Desta vez é uma lição de
religiões ocidentais do tipo extremista, que Salles da Fonseca nos
apresenta, como manigâncias do diabo à solta, a causar-nos engulhos, ordens do
próprio Corão, no radicalismo dos
seus seguidores actuais, que retomam hábitos passados de invasão e conquista.
Para que a lição seja mais
completa, socorro-me também da Internet,
em jeitos de complemento esclarecedor, na expressividade ameaçadora dos seus
conceitos:
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 29.01.19
Alá não
é o Deus dos muçulmanos mas é, sim, como se diz Deus em árabe.
Quer
os teólogos muçulmanos queiram quer não, Alá é precisamente o mesmo que Jeová é para
os judeus e Deus é para os cristãos.
As
diferenças resultam da exegese que cada um faz dos respectivos textos sagrados. Mas há quem não faça exegese nenhuma e cumpra o seu texto
sagrado à letra - os
muçulmanos sunitas relativamente ao Corão.
Vai
daí, estamos todos «à pega» quando o cumprimento literal do texto sagrado
sunita assenta em ordens tais como:
Quando os meses sagrados houverem
transcorrido, matai os idólatras onde quer que os acheis; capturai-os,
acossai-os e espreitai-os - (Corão, 9ª Surata, versículo 5)
Mas,
apesar de não fazerem a exegese, não se coíbem de dar motes. Eis algumas
frases «simpáticas» de um dos teólogos muçulmanos mais radicais, o Sheick Hassan al-Banna (1906-1949), fundador da hoje tão actuante «Fraternidade
Muçulmana»:
É da natureza do Islão dominar, não ser
dominado, impor a sua lei a todas as Nações e fazer alastrar o seu poder ao
planeta inteiro.
O punhal, o veneno e o revólver…
Estas são as armas do Islão contra os seus inimigos.
Sim, no sec. XXI continua a
haver quem mate em nome do Deus infinitamente bom e tenha o desplante de
apregoar que o Islão é uma religião de paz. Claramente, na vertente sunita, não
E são precisamente os sunitas
que estão a invadir a Europa, para além dos que já cá estavam. A diferença está
em que o proselitismo sunita – na sua versão mais radical, a wahhabita – vem sendo financiada pela Arábia Saudita, a mesma que se diz tão
«amiguinha» dos EUA.
Mas
dado que o clero sunita não tem uma estrutura hierárquica que discipline a
mensagem transmitida, cada mulah é livre de
pregar o que lhe apetecer sem ter que prestar contas a ninguém.
Vai daí, o descontrole é total
e parece instalar-se uma competição de encarniçamento contra os infiéis e de
destabilização da sociedade de acolhimento, cristã ou oriunda do cristianismo. Mais: uma sociedade de acolhimento fundada em valores benignos,
não mais belicosa como nos tempos da intransigência medieval, aberta ao
acolhimento de quem a procura.
O
resultado é a destruição de um tecido pacífico por um clima de rancores cada
vez mais cruzados.
Sim, anda o maligno à solta e
bem necessário sería que alguém tomasse providências antes que seja tarde,
antes que a mostarda chegue ao nariz dos pacíficos, antes que o caldo se entorne
e alguém invoque São Bartolomeu.
(continua)
Comentário: Anónimo 29.01.2019 :
Antes que seja tarde demais??? Já é!
“Alea jacta est!”
Notas via
Internet:
1ª: Suna: Segundo a definição do Dicionário Aulete, o
verbete Suna significa “livro dos muçulmanos, que contém os ditos e os feitos de Mafoma
[Maomé]”. Na cultura árabe, a palavra tem o significado literal de “caminho
trilhado”, ou seja, as veredas que foram seguidas pelo profeta, das quais
surgiram as suas tradições.
Além
disso, Suna apresenta um significado terminológico que indica todas
as aprovações, dizeres e realizações de Maomé em mais de 20 anos como
mensageiro divino. Assim,
tudo que envolve a sua vida forma a Suna, que deve ser praticada e seguida
pelos muçulmanos segundo as tradições. Um
exemplo de moralidade para o povo em questão é a "hadith", os registos que foram validados no
caminho do profeta.
A
importância da Suna é enorme para os muçulmanos, pois, notavelmente, somente
perde em importância para o Alcorão. É
considerada uma fonte secundária, mas não menos importante. Nesta religião, a
palavra de Allah [Deus] está no sagrado Alcorão e a Suna seria
a forma encontrada por Maomé para disseminar, ensinar e aplicar o Islão.
2ª: O Alcorão (Al-qurʾān, em árabe, Recitação)
é o livro sagrado a todo o adepto da religião islâmica.
Segundo o tradição, é o registo das palavras exactas reveladas por Deus
(Allah) por intermédio do anjo Gabriel a Maomé (Mohammad),
que o memorizou e ditou aos seus companheiros. O seu texto é seguido
nos dias de hoje por um quarto da população mundial, cerca de 1,3 bilhão de
pessoas.
O livro sagrado dos muçulmanos é a própria revelação, a
manifestação de Deus (Alá, em árabe), um papel comparável ao de Jesus no
Cristianismo. Embora o texto possa
soar repetitivo e cansativo em português, em árabe as palavras ganham
musicalidade.
O
livro está dividido em 114 capítulos, chamados de suras,
que são ordenados de uma maneira bem diferente da organização encontrada na Bíblia. Eles
não contêm uma narração linear, como na história da criação no Gênesis, por exemplo. As suras são
organizadas por temas. Nenhuma palavra de suas 114 suras foi mudada ao longo
dos séculos. Assim, o Alcorão permanece, em cada detalhe, o mesmo livro de
quatorze séculos atrás.
Em
apenas 200 anos, a palavra de Alá contida no Alcorão inspirou o povo árabe, até
então majoritariamente nómada, desunido e em vários aspectos atrasado a
conquistar toda a península arábica, o norte da África e a Ásia Central. Em
seguida, foram anexados Espanha, Portugal e grande parte da Índia. O ímpeto
expansionista árabe chegou até mesmo à China, onde permanece como religião
predominante na região de Xinjiang (noroeste do país).
Desde
a sua revelação, o livro serviu de inspiração político-religiosa para inúmeros
líderes, que da sua palavra faziam uso, adoptando princípios do Alcorão em meio
às práticas políticas. Nas nações de maioria muçulmana, ou “países islâmicos”,
como geralmente são chamados, o Direito costuma ser completamente baseado nos
preceitos do Alcorão, que serve ao mesmo tempo como livro religioso e código
jurídico.
3ª
- Significado de Hégira: A fuga de Maomé de Meca, sua cidade natal, para Medina, no ano 622
da era cristã; a era maometana que teve seu início nesse ano. [Figurado] Êxodo; qualquer tipo de fuga, de saída de um lugar para
outro.[Figurado] Viagem demorada, normalmente com o
objectivo de se livrar de uma situação perigosa. [Figurado] Fuga;
saída às pressas. Etimologia (origem da palavra hégira).
Do árabe hidjira; talvez al-hifrah. Sinônimos
de Hégira: êxodo, emigração, fuga
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