Isto só podia correr bem a António Costa, certo? /premium
Não foi a epidemia que criou o sistema
de poder socialista que, desde 1995, paralisou a economia, agravou a
desigualdade e diminuiu o regime democrático. Sim, vai correr mal, agora ou
mais tarde.
RUI RAMOS
OBSERVADOR, 10 jul
2020
Ao
princípio, tudo prometia correr bem. Ah, sim, falo da pandemia. Para aqueles
que vivem por cá mas têm a cabeça nos EUA, a quarentena quase pareceu uma
intervenção divina: ia interromper a prosperidade económica que prometia
reeleger Trump, e por isso mesmo, ia também levá-lo a resistir ao confinamento,
tornando fácil atribuir-lhe a culpa de todas as mortes associadas ao vírus.
Quanto
à terrinha, as coisas também pareciam promissoras para o poder socialista. Para
não cometer erros, bastava fazer o contrário de Trump. Ele tinha dúvidas sobre
a quarentena? Pois aqui não ia haver dúvidas nenhumas, era mandar toda a gente
para casa, os que podiam e os que não podiam. Entre os que podiam, estava,
felizmente, o funcionalismo, com direito a mais um aumento de remuneração em
teletrabalho. Quanto aos outros, haveria certamente estragos: falências,
desemprego. Mas por entre pedidos de subsídios e promessas de apoios, eis a
ocasião para vencer de vez os debates ideológicos com a vitória total do
Estado. “Quem é que agora é liberal?”, repetiam entre si os microfones da
oligarquia, muito satisfeitos. Começou-se até a falar de “nacionalizações”
como se tivéssemos voltado às assembleias do MFA, de cabelo comprido e calças à
boca de sino. Mais: esta era uma crise internacional. Justificava o
silêncio vergado da oposição, e, claro, a exigência estridente de dinheiro,
perdão, de “solidariedade” europeia. Siza Vieira, eufórico, proclamava que
ia haver mais recursos do que nunca. O vírus parecia a melhor notícia de
todos os tempos. Em suma: Trump derrotado, o liberalismo desmentido, o
funcionalismo em casa com um novo aumento, a oposição calada, o SNS como nova
religião do Estado … A certo ponto, pareceu que a única questão estava outra
vez em adivinhar o tamanho da lendária maioria absoluta de Costa, sobretudo
quando as duvidosas estatísticas de infectados serviram para fabricar o
“milagre português”.
Era
como se Deus se tivesse feito português – e socialista. Que mais se podia
pedir? Mais isto: abrir excepções à quarentena, para mostrar quem manda em
Portugal e de quem interessa ser amigo. Os católicos tiveram uma das suas
grandes peregrinações do ano durante o confinamento. Azar. Ficaram em casa,
vigiados pela polícia. Mas exactamente na mesma altura, comunistas e bloquistas
puderam passear em massa por praças e ruas, a comemorar as velhas datas do
calendário revolucionário português e as novas efemérides do calendário
revolucionário americano, que vai substituindo o primeiro, à medida que a
esquerda se deixa colonizar pelos EUA.
Mas
eis que, de repente, as coisas põem má cara. Infecções descontroladas, o
turismo estrangeiro evaporado, a crise económica mais grave e mais prolongada
de sempre, o desemprego a subir, e a possibilidade de o dinheiro dos alemães
não ser suficiente. Pode ser assim, ou pode ser pior. Mas para
o poder que os socialistas começaram a montar há 25 anos, nunca há
responsabilidades, e portanto problemas. O descontrole sanitário? É culpa dos
directores da saúde. As reservas turísticas canceladas? É culpa dos
estrangeiros. O desemprego? É na restauração e no resto da indústria turística,
para provar que a ganância dos privados tem custos. E mesmo que o dinheiro não
chegue para todos, chegará para os amigos. E, claro, se tudo correr mesmo mal,
não esquecer a desculpa: foi a epidemia; fez-se o que se pôde.
Mas, não, não foi a epidemia. Não foi a epidemia que criou uma
economia estagnada, que só o turismo anima. Não foi a epidemia que criou uma
dívida enorme, que agora limita o alcance dos auxílios estatais. Não foi a
epidemia que criou a desigualdade entre o público e o privado, que divide, em
termos de rendimentos e de segurança, a sociedade portuguesa. Não foi a
epidemia que fez dos debates na comunicação social um simulacro, com
interlocutores escolhidos pela sua ligação ao poder. Não foi a epidemia, em
suma, que criou o sistema de poder socialista que, desde 1995, paralisou a
economia, agravou a desigualdade e diminuiu o regime democrático. E sim, isto
só pode correr mal, e vai correr mal, agora ou mais tarde, porque não se pode
desfazer e desmoralizar um país, e esperar que depois tudo corra bem.
ANTÓNIO COSTA POLÍTICA DESIGUALDADE SOCIEDADE PODER COMPORTAMENTO EPIDEMIAS E
PRAGAS SAÚDE VÍRUS CIÊNCIAA. Carnide
Cláudio Lopes Não sou premium e por isso não li o artigo. Portanto
vou apenas comentar a premissa. Claramente podemos apontar aos sucessivos
governos socialistas a estagnação da economia o aumento da corrupção e outros.
Mas a questão da desigualdade é mundial e começou depois dos acordos entre
Thatcher Reagan. Aliás, houve um artigo há uns anos que explicava que até à
década de 70 , nos EUA, a relação entre os mais ricos e a classe média era de
40 e que nos temos de hoje é de 400. Temos poucos exemplos de não aumento da
desigualdade e alguns têm um regime social democrata, mas que ao contrário do
nosso é sério.
Ipsum Libertas: Por muito boa que seja a propaganda, a incompetência mais tarde ou mais
cedo, deixa sempre a sua inconfundível marca. É a marca da miséria generalizada
multiplicada pelo socialismo.
Alfaiate Tuga: Neste momento o nosso governo só tem problemas na frente externa, vejamos,
uns não querem que a sua população venha para cá de férias, outros não nos
querem dar dinheiro, outros não nos deixam gastar o dinheiro que nos dão à nossa
vontade, etc. Internamente tirando alguns focos de Covid e dois juizes
malandrecos, um literalmente segundo as meretrizes, não podia estar melhor. Gande
parte do funcionalismo público teve aumento de salário e redução de trabalho
(por causa do bicho passaram umas semanas em casa), os pensionistas não foram
afectados, (excepto os que fruto das suas “parcas pensões” este ano não puderam
ir fazer os tradicionais cruzeiros de época baixa, por causa do bicho). Os
trabalhadores do privado, aí há de tudo um pouco, tudo como dantes, lay-off e
desemprego, só para os que já perderam o emprego o futuro parece mais sombrio ,
mais uma vez por causa do bicho, mas por enquanto ainda tem o fundo de
desemprego, se descontavam para ele. Por último não consta que o RSI tenha sido
cortado, portanto aqui também bem. Portanto em Portugal o guito ainda não
deixou de correr, para alguns pode correr menos um pouco, mas estão em casa ou
na praia , os únicos que põem problemas são mesmo os estrangeiros, ou porque
não querem pagar para que as coisas em Portugal continuem a correr bem ou
porque não acreditam em milagres. Quando as moratórias do crédito acabarem,
acabar o fundo de desemprego, e acabar o dinheiro barato de Bruxelas, vai
começar a correr pior, para alguns, na altura veremos o alcance dos
estilhaços...ou seja para quem vai deixar de correr o guito.
Carlinhos dos Rissóis: O Rui Ramos, a Helena Matos e o Alberto Gonçalves tiram anos de vida aos cartilheiros
do Lg dos Roedores. Eles e elas nem dormem. Precisam de reforçar os soporíferos
para dormirem alguma coisita de quinta para sexta, de sexta para sábado e de
sábado para domingo, tal a angústia de terem de lidar com a factualidade das
coisas. Sextas, sábados e domingos, subtraem-lhes anos e anos de vida, para
além dos costumeiros padecimentos resultantes das úlceras que não há meio de
sararem :-)
josé maria: António Guterres deixou de ser PM em 2002 e conseguiu o défice público de
3,3%. Cavaco Silva governou até 1995 e deixou o défice em 5,2%.Durão Barroso
saiu em 2004 e deixou o défice em 6,2%.Santana Lopes saiu em 2005 e deixou o
défice em 6,2%. Cavaco Silva governou entre 1987 e 1995, com a dívida
pública sempre a subir. Em 1995, a dívida ficou em 58,3%. Durante o governo de
António Guterres, a dívida baixou de 59,5 % em 1996 para 55,2% em 1997. Em
1998, baixou para 51,8% Em 1999, baixou para 51,0%. E em 2000 baixou para
50,3%.Quanto ao défice, em 1999, Guterres deixou o défice em 3,0%, em 2000, 3,2%,
em 2001, 3,3%. Quanto ao desemprego, Cavaco Silva fixou-o em 7,1%, no ano de
1995. Guterres conseguiu colocá-lo em 5,0% em 2002.Um dos dois melhores PM
portugueses, juntamente com António Costa, sem margem para dúvidas. Contra
factos, não há argumentos. São diferenças muito significativas, Guterres bate
Cavaco Silva aos pontos por larga margem de diferença, na dívida pública, no
défice e no desemprego. Honrou Portugal internamente e honra o nosso país
externamente. O resto é a habitual bílis dos despeitados
Faisal Al Meida > josé maria: He, he... Deve ter sido inspirado no ze maria que o
Ricardo Araújo Pereira concebeu o seu programa "Gozar com quem
trabalha". Enfim, amigalhaços da esquerdalha...
Para completar os números do ze só faltam 4 dados históricos: 1- Quem levou o País à bancarrota (vez 1)?:
Mário Soares 2- Quem levou o País à
bancarrota (vez 2)?: Mário Soares 3- Quem
levou o País à bancarrota (vez 3)?: Sócrates 4-
Quem levou o País à bancarrota (vez 4)?: António Costa
Ou então, para simplificar as coisas: -Quem
levou o País à bancarrota 4 vezes?: Partido Socialista.
José Santos
>josé maria: Ainda não tinha percebido que estamos no “País das
Maravilhas” o melhor país da Europa e do Mundo para se viver, é por isso que a
massa crítica de países desenvolvidos querem vir para cá, é por isso que nunca
em Governo algum fomos resgatados pelo FMI, é por isso que neste momento vamos
emprestar dinheiro aos Europeus em particular à Alemanha para poderem sair da
crise em que se encontram. Obrigado pela informação! Pode continuar .....
André Ondine > josé maria: Guterres, apesar de eu não partilhar de muitas das
suas ideias, parece ser um homem sério e que estava imbuído de um espírito de
missão. Ainda está, parece-me inegável. Não nego isso. Compará-lo com o
habilidoso António Costa é uma ofensa tremenda para Guterres. Costa está
imbuído há décadas de um espírito de poder. Pessoal e só transmissível a quem o
bajular. Não fale só de números. O país também deve ser qualificado pelos seus
valores e pelo respeito pelo regime democrático. Guterres está noutro patamar
em relação a Costa. De longe. Costa representa o jogo político no que este tem
de mais maquiavélico e maldoso. e isso está a fazer do nosso país um país muito
pouco recomendável a pessoas de bem. Não há défice nem pib que disfarcem um
país de maus valores. Desculpe o romantismo talvez bacoco, mas é o que sinto.
Costa é Habilidoso. Demasiado. Quer poder, custe a quem custar. E tem custado a
muita gente. Até ex-amigos e "camaradas".
António Sennfelt: Para os camaradas do PS, a culpa nunca foi ou será deles! Ela já foi do
Durão Barroso, que desertou da barca! (Claro que o Dr. Guterres só se pôs a
milhas por altruísmo!) Seguiu-se o maravilhoso consulado do nosso saudoso
senhor engenheiro, em má hora apeado do Poder pelo infame conluio da banca
internacional! A culpa transitou então para o Dr. Pedro Passos Coelho que
passou a ser o mau da fita e predilecto vilão de toda a Esquerda (incluindo,
claro, a do nosso laborioso líder da chamada "Oposição)! Agora que
finalmente temos ao leme a mão segura, perdão, eu queria dizer a mão firme do nosso
primeiro-ministro podemos estar seguros - irra, seguros não! - queria dizer que
podemos estar confiantes de que, caso venha a surgir algum problema dos diabos,
pois então fiquem desde já a saber que a culpa nunca terá sido deles!
Dani
Silva: Muito bom artigo, subscrevo!!
José Pedro Faria: Os derrotados da vida têm nestas crónicas mais umas choradeiras muito
adequadas ao seu lúgubre estado de espírito. André Ondine: Rui Ramos cai no erro de muitos
comentadores e distrai-se a falar de Portugal. Mas o que interessa que Portugal
possa acabar mal se tudo correr bem para o PS? Este não é um governo para
Portugal (o do Ericeira Sócrates também não era). É um governo para o PS.
Comparem o entusiasmo do Habilidoso quando este fala do PS, como um Estado supremo
e perfeito, como quando o mesmo Habilidoso fala de Portugal, sempre com ar
pesaroso. Para o Chef Costa e o seu gangue acéfalo, o PS é o objectivo último.
E o país até está no caminho desse estado socialista, tendo, por vezes, a
desfaçatez de colocar em causa esta gente pouco recomendável. O objectivo de
estar no governo não é governar o país. É governar o PS. É esconder a falência
do PS e dar luxo aos seus militantes / parasitas. Até parece um aborrecimento
quando, por vezes, o país até parece ser um empecilho à glória do PS. A chatice
dos incêndios. A maçada de Tancos. O chato do Covid. O que interessa o que
causam ao país e aos portugueses? Interessa é encomendar estudos de opinião
para saber a mossa que causaram ao partido. Fala-se muito da influência
negativa que organizações como a Maçonaria e a Opus-Dei têm no nosso país. E é
bom que se fale nisso. Mas a organização subversiva mais perigosa do país é o
Partido Socialista, com os seus tentáculos espalhados sem piedade por todo o
aparelho de Estado. Enquanto este PS continuar a ser dominado por Habilidosos
(e parece que a seguir a este vem outro ainda pior, o irascível Pedro N Santos)
e apagar os seus militantes válidos, sensatos e patriotas (que também os há), o
país está refém deste gangue prepotente e mal-educado.
Maria Alva: Análise objectiva e "sem
espinhas". jorge espinha: O Ministro Centeno era dos mais populares do Governo.
A Ministra da Saúde é uma das ministras mais populares. Pedrógão, que noutras
paragens teria mandado abaixo o governo, nem a nível local teve consequências.
A culpa será do Trump, da Alemanha, de Pedro Passos Coelho, dos putos à porta
dos bares e na praia, do racismo dos portugueses, etc. Nunca será dos
socialistas. O partido do estado triunfou, os lugares chave estão ocupados.
Mesmo o Observador tem dificuldade de fazer a diferença. Quantas notícias
internacionais são divulgadas acriticamente pelo Observador? As figuras
principais deste jornal ainda apelam ao voto em Marcelo! Se nem o Observador
consegue ver algumas coisas de maneira diferente, qual é a esperança de mudança
de curso?
Filipe Paes de Vasconcellos: Temos
em Portugal a instalação de um regime social comunista dos tempos modernos. Mas,
eis que o DIABO aparece! e começa a vencer o habilidoso dr Costa.
Enquanto a Maioria Silenciosa continuar desaparecida, não vamos lá. Entretanto, a miséria e fome provocada pelo regime social comunista progride. Este País tão bonito e com um clima fantástico tem um Povo cada vez mais infeliz. Porque será?
Enquanto a Maioria Silenciosa continuar desaparecida, não vamos lá. Entretanto, a miséria e fome provocada pelo regime social comunista progride. Este País tão bonito e com um clima fantástico tem um Povo cada vez mais infeliz. Porque será?
tone goes: Análise super
lúcida.....os ps nunca têm culpa de nada.
Carlinhos dos Rissóis > José Santos: Há quem não se importe de ser enganado/a desde que
isso lhe traga benefícios. Há quem conviva pacificamente com a mentira.
É o que
infelizmente se passa em Portugal Querem lá saber do País, desde que se safem e estejam
bem, tudo o resto que se lixe. Eles/as é que não podem viver mal e com
dificuldades. Depois está o partido, que é quem os/as sustenta e ampara. Quanto ao País, que se lixe.
O problema é que
muitos Países o que têm feito é comprado poder. As pessoas até nem vivem mal de
todo, embora ambicionem sempre mais. Os Países é que se encalacraram até à medula para
proporcionar às pessoas o que prometeram eleitoralmente. E mesmo assim não
cumprem nem metade do que prometem em campanha.
José Santos: Estamos
“lixados”. O que esta crónica refere, quase todos sabemos e no entanto fomos
assobiando para o lado. Porque se continuou a permitir pelo voto, a continuidade
destes políticos? É uma resposta profunda, que passa pelas dependências sociais,
justiça, manipulação, sistemas eleitorais, grupos económicos, sociedades
advogados, educação, comunicação social....E sobretudo porque é tudo farinha do
mesmo saco! Sejam que partidos forem. Precisa-se urgentemente de novos
protagonistas, distantes de tudo o que tem feito tanto mal ao país.
Mario Areias: De facto caro Rui Ramos isto já
está a correr mal para muitos portugueses e vai continuar. Penso mesmo que o
pior está para vir. O governo agora diz que o défice afinal será de 7%. Daqui a
algum tempo será 7,5% e assim sucessivamente. Não são capazes de assumir a
realidade, continuam a pensar que os portugueses são parvos e alguns são, a
aferir pelos que votam nesta trapalhada. O governo está desorientado. A
situação já era má, mas sem o balão de oxigénio que seria algum turismo a coisa
piorou. O Presidente já está a descolar à espera do pior e não quer ficar com a
imagem chamuscada. Lamento muito o que estão a passar todos aqueles que vivem
do turismo e podem ter a certeza que sei o que isso é
bento guerra: Estão entregues e consolados pelas promessas
magnânimas de Bruxelas. Podem não aguentar a pressão do desemprego e da
degradação social. Mas, aí ,entra o bombeiro Rio.
Adelino Lopes: Há muito que escrevo que a democracia portuguesa anda
podre: 1º porque não existe comunicação social independente (andam ideologicamente
controlados); 2º porque a justiça não funciona (nos casos políticos tais como
melancia e casa pia; e o Sócrates vai pelo mesmo caminho). Estado? Essa gente
de esquerda ignora o essencial; o Estado é mantido pelo sector privado. Só um
país que produza muita riqueza é que pode manter um estado eficaz na protecção
aos seus cidadãos. E para produzir? Até prova em contrário, só empresas
privadas. As públicas dão prejuízo (quase todas), i.e. comem parte da riqueza
produzida pelos privados. Isto é tão básico, que muito me admira como ainda não
foi desmontada a narrativa socialista.
Joao Rodrigues >Adelino Lopes: Conversa
de construtor civil, acha que cria riqueza mas depois recruta trabalhadores em
África e o Estado é que tem de garantir habitação social e transportes .
Joaquim Moreira: Na minha
opinião, de facto, correu mal. Mas não é preciso sair do Observador para
verificar que teve um apoio geral. Não foi só da oposição e do mais Alto
Magistrado da Nação, que é Portugal. Claro que a pandemia só veio agravar o que
era a ilusão da boa economia. “Não foi a epidemia, em suma, que criou o sistema
de poder socialista que, desde 1995, paralisou a economia, agravou a
desigualdade e diminuiu o regime democrático”, como já se sabia. Na verdade, o
poder tem alternado, entre o PS e os que lhe estão ali ao lado. Onde a maioria
dos portugueses tem votado. Portanto, a alternativa, queiramos ou não, está no
PSD, por quem quer que seja liderado. Por mim, não tenho a menor dúvida, de
que, na situação actual, não é difícil saber quem pode ajudar a mudar esta
situação em Portugal. Não é certamente a direita total. Que, ainda por cima,
não tem o apoio que o PS tem na Comunicação Social.
Nuno > W Nunow: O que não
consigo compreender é porque é que valores como os do conhecimento, do mérito,
do empenhamento, do trabalho, do civismo ou o da poupança, estão tão esquecidos
dos nossos governantes. Portugal precisa de competência, de rigor, de ambição o
que não abunda no Governo. É triste...
João Pensamentos: Quando temos um
presidente da república conivente com o primeiro ministro, o que é que pode dar
errado. Esperemos que no segundo mandato o presidente tenha dois dedos de testa
e faça cair este governo que em dois mandatos nunca obteve a maioria, logo não
é representativo dos portugueses.
Ana Rebelo > João Pensamentos: O Presidente o que tem em inteligência
falta-lhe em coragem! No segundo mandato não será diferente do primeiro,
infelizmente.
Cristina Cruz >João Pensamentos: Eu sei que a esperança é a última a morrer,
mas não tenho qualquer esperança no Marcelo. Devíamos ter percebido o fraquinho
que era quando foi candidato a PM e perdeu....
Carlos Quartel: Situações
limite servem para clarificar situações. Neste nosso canto vejo com muito
interesse a deriva do presidente, a querer despegar de Costa e de tudo o que
cheire a PS. Inclusive recebendo para almoços figuras da direita e fazendo o
máximo ruído com essa separação.
Num político com 40 anos de serviço isto
quer dizer que o seu apuradissimo olfacto já detectou algo desagradável. Outro
pormenor importante é o caminho para o abismo do ministro dos trémulos bancos.
Costa está a dar-lhe corda, incentivando-o a dar entrevistas, de onde sai
sempre pior do que entra. Quanto a Costa, há que dizer que se tem aguentado sem
dar escândalo, com um momento ou outro de pânico, desculpável nestas
circunstâncias. Não fora a gente conhecê-lo pelas aventuras de Seguro e da
geringonça, ainda podia tentar alguns.
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