terça-feira, 24 de setembro de 2019

História trágica


Chegou por email o apelo, enviado por João Sena. Com fotos, naturalmente.

Pela Paz
Em memória de
RACHEL CORRIE

Há alguns dias, uma jovem pacifista perdeu a vida, RACHEL CORRIE, de 23 anos. Era uma estudante da Universidade de Olympia (Washington), e pertencia ao movimento pela justiça e pela paz.

Com a sua associação pacifista organizou iniciativas pela ocasião do aniversário do 11 de Setembro, em memória das vítimas do desastre e da guerra no Afeganistão.

Este ano Rachel decidiu passar da teoría à acção, foi para Israel, onde se uniu ao grupo palestiniano Movimento Internacional de Solidaridade.

Com esta Associação participava em acções, para bloquear as escavadoras Israelitas, que tentavam deitar abaixo as casas dos kamikazes e dos seus familiares, nos territórios palestinianos.

Aos amigos, em diferentes e-mails, escreveu: “Destroem as casas mesmo com gente dentro, não têm respeito por nada nem por ninguém.”

A 15 de Março, numa acção em Rafah, na fronteira de Gaza, Rachel encontrava-se com seus amigos para tentar opor-se às demolições.

“Estava sentada na trajectória da Bulldozer, o condutor viu-a, continuou e passou-lhe por cima”, declarou Joseph Smith, militante pacifista da EEUU.

“A escavadora deitou-lhe terra em cima e depois pisou-a”, testemunhou Nicholas Dure, outro companheiro.

Os companheiros tentaram de todas as maneiras parar a escavadora, e depois prestaram ajuda, mas não havia nada a fazer.

Rachel Corrie de somente 23 anos perdeu a vida, quando defendia, com o próprio corpo as suas ideias, o direito dos cidadãos palestinianos de ter um tecto e uma terra.

As autoridades Israelitas deram diferentes versões do sucedido, todas elas desmentindo a documentação fotográfica e os testemunhos. A jovem foi morta a sangue frío de forma bárbara, enquanto se manifestava de forma pacífica.

Rachel e os seus companheiros, denunciaram que todos os dias dezenas e dezenas de casas são destruídas na fronteira de Gaza, que os bombardeamentos danificaram os poços de água doce nos campos de refugiados de Rafah e que os mesmos não podem ser reparados pelos trabalhadores palestinianos sem se exporem às balas israelitas.

Muitas foram as iniciativas em Olympia (Washington) e nos Estados Unidos para recordar a Rachel.

Esta apresentação quer ser um testemunho para não esquecer a Rachel, uma jovem pacifista que com a sua coragem queria parar as injustiças que todos os dias são cometidas na Palestina.

Actualmente existem acções contra a guerra.

Este movimento pacifista, o maior que a história jamais conheceu, tem em Rachel Corrie o seu símbolo, uma jovem que foi morta na lógica absurda e brutal da guerra, que todos nós, pacifistas, tentamos parar.

Peço-vos para passar esta apresentação e dar a conhecer o caso desta jovem, parte da sua história, e do seu empenho.

Para relembrar que existe um conflito entre israelitas e palestinianos, com muitas vítimas civis inocentes em ambos os países e que se deve continuar a pressionar para que se encontre uma solução pacífica e duradoura.

O MUNDO INTEIRO ESTÁ EM GUERRA!!! ESTA MENSAGEM DEVE CORRER O MUNDO E CONVENCER TODOS AQUELES QUE NÃO QUEREM ENTENDER. EXIGIMOS QUE NESTE MUNDO A PAZ SEJA MAIS IMPORTANTE QUE QUALQUER OUTRA COISA. PEDIMOS QUE ESTA MENSAGEM SEJA TRADUZIDA EM TODAS AS LÍNGUAS PARA QUE TODOS, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA, COR, RELIGIÃO E NACIONALIDADE, POSSAM PARTICIPAR NESTA REFLEXÃO PELA PAZ.


Stefano Costa (Verdi Milano) - xawcos@tin.it
Traduzido por A. Abreu (Lisboa)



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