domingo, 12 de julho de 2020

Mais do mesmo



E, como sempre, bem, mais esta crónica de Rui Ramos.
Isto só podia correr bem a António Costa, certo? /premium
Não foi a epidemia que criou o sistema de poder socialista que, desde 1995, paralisou a economia, agravou a desigualdade e diminuiu o regime democrático. Sim, vai correr mal, agora ou mais tarde.
RUI RAMOS
OBSERVADOR, 10 jul 2020
Ao princípio, tudo prometia correr bem. Ah, sim, falo da pandemia. Para aqueles que vivem por cá mas têm a cabeça nos EUA, a quarentena quase pareceu uma intervenção divina: ia interromper a prosperidade económica que prometia reeleger Trump, e por isso mesmo, ia também levá-lo a resistir ao confinamento, tornando fácil atribuir-lhe a culpa de todas as mortes associadas ao vírus.
Quanto à terrinha, as coisas também pareciam promissoras para o poder socialista. Para não cometer erros, bastava fazer o contrário de Trump. Ele tinha dúvidas sobre a quarentena? Pois aqui não ia haver dúvidas nenhumas, era mandar toda a gente para casa, os que podiam e os que não podiam. Entre os que podiam, estava, felizmente, o funcionalismo, com direito a mais um aumento de remuneração em teletrabalho. Quanto aos outros, haveria certamente estragos: falências, desemprego. Mas por entre pedidos de subsídios e promessas de apoios, eis a ocasião para vencer de vez os debates ideológicos com a vitória total do Estado. “Quem é que agora é liberal?”, repetiam entre si os microfones da oligarquia, muito satisfeitos. Começou-se até a falar de “nacionalizações” como se tivéssemos voltado às assembleias do MFA, de cabelo comprido e calças à boca de sino. Mais: esta era uma crise internacional. Justificava o silêncio vergado da oposição, e, claro, a exigência estridente de dinheiro, perdão, de “solidariedade” europeia. Siza Vieira, eufórico, proclamava que ia haver mais recursos do que nunca. O vírus parecia a melhor notícia de todos os tempos. Em suma: Trump derrotado, o liberalismo desmentido, o funcionalismo em casa com um novo aumento, a oposição calada, o SNS como nova religião do Estado … A certo ponto, pareceu que a única questão estava outra vez em adivinhar o tamanho da lendária maioria absoluta de Costa, sobretudo quando as duvidosas estatísticas de infectados serviram para fabricar o “milagre português”.
Era como se Deus se tivesse feito português – e socialista. Que mais se podia pedir? Mais isto: abrir excepções à quarentena, para mostrar quem manda em Portugal e de quem interessa ser amigo. Os católicos tiveram uma das suas grandes peregrinações do ano durante o confinamento. Azar. Ficaram em casa, vigiados pela polícia. Mas exactamente na mesma altura, comunistas e bloquistas puderam passear em massa por praças e ruas, a comemorar as velhas datas do calendário revolucionário português e as novas efemérides do calendário revolucionário americano, que vai substituindo o primeiro, à medida que a esquerda se deixa colonizar pelos EUA.
Mas eis que, de repente, as coisas põem má cara. Infecções descontroladas, o turismo estrangeiro evaporado, a crise económica mais grave e mais prolongada de sempre, o desemprego a subir, e a possibilidade de o dinheiro dos alemães não ser suficiente. Pode ser assim, ou pode ser pior. Mas para o poder que os socialistas começaram a montar há 25 anos, nunca há responsabilidades, e portanto problemas. O descontrole sanitário? É culpa dos directores da saúde. As reservas turísticas canceladas? É culpa dos estrangeiros. O desemprego? É na restauração e no resto da indústria turística, para provar que a ganância dos privados tem custos. E mesmo que o dinheiro não chegue para todos, chegará para os amigos. E, claro, se tudo correr mesmo mal, não esquecer a desculpa: foi a epidemia; fez-se o que se pôde.
Mas, não, não foi a epidemia. Não foi a epidemia que criou uma economia estagnada, que só o turismo anima. Não foi a epidemia que criou uma dívida enorme, que agora limita o alcance dos auxílios estatais. Não foi a epidemia que criou a desigualdade entre o público e o privado, que divide, em termos de rendimentos e de segurança, a sociedade portuguesa. Não foi a epidemia que fez dos debates na comunicação social um simulacro, com interlocutores escolhidos pela sua ligação ao poder. Não foi a epidemia, em suma, que criou o sistema de poder socialista que, desde 1995, paralisou a economia, agravou a desigualdade e diminuiu o regime democrático. E sim, isto só pode correr mal, e vai correr mal, agora ou mais tarde, porque não se pode desfazer e desmoralizar um país, e esperar que depois tudo corra bem.
Alguns COMENTÁRIOS:
A. Carnide :
Tem carradas de razão!       Domingas Coutinho: Excelente.
Cláudio Lopes Não sou premium e por isso não li o artigo. Portanto vou apenas comentar a premissa. Claramente podemos apontar aos sucessivos governos socialistas a estagnação da economia o aumento da corrupção e outros. Mas a questão da desigualdade é mundial e começou depois dos acordos entre Thatcher Reagan. Aliás, houve um artigo há uns anos que explicava que até à década de 70 , nos EUA, a relação entre os mais ricos e a classe média era de 40 e que nos temos de hoje é de 400. Temos poucos exemplos de não aumento da desigualdade e alguns têm um regime social democrata, mas que ao contrário do nosso é sério.
Ipsum Libertas: Por muito boa que seja a propaganda, a incompetência mais tarde ou mais cedo, deixa sempre a sua inconfundível marca. É a marca da miséria generalizada multiplicada pelo socialismo.
Alfaiate Tuga: Neste momento o nosso governo só tem problemas na frente externa, vejamos, uns não querem que a sua população venha para cá de férias, outros não nos querem dar dinheiro, outros não nos deixam gastar o dinheiro que nos dão à nossa vontade, etc. Internamente tirando alguns focos de Covid e dois juizes malandrecos, um literalmente segundo as meretrizes, não podia estar melhor. Gande parte do funcionalismo público teve aumento de salário e redução de trabalho (por causa do bicho passaram umas semanas em casa), os pensionistas não foram afectados, (excepto os que fruto das suas “parcas pensões” este ano não puderam ir fazer os tradicionais cruzeiros de época baixa, por causa do bicho). Os trabalhadores do privado, aí há de tudo um pouco, tudo como dantes, lay-off e desemprego, só para os que já perderam o emprego o futuro parece mais sombrio , mais uma vez por causa do bicho, mas por enquanto ainda tem o fundo de desemprego, se descontavam para ele. Por último não consta que o RSI tenha sido cortado, portanto aqui também bem. Portanto em Portugal o guito ainda não deixou de correr, para alguns pode correr menos um pouco, mas estão em casa ou na praia , os únicos que põem problemas são mesmo os estrangeiros, ou porque não querem pagar para que as coisas em Portugal continuem a correr bem ou porque não acreditam em milagres. Quando as moratórias do crédito acabarem, acabar o fundo de desemprego, e acabar o dinheiro barato de Bruxelas, vai começar a correr pior, para alguns, na altura veremos o alcance dos estilhaços...ou seja para quem vai deixar de correr o guito.
Carlinhos dos Rissóis: O Rui Ramos, a Helena Matos e o Alberto Gonçalves tiram anos de vida aos cartilheiros do Lg dos Roedores. Eles e elas nem dormem. Precisam de reforçar os soporíferos para dormirem alguma coisita de quinta para sexta, de sexta para sábado e de sábado para domingo, tal a angústia de terem de lidar com a factualidade das coisas. Sextas, sábados e domingos, subtraem-lhes anos e anos de vida, para além dos costumeiros padecimentos resultantes das úlceras que não há meio de sararem :-)
josé maria: António Guterres deixou de ser PM em 2002 e conseguiu o défice público de 3,3%. Cavaco Silva governou até 1995 e deixou o défice em 5,2%.Durão Barroso saiu em 2004 e deixou o défice em 6,2%.Santana Lopes saiu em 2005 e deixou o défice em 6,2%.   Cavaco Silva governou entre 1987 e 1995, com a dívida pública sempre a subir. Em 1995, a dívida ficou em 58,3%. Durante o governo de António Guterres, a dívida baixou de 59,5 % em 1996 para 55,2% em 1997. Em 1998, baixou para 51,8% Em 1999, baixou para 51,0%. E em 2000 baixou para 50,3%.Quanto ao défice, em 1999, Guterres deixou o défice em 3,0%, em 2000, 3,2%, em 2001, 3,3%. Quanto ao desemprego, Cavaco Silva fixou-o em 7,1%, no ano de 1995. Guterres conseguiu colocá-lo em 5,0% em 2002.Um dos dois melhores PM portugueses, juntamente com António Costa, sem margem para dúvidas. Contra factos, não há argumentos. São diferenças muito significativas, Guterres bate Cavaco Silva aos pontos por larga margem de diferença, na dívida pública, no défice e no desemprego. Honrou Portugal internamente e honra o nosso país externamente. O resto é a habitual bílis dos despeitados
Faisal Al Meida > josé maria: He, he... Deve ter sido inspirado no ze maria que o Ricardo Araújo Pereira concebeu o seu programa "Gozar com quem trabalha". Enfim, amigalhaços da esquerdalha... Para completar os números do ze só faltam 4 dados históricos: 1- Quem levou o País à bancarrota (vez 1)?: Mário Soares 2- Quem levou o País à bancarrota (vez 2)?: Mário Soares 3- Quem levou o País à bancarrota (vez 3)?: Sócrates 4- Quem levou o País à bancarrota (vez 4)?: António Costa Ou então, para simplificar as coisas: -Quem levou o País à bancarrota 4 vezes?: Partido Socialista.
José Santos >josé maria: Ainda não tinha percebido que estamos no “País das Maravilhas” o melhor país da Europa e do Mundo para se viver, é por isso que a massa crítica de países desenvolvidos querem vir para cá, é por isso que nunca em Governo algum fomos resgatados pelo FMI, é por isso que neste momento vamos emprestar dinheiro aos Europeus em particular à Alemanha para poderem sair da crise em que se encontram. Obrigado pela informação!  Pode continuar .....
André Ondine > josé maria: Guterres, apesar de eu não partilhar de muitas das suas ideias, parece ser um homem sério e que estava imbuído de um espírito de missão. Ainda está, parece-me inegável. Não nego isso. Compará-lo com o habilidoso António Costa é uma ofensa tremenda para Guterres. Costa está imbuído há décadas de um espírito de poder. Pessoal e só transmissível a quem o bajular. Não fale só de números. O país também deve ser qualificado pelos seus valores e pelo respeito pelo regime democrático. Guterres está noutro patamar em relação a Costa. De longe. Costa representa o jogo político no que este tem de mais maquiavélico e maldoso. e isso está a fazer do nosso país um país muito pouco recomendável a pessoas de bem. Não há défice nem pib que disfarcem um país de maus valores. Desculpe o romantismo talvez bacoco, mas é o que sinto. Costa é Habilidoso. Demasiado. Quer poder, custe a quem custar. E tem custado a muita gente. Até ex-amigos e "camaradas". 
António Sennfelt: Para os camaradas do PS, a culpa nunca foi ou será deles! Ela já foi do Durão Barroso, que desertou da barca! (Claro que o Dr. Guterres só se pôs a milhas por altruísmo!) Seguiu-se o maravilhoso consulado do nosso saudoso senhor engenheiro, em má hora apeado do Poder pelo infame conluio da banca internacional! A culpa transitou então para o Dr. Pedro Passos Coelho que passou a ser o mau da fita e predilecto vilão de toda a Esquerda (incluindo, claro, a do nosso laborioso líder da chamada "Oposição)! Agora que finalmente temos ao leme a mão segura, perdão, eu queria dizer a mão firme do nosso primeiro-ministro podemos estar seguros - irra, seguros não! - queria dizer que podemos estar confiantes de que, caso venha a surgir algum problema dos diabos, pois então fiquem desde já a saber que a culpa nunca terá sido deles!
Dani Silva: Muito bom artigo, subscrevo!!
José Pedro Faria: Os derrotados da vida têm nestas crónicas mais umas choradeiras muito adequadas ao seu lúgubre estado de espírito.   André Ondine: Rui Ramos cai no erro de muitos comentadores e distrai-se a falar de Portugal. Mas o que interessa que Portugal possa acabar mal se tudo correr bem para o PS? Este não é um governo para Portugal (o do Ericeira Sócrates também não era). É um governo para o PS. Comparem o entusiasmo do Habilidoso quando este fala do PS, como um Estado supremo e perfeito, como quando o mesmo Habilidoso fala de Portugal, sempre com ar pesaroso. Para o Chef Costa e o seu gangue acéfalo, o PS é o objectivo último. E o país até está no caminho desse estado socialista, tendo, por vezes, a desfaçatez de colocar em causa esta gente pouco recomendável. O objectivo de estar no governo não é governar o país. É governar o PS. É esconder a falência do PS e dar luxo aos seus militantes / parasitas. Até parece um aborrecimento quando, por vezes, o país até parece ser um empecilho à glória do PS. A chatice dos incêndios. A maçada de Tancos. O chato do Covid. O que interessa o que causam ao país e aos portugueses? Interessa é encomendar estudos de opinião para saber a mossa que causaram ao partido. Fala-se muito da influência negativa que organizações como a Maçonaria e a Opus-Dei têm no nosso país. E é bom que se fale nisso. Mas a organização subversiva mais perigosa do país é o Partido Socialista, com os seus tentáculos espalhados sem piedade por todo o aparelho de Estado. Enquanto este PS continuar a ser dominado por Habilidosos (e parece que a seguir a este vem outro ainda pior, o irascível Pedro N Santos) e apagar os seus militantes válidos, sensatos e patriotas (que também os há), o país está refém deste gangue prepotente e mal-educado.
Maria Alva: Análise objectiva e "sem espinhas".     jorge espinha: O Ministro Centeno era dos mais populares do Governo. A Ministra da Saúde é uma das ministras mais populares. Pedrógão, que noutras paragens teria mandado abaixo o governo, nem a nível local teve consequências. A culpa será do Trump, da Alemanha, de Pedro Passos Coelho, dos putos à porta dos bares e na praia, do racismo dos portugueses, etc. Nunca será dos socialistas. O partido do estado triunfou, os lugares chave estão ocupados. Mesmo o Observador tem dificuldade de fazer a diferença. Quantas notícias internacionais são divulgadas acriticamente pelo Observador? As figuras principais deste jornal ainda apelam ao voto em Marcelo! Se nem o Observador consegue ver algumas coisas de maneira diferente, qual é a esperança de mudança de curso?
Filipe Paes de Vasconcellos: Temos em Portugal a instalação de um regime social comunista dos tempos modernos. Mas, eis que o DIABO aparece! e começa a vencer o habilidoso dr Costa.
Enquanto a Maioria Silenciosa continuar desaparecida, não vamos lá. Entretanto, a miséria e fome provocada pelo regime social comunista progride. Este País tão bonito e com um clima fantástico tem um Povo cada vez mais infeliz. Porque será?
tone goes: Análise super lúcida.....os ps nunca têm culpa de nada.
Carlinhos dos Rissóis > José Santos: Há quem não se importe de ser enganado/a desde que isso lhe traga benefícios. Há quem conviva pacificamente com a mentira. É o que infelizmente se passa em Portugal Querem lá saber do País, desde que se safem e estejam bem, tudo o resto que se lixe. Eles/as é que não podem viver mal e com dificuldades.  Depois está o partido, que é quem os/as sustenta e ampara. Quanto ao País, que se lixe. O problema é que muitos Países o que têm feito é comprado poder. As pessoas até nem vivem mal de todo, embora ambicionem sempre mais. Os Países é que se encalacraram até à medula para proporcionar às pessoas o que prometeram eleitoralmente. E mesmo assim não cumprem nem metade do que prometem em campanha.
José Santos: Estamos “lixados”. O que esta crónica refere, quase todos sabemos e no entanto fomos assobiando para o lado. Porque se continuou a permitir pelo voto, a continuidade destes políticos? É uma resposta profunda, que passa pelas dependências sociais, justiça, manipulação, sistemas eleitorais, grupos económicos, sociedades advogados, educação, comunicação social....E sobretudo porque é tudo farinha do mesmo saco! Sejam que partidos forem. Precisa-se urgentemente de novos protagonistas, distantes de tudo o que tem feito tanto mal ao país. 
Mario Areias: De facto caro Rui Ramos isto já está a correr mal para muitos portugueses e vai continuar. Penso mesmo que o pior está para vir. O governo agora diz que o défice afinal será de 7%. Daqui a algum tempo será 7,5% e assim sucessivamente. Não são capazes de assumir a realidade, continuam a pensar que os portugueses são parvos e alguns são, a aferir pelos que votam nesta trapalhada. O governo está desorientado. A situação já era má, mas sem o balão de oxigénio que seria algum turismo a coisa piorou. O Presidente já está a descolar à espera do pior e não quer ficar com a imagem chamuscada. Lamento muito o que estão a passar todos aqueles que vivem do turismo e podem ter a certeza que sei o que isso é
bento guerra: Estão entregues e consolados pelas promessas magnânimas de Bruxelas. Podem não aguentar a pressão do desemprego e da degradação social. Mas, aí ,entra o bombeiro Rio.
Adelino Lopes: Há muito que escrevo que a democracia portuguesa anda podre: 1º porque não existe comunicação social independente (andam ideologicamente controlados); 2º porque a justiça não funciona (nos casos políticos tais como melancia e casa pia; e o Sócrates vai pelo mesmo caminho). Estado? Essa gente de esquerda ignora o essencial; o Estado é mantido pelo sector privado. Só um país que produza muita riqueza é que pode manter um estado eficaz na protecção aos seus cidadãos. E para produzir? Até prova em contrário, só empresas privadas. As públicas dão prejuízo (quase todas), i.e. comem parte da riqueza produzida pelos privados. Isto é tão básico, que muito me admira como ainda não foi desmontada a narrativa socialista.
Joao Rodrigues >Adelino Lopes: Conversa de construtor civil, acha que cria riqueza mas depois recruta trabalhadores em África e o Estado é que tem de garantir habitação social e transportes .
Joaquim Moreira: Na minha opinião, de facto, correu mal. Mas não é preciso sair do Observador para verificar que teve um apoio geral. Não foi só da oposição e do mais Alto Magistrado da Nação, que é Portugal. Claro que a pandemia só veio agravar o que era a ilusão da boa economia. “Não foi a epidemia, em suma, que criou o sistema de poder socialista que, desde 1995, paralisou a economia, agravou a desigualdade e diminuiu o regime democrático”, como já se sabia. Na verdade, o poder tem alternado, entre o PS e os que lhe estão ali ao lado. Onde a maioria dos portugueses tem votado. Portanto, a alternativa, queiramos ou não, está no PSD, por quem quer que seja liderado. Por mim, não tenho a menor dúvida, de que, na situação actual, não é difícil saber quem pode ajudar a mudar esta situação em Portugal. Não é certamente a direita total. Que, ainda por cima, não tem o apoio que o PS tem na Comunicação Social.
Nuno > W Nunow: O que não consigo compreender é porque é que valores como os do conhecimento, do mérito, do empenhamento, do trabalho, do civismo ou o da poupança, estão tão esquecidos dos nossos governantes. Portugal precisa de competência, de rigor, de ambição o que não abunda no Governo. É triste...   
João Pensamentos: Quando temos um presidente da república conivente com o primeiro ministro, o que é que pode dar errado. Esperemos que no segundo mandato o presidente tenha dois dedos de testa e faça cair este governo que em dois mandatos nunca obteve a maioria, logo não é representativo dos portugueses.
Ana Rebelo > João Pensamentos: O Presidente o que tem em inteligência falta-lhe em coragem! No segundo mandato não será diferente do primeiro, infelizmente.
Cristina Cruz >João Pensamentos: Eu sei que a esperança é a última a morrer, mas não tenho qualquer esperança no Marcelo. Devíamos ter percebido o fraquinho que era quando foi candidato a PM e perdeu.... 
Carlos Quartel: Situações limite servem para clarificar situações. Neste nosso canto vejo com muito interesse a deriva do presidente, a querer despegar de Costa e de tudo o que cheire a PS. Inclusive recebendo para almoços figuras da direita e fazendo o máximo ruído com essa separação.  Num político com 40 anos de serviço isto quer dizer que o seu apuradissimo olfacto já detectou algo desagradável.  Outro pormenor importante é o caminho para o abismo do ministro dos trémulos bancos. Costa está a dar-lhe corda, incentivando-o a dar entrevistas, de onde sai sempre pior do que entra.  Quanto a Costa, há que dizer que se tem aguentado sem dar escândalo, com um momento ou outro de pânico, desculpável nestas circunstâncias. Não fora a gente conhecê-lo pelas aventuras de Seguro e da geringonça, ainda podia tentar alguns.


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