A que lançou muitos comentadores em observações
políticas de bom nível, pareceu-me. E não quis deixar de os transcrever, como
retrato que nos dão do nosso percurso idiossincrático nas rodas da história,
que a excelente crónica de Rui
Ramos lhes mereceu.
As democracias também morrem sentadas / premium
Por enquanto, altera-se a
periodicidade dos debates. Mas poderemos nós estar seguros de que, um dia, os
nossos oligarcas não chegarão à conclusão de que “isto”, afinal, nem já debates
justifica?
Quando
eu era mais jovem, havia muita gente a assustar-nos com a história de como as
democracias acabavam. Já não me lembro dos pormenores todos, mas creio que era
assim: primeiro, apareciam tanques na rua; depois, um general na televisão, com
óculos escuros. As coisas, porém, não ficavam por aí, porque era então suposto
nós sairmos para a rua, fazermos barricadas como nos romances do Victor Hugo,
e, quando finalmente encostados à parede, levantarmos o punho, e gritarmos
“viva a liberdade”. Era assim que as democracias morriam: de pé.
Anos
depois, continua a haver muita gente a contar-nos histórias sobre a morte da
democracia. Já não há generais de óculos escuros. Agora, há um
demagogo racista, com um corte de cabelo estranho, determinado em virar o
“povo” contra as “minorias”. Como antes, porém, não se espera que fiquemos
quietos. Primeiro, havemos de votar nos partidos do regime, contra o racista do
penteado esquisito; e depois, se ele ganhar, fazer manifestações, para não o
deixar continuar a “enganar” o “povo”. Se a democracia tiver de cair, será
outra vez de pé, aos gritos.
Como
se vê, entre o general de óculos escuros e o racista do cabelo bizarro, a
catequese democrática tem evoluído. Três coisas, no entanto, permaneceram: a
ameaça vem sempre de fora, das casernas do obscurantismo ou da demagogia
“anti-sistema”; nós juntamo-nos sempre aos políticos do regime, para o
defender; e o fim é invariavelmente uma convulsão cívica tremenda, digna do
último acto de uma ópera. Pois bem, esta semana, em que os dois maiores
partidos da Assembleia da República concordaram em acabar com os debates
quinzenais entre o primeiro-ministro e as oposições, tive dúvidas sobre esta
educação democrática. Não foi a primeira vez, confesso, mas foi certamente
a vez em que as dúvidas foram mais fortes. Uma dúvida é esta: as ameaças à
democracia só vêm de fora do “sistema”?; a outra é esta: as democracias
morrem sempre de pé? Não podem, muito simplesmente, morrer sentadas no
sofá? Sem dramas, sem sequer repararem bem no que se está a passar?
Não,
as democracias não precisam de acabar com uma ruptura brusca, em que num dia
temos democracia e no outro ditadura. As democracias podem, tranquilamente,
degenerar. Nenhuma sondagem deu, até agora, ideia de que os portugueses
estejam divorciados dos valores democráticos. Nenhum partido parlamentar propôs
o fim do sistema representativo. Existe até a convicção de que a integração
europeia nos garante contra evoluções autocráticas. E no entanto, a
oligarquia política portuguesa começou, há tempos, a fazer experiências que
sugerem que, um dia, podemos ter um regime bastante diferente daquele que nos
dizem que devemos defender contra generais de óculos escuros ou racistas de
penteados excêntricos.
Dir-me-ão:
calma, estamos a falar apenas dos debates quinzenais com o primeiro-ministro.
Apenas? O fim dos debates não tem importância apenas pelo modo como o
primeiro-ministro passou a ser poupado à intensidade da discussão democrática.
Tem sobretudo importância pelo que os líderes do regime disseram sobre essa
discussão: afinal, acham que é apenas um “circo”, uma “gritaria”,
um ritual sem significado, uma formalidade estúpida. Hoje são os debates quinzenais que são tratados assim.
E amanhã, será o quê? As eleições legislativas de quatro em quatro anos?
O que é que, no actual sistema, parecerá um dia inútil ou disparatado aos
políticos do regime? Vimos, no tempo de Sócrates, um primeiro-ministro
que achava a imprensa livre um incómodo. Temos visto, agora, um líder da
oposição que acha a independência do Ministério Público um abuso.
Estaremos destinados a descobrir que os nossos políticos encaram afinal todas
as limitações ao seu poder, não como garantias das liberdades públicas, mas
como incómodos desnecessários?
E não, não sou eu que falo de
degradação do regime. É o próprio líder da oposição: “sei bem o que era a
credibilidade do Parlamento há 20, 30 anos, os protagonistas que o Parlamento
tinha, a consistência dos debates que havia na altura e passei agora e vejo o
que hoje isto é”. O “que hoje isto é”… Por enquanto, altera-se a
periodicidade dos debates. Mas poderemos nós estar completamente seguros de
que, um dia, os nossos oligarcas não chegarão à conclusão de que “isto”,
afinal, nem já quaisquer debates justifica?
Por onde vamos? Sim, há
parlamento, mas com debates espaçados. Sim, há liberdade de expressão, mas, nos
estúdios das televisões subsidiadas, só para toda a gente poder expressar a
mesma opinião. Sim, há pluralidade partidária, mas quase sempre com o mesmo
partido no governo desde 1995. Sim, há mercado, mas o Estado é que diz onde se
põe o dinheiro. Sim, há justiça, mas não para incomodar os políticos. Estão surpreendidos? As leis não vivem de si
próprias. Uma
democracia supõe uma sociedade civil forte e uma massa de cidadãos
independentes perante o poder, isto é, uma economia aberta e dinâmica. Que
deveríamos esperar de uma sociedade empobrecida e dependente, onde só o Estado
tem dinheiro, extorquido aos contribuintes e à “solidariedade europeia”? A certa altura, é fatal que a oligarquia comece a
achar irrelevantes todos aqueles procedimentos que sujeitam o poder ao
escrutínio de deputados ou à escolha dos eleitores. Para quê, se os deputados
não tem independência e os eleitores também não? Os oligarcas já começaram a
ver “o que hoje isto é”. Não se admirem se amanhã, sem serem precisos dramas,
tanques ou racismos, “isto” se transformar noutra coisa.
COMENTÁRIOS
jose Afonso: A democracia em Portugal nasceu morta. Lembremos que sempre tivemos no
parlamento partidos acérrimos defensores de tudo quanto são ditaduras
sanguinárias . Temos 20% do parlamento composto por partidos para quem henver
hoxha ou kim il sun são grandes democratas. Este sistema politico só se mantém
de pé, porque estamos integrados num bloco de países que lá vai financiando o
sistema e mandando para cá turistas de pé descalços (agora nem isso).Se não
fosse esse financiamento já o sistema pulhitico português teria estourado. Por
este andar e com a bênção da esquerda e de muita direita estamos a caminho de
ser a Albânia da Europa . Antonio Sousa Branco: Não digo premonitório, porque
o que descreve na sua crónica já está aí...nem foi preciso "pezinhos de
lã". E"quando isto se transformar (penso
que já se transformou) noutra coisa",salvo
raras excepções, ninguém se admira nem se importa.
Normalmente as democracias morrem pelas costas, apunhaladas por
traidores, ou cobardemente abatidas por
snipers e/ou terroristas do
discurso político...
Luis Barrosa: Já dizia Salazar que o povo português era/é
"excessivamente sentimental, individualista sem dar por isso, com horror à
disciplina, falta de espírito de continuidade e de tenacidade na acção. A
própria facilidade de compreensão, diminuindo-lhe a necessidade de esforço,
leva-o a estudar todos os assuntos pela rama, a confiar demasiado na
espontaneidade e brilho da sua inteligência". Eu diria que a nossa cultura
se pode definir como adaptativa, isto é, tanto aceitamos um Salazar, como um
Cunhal, como uma geringonça, mas também um Rio... Joaquim Moreira: Começo até a pensar que a
“direita” é estúpida, ou, então, muito pouco inteligente, a não ser que tenha
algum objectivo escondido em mente, obscuro ou pouco transparente.
Independentemente das características pessoais do líder da oposição, na actual
situação, é muito difícil fazer-se oposição. E por mais que uma razão: fomos
surpreendidos por um político tão “excepcional” quanto aldrabão. Que percebendo
que o País estava a crescer, tudo fez para assaltar o poder. Conseguindo criar
a ilusão de que, com este crescimento, podia baixar o défice e reduzir o
endividamento. Tendo, de facto, continuado a baixar o défice, mas não o real
endividamento. Para manter a Geringonça
e os apoios dos seus amigos da onça. Não é por acaso que, agora, esse político
“excepcional” se comportou na EU, tão bem ou tão mal. Tal foi a demonstração
de qualidade de um pedinte, preocupado em manter os votos do seu contribuinte.
E que a tal “direita”, não percebeu ou faz por ignorar, que na EU defende a
direita e em Portugal está com a esquerda radical. E quem disser que é
mentiroso ou aldrabão é que fica mesmo mal.
Luis Martins> Joaquim
Moreira: Não existe direita ou esquerda no parlamento português só há ladrões. Que
roubam com a mão esquerda e com a mão direita.
Goncalo Eca: os debates quinzenais não serviam para informar o PSD mas informar os
portugueses. Sem escrutínio não há transparência, sem transparência não há
liberdade sem está não há democracia
Victor Cerqueira O medo NUNCA deixou de existir em Portugal. A
democracia por cá não passa de uma palavra usada quando convém. Nada mais Manuel Magalhães: A nossa democracia está a morrer a dormir...
Luis Martins > Manuel Magalhães Não existe democracia em
Portugal existe sim uma plutocracia que assalta o pote dos impostos e as
carteiras dos contribuintes.
Cruzeiro O Verdadeiro A direita mergulhada numa depressão sem procedentes, necessita de um SNS
forte
Carlitos Sousa Quem viu na TV o debate parlamentar, entendeu o que fez Costa abespinhar-se
com Rui Rio e decidir virar-se novamente para a extrema-esquerda. Rui Rio tem sido um cordeirinho manso para
Costa, e Costa gosta disso. Mas hoje, RR
chamou (e bem ) a atenção para o perigo de corrupção, e prejuízo para os
consumidores de energia, que decorre das negociações nas energias do
hidrogénio. Não são as energias do
hidrogénio que são más, mas as rendas excessivas que lhes serão associadas,
como os malfadados CMECs.
Costa, pensando em Galamba, acusou o toque, e
abespinhou-se. Mau sinal !
Francisco Pinto: Chamar a Rio oposição é um enorme exagero que mancha um texto acutilante
e, de certo modo, premonitório. Muito bem. Luis Martins > Francisco Pinto: Bom, Rui Rio é o homenzinho sombra
do António Costa, portanto a verdadeira oposição a António Costa é a sua
sombra.
Marco Silva: Mas poderemos nós estar seguros de que, um dia, os nossos oligarcas não
chegarão à conclusão de que “isto”, afinal, nem já debates justifica? Já têm tudo dominado, portanto o próximo passo é
aumentar o tempo entre legislaturas e depois acabar com eleições. O povo português doutrinado e ignorante, acatará
tudo o que a esquerda quiser. E se ousar ir contra a esquerda (com por exemplo
o crescimento do Chega), a esquerda vai fazer o que sempre faz que é o
terrorismo social e causar caos e anarquia, tal como fez entre 2011-2015, onde
a esquerdalha diz "ou votam em nós ou nós destruímos tudo". Chega de
permitir que estes animais de esquerda destruam tudo sem consequências. é
preciso dar-lhes as mesmas consequências que eles/as dão a quem se opõe a
eles/as.
Jorge Tavares A primeira coisa a mudar é o sistema eleitoral. Não teremos políticos diferentes
desses enquanto isso não acontecer. Nas
eleições legislativas, não pode continuar a haver vencedores antecipados - que
é o que os "lugares elegíveis" são. Há
muito que os portugueses deviam poder escolher quem recebe o seu voto para os
representar no parlamento. O mais habitual nos países europeus é as listas de
candidatos figurarem nos boletins de voto, para que os cidadãos votem
nominalmente. Só vai para o parlamento quem os votantes querem. Sem votar nas pessoas concretas, não é possível
escrutiná-las. Ao votar em listas cuja ordem já foi decidida, o que obtemos são
deputados que já têm dono. Só com o voto em nome é que o eleitorado consegue
ser um contrapeso à influência dos grupos de interesse.
Com "lugares elegíveis", quem está representado no
parlamento são os grupos de interesse, não os cidadãos.
Ricardo Oliveira >Jorge Tavares: De facto, a maior derrota para a democracia
(exceptuando a ignorância dos que não votam), foi o facto de uma petição para
alterar a Lei Eleitoral, com quase 10 000 assinaturas, ter sido ignorada pela
assembleia da república. António Sennfelt: A democracia portuguesa não vai
morrer às mãos do general Alcazar, mas sim finar-se às dos manos Dupont e
Dupondt!
Graciete Madeira: Excelente artigo. Mário Brás: Se calhar uma boa parte
daqueles que têm medo que acabe a democracia no tempo da outra senhora não
fizeram nada para que ela acontecesse.
António Duarte: Sim, as democracias podem morrer sentadas no sofá e isso aconteceu, por
exemplo, com a república alemã na véspera da segunda guerra mundial. O único de
pé era um senhor chamado Adolf Hitler e o seu SNP. Já as democracias “de
esquerda”, por assim dizer, costumam morrer de pé, como em 1973, no Chile.
Goste-se ou não é assim. Já agora, também há regimes não democráticos ou pouco
democráticos que caem sentados no sofá, como em 1910 e 1974, em Portugal.
Ana Ferreira: Não deixa de ser divertido ser um personagem como RR a preocupar-se com a
liberdade democrática! Até porque uma das razões que o bom senso empurrou para
esta decisão, foram intervenções somente interessadas em se auto promoverem virem
de quem ele apoia!
josé maria: Alguém ainda se lembra de Cavaco, quando designava como "forças de
bloqueio" várias instituições democráticas, quando Manuela Ferreira Leite
sugeriu a suspensão da democracia ou quando o PSD e o CDS aprovaram vários
orçamentos inconstitucionais? Alguém, com genuíno espírito democrático, quer
regressar a esses tempos obscuros da nossa democracia ?
Romeu Francisco > josé maria Ó cérebro de ervilha, a Manuela Ferreira Leite
estava obviamente a ser irónica (eu assisti ao que ela disse, em directo,
pelos visto o José diz o que lhe disseram). O que ela disse, grosso modo, é
que vivendo em Democracia, é naturalmente mais difícil resolver problemas, não
veio defender nenhuma suspensão da Democracia, ao contrário do que os teus
líderes tentam fazer, não apenas com paleio, mas com actos. Maria
Augusta > josé maria: Cavaco "designava"... Manuela Ferreira Leite "sugeriu".... A comunada pratica de facto os valores
anti-democráticos. Aguenta camarada!
Carlos Quartel: Andamos há 40 anos a fingir que somos democratas. Mas não é verdade, os
deputados são nomes escolhidos pelos chefes, sem a mínima ligação ao
eleitorado, são números que se limitam a votar, para manter o emprego. Os 80 do
PS votaram na geringonça sabendo que não tinham mandato popular para tal e
estes agora do PSD votaram o fim dos debates, porque se não Rio iria
substituí-los, na próxima oportunidade. Tudo isto é uma paródia à democracia, o
povo está habituado ao poder paternalista, é vê-los a pedir ajuda ao governo
quando há trovoada. Nem lhes passa pela cabeça fazer um seguro. Mesmo que o
controlo do tal discurso do ódio se faça efectivo, não passa nada, o Porto é
campeão..... Triste. mas a pura
verdade......
José Miranda: É curioso ver que o Marcelo e o Rui Rio já dormem com o PS, e que o
comentadeiros também já os adoptaram como seus. Já
nos habituou, o Rui Ramos escrever um excelente artigo.
A mim o que mais incomoda é ver um líder da oposição conivente com todos
os atropelos à liberdade. O Costa e o PS
querem o poder absoluto. O Rio sonha com o poder e , creio , que não fica a
dever nada ao Costa , em tiques
ditatoriais.
João Cortes: Rio primeiro fez aquele percurso habitual em alguns políticos da ‘direita q
s quer dar ao respeito ’: ir ao templo onde se entregam a troco de muita coisa
e depois deixam ser beijados pela fada vermelha. Sabem q isso lhes dá um escudo
invisível e um conjunto de créditos muito valiosos ....mais palavras para quê?
Antonio Rodrigues: Acrescentar a 'monitorização' das opiniões diferentes pelo Estado,
chamando "discursos de ódio." O controle dos media. Sr
Leão > Antonio Rodrigues: Coincidência curiosa: escassas
semanas antes de se falar entre nós da "monitorização do discurso de
ódio" - mero eufemismo da criação duma comissão de censura - já no Brasil
se instituíam e atribuíam funções censórias, que tinham a finalidade
indisfarçável e única de cercear a liberdade de expressão dos apoiantes do
governo. Outro tanto havia já sucedido no
caso das tais "fake news", que no Brasil veio a apurar-se terem sido
afinal "inventadas" e fabricadas em massa pelos aparelhos partidários
comunistas e socio-fascistas. Tudo convenientemente divulgado pela rede Globo e
outras, durante muitos anos subsidiadas pelos governos anteriores mas com os
subsídios cortados pelo governo actual.
josé maria Mas poderemos nós estar seguros de que, um
dia, os nossos oligarcas não chegarão à conclusão de que “isto”, afinal, nem já
debates justifica ? Tipo"suspensão da democracia",
já proposta pelo PSD, quando Manuela Ferreira Leite liderava esse partido ? Ou
tipo época de Cavaco, quando nunca
houve qualquer debate quinzenal ? Mario Silva > josé maria: Folgo em saber que o zé maria gostou tanto das
propostas que menciona que agora defende a pés juntos que o seu partido faça
exactamente a mesma coisa. Grandes
democratas estes socialistas: onde antes havia ideologia cega há hoje benchmarking e cópia das "best practices" dos "democratas
do lado direito". Qualquer dia até
defende nomear autores "malditos" (nas universidades sobretudo),
queimar livros proibidos no Terreiro do Paço e por aí adiante... Romeu
Francisco > josé maria Ao contrário dos tempos anteriores a Cavaco, em que os
debates eram... hmm? Qual era a periodicidade mesmo?
Filipe Paes de Vasconcellos A DITADURA DOS TEMPOS MODERNOS: 4.- Portugal não faz as Reformas que todos consideram
essenciais ao desenvolvimento do País e do bem-estar dos seus cidadãos. Falta
coragem! Temos, alegremente, a gestão do dia-a-dia. Temos um País eternamente
adiado. Um País sem Desígnios, sem Estratégia, sem Ambição, (o que quereremos
ser daqui a 5, 10 anos? e o que precisamos de fazer para lá chegar), não pode
ser um País livre e muito menos democrático. 5.- A nossa sociedade está
completamente deslaçada, e ninguém se importa. A democracia política está
doente! A democracia económica é tolerada! A democracia social é uma vergonha! Temos
cada vez mais pobres e fome, a grassar entre os mais novos (veja-se as crianças
nas escolas). A classe média, quase desapareceu! Não obstante, sendo um dos
grandes motores de crescimento de qualquer economia consolidada, tem sido
continuadamente fustigada com impostos. E por último, temos a cereja em cima do
bolo. Nenhuma Democracia pode sobreviver sem oposição. Chega-se ao ponto de o
anterior líder parlamentar da nova direcção do PSD afirmar no Parlamento com um
ar imponente, que a partir da sua eleição, as sessões em plenário passariam a
ser reuniões de trabalho com o Governo. Recordo que a eleição da nova direcção
do maior partido da oposição foi acarinhada indecentemente pelo PS. Todos os
países com uma ideologia social comunista precisam de um Povo sempre agachado e
que se contente com poucochinho. ISTO SÓ PODE ACABAR MAL SENHOR PRESIDENTE DA
REPÚBLICA! 3.- Em Portugal temos um sector privado da economia que é mal ou até mesmo não
tolerado, quando é esse mesmo sector da economia privada que gera riqueza e
emprego, riqueza esta que é a grande financiadora do sector público. Um País em
que o salário mínimo abrange cada vez mais um número crescente da população. Quando
em Portugal o Estado ajuda financeiramente os órgãos de informação, está a
subverter, indelevelmente e despudoradamente, a sua independência e,
consequentemente, a liberdade de informação. Comentadores políticos e
jornalistas são cada vez mais submissos à nomenclatura reinante, destruindo,
despoticamente, qualquer mensagem que venha do espaço político que não seja o
da tríade social comunista. Temos um sistema de Justiça e respectiva legislação
a proteger corruptos, porque a “democracia” que nos oferecem não aceita nem
autoriza que as autoridades judiciais possam questionar um cidadão e
perguntar-lhe onde foi buscar, em meia dúzia de anos, os milhões com que vive
uma vida faustosa. (cont.) 2.- Para que estejam reunidas as condições necessárias
para que este Regime Social Comunista Moderno Português se instale, torna-se
obrigatório que o ambiente social o permita. Assim,
temos um Povo fortemente deprimido e infeliz. O
Estado, tem de ser e é controlado pelo aparelho. Temos
os serviços públicos funcionarem cada vez pior, devido ao fortíssimo corte (as
tais cativações) nos serviços públicos, essenciais para todos os Portugueses.
Viva o défice zero! 1.-A situação política em Portugal começa a tornar-se asfixiante. Desde que António Costa cometeu a chapelada em
2015 tomando de assalto o poder, com o apoio dos socialistas mais radicais do
PS, dos comunistas do PCP e dos marxistas leninistas do BE, que ficaram criadas
as condições para uma ditadura com roupagens democráticas. A ditadura social comunista que está no poder
tem de ser adaptada aos novos tempos, pois os tempos são outros e as pessoas
também. Por isso considero que o regime político que se instalou em Portugal a
partir da tal chapelada de 2015, não é mais do que uma ditadura social
comunista modernizada e adaptada aos tempos actuais. Claro!
Portugal,
que Futuro: Os portugueses, povo de uma nação de quase 900 anos, têm o dever moral de
lutar pela sobrevivência do seu país pelos quais muitos deram a vida. A
política partidária, os grupos de interesses ligados aos partidos, a esfera
inteletual dependente do estado, mais uma vez, como na primeira república, está
a dividir para reinar. Salazar, nos anos 30, aplicou o modelo político em voga
na altura, o autoritarismo do estado. Foi através dele que esmagou os partidos
que se digladiavam, enquanto os portugueses passavam fome. De uma AR poderosa,
passamos a uma AR submissa e o governo já não é contestado quando cai nas mãos
da esquerda. É portanto a esquerda que controla a narrativa, a partir da AR, do
governo ou até do Tribunal Constitucional. A grande diferença com o governo
autoritário de Salazar é que, nem estamos nos anos 30, nem os socialistas são
patriotas e quando a honestidade na gestão dos dinheiros públicos, nem se fala.
bento guerra Quem mata a democracia não são os políticos, que estão obrigados a leis e
regras. Quem a mata são os media, incapazes da crítica, arregimentados ou
comprados pelos poderes ,ou as migalhas do Orçamento
Portugal, que Futuro: Os filhos de imigrantes, ao fim de um ano são portugueses. Quer dizer que
são a âncora do país e de família próxima no nosso país. Esta tem sido a lei
chamariz para a imigração noutros países, mais ricos, mais poderosos do que
Portugal, que se desgraçaram. Segurança social arruinada, salários baixos,
insegurança nas ruas, terrorismo, tudo atraíram e agora, pela mão dos
funcionários públicos mais bem pagos (por nós), também foi aprovada em
Portugal. E eu pergunto aos portugueses:
não herdaram dos vossos pais, um país? Não é vosso dever deixarem um país aos
vossos filhos? Um país, não um motel à beira da estrada, sem fechadura na
porta, nem administração, nem condições. Chega!
Portugal, que Futuro: Os portugueses devem lembrar-se de como foram os debates no tempo de PPC,
como lhe envenenaram o mandato, como foi cruxificado com fantochadas,
pantominices, intrigas, faltas de respeito: eram grandoladas a partir da
assistência, protestos do lado de fora, combinados entre o BE e activistas,
"encomendas" aos órgãos de opinião pública para inventar
"casos" após "casos", num beligerância, uma guerrilha activista
que lhe amargurou o mandato. Enquanto isso,
ele preparava o país para sair do lamaçal onde, infelizmente, o PS em cada duas
décadas o submerge. Nessa altura, quem
fazia parceria com o PS para atacar PPC? Rui Rio, o homem medíocre, sem
filosofia nem sabedoria, que pensa o país à luz da folha de excel, vindo o
dinheiro da UE, para quê pensar algo mais importante como garantir a
independência e sobrevivência do nosso país e o futuro dos portugueses. Joaquim
Moreira > Portugal, que Futuro Entrou muito bem, mas saiu com
afirmações que não valem um vintém. Mas como bom samaritano vou-lhe explicar
como se explica a um qualquer bacano. Fui apoiante e continuo admirador de
Pedro Passos Coelho, que não tem a ver com muito defensor, que não passa de
fedelho. Mas vamos ao que interessa, Rui Rio nunca, em público, o criticou,
sendo certo que também não o apoiou. Mas ainda bem, caso contrário, era mais um
político responsável por combater o conto do vigário. Ou seja, era mais uma
responsável pela “austeridade”, dos donos da verdade. Mas que, ainda muito
recentemente, lembrou o apoio que deu à decisão de PPC de ter dito que não, não
a um "criminoso", mas como disse e muito bem, a um
"poderoso". Como disse também o que, por "não perceber nada
disto", achou por bem que não fosse "visto". Acabem com as
"narrativas" do tipo das do Zé Cantigas!
Confesso, que já não tenho paciência para tantos inteligentes e
comentadores, alguns que me habituei a respeitar e, na maioria das vezes, até,
a concordar. Mas com o caso que se está a analisar, não posso mesmo nada
concordar. Por isso, vou responder com o que penso e que acabo de postar. Sobre
duas notícias recentes que dizem bem do que estou a falar. Onde li os maiores
disparates, dos que se entretêm a postar, sem saber do que estão a falar. Vivemos numa sociedade imediatista, que não
consegue ver para além da linha do horizonte, ou do que não esteja à vista.
Que, por isso, tem muita dificuldade em perceber quem tem uma visão para o
futuro desta Nação. Como é o caso do actual líder da oposição. Cuja
iniciativa, não têm nada a ver com o “Costa”, nem com o futuro que o próprio
perspectiva. O que, para a maioria dos que gostam mais de confusão, não dá para
entender vindo do líder da oposição. Que devia fazer tudo o que dizem entender
para chagar ao poder. Mas, de facto, estamos perante um líder muito diferente,
que está muito mais preocupado com o futuro do que com o presente. E que,
felizmente, também é muito sério, corajoso e transparente. Que até parece,
politicamente, incompetente!
Victor Batista > Joaquim Moreira Aceite de uma vez por todas que Rio não gosta de
jornalistas, não gosta do Ministério Publico independente, mas sim dependente
do poder político no exercício das suas funções, e recentemente mostrou à
saciedade todo o fulgor e espirito democrático de que está imbuído, (estou a
ser irónico) portanto isto é uma faca de dois gumes para os eleitores
portugueses, ou votam no socialismo de Costa com todos os seus malefícios, ou
votam no socialismo de Rio, feito de uma deriva autoritária e sem dizer ao que
vem, neste momento é muito perigoso dar rédea solta a Rio, na melhor das
hipóteses é deixar estar tudo como está, diziam os antigos que o povo é
possuído de imensa sabedoria, talvez seja verdade, e no final tem sempre razão,
não é preciso ir à Hungria procurar o nosso Viktor Orban já temos um, na pessoa desse individuo decrépito
que se chama Rui Rio. Tanta tinta que se gasta
a falar de Andre Ventura e afinal o tipo deveras perigoso e a ter em conta nos seus
devaneios ditatoriais e antidemocráticos é outro.
Joaquim Moreira > Victor Batista: Este seu comentário não faz nenhum sentido, por apenas
repetir o que alguém lhe tentou incutir. Como penso pela minha cabeça, nunca
posso entender, quem não sabe o que diz, nem se preocupa em saber. No momento
em que estou a escrever, acabo de ouvir, no essencial, o debate sobre o estado
da Nação que é Portugal, e que confirma, à exaustão, a clarividência das
propostas do líder da oposição. Até sobre os "debates quinzenais",
que, como disse, têm pouco ou nenhum interesse, a não ser para os telejornais.
Ao sor Victor Baptista, aconselho a, antes de opinar, informar-se e estudar um
pouco mais. E não repetir apenas os que dizem “outros” mais. Alfaiate
Tuga: A portuguesa
vai morrer deitada à sombra dos fundos europeus que servem para comprar grande
parte do eleitorado.
William Smith: Infelizmente somos dados a iludir-nos e não queremos ver que este país se
encontra num contínuo estado de degradação geral. Mas
o pior, é que o PS/Governo, em vez de combater esta decadência e com o objectivo
único de se manter eternamente no poder, começa a exigir de todos nós o mesmo
nível de degradação. É tudo tão triste... Hugo
Conquistardor: “A certa altura, é fatal que a oligarquia comece a achar irrelevantes
todos aqueles procedimentos que sujeitam o poder ao escrutínio de deputados ou
à escolha dos eleitores.” Estou à espera
que nos digam que foram canceladas as eleições. É só o que falta nesta ditadura
disfarçada de democracia. João Sousa O português medio está se a
borrifar para a democracia, até pelo contrário, só quer é que lhe digam o que
fazer e como viver para não ser culpa dele quando as desgraças acontecem. LJ
®: Caro Rui Ramos, aquele
indivíduo do corte de cabelo esquisito que refere, apresenta-se neste momento
como única alternativa ao aldrabão que se julga rei, mas que faz vénias que
envergonham a nação. Demagogo? Até pode ser populista, mas pelo menos diz
aquilo que pensa, e quem vota nele não vai ao engano. Em demagogia barata e
banha da cobra, há outros especialistas. Mas no geral, concordo com tudo o que
escreveu.
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