Teresa
de Sousa costuma centrar-se mais nas políticas ocidentais, mas
hoje presenteou-nos com as a leste, que para todos os efeitos até estão
nitidamente emaranhadas nas do ocidente, como ela bem tenta explicar-nos, (e os
seus comentadores também) neste mundo, agora mais irrequieto, mas que já desde a
Rota da Seda na Antiguidade - que Marco Polo celebrizou no seu livro do
medievo italiano como coisa de relevo económico, e mesmo nós lhe mostrámos a
importância na Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, além de outros relatos
e mapas de historiadores portugueses, sobre feitos na abertura marítima pelo Índico
– desde há séculos, pois, que a sua civilização sinteticamente burilada, se nos
impõe. Mas agora torna-se mesmo uma partenaire mais ou menos compincha que foi penetrando
paulatinamente – e o faz hoje muito mais precipitadamente - pelo nosso ocidente
e até já a nós portugueses, nos tem desenrascado, ao que se diz, para nos
deixar mais enrascados, talvez, mas serão bocas invejosas a dizerem-no. O certo
é que o olho brando chinês é sempre cúpido. Gente de aparência serena, que
enriquece muito à custa da exploração do seu povo, sobre o qual impõe medidas
de obediência perfilada, e que ambiciona dominar o mundo inteiro, não admite,
naturalmente, os desvarios da malta de Hong
Kong, isso nunca, já se vira na Praça
de Tiananmen, uns anos antes, em Pequim, com os tanques sobre os
recalcitrantes, e agora mais estes de Hong-Kong
a lutar por direitos! Vai tudo a eito.
OPINIÃO
Hong Kong ou o fim de uma era
A Lei de Segurança Nacional em
Hong-Kong não apanhou o mundo de surpresa. Mas pôs fim a quaisquer ilusões.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 5 de Julho de 2020,
1.“Hoje, a pensar em Hong-Kong e na sua
gente. Para mim, é um destes dias negros para a liberdade, como o
esmagamento da Hungria em 1956 ou Praga em 1968… Não tão absoluto nos seus
efeitos imediatos, mas talvez com consequências globais negativas ainda
maiores”. O tweet de Timothy Garton Ash publicado no dia 1 de Julho último
é o resumo breve e perfeito do que significou a entrada em vigor da nova Lei da Segurança Nacional com que o regime de Pequim resolveu “brindar”
Hong-Kong no dia em que o território celebrou os 23 anos da passagem da
soberania do Reino Unido para a China comunista.
Desta
vez, não houve (ainda) tanques na rua nem sangue derramado. Como na Hungria ou em Praga. Como há 31 anos, na
Praça Tiananmen, em Pequim. A China não podia dar-se a esse luxo.
Não apenas porque o mundo deu muitas voltas desde que os estudantes
pró-democracia resolveram levar à letra as palavras de Gorbatchov e instalar
uma cópia da Estátua da Liberdade no centro da gigantesca praça da capital
chinesa. Não se pode esmagar uma cidade pujante e rica de 7
milhões e meio de cidadãos que é a terceira praça financeira do mundo, cujo
rendimento per capita é igual aos dos Estados Unidos, que conseguiu viver nos
últimos 23 anos sob um regime que lhe garantia um sistema legal independente, o
direito de manifestação e de protesto, uma imprensa essencialmente livre e
eleições quase democráticas.
O
acordo negociado com o Reino Unido em 1997 para a transferência de soberania
que estabelecia a doutrina de “um país dois sistemas” acabou nesse dia, 27 anos
antes da data prevista (2047).
É uma violação da lei internacional. Mas é muito mais do que isso.
Assinala simbolicamente “o início de uma nova era”, como escreveram vários
analistas, em que a China desafia abertamente a ordem internacional
estabelecida sem receio de represálias e sem disfarce para uma nova estratégia
de expansão agressiva do seu poder e da sua ideologia apanhou o mundo de
surpresa. Mas pôs fim a quaisquer ilusões. Ignorar antidemocrática à
escala global. Não o significado desta data seria um erro de consequências
colossais para o Ocidente e para as democracias.
2 No
dia em que a nova Lei de Segurança Nacional passou a ser aplicada em Hong-Kong,
a polícia prendeu 370 manifestantes e
dispersou à força os protestos que
se realizaram um pouco por toda a cidade em defesa da autonomia e da liberdade.
De acordo com relatos dos correspondentes estrangeiros – alguns já estão a
fazer as malas –, o ambiente começa a ser de fim de festa. A partir de agora,
qualquer acto de protesto, qualquer conversa que pareça suspeita, qualquer dano
a um autocarro, podem ser catalogados como “subversão”, “sedição”,
“conspiração com potência estrangeira hostil”, “terrorismo” com uma pena que
pode ir até prisão para a vida. “Reinar através do medo” é o
objectivo, escreveu Isabel Hilton no Financial Times. “A noite caiu em
Hong-Kong”, escreveu a Economist.
3. Porquê
agora? A China não podia continuar a tolerar a existência de um “farol de
liberdade” que desafiava o regime comunista em permanência dentro e fora do
país. Os habitantes de Hong-Kong, em vez de rejubilarem com o progresso
económico do continente, enchendo o peito de patriotismo, teimavam em
prosseguir as suas vidas (mais ou menos) livres, orgulhando-se delas, tendo
apenas um único receio no horizonte: a data em que o seu estatuto especial de
autonomia chegaria ao fim. Para uma nova geração, que constituiu a espinha
dorsal dos protestos, 2047 era já amanhã – não era uma data longínqua, como foi
para os seus pais e avós que assistiram à transição. Tiananmen estava lá
atrás, mas não nas suas memórias. A rebeldia do território, mesmo que não
tivesse a pretensão de desafiar directamente o regime de Pequim, era um mau
exemplo para o maior de todos os desafios – Taiwan –, quando o objectivo fora
inicialmente o inverso: provar aos seus 24 milhões de habitantes, igualmente
ricos e igualmente livres, que podiam continuar a sê-lo mesmo integrando a
mãe-pátria.
Entretanto, a utilidade económica de Hong-Kong também foi
desaparecendo à medida que a China enriquecia. Em 1997, a cidade representava 18
por cento do PIB chinês. Hoje
representa 3 por cento. Xangai ou
Shenzhen rivalizam em capacidade de atracção de empresas e investimento,
provando que a democracia não é condição para a riqueza. Os países ricos
passaram a competir entre si pelo gigantesco mercado chinês, que se tornou no
mais eficaz instrumento de chantagem política da China sobre os governos das
democracias. Com a chegada de Xi Jinping, o PCC inaugurou uma nova era de crescente centralização do
poder e uma nova política externa cujo objectivo é a expansão da influência
global da China mesmo que em confronto com as potências até agora dominantes,
pondo termo ao “peacefull rising” de Deng Xiaoping.
A
China quer ser uma superpotência tecnológica em 2025. Taiwan será recuperada em
2049. As instituições multilaterais devem ser reformadas de acordo com o
interesse da China. O comércio mundial deve ser reorganizado de acordo com a
“Belt and Road Iniciative”. É este o programa de Xi. Se restavam ainda algumas
ilusões ocidentais de que o desenvolvimento económico levaria inexoravelmente à
abertura política, elas deviam ter acabado nessa altura. Mas quando Pequim
iniciou a sua política de intimidação militar no Mar da China do Sul, as
capitais do Ocidente preferiam ainda falar de ambições regionais.
4. A China
já acumulou tanto poder que possa dispensar a cooperação ocidental,
hostilizando abertamente as suas democracias? Não. Longe disso. O dólar continua a reinar sobre os mercados globais.
A “guerra comercial” com os EUA demonstrou as fragilidades e as dependências da
economia chinesa. O problema
não é esse. O problema está em que as democracias têm preferido os
benefícios económicos de curto prazo a qualquer estratégia de longo prazo que
inclua a defesa dos valores ocidentais – que não são um pormenor, mas uma
trave-mestra da ordem liberal criada pelos EUA desde o pós-guerra – e a contenção
da expansão agressiva da China à escala global. Obama percebeu a dimensão do
desafio e chegou a convidar os europeus para enfrentá-lo em conjunto. Os
europeus encolheram os ombros, maravilhados com as possibilidades abertas pelo
mercado chinês.
5. Foram
diferentes as reacções à “anexação” de Hong-Kong dos dois lados do Atlântico. O Congresso americano prepara um pacote de sanções
contra a China, sem diferenças significativas entre republicanos e democratas.
Os governos britânico, australiano, canadiano e americano já anunciaram que
estão abertos a receber todos os cidadãos de Hong-Kong que queiram partir,
mesmo que saibam que Pequim apenas deixará sair os “incómodos”. A China já
ameaçou retaliar.
E a Europa? A Europa ainda resiste mal ao hábito de olhar para
o lado. Não aprendeu nada com a crise pandémica? Aprendeu. Por exemplo, que não
deve estar dependente da China para o fornecimento de bens essenciais à luta
contra pandemias. Percebeu que tem de pôr alguns limites ao investimento
chinês em sectores estratégicos da sua economia. Continua dividida. E sobretudo
está ainda muito longe de conseguir ter uma visão dos seus interesses comuns e
do seu lugar no mundo. A Alemanha, que tomou as rédeas da União no mesmo dia em que
entrou em vigor o novo regime repressivo em Hong-Kong e que é o maior parceiro
comercial da China na Europa, chegou a sonhar com um grande encontro informal
entre a União e a China durante a sua presidência. Pequim “adiou-o”
unilateralmente.
No
mês passado, durante a habitual cimeira formal com a
China, Von der Leyen teve, pelo
menos, a coragem de desfiar um vasto rol de queixas e de críticas: das
promessas de acordos que não foram cumpridas até à violação de um tratado
internacional em Hong-Kong, passando por ataques cibernéticos contra hospitais
e pela desinformação permanente. “Nunca as críticas foram apresentadas de
maneira tão directa, franca e intensa”, reconhece François Godement, um dos
maiores especialistas europeus da China. O mais grave é que as democracias
europeias parecem considerar que a luta em defesa da democracia já não merece
um sacrifício.
6. Regressando
à pergunta anterior: porquê agora? “Why China bullies”, escreve o Chaguan na
penúltima edição da Economist. “Porque vê o mundo distraído com a covid-19 e demasiado enfraquecido economicamente para
fazer-lhe frente.” Falta uma parte da explicação. A Europa
habituou-se a colher os frutos da ordem liberal e a deixar que os EUA
carregassem o fardo de mantê-la. Esse mundo acabou.
TÓPICOS
COMENTÁRIOS
nelsonfari EXPERIENTE: O artigo situa o problema de Hong Kong
descrevendo o processo da transferência de soberania da
Grã-Bretanha para a China, o que é muito
útil para perceber o problema em 2020. O que pretende a China? Diminuir a
influência de Hong Kong, um rival financeiro, e ensaiar um processo semelhante
em Taiwan, onde os EUA estão atentos. Se nos lembrarmos das teorias do
desenvolvimento, concluímos que a China tem muitas etapas a queimar e a Rota da
Seda parece avançada no tempo. Internamente, a China tem o problema da ocupação
da sua imensa mão-de-obra e muitas divergências existem entre Xi Jinping e o
primeiro ministro Li Keplang, que defende os mercados de rua. O líder Xi aposta
numa economia avançada, com acento na tecnologia. Ter crescido mais depressa do
que os países ocidentais não chega. Dificilmente a China estará
preparada para grandes avanços à escala global. Diz o primeiro ministro Li
Keplang: "Existem ainda cerca de 600 milhões de pessoas cujo rendimento
mensal é de cerca de 125 euros,o que não chega para alugar um quarto numa
cidade média". A China ainda não resolveu o problema da pobreza: tem cerca
de 40% de pobres, muitos deles ganham a vida no comércio de rua, de que fala o
primeiro ministro. É uma fraqueza absoluta. (Fonte:"Le Monde".
10/06/2020). 06.07.2020
Francisco Manuel Napoleão INICIANTE:
Os protestos de Hong Kong
não são para os seus habitantes mas para Ingleses e Americanos verem e virem
com a jogada das sanções. O fim de Hong Kong como praça onde todas as jogadas
financeiras criminosas são branqueadas implica uma grande Perda para Londres e
Nova Iorque e o fim da influência destes sobre a economia chinesa. A China
poderia cortar os laços financeiros com Hong Kong e a praça quase que
desapareceria, mas parece preferir obter controlo sobre as operações financeiras
ai realizadas. Está por isso em causa o controlo. A China criou novas instituições
financeiras totalmente independentes dos EUA, localizou-as em Xangai. Para a UE
que poderá interessar? O fim do poder da city. Sim em larga medida. Nem a Suíça
nem Frankfurt foram capazes ainda de atrair a banca no pós-Brexit.
06.07.2020
Opinativo INICIANTE: E nós, europeus, também somos cúmplices.
A EDP e a REN, só as duas empresas mais importantes em termos estratégicos do
país, estão nas mãos do governo chinês. São tão privadas como a TAP. Eu bem sei
que a política europeia de não intromissão nos assuntos chineses foi feita de
forma fria para colhermos alguns frutos a curto prazo mas estamos a ficar um
bocado dependentes. A Rússia aprovou no referendo, não apenas a possível
permanência de Putin mas uma série de outras coisas para reforçar a soberania
russa. A Europa também devia impossibilitar que países externos fossem donos de
empresas que podem condicionar políticas. Precisamos da sua amiga Merkel em
modo super-Merkel. Sei bem que, depois do Hitler a Alemanha tem medo de
mandar, mas ironicamente é a Alemanha que hoje efectivamente manda. 06.07.2020
jagusmao INICIANTE: Excelente
artigo. Seria interessante também analisar o que pensam o governo e os partidos
sobre essa lei que não se aplica apenas a Hong Kong mas também a Macau e
indagar junto do MNE quais as instruções que deu aos diplomatas portugueses.
Pelo que se sabe as ordens são de nada dizer e nada fazer que incomode o
governo central de Beijing ou os regionais de Macau e Hong Kong. Mesmo no quadro
da UE ou da ONU. Lamentável.
Manuel Peñascoso EXPERIENTE:Já falta pouco para Hong kong ser
absorvido pela máquina fascista de estado chinesa, Macau será a seguir mas a
Formosa vai ser um osso duro que a China não conseguirá roer. 05.07.2020
José Cruz
Magalhaes MODERADOR: A China perdeu o verniz da sua ancestral
paciência. Seja na Praça da Paz Celestial, seja na metrópole de Hong Kong, o
objectivo principal do regime é, hoje, o do reforço da soberania e a soberania,
não se discute ,nem se invectiva, nem se confronta. O regime precisa, como
escreve a Teresa de Sousa, de alcançar o objectivo de se tornar numa potência
tecnológica, mas para tanto, precisa que seja levada a sério, antes de mais, desde
os Himalaias, até ao Mar da China e desde os mares do Sul, até aos arquipélagos
que disputa com o Japão e a Rússia. Taiwan está no meio e nenhum Império se
afirmou, nunca, com amputações. O século XXI, continua a ser um século de
Impérios, contra a democracia e as liberdades. 05.07.2020
joorge INICIANTE A China?!?! Deve estar a esquecer-se de
que é aliado da Arábia Saudita. Aquele país onde os críticos, nacionais ou não,
são esquartejados. Pormenores, não é? 05.07.2020
O Jogador EXPERIENTE: As democracias ocidentais são no fundo
governadas pelos interesses de médio prazo dos CEOs the grandes multinacionais.
E esses interesses são principalmente encher os próprios bolsos. Tal é
ostensivo nos EUA, onde o lobbying é descarado. Na Europa é mais subtil, mas no
fundo similar. A política nas democracias ocidentais manda pouco. A cada 4 anos
rodam as cadeiras todas, não há estratégias de longo prazo, há sobretudo
políticos profissionais sem visão ou noção histórica. A China agradece. Muito
provavelmente o século XXI ficará para a história como o século da China, como
o XX ficou o dos EUA. Já hoje têm diversas medidas proteccionistas, por exemplo
no campo da fiscalidade internacional ou dos controlos de saídas de divisas.
São já a 2a potência tecnológica, de seguida serão militar. 05.07.2020
Francisco
Santos INICIANTE: A quebra do acordo internacional sobre
Hong Kong é uma coisa muito asquerosa que descredibiliza completamente Xi Ji
Ping... O ocidente com Rússia incluído, só tem de deixar de consumir produtos
chineses... É fácil, façam como eu nunca mais vou comprar nada que diga
"made in China" enquanto esta situação se mantiver.... Nem Aple... O
dinheiro não paga tudo, por mais que o queiram fazer crer , há coisas que não
têm preço! E pensem só nisto, a próxima guerra mundial será o fim da espécie
humana no planeta....! 05.07.2020
Níqui EXPERIENTE: Acho engraçado quando os
idiotas do oeste se queixam sobre a China. Essa cambada de racistas, ignorantes
e intolerantes que não consegue lidar com culturas que são diferentes da nossa.
Esses fascistas democráticos que querem forçar a sua ideologia ocidental a todo
o mundo. HK vai ter muito desemprego porque a inteligência artificial vai fazer
80% do trabalho no sector financeiro. Londres enfrenta o mesmo problema. Os
jovens de HK já não encontram trabalho, e têm despesas altas porque a vida em
HK é muito cara. São esses jovens que não sabem o que fazer e têm muito tempo
que estão a causar os confrontos. Quem acha HK não livre, deve visitar a Arabia
Saudita etc., países dos quais o oeste gosta tanto. 05.07.2020
Joao EXPERIENTE: Veja a última notícia sobre a tragédia no
Iémen … nada… todos os “trolliteiros” se azafamam em arranjar distracções e
engodos … Veja sobre a tragédia criminosa na Líbia, o mesmo, no Iraque, o
mesmo, no Afeganistão, o mesmo, no Kosovo e Balcãs, o mesmo, nos Bálticos …
nada de nada … andam numa azáfama a arranjar narrativas para ocuparem o espaço
mediático e ocultarem as chacinas, as limpezas étnicas, as invasões,
bombardeamentos, os roubos de territórios, os roubos de recursos, os milhões de
mortos e refugiados. É cumplicidade criminosa! 05.07.2020
António Manuel da Gonçalves INICIANTE:
No momento que a China
detiver as rédeas do poder mundial tira a máscara bicolor e assume em pleno a
vocação colectivista. Só quem andou distraído não antecipou essa realidade. O
capitalismo assobiou para o lado enquanto encheu os bolsos com mão-de-obra
barata e caiu alegremente na armadilha. 05.07.2020
Paulo
Batista, INICIANTE: Por cada Hong Kong que cair ... outro se
levantará ! E não são poucos ... o mundo está sempre em mudança, nada é imutável
... e Hong Kong deixou de ser importante para a China, não mexeram enquanto deu
jeito e souberam esperar pela melhor altura para "normalizar" a
situação. Paciência de chinês...
Julio MODERADOR: Acha? A senhora limita-se a utilizar e
adornar citações de citações, elas próprias provenientes de citações que se
baseiam em "desejos" pessoais e/ou construções que nada têm a ver nem
com a história ou realidade. Revela um completo desconhecimento de uma cultura
milenar - que nada tem a ver com a forma como pensamos - e de um mundo (que não
aceita ) em completa transformação. 05.07.2020
nunos
INICIANTE: Uma coisa é pedir mais democracia, ou o sufrágio universal.
Outra coisa é exigir a independência (fora de questão) ou andar de bandeira
americana ou inglesa a pedir ao Trump que os salve. Uma coisa é protestar,
outra coisa é andar pelos países estrangeiros a pedir que apliquem sanções à
China (em bom português, isto chama-se: traição). Uma coisa é conseguir que o
governo de Hong Kong retirasse a lei de extradição, outra, é arranjar "
five demands" absurdas como pretexto para prolongar os protestos e
distúrbios. É óbvio que quem quer que esteja por detrás disto, conseguiu o que
queria, o fortalecimento do primeiro sistema. O idealismo e a luta pela
liberdade nada tem a ver com esta história. 05.07.2020
Francisco
Manuel Napoleão INICIANTE:
"esmagamento da
Hungria em 1956 ou Praga em 1968" COMPARAÇÕES fáceis que demonstram não
saber do que se fala. Porque não fazer jornalismo investigativo? A China deve
ter planos de querer acabar com o paraíso fiscal e financeiro de Hong Kong. A
China não tinha acesso aos instrumentos financeiros internacionais, acumulou
grandes reservas de divisas e perdia milhões por dia por não ter como investir,
Hong Kong era o escape para todo o tipo de operações. Hoje a China detém um
grande número de institutos financeiros próprios que já competem com os criados
e controlados pelo mundo ocidental. O RU será o grande perdedor do fim de Hong
Kong. Os miúdos das manifestações não são anjinhos. O RU mais não conseguiu que
acelerar o fim HK exactamente o oposto. Com 1968 e 56 não tem nada que ver! 05.07.2020
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