terça-feira, 14 de julho de 2020

“Há tal soturnidade, há tal melancolia”



Para descodificação do título da crónica de Helena Matos, vejamos, na Wikipédia:
«O Museu do Aljube - Resistência e Liberdade é um museu inaugurado em 25 de abril de 2015. Museu do Aljube Resistência e Liberdade Dedicado à história e à memória do combate à ditadura e ao reconhecimento da resistência em prol da liberdade e da democracia

Mas continuemos, relendo desse extraordinário “Poema em quatro AndamentosO Sentimento dum Ocidental” de Cesário Verde, como homenagem a Helena Matos, cronista sensível, como Cesário foi poeta sensível:
«O Aljube, em que hoje estão velhinhas e crianças, Bem raramente encerra uma mulher de dom
Mais mordaz ainda do que aquele, ao garantir a nossa petrificação museológica generalizada - até mesmo às “mulheres” supostamente “de dom” (ou suas descendentes) -  mancha indelével que alguns comentadores bem se esforçam por querer sacudir de si em vão: 
O Museu do Aljube somos nós” – tanto o povo como o governo, malhas do mesmo fio, fios do mesmo pano.

O Museu do Aljube somos nós /premium
Rita Rato é o símbolo da República Socialista Portuguesa: um país entregue a um grupo que vive do poder. Obviamente socialista. Porque só o socialismo consegue garantir tanto poder e por tanto tempo.
OBSERVADOR, 12 jul 2020, 08:11193
Rita Rato na versão editora de notícias. Rita Rato nunca teve tempo para ler algo sobre o Gulag. Nem um livro, nem um folheto, nem uma brochura. Nada. É de facto estranho mas mais estranho é constatarmos que muitos jornalistas nunca têm tempo para ler algo que saia fora do que está no top das redes sociais. Por exemplo, fomos detalhadamente informados que Thierry Henry permaneceu ajoelhado 8 minutos e 46 segundos, aquando do jogo entre o Montreal Impact, equipa treinada por Thierry Henry, e o New England Revolution. Pretendeu dessa forma o ex-futebolista francês homenagear George Floyd.
Curiosamente ou melhor dizendo cumprindo uma rotina que já cansa, nem jornalistas, nem artistas, nem desportistas se detiveram para lembrar Philippe Monguillot, motorista francês de autocarro espancado barbaramente (acabaria por morrer) no fim de semana passado, simplesmente porque pediu a uns passageiros para usarem máscara e validarem os bilhetes. Nesse mesmo fim-de-semana também em França, uma mulher-polícia e desportista, Mélanie Lemée, foi morta por atropelamento por um condutor que recusou parar numa operação stop. Tanto quanto se sabe nem os jornalistas nem Thierry Henry nem qualquer outra celebridade da Terra, homenagearam esta jovem de 25 anos. Mais, os mesmos jornalistas que divulgaram os nomes e as fotografias de Derek Chauvin e dos outros polícias responsáveis pela morte de George Floyd omitem os dados sobre a identidades dos responsáveis por estas mortes: Mohamed C., Moussa B. et Sélim Z no caso de Philippe Monguillot e Yassine E. no atropelamento de Mélanie Lemée.
Temos tanto direito e dever de olhar o rosto de Derek Chauvin como os de Mohamed C., Moussa B., Sélim Z e Yassine E. Ou não?
Mas tal como Rita Rato, muita gente não lê nada que possa destruir a sua visão do mundo e abalar aquelas certezas que lhes dão sentimento de pertença. Pior, se puderem (e cada vez podem mais) impedem os outros de ler, ver e ouvir algo que os leve a pensar doutra forma.
Rita Rato na versão Fernando Medina. Na República Socialista Portuguesa, ou mais concretamente na sua capital, cobram-se taxas e mais taxas que nunca são suficientes para sustentar esse sorvedouro de dinheiro que é a autarquia lisboeta onde, convém recordá-lo, a geringonça começou muito antes de se ter transformado em modelo de Governo.
Fernando Medina preside, sempre sorridente, a uma cidade de papelão com ruas pintadas (para quê?), muitos murais (quanto tempo vão durar?) e “faz de conta que andamos todos de bicicleta”. Medina espatifa o dinheiro dos contribuintes com o à vontade de quem tem uma vida profissional dentro do mundo protegido do Estado: há sempre dinheiro e, desde que se consigam bons títulos, nunca há problemas. Gozando da protecção mediática dada aos candidatos a candidatos, mais a mais se forem de esquerda, Fernando Medina é um dos menos escrutinados políticos portugueses: casos aberrantes como o do Hospital CUF Tejo cujo impacto na paisagem é absurdo passaram sem lhe causar qualquer mossa no eterno sorriso. (O que será feito dos frenéticos apoiantes do “Zé, que fazia falta” que entravam em transe ao pensar que uma escavadora ia fazer um túnel no marquês de Pombal? Não têm ido a Alcântara?)
Sobre os sucessivos programas que o presidente da autarquia lisboeta anuncia para o mercado de arrendamento na capital menos perguntas se fazem: como é possível que se avance com programas como o renda segura, que prometem tudo e mais alguma coisa aos proprietários? Quanto custa aos contribuintes uma casa nestes programas? Qual o interesse social destas intervenções? E para quando uma avaliação das consequências da incapacidade da CML para gerir a habitação municipal? Fernando Medina tem um entendimento soviético da cidade: decide em função da ideologia e não da realidade. No final o objectivo é sempre o mesmo: aumentar e alargar a intervenção estatal.
Rita Rato na versão intérprete da linha justa. Tendo em conta a experiência de Rita Rato a manter um ar seráfico quando confrontada com dados que desfazem a sua visão sobre a Venezuela ou a China enquanto países livres, proponho que, a par da direcção do Museu do Aljube, Rita Rato instrua o Governo sobre as técnicas a usar para explicar aos portugueses que não houve qualquer caos na gestão das reuniões no Infarmed, as tais que eram fundamentais, para em seguida irem acabar e agora talvez sim ou talvez não Ou como abordar o estranho caso do milagre português que era o espanto do mundo e que deixou de ser milagre não porque o Governo tenha falhado no desconfinamento mas sim porque o mundo, tal como Lenine ambicionava, se tornou ateu. Pessoalmente peço-lhe encarecidamente que assessore o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros. Afinal a gestão do absurdo é algo em que os estalinistas são exímios. Por uma questão de sobrevivência. No literal sentido do termo na velha URSS. E na sua forma material naquilo que foram as democracias liberais. Seja como for, veja se consegue que o Governo faça um comunicado, pode ser críptico como aqueles do PCP sobre a queda do Muro de Berlim, a explicar se isto é mesmo assim: o Governo quer, exige e reivindica que venham milhares de turistas do mesmo país,  a Inglaterra, que o Governo garante estar 28 vezes pior que nós no balanço da pandemia de Covid? É isto? Obrigado.
Rita Rato na versão Pedro Nuno Santos: a falta de curriculum de Rita Rato para ser directora do museu do Aljube (ou de qualquer outro museu) parece-me notória mas em matéria de curricula a questão não é tê-lo ou não tê-lo mas sim presumir dele. Desconheço como Rita Rato vai enfrentar as críticas de que está a ser alvo. Recomendo-lhe contudo que ponha os olhos e os ouvidos em Pedro Nuno Santos que é uma pessoa que, tal como ela, Rita Rato, não tem outro curriculum além dos diferentes cargos políticos que tem ocupado. Pedro Nuno Santos após ter querido fazer tremer as pernas dos banqueiros alemães, pretende agora, a partir da sua experiência na compra de sucata, dar lições sobre como fazer grandes negócios a outros países e empresários. Para consolo da Rita Rato resta-lhe esta espécie de vitória moral: por muito desastrosa que seja a sua gestão do museu do Aljube ela nunca causará aos portugueses o prejuízo que a intervenção de Pedro Nuno Santos na TAP já lhes está a custar.
Rita Rato na versão directora do Museu do Aljube. Nem sei que outro cargo mais adequado pode haver para Rita Rato. E não estou a ser irónica, apenas realista.
Em primeiro lugar, a visão selectiva da História não precisou que Rita Rato chegasse à direcção do Museu do Aljube para acontecer. Como Eduardo Cintra Torres chamou a atenção “Ao limitar o seu programa a 1926-1974, o museu escorraça o passado de muitos e muitos milhares de portugueses, conhecidos e desconhecidos, que lá passaram como presos políticos” pois o Aljube, prisão desde a Idade Média, recebeu presos políticos a partir da I República e não apenas a partir do Estado Novo.
Por outro lado, vários destes espaços a que chamamos museus e centros de interpretação funcionam como espaços de exaltação do PCP e seus compagnons logo com a escolha de Rita Rato apenas torna óbvio o que está subentendido.
Por fim, novos horizontes se rasgam pois fomos informados de que a programação proposta por Rita Rato para o Museu vai abordar as “temáticas de liberdades contemporâneas, como as questões de género”. No caso aguarda-se e exige-se que Rita Rato faça uma abordagem de género à situação das “companheiras” nas casas clandestinas do PCP. Ou à vida dos seus dirigentes durante a ditadura. E na democracia. Tenho a certeza que será uma programação abundante, rica e muito motivadora.
Alguns COMENTÁRIOS
A. Carnide: Já que Rita não tem interesse em literatura universalizante, já seria um passo de gigante se lesse os seus artigos, Helena. Este está excelente!
Maria Emília Santos Santos: O director-geral da OMS também não é médico, e nunca tinha sido eleito um dirigente para esta organização, que não fosse médico, mas este senhor, é amigo da China! Dá para entender? Não será a China que está a mandar em Portugal?
Clarisse Seca > Maria Emília Santos Santos: Ou seja, estamos a ser albardados por comunistas novamente, agora a mando da China? Já não chegava o PREC comunista? Que pecados temos para merecer a miséria que os governantes sociocomunistas nos querem impor?
Jorge Carvalho: Obrigado Helena pelo excelente artigo
Francisco Carvalho: Agradeço sempre as CRÓNICAS NO OBSERVADOR de HELENA MATOS e ALBERTO GONÇALVES : INTELIGENTES ...IRÓNICAS...ASSERTIVAS ... OBRIGADO !!!
Ping PongYang: Perdemos todos ontem mais um dos nossos melhores que se juntou ao bravo Militar da GNR (cuja Camarada ainda luta pela vida com prognóstico muito reservado) que também partiu esta semana enquanto servia os Portugueses. Lágrimas e uma Bandeira é escasso para aqueles que nos deram Tanto por tão Pouco... Sentido!
Joaquim Moreira: Na verdade, estas várias versões de Rita Rato, dizem mesmo tudo ou muito mais sobre o que é o Largo do Rato. E devo dizer, sem querer ser “chato”, que há uma razão, para tal desiderato. O DDT actual é o dono do PS, que tem que conviver com aquilo que é, e com aquilo que parece. O que não é muito difícil de explicar, embora até nos custe muito a compreender, quanto mais a aceitar! O “dr. Costa”, como lhe chama o Alberto Gonçalves, para chegar ao poder, inventou uma Geringonça com apenas uma razão de ser. Retirar a PàF de Pedro Passos Coelho do Governo, para que o tal triunvirato fosse uma espécie de alargamento do largo do Rato. Só que, agora, que a situação piora, está com um grande dilema: tem de governar à direita, mas não pode deixar de ter o apoio da tal seita. Daí que o Museu do Aljube não somos nós, mas o PC, através da Rita, sua porta-voz. Assim, já só falta arranjar um lugar para o outro partido do triunvirato, senão, aí, até pode ser “chato”. Mas não é nada que não resolva o DDT do Largo do Rato!
José Ramos: Havia compadrios, nepotismos, pagamento de favores, intrigas palacianas, descarados arrivismos e, também, dualidade de critérios, o jornalismo prostituído, etc. Creio que sempre houve todas essas coisas; no entanto, nos últimos tempos, o descaramento, o despudor, a mais boçal arrogância desabam em avalancha. E, talvez subterrados, há quem não se importe.PS. Já que a dra. Rato pretende trazer “temáticas de liberdades contemporâneas, como as questões de género”, é bom que não se esqueça da forma infame como o PCP se aproveitou da homossexualidade de Júlio Fogaça para que Cunhal se pudesse alcandorar ao poder. Além, é claro, do sequestro e espancamento brutal perpetrado pela "segurança" do PCP a um homossexual em Setembro de 2015 e, na AR, da abstenção do PCP no voto de condenação pela perseguição de "gays" na República da Chechénia (que inclui a criação de campos de concentração), em 2017.
João Porrete: O papel das comunistas na clandestinidade durante a ditadura pouco mais era do que o de mulheres de conforto dos camaradas, capazes de lhes esvaziarem os ímpetos nas cálidas tardes do verão alentejano ou de os aconchegarem nas gélidas noites da planície. Há inúmeros testemunhos disso, como aliás os há das suas congéneres russas nos ermos das estepes siberianas.
Domingas Coutinho: Bem haja HM. Já achávamos que a nomeação desta comuna para este cargo era caricata, mas com a argumentação do Secretário-Geral do PCP ficamos totalmente esclarecidos. Mas merecem-me especial reparo alguns comentários de socialistas aqui neste espaço que dizem que para quem desmascara o governo, nomeadamente Helena Matos, Rui Ramos, Joao Miguel Tavares etc. emigrar será uma boa alternativa, está tudo dito desta democracia.
João Porrete > Domingas Coutinho: Isso é que era bom! Antes emigrem eles, os comunas e socialistas, porque infelizmente o que não faltam são países igualitários e progressistas, tipo Cuba, China, Venezuela e Coreia do Norte. Tudo paraísos para onde nunca ouvi ninguém querer emigrar.
Carlos Almeida: É uma delícia ler as análises políticas de HM. São precisas e concisas e põem a descoberto todas as tramóias arquitectadas pelo polvo socialista. Lá vamos cantando e rindo a caminho de venezuelizaçāo...
Carlinhos dos Rissóis: Portugal, um "digno" sucessor dos...URSS(os). Apesar de tudo, acho que a generalidade dos tugas merecia melhor sorte. O Tuga é boa praça. É gente boa. É pena ter sido desvirtuado por uma camarilha suburbana deslumbrada com o "progresso" ditado por ideologias da treta, falecidas em 1989. Ninguém mais as quer a não ser nós aqui neste antro, cada vez mais mal frequentado.
Paulo Silva > Carlinhos dos Rissóis: Os militares executaram o 25 de Abril e só largaram o poleiro depois de bem abotoados. Eles mereciam-no coitados... Entretanto, num ambiente de reviralho ao ritmo da tropa fandanga, o PS surgia como a força mais bem colocada para combater o PCP e restante extrema-esquerda. A hegemonia socialista, cravada ainda hoje na pseudo-democrática CRP, foi o preço a pagar para evitar mais uma República Soviética, uma nova Cuba ou nova Albânia…
Carlinhos dos Rissóis > Paulo Silva: Não fora os €€€ vindos às paletes da UE e do BCE (compra de dívida) e seríamos desde há algum tempo a nova Albânia. Economia com crescimento anémico, mesmo em contextos favoráveis e demografia assustadora. Quero ver quem nos emprestará dinheiro daqui a 15/20 anos para pagar reformas e subsídios vários com os quais se tem comprado Poder.
Paulo Silva > Carlinhos dos Rissóis: A adesão foi a panaceia pelo desvario do PREC e a descolonização “exemplar”… Não tínhamos grandes alternativas. Ou a CEE... ou o COMECON.
MC Santos: Estamos cada vez mais como a Venezuela. Parabéns. Obrigado HM.
Paulo Silva: Tudo explicar não é o mesmo que tudo justificar ou desculpar, mas a única explicação para que “a mais engraçadinha” do PCP se tenha armado mesmo em engraçadinha, alegando desconhecer o GULAG, foi para não ter de repetir as demagógicas teses da correligionária negacionista Odete Santos. Um bom pulhítico às perguntas inconvenientes diz que não sabe, ou desconhece. Rato e o PCP são bons nisso… A única ‘desculpa’ para o desinteresse pelas mortes de Phillippe Monguillot e de Mélanie Lemée será a falta de imagens vídeo. Que se comece a filmar tudo o que se passa nos subúrbios dos coitadinhos e no espaço público… Já não há é explicações para o silêncio em torno da morte filmada de Tony Timpa, nem para as alminhas santas que ainda hoje insistem que o PCP combateu o Estado Novo por amor à Liberdade e à Democracia, quando é público que o PCP nasceu em 1921 para emular o experimento bolchevique em Portugal, (antes do surgimento do Estado Novo, ou até da Ditadura Militar, portanto). Nota: um PS a olhar cada vez mais pelo retrovisor parece ter regressado ao passado em que comunistas e socialistas se confundiam.
josé maria: António Guterres e António Costa são, de longe, os melhores PM de Portugal. Cavaco e Passos ficam a anos-luz de distância. Por isso, é muito natural que, desde 2015, mesmo com o habitual desgaste do poder, António Costa e o PS permaneçam na mó de cima, nas sucessivas sondagens, e os partidos de direita continuem sempre na mó de baixo.
Maria Augusta > josé maria: Muito te dói a ti camarada ze maria que Passos Coelho tenha resgatado Portugal do habitual e peridico buraco socialista da bancarrota...pois tenho uma novidade para ti: É um facto histórico!
Carlinhos dos Rissóis > Maria Augusta: Passos Coelho, provavelmente o último grande estadista português, saiu de cena vai para 5 anos. Continua a morar em Massamá e a contar os tostões. Mas ainda causa muita urticária a imensos pigmeus.
Maria Augusta > Carlinhos dos Rissóis: Disse tudo!
josé maria > João Porrete: António Guterres e António Costa são, de longe, os melhores PM de Portugal. Cavaco e Passos ficam a anos-luz de distância. Por isso, é muito natural que, desde 2015, mesmo com o habitual desgaste do poder, António Costa e o PS permaneçam na mó de cima, nas sucessivas sondagens, e os partidos de direita continuem sempre na mó de baixo.
Fernando Almeida > josé maria: Confunde qualidade com popularidade. Nada a ver. Pergunte a uma criança se ele gosta de ir ao centro de saúde levar a vacina ou se empanturrar de bolo todos os dias. Infelizmente o Povo Português no que diz respeito à política está ao mesmo nível. 
josé maria >Fernando Almeida: Em democracia, prevalece a vontade da maioria. Você pode não gostar, mas habitua-se.
Faisal Al Meida > josé maria: Nem o António Guterres concorda contigo, camarada. Mas detecto que saltas do Guterres para o Costa sem passar pelo... Sócrates. Algum mal entendido, talvez? Será que não estás a ser injusto para com esse baluarte do PS que fez de Costa o seu nº 2...
Carlinhos dos Rissóis: O Costa também tem muitos nick's. Também se faz passar pelo que não é. Com a preciosa ajuda da imprensa que o endeusa e o idolatra e até lhe gaba os dotes camaleónicos. Temos o "Costa Estadista", o "Churchill português", o "bravo do pelotão", o "político visionário", o "vacas voadoras", o "pai da geringonça", o "guru das esquerdas radicais", o "artista", o "ilusionista" o "papa palavras", o "papa sílabas", o "Costa valentão"... Mas o personagem é o mesmo. A mesma mediocridade, a mesma prosápia, o mesmo malabarista. Neste "circo" tão rasca, resta-nos o cómico de tanta personagem ridícula, qual delas a mais bacoca.
Se tudo isto não causasse vítimas de uma miséria fomentada e premeditada, até se suportava. O mais grave é que após o chocante lastro de miséria que ficará, todos eles saem de cena de mansinho e a vida prossegue, ainda com mais mordomias e honrarias. Abençoado Povo que tudo isto tolera e aplaude. O "povo menino" que se sente bem e seguro, desde que da mesa farta de quem os explora, caiam de vez em quando umas migalhas. As vacas voadoras, começam a cair com todo o estrondo em cima das cabeças dos tugas ingénuos e crédulos.
José Afonso: Artigo excelente e da máxima importância. Se não fosse HM muita coisa passaria de lado ou sem ser conhecida. Obrigado. Continue sempre!

José Miranda: Não há adjectivos que cheguem e que paguem esta crónica de domingo, Só através da Helena Matos tomamos conhecimento de acontecimentos que o politicamente correcto esconde. Quanto à Rita Rato e ao Pedro Nuno Santos, são dois símbolos do desastre que nos atingiu.

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