sábado, 25 de março de 2023

Rapaziadas


É o que me lembra dizer, a respeito de grande parte dos comentários brincalhões ou atrevidamente provocatórios a um artigo sério e sensível de Paulo Tunhas, ao crime monstruoso perpetrado por ordem russa de rapto de crianças ucranianas. Sim, mais que rapaziadas, termo clássico, salvo erro usado por Verney no seu “O Verdadeiro Método de Estudar”,  que utilizei por delicado snobismo, eu diria mais drasticamente “patacoadas”, a esses comentadores de pacotilha, que causam asco e indignação, pobres de espírito que revelam ser…

O rapto das crianças e o mestre dos significados

É exactamente aquilo que o crente quer: ser subjugado pelo poder. A partir daí, acreditar que a Ucrânia é um ninho de nazis e que Putin salva as crianças ucranianas custa pouco.

PAULO TUNHAS Colunista do OBSERVADOR

OBSERVADOR, 23 mar. 2023, 00:2038

A propaganda russa fala abundantemente de “salvamento” das crianças ucranianas para designar o rapto puro e duro de milhares dessas crianças pelo exército russo depois da invasão da Ucrânia. De todas as mentiras delirantes que saem da boca de Putin e dos seus, a ideia de “salvamento” das crianças é talvez a mais intrinsecamente repugnante, sabendo-se, ainda por cima, que o rapto visa, antes de mais, transformá-las em pequenos autómatos putinianos, endoutrinados pela sua ideologia do “mundo russo”. Depois do assassinato dos pais, vem a violação mental e moral dos filhos, se é que a violação não se manifesta também noutros termos – e manifesta-se, de certeza.

A impunidade da mentira, sobretudo da mentira mais infame, é algo que não deve deixar de nos surpreender. Porque a utilização das palavras num sentido que em nada corresponde à realidade é uma forma de mentira como outra qualquer. É a mentira daqueles que têm o poder de impor o significado das palavras a seu bel-prazer. Ninguém ousa contrariá-los. As palavras significam o que eu quero que elas signifiquem, dizia Humpty-Dumpty. A questão, acrescentava, é saber quem é o mestre, quem é que tem o poder de decidir. Não ficar, a cada nova mentira desta magnitude, sempre de novo surpreendido, é o último pecado em que devemos incorrer.

Soljenítsin, que era um verdadeiro patriota russo – e que acreditava que a Ucrânia e a Bielorrússia deviam permanecer ligadas à Rússia, mas que, escolhendo afastarem-se, deviam ser respeitadas nessa sua decisão –, achava que era injusto associar a Rússia ao comunismo, como se algo no seu país o conduzisse naturalmente a esse tipo monstruoso de sociedade. Provavelmente tinha razão. Mas, com toda a prudência que se deve ter nestas matérias, deve haver algo que inclina a sociedade russa a uma terrível habituação à mentira, à dissolução do laço que liga a palavra à verdade, à reverência pelos mestres do significado que lhe caem em cima. Algo me diz – e só tomei consciência do facto depois da invasão da Ucrânia – que o não ter havido, em toda a história desse enorme país, um só grande filósofo digno desse nome tem algo a ver com isso. A filosofia não conduz necessariamente à verdade, mas protege com alguma eficácia do delírio da mentira.

É claro que todo o poder, em todo o lugar, mente. Há até ocasiões codificadas em que a mentira recebe as graças da legitimidade. Mas a Rússia parece exorbitar tradicionalmente no capítulo. A guerra não é guerra, é uma “operação militar especial” destinada a livrar os ucranianos do jugo nazi. Etc.  . Hoje em dia, o mestre dos significados não se chama Estaline, chama-se Putin. E há quem, na Rússia e por cá, continue a acreditar na colossal mistificação. Agora não é Trotsky que é nazi: é Zelensky. Mas, tirando isso, o estilo é o mesmo.

Que se possa mentir assim basta para que tenhamos a vertigem que sempre se experimenta quando nos confrontamos com algo que ultrapassa em muito a nossa imaginação. Que se possa acreditar nessas mentiras praticamente ilimitadas é, se possível, ainda mais surpreendente. As pessoas normais, dizia alguém, não sabem que tudo é possível. Mas é exactamente essa possibilidade infinita que aqueles que acreditam nas mentiras de Putin exibem ao mais desprevenido olhar. Tudo é possível. Contrariamente às aparências, é o mais terrível pensamento que se pode ter.

Há, no entanto, talvez uma explicação para uma tão abissal facilidade de acreditar. É que as mentiras dos mestres do significado evidenciam, aos olhos dos crentes, a presença de uma vontade forte e irresistível. Com efeito, mentiras de tal magnitude, que ostensivamente nada têm a ver com a realidade, só podem originar-se em alguém dotado de um poder identicamente ilimitado. Isso fascina o crente e enche-o de admiração. Subjuga-o. Quanto mais inacreditável, maior a subjugação. E é exactamente aquilo que o crente quer: ser subjugado pelo poder. A partir daí, acreditar que a Ucrânia é um ninho de nazis e que Putin salva as crianças ucranianas custa pouco. Na condição de se padecer de um servilismo extremo face àquele que imaginamos dotado de uma incomensurável vontade, custa pouco. E há gente assim. De facto, tudo é possível.

VLADIMIR PUTIN   RÚSSIA    MUNDO

COMENTÁRIOS (de 38) :

Francisco Almeida: Para se poder ser livre é essencial colocar a liberdade em perspectiva. E esta é precedida pela verdade e pela justiça. De facto, manipulando ou dominando a verdade, inviabiliza-se a justiça e a liberdade. No final, sem verdade nem justiça nem liberdade, já não há vida. Apenas se vegeta. Putín como extremo, mas também António Costa, embora num registo menos intenso, são ambos perigos reais.                  Antonio Sennfelt: Desde a barbárie da Moscóvia, passando pelo longo jugo mongol, até ao camarada Stalin, o Povo russo vergou sempre a cerviz perante o tirano!                       Joaquim Lopes: Estou certo que tem a cabeça a prémio, por mais que se esconda, vai acabar mal. Putin, ou ficará preso no seu palácio dourado ou arrisca-se numa das saídas a ser condenado ou com um míssil ou com um tiro de sniper, ou então a doença mental tomará conta dele, é a reincarnação de Stalin de quem os comunistas portugueses tanto gostavam e que idolatram, como Cunhal, desenganem-se se acreditam no que dizem, trata-se das mentiras que dizem como verdade e ainda apreciam este tipo de gente por serem "coerentes", Stalin, Mao, Pol Pot e Hitler eram coerentes.                     António Monteiro > Joaquim Lopes: Estou 100% de acorda com a esclarecida afirmação. putin fechado no seu palácio, morrerá louco.                   Jose Luis Salema: Excelente. Pontos nos i                      José Vaz: Excelente crónica. Só faço um pequeníssimo aparte, apesar de escritor Fiodor Dostoievski tinha algo de filosofia na sua bela escrita, de resto muito boa análise.                   João Floriano > José Vaz: Tolstoi é muito mais do que Guerra e Paz. Tolstoi tinha ideias políticas logo filosóficas sobre a educação e ele mesmo, promoveu alguma escolaridade para os mujiques das suas propriedades. O romance Anna Karenina é extremamente avançado para a época no que diz respeito à condição da mulher.                      José Vaz > João Floriano: Sim concordo.                    José Vaz > João Floriano: E para ver como as obras dos 2 escritores estão actuais fazia muito bem aos russos neste momento lerem "Crime e Castigo " e "Guerra e Paz" Cumps                 João Floriano > José Vaz: E não esquecer Gulag e Dr. Jivago.                     José Vaz > João Floriano: Sem dúvida                   Fernando Cascais: Vou aparvoar. Vamos imaginar que o mundo nos prendava em câmara lenta um filme da movimentação dos povos ao longo dos últimos 10 mil anos (desde o fim da Idade do Gelo). Primeiro, as condições atmosféricas expulsavam ou chamavam os povos para os territórios. Depois, mais tarde, as guerras faziam a mesma coisa. Mais recentemente cabe à economia esse papel de expulsar o chamar os povos para os territórios. Portugal O território já foi a casa de muitos povos. Fenícios, Romanos, Visigodos, Celtas, Árabes e Ibéricos. Na verdade nós somos o quê? Os do norte são loiros e os do sul morenos. Diria que a nossa grande influencia racial é proveniente dos romanos. Temos muitas caraterísticas físicas dos romanos. Os ibéricos não são nativos. Um dia fomos explorar o mundo em barcaças, misturámo-nos com os indígenas e criámos os mistos (mulatos e canecos). Sim, sem dúvida que fomos pioneiros em misturar as raças. Nos dias de hoje, as populações das antigas colónias (muitos já com ligações sanguíneas aos colonizadores) e mais recentemente da Ásia emigram para a Europa e consequentemente para Portugal. Muitos bairros portugueses já tem nos dias de hoje uma maioria de população com uma raça (peço desculpa pelo termo, mas é importante para me explicar) diferente da que tínhamos há 50 anos s. Ou seja, por outras palavras estamos a importar - em nome de uma demografia perversa e também em nome de uma fraternidade socialista a todos os povos - os filhos do continente africano e mais recentemente também do continente asiático. As economias destes países africanos não oferecem futuro ao povo e estes procuram uma vida melhor noutras paragens. É lógico. Guerra Ucrânia O que os russos estão a fazer, obviamente que é diferente, porque o fazem por questões políticas (guerra) e não pela força da sua economia. Mas, as movimentações de povos pelo mundo sempre foram muito dinâmicas pelos factores apresentados, incluindo o da guerra. Até os povos dos países nórdicos, muito puros de raça devido ao clima agreste, começam hoje a ficar mais coloridos pela força da economia que tem. Resumindo, o que os russos estão a fazer é muito mau porque toda a situação foi provocada por eles, mas, o que é que eles podiam fazer quando apanham esses miúdos "inimigos" perdidos na guerra?                Tone da Eira > Fernando Cascais: Quando se sabe quem são os pais ou familiares próximos dos miúdos, os russos só têm de os enviar directamente de volta. É para tratar disso que há a Cruz Vermelha e a ONU. Se o fazem para militares prisioneiros porque não fazem para miúdos? É porque não querem fazer ou seja porque não obtêm nada em troca que seja para eles de valor equivalente a aumentarem o número de "russos".                      João Floriano > Fernando Cascais: Fernando Cascais, o provocador!: Parece-me sinistro voltar a ter Gengis Khan’ s e Átila’ s a varrerem impiedosamente os vizinhos com as suas conquistas. À medida que os povos se vão misturando por via da migração surgem também regras, códigos, entendimentos, muitas vezes não escritos para possibilitar a coexistência. Caso não os houvesse, teríamos ainda mais guerra  e a civilização ainda estaria a marcar passo e se não tivermos a civilização para nos proteger, nada teremos a não ser a volta à barbárie e aos modernos« flagelos de Deus». Já que cita os nórdicos civilizados, o primeiro parlamento islandês, num pedregulho ao ar livre data de 930, bem mais antigo do que o inglês e a Magna Carta. Quanto às crianças raptadas, uma solução muito simples para além de não as bombardear como aconteceu em Bucha e em Mariupol, podem ser entregues às autoridades ucranianas. Este processo de adopção à força não é exclusivo russo. Há vários países que a ele têm recorrido. Até a Austrália tem uma nódoa na sua História com casos de crianças aborigenes. Se estes garotos sobreviverem ao suicídio, saudade, abuso, voltarão formatados pelos russos para imporem a vontade do invasor nas zonas ocupadas. Um enorme número de casos de síndrome de Estocolmo em perspectiva.                      António Monteiro > Fernando Cascais: Borraste todo o comentário com o último parágrafo, se fosse o primeiro não tinha perdido tempo a ler o resto.                     Fernando Cascais > João Floriano: Sabe que eu sou totalmente contra a Guerra da Ucrânia e considero o Putin extremamente perigoso para a Europa livre e a UE, mas, gostava de ter mais informação sobre esses miúdos levados para território russo. São órfãos? Os pais fugiram e abandonaram-nos? Foram tirados às famílias que ainda viviam nos territórios invadidos pelos russos? A informação sobre estas crianças não é totalmente esclarecida. Que crianças são estas? Obviamente que elas estariam muito melhor com os seus agregados familiares antes da invasão russa à Ucrânia e depois também. Mas porque é que não salvaram logo os miúdos quando começou a invasão? Agora, com a guerra em curso, como é possível que apareçam estas crianças abandonadas no meio da guerra? Gostava de saber mais informação, sem que esta curiosidade não provoque logo à partida o arremesso de pedras! Quanto ao resto, a ideia era ser mesmo uma provocação, mas, com pretensões a ter algum juízo.                     João Floriano > Fernando Cascais: Fernando, julgo saber o que pensa até porque sou leitor atento dos seus excelentes comentários. Portanto percebi imediatamente tratar-se de uma provocação. Quanto aos gaiatos deve haver de tudo: órfãos que sobreviveram aos pais, crianças mesmo raptadas perante o olhar aterrorizado da família (se cometem violações também raptam para desmoralizar os ucranianos), podem ter vindo de instituições nas cidades conquistadas pelos russos..... as possibilidades são inúmeras. Vai ter de esperar ainda. Remeto-o para este artigo «Austrália: Sequestrados em nome da assimilação quando eram crianças, aborígenes processam governo», mas há muita documentação sobre o que aconteceu na Austrália durante um período longo de tempo. O que se passou com as crianças ucranianas vai ser tema recorrente do Canal História, tal como é agora o período hitleriano. Mas eu já cá não estarei provavelmente para assistir. O Fernando, mais jovem, ainda poderá ver a sua curiosidade satisfeita.              João Floriano: Sobre o exercício da mentira há verdades incontornáveis: - Uma mentira repetida à exaustão torna-se verdade. - Toda a mentira funciona melhor se tiver alguma verdade à mistura. - Desmistificar uma mentira dá tanto ou mais trabalho do que demonstrar uma verdade. Fiquemos quietos na nossa vidinha e o melhor é não embarcar em qualquer das alternativas. - Muitas vezes confundimos a nossa opinião e visão dos factos com a verdade. Porque por muito que nos custe admitir não há mentiras ou verdades universais. - Também se inventa a verdade ( Machado y Ruiz), sendo que uma mentira bem engendrada é mais eficiente do que uma verdade com lacunas e os tribunais que o digam. - Há sempre uma primeira mentira que leva a muitas outras. No caso de Putin teremos de procurar bem antes dele. A Rússia sempre foi historicamente um campo muito fértil para mentiras. - Habituamo-nos facilmente à mentira porque, tal como o café, a podemos adoçar a gosto. No entanto ainda há muita gente que prefere o café forte e amargo. Ultimamente tenho procurado crónicas antigas do Observador. Hoje a propósito deste texto filosófico de P. Tunhas , «desenterrei» uma crónica de Laurinda Alves com data de 1 de dezembro de 2015 sobre a Verdade da Mentira. Data curiosa!!- -                  bento guerra > João Floriano: "Para cada um a sua verdade"Pirandello                       João Floriano > bento guerra: Precisamente caro Bento. Agora veja bem o trabalho monumental que dá querer perceber e entender os motivos de cada um. Só mesmo um filósofo.                   bento guerra: O Tunhas deve ter informação privilegiada, porque a mim é-me vedada a que não é fabricada por Kiev e amigos                       José Vaz > bento guerra: Atingiu o em cheio a crónica de hoje eheheh a verdade faz dói dói bebé                      José Vaz > bento guerra: Neste momento o meu caro faz me lembrar uma barata que quando se pisa a pobre já com as tripas de fora mexe se com o intuito de recuperar alguma dignidade que já não tem.                       João Floriano > bento guerra: Tem a certeza que não anda distraído? Eu estou sempre a ver os discursos de Putin, as falinhas doces do Peshkov, o ar fantasmagórico do Lavrov (deve ter a consciência bem pesada a julgar pelo ar lúgubre) e não esquecer as ameaças nucleares de Medvedev. O Roger Waters e o Steven Segal fazem propaganda pró russa , só para mencionar duas figuras do show bizz. Indirectamente Putin e a «verdade» russa são defendidas por políticos como Lula, que até estava preparado para vir discursar no 25 de Abril. As nossas televisões estão cheias de comentadores que mais ou menos abertamente apoiam a «operação militar especial» e os direitos de um grande poder escavacar o vizinho em nome do seu espaço vital. E para cúmulo temos no nosso parlamento o PCP que sonha condecorar Putin no 25 de Abril e ouvi-lo discursar.                         bento guerra > João Floriano: Olhe que não, olhe que não! Ainda ontem vi na RAI ,algumas dessas crianças (resguardadas da guerra, penso eu) a voltarem às suas famílias ucranianas, graças à intervenção de grupos humanitários. Esta guerra é toda ela uma demência colectiva                  João Floriano > bento guerra: Se não devemos acreditar em tudo o que Kiev nos conta, qual o motivo para acreditar sem duvidar em documentários vindos de Moscovo? Numa coisa concordamos integralmente: isto é demência colectiva de ambos os lados. A diferença é que eu apoio sem reservas os doidos ucranianos. Há quem apoie os doidos russos e ainda os que se apresentam com palavras de paz que mais não são que a rendição da Ucrânia à Rússia.            bento guerra > João Floriano: Já agora, penso que foi o Papa a primeira "entidade" a falar paz, em Setembro. Foi imediatamente vergastado, mesmo no Vaticano Agora, a palavra Paz é voz corrente. Daqui a alguns meses, aceitarão o inevitável                     João Floriano > bento guerra: Não tenho simpatia particular pelo papa Francisco. A palavra PAZ é voz corrente desde que signifique a rendição à Rússia e por portas traseiras à China. Não acha igualmente curioso que sejam os apoiantes de Putin, a falarem tanto de PAZ? Se está tudo a correr tão bem para Putin qual o interesse em fazer a PAZ? Será que Putin é um filantropo, um humanista e ainda ninguém tinha dado por isso?                  G C > bento guerra: Exacto. www.theguardian.com/world/2023/mar/19/we-hugged-for-a-long-time-how-ukrainian-father-went-to-moscow-to-reclaim-his-children Este é um caso, escrito pelo "pro russo" inglês the guardian.. Por vezes se vê perspectivas diferentes apesar de toda a narrativa o ódio diário que estes jornais alimentam ..          Carlos Quartel: Há dias, a SIC prestou um serviço público de alto interesse, um documentário bem feito, sobre o clima de paranoia que o regime de Putin está a instalar na Rússia. A narrativa do povo bom, decente, crente, rodeado de inimigos, desde os nazis da Ucrânia, até aos depravados do Ocidente. Um engenheiro que acredita que foram os cranianos que assassinaram os seus concidadãos em Bucha, outros sem a mínima dúvida que as crianças devem ser salvas desses pais nazis, que fariam deles uns assassinos impiedosos. Algo que faz lembrar o período alemão, depois de 1933, com o advento de Hitler. Só que Putin tem bombas atómicas ,e o nível de loucura colectiva permite recear que as use, no caso de ver a sua impotência para uma conquista militar por métodos clássicos. Algo já insinuado por vive ministro, que deixou a parta aberta às bombas atómicas, se outros métodos falharem. Um aviso sério ao Ocidente para que deixe de apoiar a Ucrânia. Podemos estar perante o dilema entre arriscar a aniquilação ou defender a liberdade.                       José Vaz > Carlos Quartel: Concordo com o que disse mas no fim o seu dilema para mim não é dilema pois se não defendermos agora a Ucrânia não estamos a defender a nossa liberdade acreditem                      G C > Carlos Quartel: Realmente algo tão diferente do ocidente.. Onde se alimenta a narrativa do povo bom, decente, crente, rodeado de inimigos, Borrel disse de Selva , desde os fascistas da Rússia, até aos ditatoriais da China e os matreiros países do Sul, que deveriam estar do lado do ocidente, mas são "neutrais".. Algo que faz lembrar o período alemão, depois de 1933, com o advento de Hitler. Só que Biden tem bombas atómicas ,e o nível de loucura colectiva permite recear que as use, no caso de ver a sua impotência para uma conquista militar por métodos clássicos a Rússia e a China..                    Fernando > CE: Muito bom. Fico abismado com as explicações para a guerra e a forma pueril e acéfala como “pintam” o “monstro Ocidente” nos media , Tv incluída, da Rússia , o que seria rejeitado maioritariamente por qualquer audiência minimamente informada e dotada de algum discernimento. Mas por lá não.

 

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