e os direitos de um grande
poder escavacar o vizinho em nome do seu espaço vital. E para cúmulo temos no
nosso parlamento o PCP que sonha condecorar Putin no 25 de Abril e ouvi-lo
discursar. bento guerra >
João Floriano: Olhe que não, olhe que não! Ainda ontem vi na RAI
,algumas dessas crianças (resguardadas da guerra, penso eu) a voltarem às suas
famílias ucranianas, graças à intervenção de grupos humanitários. Esta guerra é
toda ela uma demência colectiva João
Floriano > bento guerra: Se não devemos acreditar em
tudo o que Kiev nos conta, qual o motivo para acreditar sem duvidar em
documentários vindos de Moscovo? Numa coisa concordamos integralmente: isto é
demência colectiva de ambos os lados. A diferença é que eu apoio sem reservas
os doidos ucranianos. Há quem apoie os doidos russos e ainda os que se
apresentam com palavras de paz que mais não são que a rendição da Ucrânia à
Rússia. bento
guerra > João Floriano: Já agora, penso que foi o Papa
a primeira "entidade" a falar paz, em Setembro. Foi imediatamente
vergastado, mesmo no Vaticano Agora, a palavra Paz é voz corrente. Daqui a
alguns meses, aceitarão o inevitável João
Floriano > bento guerra: Não tenho simpatia particular pelo papa Francisco. A
palavra PAZ é voz corrente desde que signifique a rendição à Rússia e por
portas traseiras à China. Não acha igualmente curioso que sejam os apoiantes de
Putin, a falarem tanto de PAZ? Se está tudo a correr tão bem para Putin qual o
interesse em fazer a PAZ? Será que Putin é um filantropo, um humanista e ainda
ninguém tinha dado por isso?
G C > bento guerra: Exacto. www.theguardian.com/world/2023/mar/19/we-hugged-for-a-long-time-how-ukrainian-father-went-to-moscow-to-reclaim-his-children
Este é um caso, escrito pelo "pro russo" inglês the guardian.. Por
vezes se vê perspectivas diferentes apesar de toda a narrativa o ódio diário
que estes jornais alimentam .. Carlos
Quartel: Há dias, a SIC prestou um
serviço público de alto interesse, um documentário bem feito, sobre o clima de
paranoia que o regime de Putin está a instalar na Rússia. A narrativa do povo
bom, decente, crente, rodeado de inimigos, desde os nazis da Ucrânia, até aos
depravados do Ocidente. Um engenheiro que acredita que foram os cranianos que
assassinaram os seus concidadãos em Bucha, outros sem a mínima dúvida que as
crianças devem ser salvas desses pais nazis, que fariam deles uns assassinos
impiedosos. Algo que faz lembrar o período alemão, depois de 1933, com o
advento de Hitler. Só que Putin tem bombas atómicas ,e o nível de loucura
colectiva permite recear que as use, no caso de ver a sua impotência para uma
conquista militar por métodos clássicos. Algo já insinuado por vive ministro,
que deixou a parta aberta às bombas atómicas, se outros métodos falharem. Um
aviso sério ao Ocidente para que deixe de apoiar a Ucrânia. Podemos estar perante
o dilema entre arriscar a aniquilação ou defender a liberdade. José Vaz
> Carlos Quartel: Concordo com o que disse mas no fim o seu dilema para
mim não é dilema pois se não defendermos agora a Ucrânia não estamos a defender
a nossa liberdade acreditem
G C > Carlos Quartel: Realmente algo tão diferente do
ocidente.. Onde se alimenta a narrativa do povo bom, decente, crente, rodeado
de inimigos, Borrel disse de Selva , desde os fascistas da Rússia, até aos
ditatoriais da China e os matreiros países do Sul, que deveriam estar do lado
do ocidente, mas são "neutrais".. Algo que faz lembrar o período
alemão, depois de 1933, com o advento de Hitler. Só que Biden tem bombas
atómicas ,e o nível de loucura colectiva permite recear que as use, no caso de
ver a sua impotência para uma conquista militar por métodos clássicos a Rússia
e a China.. Fernando > CE: Muito bom. Fico abismado com as
explicações para a guerra e a forma pueril e acéfala como “pintam” o “monstro
Ocidente” nos media , Tv incluída, da Rússia , o que seria rejeitado
maioritariamente por qualquer audiência minimamente informada e dotada de algum
discernimento. Mas por lá não.
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