segunda-feira, 13 de julho de 2020

A leste



Teresa de Sousa costuma centrar-se mais nas políticas ocidentais, mas hoje presenteou-nos com as a leste, que para todos os efeitos até estão nitidamente emaranhadas nas do ocidente, como ela bem tenta explicar-nos, (e os seus comentadores também) neste mundo, agora mais irrequieto, mas que já desde a Rota da Seda na Antiguidade - que Marco Polo celebrizou no seu livro do medievo italiano como coisa de relevo económico, e mesmo nós lhe mostrámos a importância na Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, além de outros relatos e mapas de historiadores portugueses, sobre feitos na abertura marítima pelo Índico – desde há séculos, pois, que a sua civilização sinteticamente burilada, se nos impõe. Mas agora torna-se mesmo uma partenaire mais ou menos compincha que foi penetrando paulatinamente – e o faz hoje muito mais precipitadamente - pelo nosso ocidente e até já a nós portugueses, nos tem desenrascado, ao que se diz, para nos deixar mais enrascados, talvez, mas serão bocas invejosas a dizerem-no. O certo é que o olho brando chinês é sempre cúpido. Gente de aparência serena, que enriquece muito à custa da exploração do seu povo, sobre o qual impõe medidas de obediência perfilada, e que ambiciona dominar o mundo inteiro, não admite, naturalmente, os desvarios da malta de Hong Kong, isso nunca, já se vira na Praça de Tiananmen, uns anos antes, em Pequim, com os tanques sobre os recalcitrantes, e agora mais estes de Hong-Kong a lutar por direitos! Vai tudo a eito.
OPINIÃO
Hong Kong ou o fim de uma era
A Lei de Segurança Nacional em Hong-Kong não apanhou o mundo de surpresa. Mas pôs fim a quaisquer ilusões.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 5 de Julho de 2020,
1.“Hoje, a pensar em Hong-Kong e na sua gente. Para mim, é um destes dias negros para a liberdade, como o esmagamento da Hungria em 1956 ou Praga em 1968… Não tão absoluto nos seus efeitos imediatos, mas talvez com consequências globais negativas ainda maiores”. O tweet de Timothy Garton Ash publicado no dia 1 de Julho último é o resumo breve e perfeito do que significou a entrada em vigor da nova Lei da Segurança Nacional com que o regime de Pequim resolveu “brindar” Hong-Kong no dia em que o território celebrou os 23 anos da passagem da soberania do Reino Unido para a China comunista.
Desta vez, não houve (ainda) tanques na rua nem sangue derramado. Como na Hungria ou em Praga. Como há 31 anos, na Praça Tiananmen, em Pequim. A China não podia dar-se a esse luxo. Não apenas porque o mundo deu muitas voltas desde que os estudantes pró-democracia resolveram levar à letra as palavras de Gorbatchov e instalar uma cópia da Estátua da Liberdade no centro da gigantesca praça da capital chinesa. Não se pode esmagar uma cidade pujante e rica de 7 milhões e meio de cidadãos que é a terceira praça financeira do mundo, cujo rendimento per capita é igual aos dos Estados Unidos, que conseguiu viver nos últimos 23 anos sob um regime que lhe garantia um sistema legal independente, o direito de manifestação e de protesto, uma imprensa essencialmente livre e eleições quase democráticas.
O acordo negociado com o Reino Unido em 1997 para a transferência de soberania que estabelecia a doutrina de “um país dois sistemas” acabou nesse dia, 27 anos antes da data prevista (2047). É uma violação da lei internacional. Mas é muito mais do que isso. Assinala simbolicamente “o início de uma nova era”, como escreveram vários analistas, em que a China desafia abertamente a ordem internacional estabelecida sem receio de represálias e sem disfarce para uma nova estratégia de expansão agressiva do seu poder e da sua ideologia apanhou o mundo de surpresa. Mas pôs fim a quaisquer ilusões. Ignorar antidemocrática à escala global. Não o significado desta data seria um erro de consequências colossais para o Ocidente e para as democracias.
2 No dia em que a nova Lei de Segurança Nacional passou a ser aplicada em Hong-Kong, a polícia prendeu 370 manifestantes e dispersou à força os protestos que se realizaram um pouco por toda a cidade em defesa da autonomia e da liberdade. De acordo com relatos dos correspondentes estrangeiros – alguns já estão a fazer as malas –, o ambiente começa a ser de fim de festa. A partir de agora, qualquer acto de protesto, qualquer conversa que pareça suspeita, qualquer dano a um autocarro, podem ser catalogados como “subversão”, “sedição”, “conspiração com potência estrangeira hostil”, “terrorismo” com uma pena que pode ir até prisão para a vida. “Reinar através do medo” é o objectivo, escreveu Isabel Hilton no Financial Times. “A noite caiu em Hong-Kong”, escreveu a Economist.
3. Porquê agora? A China não podia continuar a tolerar a existência de um “farol de liberdade” que desafiava o regime comunista em permanência dentro e fora do país. Os habitantes de Hong-Kong, em vez de rejubilarem com o progresso económico do continente, enchendo o peito de patriotismo, teimavam em prosseguir as suas vidas (mais ou menos) livres, orgulhando-se delas, tendo apenas um único receio no horizonte: a data em que o seu estatuto especial de autonomia chegaria ao fim. Para uma nova geração, que constituiu a espinha dorsal dos protestos, 2047 era já amanhã – não era uma data longínqua, como foi para os seus pais e avós que assistiram à transição. Tiananmen estava lá atrás, mas não nas suas memórias. A rebeldia do território, mesmo que não tivesse a pretensão de desafiar directamente o regime de Pequim, era um mau exemplo para o maior de todos os desafios – Taiwan –, quando o objectivo fora inicialmente o inverso: provar aos seus 24 milhões de habitantes, igualmente ricos e igualmente livres, que podiam continuar a sê-lo mesmo integrando a mãe-pátria.
Entretanto, a utilidade económica de Hong-Kong também foi desaparecendo à medida que a China enriquecia. Em 1997, a cidade representava 18 por cento do PIB chinês. Hoje representa 3 por cento. Xangai ou Shenzhen rivalizam em capacidade de atracção de empresas e investimento, provando que a democracia não é condição para a riqueza. Os países ricos passaram a competir entre si pelo gigantesco mercado chinês, que se tornou no mais eficaz instrumento de chantagem política da China sobre os governos das democracias. Com a chegada de Xi Jinping, o PCC inaugurou uma nova era de crescente centralização do poder e uma nova política externa cujo objectivo é a expansão da influência global da China mesmo que em confronto com as potências até agora dominantes, pondo termo ao “peacefull rising” de Deng Xiaoping.
A China quer ser uma superpotência tecnológica em 2025. Taiwan será recuperada em 2049. As instituições multilaterais devem ser reformadas de acordo com o interesse da China. O comércio mundial deve ser reorganizado de acordo com a “Belt and Road Iniciative”. É este o programa de Xi. Se restavam ainda algumas ilusões ocidentais de que o desenvolvimento económico levaria inexoravelmente à abertura política, elas deviam ter acabado nessa altura. Mas quando Pequim iniciou a sua política de intimidação militar no Mar da China do Sul, as capitais do Ocidente preferiam ainda falar de ambições regionais.
4. A China já acumulou tanto poder que possa dispensar a cooperação ocidental, hostilizando abertamente as suas democracias? Não. Longe disso. O dólar continua a reinar sobre os mercados globais. A “guerra comercial” com os EUA demonstrou as fragilidades e as dependências da economia chinesa. O problema não é esse. O problema está em que as democracias têm preferido os benefícios económicos de curto prazo a qualquer estratégia de longo prazo que inclua a defesa dos valores ocidentais – que não são um pormenor, mas uma trave-mestra da ordem liberal criada pelos EUA desde o pós-guerra – e a contenção da expansão agressiva da China à escala global. Obama percebeu a dimensão do desafio e chegou a convidar os europeus para enfrentá-lo em conjunto. Os europeus encolheram os ombros, maravilhados com as possibilidades abertas pelo mercado chinês.
5. Foram diferentes as reacções à “anexação” de Hong-Kong dos dois lados do Atlântico. O Congresso americano prepara um pacote de sanções contra a China, sem diferenças significativas entre republicanos e democratas. Os governos britânico, australiano, canadiano e americano já anunciaram que estão abertos a receber todos os cidadãos de Hong-Kong que queiram partir, mesmo que saibam que Pequim apenas deixará sair os “incómodos”. A China já ameaçou retaliar.
E a Europa? A Europa ainda resiste mal ao hábito de olhar para o lado. Não aprendeu nada com a crise pandémica? Aprendeu. Por exemplo, que não deve estar dependente da China para o fornecimento de bens essenciais à luta contra pandemias. Percebeu que tem de pôr alguns limites ao investimento chinês em sectores estratégicos da sua economia. Continua dividida. E sobretudo está ainda muito longe de conseguir ter uma visão dos seus interesses comuns e do seu lugar no mundo. A Alemanha, que tomou as rédeas da União no mesmo dia em que entrou em vigor o novo regime repressivo em Hong-Kong e que é o maior parceiro comercial da China na Europa, chegou a sonhar com um grande encontro informal entre a União e a China durante a sua presidência. Pequim “adiou-o” unilateralmente.
No mês passado, durante a habitual cimeira formal com a China, Von der Leyen teve, pelo menos, a coragem de desfiar um vasto rol de queixas e de críticas: das promessas de acordos que não foram cumpridas até à violação de um tratado internacional em Hong-Kong, passando por ataques cibernéticos contra hospitais e pela desinformação permanente. “Nunca as críticas foram apresentadas de maneira tão directa, franca e intensa”, reconhece François Godement, um dos maiores especialistas europeus da China. O mais grave é que as democracias europeias parecem considerar que a luta em defesa da democracia já não merece um sacrifício.
6. Regressando à pergunta anterior: porquê agora? “Why China bullies”, escreve o Chaguan na penúltima edição da Economist. “Porque vê o mundo distraído com a covid-19 e demasiado enfraquecido economicamente para fazer-lhe frente.” Falta uma parte da explicação. A Europa habituou-se a colher os frutos da ordem liberal e a deixar que os EUA carregassem o fardo de mantê-la. Esse mundo acabou.
TÓPICOS
COMENTÁRIOS
nelsonfari EXPERIENTE: O artigo situa o problema de Hong Kong descrevendo o processo da transferência de soberania da Grã-Bretanha para a China, o que é muito útil para perceber o problema em 2020. O que pretende a China? Diminuir a influência de Hong Kong, um rival financeiro, e ensaiar um processo semelhante em Taiwan, onde os EUA estão atentos. Se nos lembrarmos das teorias do desenvolvimento, concluímos que a China tem muitas etapas a queimar e a Rota da Seda parece avançada no tempo. Internamente, a China tem o problema da ocupação da sua imensa mão-de-obra e muitas divergências existem entre Xi Jinping e o primeiro ministro Li Keplang, que defende os mercados de rua. O líder Xi aposta numa economia avançada, com acento na tecnologia. Ter crescido mais depressa do que os países ocidentais não chega. Dificilmente a China estará preparada para grandes avanços à escala global. Diz o primeiro ministro Li Keplang: "Existem ainda cerca de 600 milhões de pessoas cujo rendimento mensal é de cerca de 125 euros,o que não chega para alugar um quarto numa cidade média". A China ainda não resolveu o problema da pobreza: tem cerca de 40% de pobres, muitos deles ganham a vida no comércio de rua, de que fala o primeiro ministro. É uma fraqueza absoluta. (Fonte:"Le Monde". 10/06/2020). 06.07.2020
Francisco Manuel Napoleão INICIANTE: Os protestos de Hong Kong não são para os seus habitantes mas para Ingleses e Americanos verem e virem com a jogada das sanções. O fim de Hong Kong como praça onde todas as jogadas financeiras criminosas são branqueadas implica uma grande Perda para Londres e Nova Iorque e o fim da influência destes sobre a economia chinesa. A China poderia cortar os laços financeiros com Hong Kong e a praça quase que desapareceria, mas parece preferir obter controlo sobre as operações financeiras ai realizadas. Está por isso em causa o controlo. A China criou novas instituições financeiras totalmente independentes dos EUA, localizou-as em Xangai. Para a UE que poderá interessar? O fim do poder da city. Sim em larga medida. Nem a Suíça nem Frankfurt foram capazes ainda de atrair a banca no pós-Brexit. 06.07.2020
Opinativo INICIANTE: E nós, europeus, também somos cúmplices. A EDP e a REN, só as duas empresas mais importantes em termos estratégicos do país, estão nas mãos do governo chinês. São tão privadas como a TAP. Eu bem sei que a política europeia de não intromissão nos assuntos chineses foi feita de forma fria para colhermos alguns frutos a curto prazo mas estamos a ficar um bocado dependentes. A Rússia aprovou no referendo, não apenas a possível permanência de Putin mas uma série de outras coisas para reforçar a soberania russa. A Europa também devia impossibilitar que países externos fossem donos de empresas que podem condicionar políticas. Precisamos da sua amiga Merkel em modo super-Merkel. Sei bem que, depois do Hitler a Alemanha tem medo de mandar, mas ironicamente é a Alemanha que hoje efectivamente manda. 06.07.2020
jagusmao INICIANTE: Excelente artigo. Seria interessante também analisar o que pensam o governo e os partidos sobre essa lei que não se aplica apenas a Hong Kong mas também a Macau e indagar junto do MNE quais as instruções que deu aos diplomatas portugueses. Pelo que se sabe as ordens são de nada dizer e nada fazer que incomode o governo central de Beijing ou os regionais de Macau e Hong Kong. Mesmo no quadro da UE ou da ONU. Lamentável.
Manuel Peñascoso EXPERIENTE:Já falta pouco para Hong kong ser absorvido pela máquina fascista de estado chinesa, Macau será a seguir mas a Formosa vai ser um osso duro que a China não conseguirá roer. 05.07.2020
José Cruz Magalhaes MODERADOR: A China perdeu o verniz da sua ancestral paciência. Seja na Praça da Paz Celestial, seja na metrópole de Hong Kong, o objectivo principal do regime é, hoje, o do reforço da soberania e a soberania, não se discute ,nem se invectiva, nem se confronta. O regime precisa, como escreve a Teresa de Sousa, de alcançar o objectivo de se tornar numa potência tecnológica, mas para tanto, precisa que seja levada a sério, antes de mais, desde os Himalaias, até ao Mar da China e desde os mares do Sul, até aos arquipélagos que disputa com o Japão e a Rússia. Taiwan está no meio e nenhum Império se afirmou, nunca, com amputações. O século XXI, continua a ser um século de Impérios, contra a democracia e as liberdades. 05.07.2020
joorge INICIANTE A China?!?! Deve estar a esquecer-se de que é aliado da Arábia Saudita. Aquele país onde os críticos, nacionais ou não, são esquartejados. Pormenores, não é? 05.07.2020
O Jogador EXPERIENTE: As democracias ocidentais são no fundo governadas pelos interesses de médio prazo dos CEOs the grandes multinacionais. E esses interesses são principalmente encher os próprios bolsos. Tal é ostensivo nos EUA, onde o lobbying é descarado. Na Europa é mais subtil, mas no fundo similar. A política nas democracias ocidentais manda pouco. A cada 4 anos rodam as cadeiras todas, não há estratégias de longo prazo, há sobretudo políticos profissionais sem visão ou noção histórica. A China agradece. Muito provavelmente o século XXI ficará para a história como o século da China, como o XX ficou o dos EUA. Já hoje têm diversas medidas proteccionistas, por exemplo no campo da fiscalidade internacional ou dos controlos de saídas de divisas. São já a 2a potência tecnológica, de seguida serão militar. 05.07.2020
Francisco Santos INICIANTE: A quebra do acordo internacional sobre Hong Kong é uma coisa muito asquerosa que descredibiliza completamente Xi Ji Ping... O ocidente com Rússia incluído, só tem de deixar de consumir produtos chineses... É fácil, façam como eu nunca mais vou comprar nada que diga "made in China" enquanto esta situação se mantiver.... Nem Aple... O dinheiro não paga tudo, por mais que o queiram fazer crer , há coisas que não têm preço! E pensem só nisto, a próxima guerra mundial será o fim da espécie humana no planeta....! 05.07.2020
Níqui EXPERIENTE: Acho engraçado quando os idiotas do oeste se queixam sobre a China. Essa cambada de racistas, ignorantes e intolerantes que não consegue lidar com culturas que são diferentes da nossa. Esses fascistas democráticos que querem forçar a sua ideologia ocidental a todo o mundo. HK vai ter muito desemprego porque a inteligência artificial vai fazer 80% do trabalho no sector financeiro. Londres enfrenta o mesmo problema. Os jovens de HK já não encontram trabalho, e têm despesas altas porque a vida em HK é muito cara. São esses jovens que não sabem o que fazer e têm muito tempo que estão a causar os confrontos. Quem acha HK não livre, deve visitar a Arabia Saudita etc., países dos quais o oeste gosta tanto. 05.07.2020
Joao EXPERIENTE: Veja a última notícia sobre a tragédia no Iémen … nada… todos os “trolliteiros” se azafamam em arranjar distracções e engodos … Veja sobre a tragédia criminosa na Líbia, o mesmo, no Iraque, o mesmo, no Afeganistão, o mesmo, no Kosovo e Balcãs, o mesmo, nos Bálticos … nada de nada … andam numa azáfama a arranjar narrativas para ocuparem o espaço mediático e ocultarem as chacinas, as limpezas étnicas, as invasões, bombardeamentos, os roubos de territórios, os roubos de recursos, os milhões de mortos e refugiados. É cumplicidade criminosa! 05.07.2020
António Manuel da Gonçalves INICIANTE: No momento que a China detiver as rédeas do poder mundial tira a máscara bicolor e assume em pleno a vocação colectivista. Só quem andou distraído não antecipou essa realidade. O capitalismo assobiou para o lado enquanto encheu os bolsos com mão-de-obra barata e caiu alegremente na armadilha. 05.07.2020
Paulo Batista, INICIANTE: Por cada Hong Kong que cair ... outro se levantará ! E não são poucos ... o mundo está sempre em mudança, nada é imutável ... e Hong Kong deixou de ser importante para a China, não mexeram enquanto deu jeito e souberam esperar pela melhor altura para "normalizar" a situação. Paciência de chinês...
Caetano Brandão EXPERIENTE: Excelente artigo de alguém conhecedor destes assuntos internacionais.
Julio MODERADOR: Acha? A senhora limita-se a utilizar e adornar citações de citações, elas próprias provenientes de citações que se baseiam em "desejos" pessoais e/ou construções que nada têm a ver nem com a história ou realidade. Revela um completo desconhecimento de uma cultura milenar - que nada tem a ver com a forma como pensamos - e de um mundo (que não aceita ) em completa transformação. 05.07.2020
nunos INICIANTE: Uma coisa é pedir mais democracia, ou o sufrágio universal. Outra coisa é exigir a independência (fora de questão) ou andar de bandeira americana ou inglesa a pedir ao Trump que os salve. Uma coisa é protestar, outra coisa é andar pelos países estrangeiros a pedir que apliquem sanções à China (em bom português, isto chama-se: traição). Uma coisa é conseguir que o governo de Hong Kong retirasse a lei de extradição, outra, é arranjar " five demands" absurdas como pretexto para prolongar os protestos e distúrbios. É óbvio que quem quer que esteja por detrás disto, conseguiu o que queria, o fortalecimento do primeiro sistema. O idealismo e a luta pela liberdade nada tem a ver com esta história. 05.07.2020
Francisco Manuel Napoleão INICIANTE: "esmagamento da Hungria em 1956 ou Praga em 1968" COMPARAÇÕES fáceis que demonstram não saber do que se fala. Porque não fazer jornalismo investigativo? A China deve ter planos de querer acabar com o paraíso fiscal e financeiro de Hong Kong. A China não tinha acesso aos instrumentos financeiros internacionais, acumulou grandes reservas de divisas e perdia milhões por dia por não ter como investir, Hong Kong era o escape para todo o tipo de operações. Hoje a China detém um grande número de institutos financeiros próprios que já competem com os criados e controlados pelo mundo ocidental. O RU será o grande perdedor do fim de Hong Kong. Os miúdos das manifestações não são anjinhos. O RU mais não conseguiu que acelerar o fim HK exactamente o oposto. Com 1968 e 56 não tem nada que ver! 05.07.2020


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