sábado, 18 de julho de 2020

Sem medos



Um texto da indignação de Salles da Fonseca, mais uma vez revelador do seu brio de nobreza antiga, que lhe advém certamente dos seus princípios de educação cultivados a partir do berço, e comprovados na sua presença na guerra de África, ao invés de tantos outros a ela fugidos cobardemente, com a justificação das doutrinas que as bolsas familiares favoreceram. Não é, pois, o falar de cor que lhe dita o discurso a favor dos que nas colónias conviviam, bem ou mal - como em todos os lugares do mundo - com as populações africanas. Racismos sempre existiram, e os povos africanos não são-menos racistas para com os povos que os dominaram e de quem pretendem vingar-se agora, instigados, é certo, pelos ditadores actuais dessas modas centradas no ódio por tudo quanto significou desenvolvimento pelo trabalho.
Mas o que constitui verdadeiro prazer no texto de Salles da Fonseca é o destemor das suas afirmações de homem valente que metem num chinelo as violências e o alarido de quem esconde a sua cobardia sob a arrogante capa de uma hipocrisia beateira, naturalmente falsa, a esconder o medo.

HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO,18.07.20
«Deus fez o Mundo;
Os holandeses fizeram a Holanda;
Os portugueses fizeram os mulatos»   (da sabedoria inglesa)
Qualquer português medianamente culto, actualmente vivo, que tenha conhecido as Colónias[i] com alguma perenidade, não tem razões que lhe permitam pactuar com o racismo.
Se é racista, não é medianamente culto; se foi racista, já não é vivo; se é racista, medianamente culto e está vivo, não conheceu perenemente as Colónias; se, mesmo assi, é racista, não é meu Leitor.
Qualquer que seja a cor da sua pele, o racista português tem fraca cultura e nunca foi às Colónias; é facilmente manipulável.
E assim é que, pela manipulação dos incultos, está em curso a substituição do racismo branco contra os pretos pelo racismo preto contra os brancos, processo que visa a destruição da Civilização Ocidental de origem greco-latina.
Morto o estalinismo, vinga o gramscianismo; morto o PCP, vinga o BE; morta a classe operária, vinga a hegemonia cultural marxista de inspiração anarquista, inimiga da burguesia e de tudo o que ela represente.
Eis como os ditos eruditos marxistas de inspiração anarquista ressurgidos da tradição sartriana do Maio de 68 encontraram esse instrumento que é o racismo negro que se arvora em revisor da História do Ocidente como forma de lhe apear os Valores e, destruindo (desconstruindo, como imbecilmente apregoam) a História, atingirem fatalmente o Ocidente e tudo o que o distingue do resto do mundo.
Na hora que corre, cumpre-nos, ocidentais, usarmos todos os megafones da moderna tecnologia para promovermos a destruição dos fundamentos teórico-históricos do marxismo[ii], fundamentarmos as virtudes do pluripartidarismo compatível com os Valores Ocidentais, nomeadamente os constantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Português culto não exala ódios racistas mas também não gosta de ser pisado.
Julho de 2020      Henrique Salles das Fonseca
[i]- Deixemo-nos de eufemismos do género de «Províncias Ultramarinas» e de quaisquer outras subtilezas politico-semânticas
[ii] - O sofisma da diabolização do lucro que conduziu a indústria soviética a um monte de sucata;  A falácia do determinismo histórico que se revelou «apenas» às avessas;  O absurdo humanista da ditadura do proletariado;  O absurdo completo que é a perenidade revolucionária.
COMENTÁRIOS:
Isabel Pedroso gosta disto
Henrique Salles da Fonseca,19.07.2020: José Guerra gosta disto


Nenhum comentário: