domingo, 15 de setembro de 2019

O que eu andei para aqui chegar



Quer isto dizer que perdi imenso tempo a deleitar-me com o diálogo desta tribo a que pertenço, (na justa designação do sábio JPP), auscultando opiniões, revendo teorias, impregnando-me de saber. Tudo bem caldeado, o que aprendi foi que, mesmo para os grandes idealistas, como se diz que Sá Carneiro foi e que o mesmo JPP tanto admira, segundo já disse, há sempre motivos alheios, por vezes pessoais, que ditam as doutrinas (Vide Vieira comentador). Mas JPP tem muitos amores - por si próprio, acima de tudo - e desamores de valia, (como se demonstrou em tempo de reviravolta governativa, para a qual tanto contribuiu) – o que hoje o faz defender insinuantemente Catarina Martins com a designação patética (cínica?) de social democrata(!) – mau grado os valores de género e outros tais que nela e no seu grupo aponta – talvez por manha eleitoralista, para a fazer ganhar votos ao PS, (como outrora fez o PS ganhar o poder em coligação com a mesma Martins e Cia). Não, o Pacheco que colaborou na fraude da geringonça de Costa, não pretende que Costa se sobreponha hoje em governo totalitário. Chegou a vez de defender Catarina para a continuidade da geringonça, Catarina, uma social-democrata (!), embora com ressalvas. O que eu andei para aqui chegar!
OPINIÃO
As confusões sobre a social-democracia
Na actual vida política portuguesa, há dois partidos de génese social-democrata, o PS e o PSD, um partido com um pé dentro e outro fora, o Bloco de Esquerda, e dois fora: o PCP e o CDS.
JOSÉ PACHECO PEREIRA
PÚBLICO, 14 de Setembro de 2019
As declarações de Catarina Martins suscitaram a habitual tempestade num copo de água, no anedotismo da cobertura jornalística e comentarial, na qual se mistura muita ignorância e o tribalismo cada vez mais crescente na vida política portuguesa. A afirmação de que o Bloco de Esquerda é social-democrata pode ser meramente táctica, mas não é um disparate por aí além. Na actual vida política portuguesa, há dois partidos de génese social-democrata, o PS e o PSD, um partido com um pé dentro e outro fora, o Bloco de Esquerda, e dois fora: o PCP e o CDS. O PCP é um partido marxista-leninista, em termos de programa e de organização, embora desde o 25 de Abril tenha andado a arranjar diferentes cosméticas para disfarçar ao que vem. Foi o abandono táctico da ditadura do proletariado, a “democracia avançada” e um silêncio incomodado sobre a revolução no sentido leninista do termo. Mas, pesadas as distâncias e os eufemismos, o PCP nunca repudiou esse património. Por seu lado, o CDS teve uma matriz democrata-cristã, com que rompeu na sua metamorfose de Partido Popular pelas mãos de Monteiro e Portas. Ai abandonou muito do seu vocabulário social de origem na democracia cristã e assumiu-se como partido de direita, com as causas da direita, anti-europeu, e com um braço populista que depois teve que cortar, o Independente.
A tradição social-democrata pode ser definida de forma simplista como a combinação de uma dimensão democrática, após o abandono da ideia de revolução no início do século XX pelos socialistas alemães, facilitada com a ruptura com a Internacional Comunista, com uma ideia de justiça social para a qual o estado é um elemento fundamental como instrumento equilibrador das desigualdades e distributivo. O PS vem directamente desta tradição, como os partidos socialistas europeus da Internacional Socialista, e o PSD contém essa componente, combinando-a na experiência sui generis portuguesa com o liberalismo político e o personalismo cristão, na visão do homem e da política.
Os fundadores do PSD e em particular Sá Carneiro repetiram incessantemente que o PSD “não era um partido de direita”, e desafio alguém a encontrar uma única citação em contrário. E Sá Carneiro fê-lo de 1974 a 1980, e o mesmo repetiu várias vezes Magalhães Mota, Balsemão, Barbosa de Melo, Mota Pinto, Nuno Rodrigues dos Santos, Vítor Crespo, etc., etc., pelo que não estamos a falar apenas das circunstâncias do PREC, como muitas vezes, os defensores da colocação do PSD na direita, repetem e sugerem. Todos estes homens tinham uma formação política e ideológica muito consistente, pelo que é quase um insulto achar que o estavam a fazer apenas para disfarçar a verdadeira posição do PSD.
Há outro argumento habitual, o de que os dirigentes podiam ser assim, mas a “base” era politicamente de direita. Sim e não. Havia zonas do país onde o eleitorado do PSD se colocava mais à direita, mas isso porque esse eleitorado era muito anticomunista (e diga-se de passagem, anti-maçónico…), mas a política do PSD até aos dias de Passos e do seu grupo neo-liberal, nunca o foi. Nessa época é que muita coisa mudou, seja-se justo, com continuidade a sinais que já vinham de Barroso e Santana Lopes.
Na verdade, muita da confusão ideológica actual vem do PSD ter objectivamente abandonado a sua postura social-democrata e não apenas ter virado à direita, mas virado muito à direita, a uma direita para quem a palavra social-democrata era maldita. E a “culpa” não foi a troika, foram as ideias do “ajustamento”, os seus métodos e os seus alvos e a sua retórica. Esses anos podem muito bem ter destruído a autonomia e o papel do PSD na sociedade portuguesa, tirando-lhe a identidade. Quando Rio tomou conta do PSD, encontrou de imediato várias oposições aliadas entre si, desde o núcleo mais à direita, quer os perdedores internos, com Lopes à frente, a finalmente fazer, com os resultados que se vêem, um partido só dele. Mas a principal dificuldade para recentrar o PSD e fazê-lo voltar às propostas moderadas e reformistas da social-democracia é a gigantesca orfandade e correlativa pressão da direita portuguesa que conheceu o período áureo nos anos da troika, com as ideias neo-liberais a serem executadas por um partido que tinham capturado e que tinha uma coisa que eles não tinham, votos. Com a activa colaboração da matilha de jornalistas com contas a ajustar com Rio, podem ter conseguido estragar o PSD. O tempo mostrará que este já o recebeu muito e muito estragado.
Voltando agora ao Bloco. O Bloco é hoje a ala esquerda do PS, o PS radical. Daí a acrimónia entre ambos, visto que estão demasiado perto. O Bloco abandonou a tradição marxista-leninista que vinha da UDP e do PC(R), herdou o folclore trotsquista que era mais moderno e comunicacional do que o dos maoistas, e instalou-se no território da burguesia radical chic com enorme sucesso. Abandonou a revolução, e associou-se a reivindicações de carácter socio-económico, o que lhe dá uma componente social-democrata. Porém, afasta-se da social-democracia nas chamadas “causas fracturantes" e na cultura feminista, ecologista, LGBT+, etc. Isso, queira o Bloco ou não, significou uma subvalorização das causas socialistas clássicas, numa tradição que vinha do marxismo. Por isso, o Bloco tem um pé fora da social-democracia, visto que essas causas contra-culturais, de género e de identidade, sobrepõe factores culturais no sentido lato à determinação económico-social. Por exemplo, a condição feminina deixa de se entender como mudando essencialmente por factores socio-económicos que dão mais “liberdade” à mulher e por isso a emancipam, em detrimento de uma guerra cultural e de linguagem à volta da identidade feminina.
Voltaremos noutra altura, porque isto dá pano para mangas.
Colunista
COIMENTÁRIOS:
Célio Carreira, 14.09.2019 :A social democracia é talvez o regime político mais equilibrado e justo que uma sociedade pode adoptar, mas é necessário sublinhar que nem todas as sociedades, pelo seu avanço ou atraso civilizacional e social, o conseguem implantar com sucesso. Há, portanto, algum relativismo na minha afirmação inicial. Entretanto, tomando como referência um país democraticamente consolidado e economicamente evoluído, este sistema será talvez o mais indicado, pois, sem abdicar de chamado capitalismo, com todas as suas vantagens ligadas à criatividade, ao investimento privado e à criação de emprego e de riqueza, cuida igualmente da protecção dos direitos dos trabalhadores, com uma noção de equilíbrio que nenhum outro regime consegue igualar. Isto, claro, se for uma social democracia verdadeira.
Em Portugal existe um Partido Social Democrata, o qual não é, contudo, um partido social democrata. É antes um partido liberal, posicionado habitualmente no centro direita, mas que em certas ocasiões - depende do líder (vide Passos Coelho) - pende para a direita pura e dura. Se quisermos procurar um partido em Portugal mais próximo da social democracia temo-lo talvez no PS. É, assim, um pouco estranha esta designação dos partidos do arco do poder, que eu atribuo aos complexos de esquerda no momento da sua criação ou implantação a seguir ao 25 de abril. Na altura, para não serem conotados com a chamada "reacção", os partidos - mesmo os de direita - adoptavam designações mais progressistas, porque quem não fosse de esquerda estava tramado.
Jose, 14.09.2019: Social democracia supõe um modo de produção capitalista e um modo de distribuição socialista. Em tese evitam-se revoluções e os choques associados, mantém-se o Capitalismo a produzir e o Estado impede os excessos da acumulação capitalista e assegura uma distribuição razoável da riqueza criada pelo proletariado (os que vivem só dos rendimentos do seu trabalho intelectual ou manual). É uma tese idealista e portanto não considera a dialéctica da natureza nem os pés próprios da dinâmica da vida. A social democracia faliu por isso. O Capital continua a criar as suas crises cíclicas e os poderes reagem como reagiu o PSD usando o Estado para fazer o proletariado pagar os prejuízos com choque. A esquerda não governa, modifica a relação das forças para forçar o Capital a pagar o Trabalho.
O Capitalismo está no início do seu ciclo de vida. Foi gerado pelas contradições do feudalismo e ainda não substituiu todas as relações de produção e poder feudal. As crises cíclicas do Capitalismo continuarão a ser criadas pelos capitalistas e sofridas pelo proletariado. Os governos dos Estados continuarão a servir o Capital e a resolver as suas falências usando a força para retirar ao Trabalho o quanto é exigido para o conforto do capital. O proletariado tem de fazer a riqueza e lutando obter a sua parte dela. O equívoco social democrata de colmatar as falhas do capital pagando em espécie (saúde, educação, prestações sociais...) o que o Capital recusa pagar nos salários serve para negar a luta de classes como fazia o corporativismo para evitar a liberdade, a greve, os conflitos sociais..
Joao, 14.09.2019: Concordo. É óbvio que é uma tese idealista (mas se calhar todas são) pois o que é real e natural é o Homem ser predador, é usar e explorar os outros e a natureza, é acumular e capitalizar recursos e poder. A redistribuição, ou a igualdade, ou a solidariedade ... são ... mutações que podem e devem ser desenvolvidas, mas não são naturais ou viscerais.
Nuno Silva, 14.09.2019: O Dr. Pacheco pode chorar e babar ranho, que os dois únicos partidos a lutar actualmente pela social democracia pura e dura, são a CDU e o Bloco (por sinal, os meus dois amores). Apesar de terem forte ideologia de longo prazo, e gente de boa raça por trás, a verdade é essa...
JDF, 14.09.2019: De cada tirada que catarina martins tem em dizer que quem mais tem mais deve contribuir, incluindo bem a classe media, e repito, incluindo bem a classe media, tem de facto escarrapachado social democracia, e da pura! O nuno tem a noçao do que escreveu? Que queira votar nos seus amores, é pa, é um pais livre. Pode até votar no PAN, ou formar o seu partido. Agora quem é que está a lutar pelo que mesmo? Devem ser efeitos de ervas medicinais fumadas...espero que o problema de saúde não seja grave...
manuelserra72, 14.09.2019: O que afasta para mim o bloco de esquerda da social democracia é a tendência para a engenharia social. Algumas facções do bloco não estão satisfeitas com a igualdade de direitos, mas querem igualdade de resultados. Nas questões de género mas também raciais. O tipo de teorias que explicam as desigualdades aliadas à tentação de engenharias sociais que permitiriam igualdade de resultados são quanto a mim os aspectos preocupantes destes ideólogos. A imposição da igualdade nestes termos tem o preço da liberdade (pelo menos). Portanto sim, a social democracia para o bloco é o lobo com pele de cordeiro... (e atenção às mesmas tendências em algumas facções do PS)
Umaizum, 14.09.2019: A sua percepção da realidade é toldada. "Igualdade de resultados"? Não consegue é admitir que o racismo em Portugal adultera profundamente a possibilidade de obter resultados justos.
JDF, 14.09.2019: Bem, para além do autor do artigo, a classe politica portuguesa e o povo português ainda estão presos a conceitos que necessitam de actualização. Falamos de social democracia, socialismo, de super particularidades, de definições, quando poderíamos estar a falar de tópicos abrangentes. Vamos lá: quantas democracias existem em países de 1o mundo, nomeadamente Europa (por exemplo)? Quantos modelos económicos/financeiros é que existem em prática nesses regimes políticos? Quantos destes países são governados por governos extremistas (ditatoriais)? Resultados: Democracias muito semelhantes, modelos económicos muito semelhantes o que resulta nos partidos que os governam também terem um perfil semelhante: social democracia. Ou uma versão melhor deste conceito base. Sempre para melhor!
PdellaF, 14.09.2019: Houve tempo que JPP era uma referência esclarecida e lúcida. Porém, desde 2009 que degenerou, devido ao seu ódio a uma parte do PSD (compreendo, mas não aceito numa pessoa intelectualmente superior). Esse é o 1.º problema desta crónica: quando vejo alguém utilizar a expressão "neoliberal" a torto e a direito é sinal, para mim, desvaloriza o discurso pela utilização sem critério das palavras. Na 2.ª  parte, levar a sério o programa do BE é, no mínimo, ingénuo, já que não é sincero. Se ouvir ou ler o que dizem os dirigentes de 2.ª linha e se estiver atento ao que os dirigentes nacionais deixam escrito em artigos e entrevistas, perceberá que mentem no programa. O BE é M-L na economia (e.g., nacionalização da banca, estatismo, ódio à livre iniciativa, etc.), mas liberal na cama.
Vieira, 14.09.2019: O capitalismo multiplicou por toda a parte as desigualdades, a dependência económica e politica, a alienação e a desagregação sociais. E ameaca o futuro da humanidade através do rápido esgotamento dos recursos naturais, da destruição da natureza e da poluição do ambiente. Restava aos trabalhadores unirem-se para defenderem os seus interesses. Mas a ditadura aniquilou o poder dos sindicatos, desarmando a sua capacidade de luta, controlando os seus dirigentes e suprimindo o direito à greve, arma mais contundente das camadas trabalhadoras. 3. ALARGAMENTO DO AMBITO DO SECTOR PÚBLICO A intervenção do Estado na vida económica decorre da necessidade de assegurar a todos os cidadãos a igualdade de oportunidades, a justiçaa social e a liberdade.
2. 0 CAPITALISMO MULTIPLICOU AS DESIGUALDADES SOCIAIS A sociedade capitalista conseguiu expandir a produção a um ritmo extraordinário, imprimindo uma enorme aceleração ao processo histórico e criando as condições de satisfação das necessidades humanas numa escala nunca atingida. Mas fê-lo à custa da exploração dos trabalhadores e das nações produtoras de matérias-primas, colocando a maioria da população na dependência de alguns directores de grandes grupos económicos incontroláveis e deixando afinal insatisfeitas muitas necessidades essenciais através da criação artificial de necessidades e da manipulação do consumidor.
PdellaF, 14.09.2019: O capitalismo tirou milhares de milhões da miséria a que o socialismo/comunismo tinha condenado na China e noutras partes onde os diversos PC instalaram o seu sistema. É o capitalismo que está a conduzir as "nações" que antes exportavam as suas matérias-primas em novos colossos económicos. A História dos últimos 50 anos mostrou a vitória do Capitalismo sobre a miséria do socialismo/comunismo. Na própria UE, Portugal, enredado num sistema estatista, burocrático e corporativista, com o PS a controlar, tem crescido a níveis medíocres, face a outros países que ainda há 30 anos estavam sob o jugo da URSS e que hoje crescem e nos ultrapassam com uma agenda baseada na Liberdade. Os seus textos cheiram a mofo.
Vieira, 14.09.2019 Prog. Eleitoral do PSD em 1974. 1. 2. Liberdade, igualdade e solidariedade são os grandes ideais do socialismo e realizam-se na democracia. Não há verdadeira democracia sem socialismo, nem socialismo autêntico sem democracia. Estes ideais são a herança de uma complexa tradição cultural historicamente alimentada. pelos contributos do humanismo, do cristianismo e da filosofia ocidental, das lutas das classes trabalhadores da analise das formas de contradição e opressão da sociedade capitalista e do combate contra o fascismo, os imperialismos e os totalitarismos.
O PSD é um partido de oportunistas, o próprio nome PPD – Partido Popular Democrático é disso uma indicação. Popular pois claro e democrático num partido que acolheu tantos e tantos saudosistas do regime fascista e que o lider era deputado da Assembleia Nacional. O próprio Sá Carneiro é o exemplo típico do oportunista com um discurso liberal antes da Revolução e com um discurso quase marxista no pós-Revolução ao mesmo tempo que tentava ocultar uma dívida de milhares de contos junto do Banco Espírito Santo contraída para entrar na especulação bolsista no final do regime. - Democracia social e cultural como eliminação de distinções de classe, de estado ou de função social - e das hierarquias delas decorrentes – Prog. Eleitoral do PSD em 1974.
Pepe pepe.14.09.2019: não me parece muito diferente do PS.
Pepe pepe.789822, 14.09.2019 O PS usa a conversa de esquerda (só eles é que se preocupam com desfavorecidos) para depois fazerem o que lhes apetece, incluindo apoiar um dos PM mais corruptos da nossa história.
Raquel Azulay, 14.09.2019: Sim, a génese social democrata do BE é conhecida: trotsky e mao, grandes dois social democratas. Haja pachorra para a sua imensa sapiência, JPP. Este artigo é uma anedota. Que ego imenso tem este Sr., Bolas!
Julio, 14.09.2019: Oh, se isto dá pano para mangas, meu caro. Afinal somos um país de "sociais democratas" onde impera a justiça social e equilíbrio distributivo - a favor dos ricos que cada vez estão mais ricos enquanto as funções sociais do Estado se degradam cada vez mais. (E não me venha dizer que a "culpa" é/foi da Troyka porque isto já vem de muito, muito antes. Da génese dos "sociais democratas"? ) . Deve ter a ver com a sua "dimensão democrática" - ao serviço do Capital - que os levou a abandonar a Revolução - que não será democrática. Aliás, certamente, foi esta "génese social democrata" que depois de muitas tentativas de golpadas levou à golpada final (?) do 25 de Novembro. Afinal a Revolução não faz parte da democracia. Abril não foi Democracia?
cisteina, 14.09.2019: Pois volte, JPP, é sempre um prazer revisitar ideias políticas, hoje tão malbaratas pelos inimigos da democracia, o mundo dos totalitarismos que está de volta, nacionalista, confuso e estúpido. É por isso que o PS está perto da maioria absoluta, dizem por aí, mas acho que não, apesar das "fast news". Inventei a expressão para um dos grandes problemas actuais: o da catadupa de informação que nos cai, não conseguimos tratar ou armazenar, mandando-a para a reciclagem, esquecendo factos importantes. Por isso já não lembramos golas e toda a parafernália de corrupção e traficância da família socialista. Ora, as maiorias absolutas, neste tempo que corre mal, são véspera de totalitarismos, repito, Deus nos livre deles, mas estão na moda, só não vê quem não quer ou tem tacho garantido.


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