Dos britânicos, digo. A verdade é que o
Parlamento britânico parece fazer por lá, o mesmo que o nosso às vezes tece por
cá, embora agora nos mostremos todos mais pacíficos… 0u passivos, que também se
diz por cá que contra a força do Costa não há resistência lusa. E ele explora bem essa
sua faceta, com amizade e doçura, até, muito cavalheiro, sem querer
sobrepor-se, deixando a Cristas espalhar-se à vontade, na sua tagarelice
caprichosa. Mas o Johnson também faz
as mesmas peixeiradas, e tira selfies, sentimo-nos em família, quando
assistimos às reportagens, nas peixarias de Londres, vê-se que ele também gosta
do cargo que já ocupa. Além do peixe, é claro. Ninguém, como a Teresa de Sousa,
para definir as posições, no que é acompanhada por sábios comentadores.
“We
shall never surrender”?
A ambiguidade persistente do Labour e do
seu líder faz com que a convocação de eleições possa não resultar numa
clarificação política que permita aos eleitores uma escolha fácil.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 4 de Setembro de 2019
1 - Não
importa quem perde mais ou quem perde menos, neste braço-de-ferro final entre o
Reino Unido e a União Europeia. A soma das perdas será sempre imensa,
alimentando-se mutuamente. O problema maior é que a saída britânica se
aproxima rapidamente do seu momento de não-retorno, sem que se vejam sinais
de uma clarificação política do rumo que os acontecimentos podem tomar.
Em
Londres, o novo primeiro-ministro Boris
Johnson conduz
uma “cavalgada” política em direcção à data de saída, fixada para dia 31 de
Outubro, cujo desfecho ainda não está garantido. Apostou tudo em retirar ao
Parlamento britânico qualquer possibilidade de interferir nesta “cavalgada”.
Fracassou, mas ainda não perdeu a última batalha. Com 21 deputados da
bancada conservadora, entre os quais alguns pesos-pesados como
Philip Hammond ou Kennet Clark, a votarem a favor de uma lei cujo objectivo é travar
um “Brexit” sem acordo, lado a lado com os trabalhistas,
liberais-democratas e nacionalistas escoceses, o primeiro-ministro foi
estrondosamente derrotado em Westminster, precisamente no dia da sua estreia
parlamentar.
O
que fará agora para retomar a sua estratégia de tensão máxima e de fuga para a
frente? Eleições? É a única arma que lhe resta para cumprir o seu objectivo e
manter o seu lugar em Downing Street pelo tempo suficiente para ficar na
História. Mesmo que o
regime político britânico atribua ao primeiro-ministro vastos poderes em
matéria de dissolução do Parlamento, desta vez tem de contar com uma limitação
recente (2011), que obriga à aprovação da dissolução por dois terços dos Comuns.
Será precisa a “cumplicidade” do líder do Labour, Jeremy Corbyn, para que
seja aprovada a proposta de dissolução no calendário que mais convém a Boris,
ou seja, o mais depressa possível e, sobretudo, antes da cimeira europeia de 17
e 18 de Outubro, que será o momento decisivo para saber em que condições o
Reino Unido sairá da União.
2. - A
pergunta que se segue é, pois, o que faz correr verdadeiramente o líder
trabalhista? A resposta também não é fácil, na medida em que Corbyn tem jogado
na constante ambiguidade em relação ao “Brexit”. Esta quarta-feira, no
Parlamento britânico, ainda não era clara a posição que o Labour tenciona
assumir em relação à data das eleições: aceitar que sejam já em meados de
Outubro ou, pelo contrário, não fazer o jogo do primeiro-ministro,
comprometendo-o com um calendário que impeça qualquer saída sem acordo.
É
esta ambiguidade persistente do Labour e do seu líder que faz com que a
convocação de eleições possa não resultar numa clarificação política que
permita aos eleitores uma escolha fácil. Corbyn gostaria de ver o Reino Unido
fora da União Europeia, mas não pode transformar a sua vontade em política
oficial do partido cujos militantes e eleitores são maioritariamente
pró-europeus. Se houver eleições, o Labour defenderá o “Remain” ou apenas um
“Brexit” com um novo acordo, negociado teoricamente por um novo governo? A palavra de ordem para a batalha eleitoral já está
definida: “Stop no deal and win a Labour government.” Ficar já não é,
portanto, uma alternativa, mas vencer as eleições está muito longe de ser uma
certeza.
As
sondagens mais recentes apontam para uma nova vitória dos Conservadores e para
um resultado do Labour bastante aquém de qualquer possibilidade de vir a
governar, mesmo em aliança com os democratas-liberais, que têm visto a sua
defesa sem ambiguidades do “Remain” ser compensada com a crescente simpatia dos
eleitores. Mas, tal
como Johnson, a Corbyn também não restam muitas alternativas a não ser uma
fuga para a frente, que mobilize e unifique o seu partido em torno de uma nova
agenda política que permita diluir a questão do “Brexit”, que divide
profundamente o eleitorado de esquerda.
3.- Johnson
pode conseguir uma maioria absoluta? As sondagens dão-lhe uma remota
possibilidade. Tentará
colocar o eleitorado britânico perante uma escolha simples: “Entre ele próprio
e a possibilidade real de uma saída sem acordo, e a agenda de esquerda radical
de Jeremy Corbyn”, sintetiza Robert Shrimsley na sua coluna do Financial
Times. “Será uma escolha difícil para uma maioria do eleitorado de centro.”
Se
for assim, o primeiro-ministro poderá contar com uma nova bancada em
Westminster, devidamente depurada dos deputados que agora lhe fizeram frente e
revogar facilmente a lei que o obriga a aceitar um eventual protelamento da
saída para que possa haver um acordo. Sem surpresa, Johnson quer convencer
os britânicos de que estão a travar a sua nova “batalha pela Inglaterra”, vestindo
as vestes de um verdadeiro discípulo de Churchill a desafiar sozinho o
“monstro” de Bruxelas. Esta quarta-feira, no Parlamento, na sua primeira
sessão de perguntas ao Governo, classificou a lei para travar o “Brexit” sem
acordo de “lei da rendição”, apresentando-se como aquele que nunca se renderá.
Fica
uma dúvida. Mesmo podendo contar com o apoio da imprensa tablóide que gosta
dos grandes títulos contra Bruxelas, não é certo que Johnson consiga convencer
os britânicos de que Michel Barnier, o negociador chefe da União Europeia, ou a
futura presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, têm alguma coisa de comum
com Hitler, ou que Angela Merkel seja uma ameaça às ilhas britânicas. Por
mais confusa, descrente e cansada que esteja hoje a opinião pública britânica,
perante os resultados de um referendo realizado já lá vão mais de três anos,
não é garantido que esta táctica seja suficiente para levar os conservadores de
Johnson a uma vitória retumbante em eventuais eleições. Mas ela também é a
medida exacta da crise de identidade em que mergulhou o Reino Unido, no momento
em que está confrontado com a decisão provavelmente mais importante para o seu
futuro desde o fim da II Guerra.
4.- Finalmente,
como estão a reagir os 27 parceiros europeus perante esta escalada? Não é
que Bruxelas tenha grande margem de manobra para alterar o seu mandato inicial,
sobretudo quando a questão da fronteira irlandesa – o chamado backstop – não
parece ter uma solução fácil. Mas Bruxelas também sabe reconhecer uma
chantagem e convém-lhe ter maleabilidade suficiente para esvaziá-la. O tom já
mudou. Do imobilismo inicial – o acordo de saída não é negociável – passou a
uma atitude mais conciliadora, aberta às propostas que o Governo britânico lhe
quiser apresentar.
Os
governos europeus também têm pela frente um dilema: apresentar a Londres uma
nova proposta de adiamento, indo ao encontro da data proposta pela nova lei de
Westminster – dia 31 de Janeiro; ou entrar no jogo de radicalização de Boris
Johnson e “render-se” a uma saída sem acordo, preparando o melhor possível as
suas economias para um inevitável impacto muito negativo. Algumas nuvens
negras que se adensam sobre a economia europeia, com a Alemanha próximo da
recessão técnica, farão, provavelmente, os governos europeus pensar duas vezes.
COMENTÁRIOS
vinha2100,
06.09.2019: Mais
uma vez reflectindo no artigo de Teresa de Sousa, os desenvolvimentos provaram
que as democracias estão atentas aos riscos e que os democratas reagem de forma
mais ponderada em momentos de crise. Veja-se a evolução desde que o artigo foi
escrito, e muito bem escrito por sinal.
Carlos
Brígida, 06.09.2019: Não
será fácil mas é possível; os Liberais Democratas podem sair vencedores das
próximas eleições. Isso, aliado à recusa de um Brexit sem acordo seria uma
mudança extremamente positiva.
manuel.m2, 05.09.2019: Nicholas Soames,neto de Winston Churchill, foi ontem
expulso do Partido Conservador, bem como Keneth Clark, "O Pai do
Parlamento" e mais duas dezenas de Parlamentares que eram os mais
prestigiados que os Tories tinham. Hoje o irmão de Boris Johnson demitiu-se do
Governo e do Parlamento. O que resta é um grupelho de aventureiros
proto-fascistas na linha de Trump, Bolsonaro, Orban Salvini e mais uns quantos.
Manuel Caetano, 05.09.2019: Até ontem as eleições antecipadas no RU eram uma
possibilidade agora são uma inevitabilidade - é apenas uma questão de tempo.
Até agora o foco era o referendo e as suas consequências hard ou soft, ontem
ficou provado, mais uma vez, que nem o parlamento britânico nem a União
Europeia discutem a legitimidade do referendo (só a sacristia continua no
discurso da Cambridge Analytica). A partir de agora o foco passou para as
eleições antecipadas e quem se opuser a elas maior castigo eleitoral sofrerá.
vinha2100, 05.09.2019: Discordo de quase tudo, Manuel. As eleições far-se-ão
quando a oposição actual quiser. Pena é que o líder do maior partido seja um
inimputável como Corbyn, que poderá ver em eleições uma fuga para a frente e
com isso dar uma vantagem a. Claro que ninguém contesta a legitimidade do
referendo de 2016, mesmo que a opção pela democracia directa seja altamente
questionável pela matéria e pela tradição parlamentar. Foi assim que Hitler e
Mussolini se consolidaram no poder. Em contrapartida, e segundo a imprensa
britânica, o entusiasmo e esperança num segundo referendo é cada vez maior. E
desta vez os resultados não serão determinados por mentirosos.
Manuel Caetano, 05.09.2019: vinha2100 , se voltar a ler o meu escrito sem a
preocupação de ter que estar contra mim verificará que não estamos assim tão em
desacordo no essencial. Por acaso eu coloquei algum marcador temporal para as
eleições? Acaso eu referi que força (ou forças) será (serão) determinante(s) na
definição do calendário eleitoral ou quem, em concreto, sairá beneficiado ou
prejudicado? Apenas no final discordo de si - não me parece minimamente
razoável comparar os líderes do Brexit com Hitler ou Mussolini, nem o mundo actual
é comparável com o dos anos 20 e 30 do Século XX, nem o RU de hoje pode ser
comparado como a Alemanha e a Itália de então. Percebo que uma pitada de
tremendismo ajuda a compor o ramalhete mas não acrescenta nada ao que
interessa, antes pelo contrário. Só mais uma nota vinha2100: também percebo o
tom épico que deu, no final deste seu escrito, à probabilidade de realização de
um segundo referendo - está em linha com a sua conhecida tendência para as
tiradas grandiloquentes. Mas, meu caro, acho que perceberá que a haver um
segundo referendo ele só terá lugar após eleições gerais antecipadas e que os
resultados destas determinarão o resultado de tal referendo.
Leitor Registado, 05.09.2019: Vinha, "As eleições far-se-ão quando a
oposição actual quiser" Não é totalmente verdade...A actual maioria,
porque neste caso os 21 deputados conservadores votariam a favor, pode fazer aprovar
uma "Bill" marcando eleições sem ser ao abrigo da Fixed Term
Parliaments Act. Do mesmo modo que ontem, a Lei teria que ir aos Lordes, etc,
etc. Se estiver verdadeiramente interessado pode ler todas as possíveis
situações no online da BBC, Independentemente destas questões, a partir do
momento que a lei que foi aprovada ontem tiver o consentimento real, Corbyn é
obrigado a ir a jogo.... cada dia que adiar, é dia que está a perder votos e a
aumentar a possibilidade de uma maioria para o Boris....2feira, esta questão,
teoricamente, será votada novamente no Parlamento.
vinha2100, 05.09.2019: Obrigado , Leitor Registado. Esse é um ponto
interessante que completa o meu conhecimento da situação, Manuel, por favor
deixe de estar fixado em que os meus motivos é por estar contra si. A
tradicional chicana das tiradas grandiloquentes também parece viver da
insistência em desacreditar quem (na sua cabeça) lhe faz sombra. Não estamos de
facto de acordo sobre que haverá eleições, mas em contrapartida estamos em
desacordo na opinião, que exprimiu também noutras notícias, que têm que ser
imediatas. Percebo a sua simpatia com Johnsom que está na linha do seu pensamento
geral a favor de populistas e regimes autoritários, mas não confunda os desejos
com realidades. Se reler o que escrevi, identifico uma maior esperança sobre um
novo referendo, mas marco reservas pelo seu uso histórico.
Ricardo, 05.09.2019: @Leitor Registado, não é assim tão simples. A forma
mais directa de convocar novas eleições requer uma maioria de 2/3. A mais
indirecta requer uma moção de desconfiança aprovada por maioria simples que
faça cair o governo. Mas entre abandonos e expulsões, o número de deputados do
Partido Conservador reduziu-se de 330 para 289 (num total de 650). Mesmo
contando com os votos dos actuais 289, dos 21 recentemente expulsos, os 10
votos do DUP e as 7 abstenções do Sin Fein... fica a faltar 1 voto.
Correcção: eram 317 deputados conservadores, não 330.
Manuel Caetano, 05.09.2019: vinha2100 não é politicamente honesto
substituir os necessários argumentos pelos dispensáveis processos de intenção.
O desconforto da "sombra" é seu, não meu. Curiosamente a prova disso
acaba de ser escrita pelo seu próprio punho "Percebo a sua simpatia por
Johnson, etc, etc". Simpatia nenhuma meu caro a minha posição foi sempre a
mesma: em nome da democracia defendo a implementação do referendo de 2016, em
nome dos interesses da UE e do RU defendo uma saída com acordo - sempre fui
apoiante do acordo UE-RU (apenas com críticas ao backstop) e de Theresa May. A diferença
entre nós é o senhor recusar-se aceitar o referendo (a democracia). Quem está
fora do quadro democrático é você, não eu.
Leitor Registado, 05.09.2019: Ricardo apenas transmiti uma possibilidade legal e
acreditando que os 21 votariam a favor o resultado imediato face á votação de
ontem seria 321 a favor e 309 contra....e ainda há outra possibilidade,
completamente caricata....Boris propor uma moção de confiança e votar contra
ele próprio....14 dias depois chumbar um governo alternativo e a partir dai
dissolver o Parlamento e marcar eleições contando 25 dias úteis. São vários os
jornais que explicam estas todas possibilidades, não são cenários meus. Como
alguns dizem, a partir do momento que a oposição tem medo de ir a votos....tudo
é possível. De acordo com o que leio os conservadores têm medo da 1a hipótese
pois a oposição pode acrescentar pontos à Lei, incluindo o direito de voto aos
16 anos. Vale tudo neste momento.
José Cruz Magalhaes, 05.09.2019: Na falta de uma guerra comercial ou financeira,como é a
aposta de outro conhecido actor,eleva-se o tom e a parada e inicia-se a cruzada
anti-europeia.No fundo,a diferença entre o hard Brexit,ou agora,o Brexit sem
acordo e o Brexit com acordo é o que diferencia Boris e Corbyn.Boris,reúne à
sua volta a cavalaria da alta finança,dos investidores e especuladores de
casino,dos especialistas do off-shore.Corbyn,corre atrás dos destroços de uma
classe operária, desbaratada pelo tatcherismo e reduzida e comprimida pela
globalização.No fundo,estão os dois doentes do síndroma pós-imperial,que choca
frontalmente com a realidade dos seus vários aliados e parceiros,que ,em
conjunto,são confundidos com o inimigo.
TM, 05.09.2019: Boa analise!
Manuel Caetano, 05.09: José Cruz Magalhães falar em síndrome pós-imperial 75
anos depois da Inglaterra ter perdido definitivamente esse estatuto não me
parece que faça qualquer sentido para entender o passa hoje no RU. Na minha
opinião o que se passa é que uma parte significativa do escol político e
económico britânico procura, num mundo em acelerada mudança da unipolaridade
para a multipolaridade, um lugar próprio. Racionalmente não consigo perceber
este drama de faca e alguidar que se teceu em torno do Brexit. A UE é assim tão
fraca e frágil que desmorona sem o RU? Mas não sabemos todos que o RU não foi
país fundador do Projecto Europeu e só tardiamente o integrou e que, apesar
disso, a "europa avançou?
TM, 05.09.2019: Manuel a sua análise não invalida a análise do José.
Aqui não se coloca a questão da fragilidade da UE. Penso que é do conhecimento
de toda a gente que a UE não vai cair com o brexit e tem muito mais resiliência
do que muitos pensam. Mas que muita gente votou no Brexit por causa de um
síndrome de imperialismo isso não há dúvida. Repare que o UK não é constrangido
pela UE para ir procurar outros caminhos. Aliás a UE tem sido a região do mundo
com mais acordos comerciais e de investimento com outras grandes e economias. O
problema é que essa narrativa nunca passou para a generalidade da opinião
pública Inglesa que sempre virão a UE como um papão! Às vezes pergunto me
porque quiserem entrar de todo.
Tiago
também não acho que a UE seja fraca e frágil e que vá desmoronar com a saída do
RU, antes pelo contrário. A prova do que afirmo está precisamente no dramalhão
de faca e alguidar que se criou em torno da implementação do referendo de 2016.
Quando um membro de primeira linha como o RU, que não integra a zona euro, tem
tanta dificuldade em sair só posso concluir que a UE já atingiu um nível de
integração tal que garante por si a coesão do conjunto. Acho que toda esta
histeria irracional em torno do Brexit tem muito de artificial.
vinha2100, 04.09.2019 : Muito bom! Geralmente vale a pena ler Teresa de
Sousa. Desta vez não foi exceção.
Ricardo, 04.09.2019: Os Governos Europeus não vão apresentar nenhuma
proposta de adiamento a Londres. Londres vai apresentar uma e, em princípio, os
Governos Europeus vão aceitar. Se Londres não apresentar nada, os Governos
Europeus deixarão que o RU saia automaticamente no fim do prazo. Até porque
muitos estão fartos disto.
TM, 04.09.2019: Não
teria tantas certezas.
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