Um texto esclarecedor, de HELENA GARRIDO, tal como os mais
de 100 comentários lançando a luz de uma severidade inútil sobre as actuações
de uma fragilidade constante mas útil aos actuantes do costume. E assim nos
vamos distraindo à roda da nau, tal um pobre Mostrengo ameaçador, ineficaz
perante a “força” de “El-Rei D. João II: Quem
é que ousou entrar nas minhas cavernas que não desvendo?” … mas el-rei desvendou,
truz, truz truz, tap, tap tap – é minha.
Ninguém quer saber da TAP /premium
A nacionalização salvou o principal
accionista privado da TAP e criou mais problemas à empresa e ao país. Mais uma
vez nacionalizaram-se perdas e privatizaram-se ganhos. Ninguém no poder quer
saber.
HELENA GARRIDO
OBSERVADOR, 06
jul 2020
O ministro Pedro Nuno Santos pagou 55
milhões de euros para expulsar, aos gritos e insultos, o accionista David
Neeleman da TAP, empresa que o Governo diz que está falida. O fundador da Jetblue, uma referência no sector da aviação, pode gabar-se de
ter ganho dinheiro em plena crise inédita da aviação, viu-se livre do risco de
perder dinheiro e manteve-se como credor privilegiado com uma
remuneração de 7,5%. Um negócio que ninguém entende e que, pelo que
se conhece, prejudica o interesse do Estado e da empresa. Mas que a ninguém
parece interessar esclarecer.
Todo
o processo da TAP é um mistério de irracionalidade. Há muitas decisões com que
podemos não concordar, mas que encontramos uma razão para elas. Neste caso nem se pode concordar ou discordar, apenas
não se percebe. Claro que esta solução é melhor do que a nacionalização à
força. Mas a melhor solução teria sido manter David
Neelman na estrutura accionista, a ajudar,
com o que conhece do sector, com os seus contactos e também com o seu dinheiro,
a recuperar a TAP.
Mas preferiu-se insultar David Neeleman, expulsá-lo e pagar-lhe 55
milhões de euros mais 7,5% de juros pelo empréstimo à TAP de 90 milhões de
euros até 2026. E ficar o Estado com 72,5% da TAP e um accionista privado que
nada percebe do negócio, não tem contactos no sector nem dinheiro ou acesso
internacional a ele. Tudo isto numa crise gravíssima em geral e arrasadora no
sector da aviação, a acontecer num país que tem um crónico défice de capital,
com a perspectiva de ter ainda menos acesso a ele, e que quer atrair
investimento estrangeiro.
A juntar ainda a este cenário já de si aterrador, a TAP está em
pleno processo de “ajudas de Estado” na
Comissão Europeia que, se já era difícil, tornou-se ainda mais complicado com
esta operação de nacionalização, criando problemas adicionais com Bruxelas e
mais uma frente de batalha, a dos concorrentes “low cost”. A Ryanair já fez saber
que considera a nacionalização uma ajuda de Estado ilegal e que vai avançar
para os tribunais europeus. E sendo verdade que a toda poderosa direcção-geral
da concorrência não discrimina entre público e privado, como diz, podemos desde
já contar com um escrutínio adicional.
Como
se tudo isto não bastasse, além da alteração na estrutura accionista, a TAP
ficou nesta fase difícil sem presidente da Comissão Executiva. O ministro Pedro
Nuno Santos despediu
Antonoaldo Neves em directo, na conferência de imprensa em que ao mesmo tempo garantia que o Governo
não vai gerir a TAP.
Respondendo
aos críticos, que receiam mais uma empresa com lugares para “boys”, o ministro
prometeu que a nova gestão vai ser contratada por concurso internacional por
uma empresa de “head hunters” que o Governo vai contratar. Boa prática,
aplicada na hora errada e a prometer novos problemas.
No quadro da decisão europeia
que autorizou o empréstimo até ao limite máximo de 1200 milhões de
euros, a TAP terá de apresentar um plano de reestruturação no prazo máximo de
seis meses a contar do início de Junho. Não é expectável que a nova gestão,
contratada internacionalmente, chegue a tempo de o fazer e, até ao momento,
desconhece-se quem vai substituir o presidente executivo. Ou seja, a TAP está, pelo menos, sem presidente da
Comissão Executiva numa das fases mais difíceis da sua vida. Quem a vai gerir?
E quem vai então fazer esse plano? O Governo, que garantiu que não ia gerir a
TAP? Vai o ministro contar com as pessoas que mais percebem do sector ou
continuará a tomar decisões com razões que a razão desconhece?
E a nova gestão contratada
internacionalmente estará disponível para ganhar o que Antonoaldo Neves ganhava
e a não receber prémios que tanto irritaram o ministro, como questiona Ricardo Costa no Expresso? E
estará também a nova gestão disponível para gritarias sobre a escolha dos voos
que se devem ou não fazer a partir do Porto?
Estamos perante um nunca mais acabar
de questões, tudo problemas que foram criados pelo ministro Pedro Nuno Santos para uma
TAP já cheia de problemas.
Façamos
um pequeno exercício: o que seria agora a TAP se o Governo, seguindo até a
sua característica de grande negociador, tivesse mantido a estrutura
accionista, se Neeleman
tivesse ficado? Primeiro
não tínhamos todos os problemas que acabámos de descrever e o Estado tinha mais
55 milhões de euros que tanta falta fazem nesta crise. Sim, é verdade que
poderia ter de gastar esse dinheiro e até mais daqui a uns meses. Mas, pelo que
se viu no Orçamento suplementar, todos os tostões fazem falta face à crise que
enfrentamos.
Além
disso, se tivesse havido um acordo, nesta altura já se estaria a fazer o plano
de reestruturação. E David Neeleman,
em vez de receber 55 milhões de euros, estaria a aceitar converter em capital
os empréstimos que fez à TAP, como aliás se mostrou disponível no quadro das
negociações com Bruxelas.
É
verdade que as necessidades de capitalização poderiam acabar por ser suportadas
pelo Estado que, aí sim, reforçaria a sua posição accionista. Mas até lá
existia margem para explorar outras soluções que passariam pela participação de
Neeleman ou até de
outros accionistas. Vivemos sem dúvida tempos de incerteza total, mas a
passagem do tempo tanto pode trazer cenários melhores como piores. Com a
escolha que se fez fechou-se a porta a um accionista internacional que poderia
trazer dinheiro de fora.
Quanto ao plano de reestruturação, num
processo de cooperação entre o accionista Estado e a gestão privada, podia-se
igualmente tentar mitigar o erro de ter deixado a Comissão Europeia considerar
que a TAP era já uma empresa com problemas ou mesmo falida.
Esta
é aliás outra interrogação do caso TAP. Como é que o Governo
não conseguiu convencer a Comissão Europeia da viabilidade da TAP? Se olharmos para as contas da TAP SA, aquela que vai
ser reestruturada, vemos que os seus capitais próprios são positivos, ainda que
marginalmente, e que os resultados operacionais são igualmente positivos. A
empresa que o Governo tem vindo a referir como tendo capitais negativos é a TAP
SGPS. E sim, está “tecnicamente falida”,
mas não é economicamente inviável – uma empresa com este perfil tem um problema
financeiro, e não económico, e o seu problema é resolvido com uma
capitalização. Mais difícil é viabilizar economicamente uma empresa, mas esse
trabalho estava em grande parte feito na TAP.
Como
é que os negociadores portugueses não conseguiram demonstrar isso à Comissão
Europeia? Como é que também não valorizaram devidamente o facto de a TAP se ter
conseguido financiar nos mercados financeiros internacionais em finais de
2019 (ver página 21), de ter aumentado a maturidade média da dívida de 2,5 para
4,5 anos e de ter estado perto de ser adquirida pela Lufthansa – não fosse a pandemia e
hoje era disto que estaríamos a falar. Registe-se aliás que um dos projectos
dos accionistas privados era colocar a empresa em bolsa para a capitalizar, o
que acabou por nunca ir para a frente devido aos condicionalismos políticos do
Governo.
Todo
o processo é incompreensível como se percebe e é sistematicamente marcado pela irritação
do ministro Pedro Nuno Santos com a TAP que começa com o caso dos prémios que a
gestão decidiu atribuir a um grupo de colaboradores em 2019. É mais ou menos a
partir dessa altura que Pedro Nuno Santos se torna crítico da TAP, questionando
em crescendo a sua gestão e em claro contraste com o seu antecessor Pedro
Marques.
É
também Pedro Nuno Santos,
já na fase de negociação do apoio do Estado, que coloca pela primeira vez a
hipótese de deixar falir a TAP, foi a 19 de
Maio no Parlamento, para mais tarde, na semana passada, dar o dito
pelo não dito e criticar os que defendiam esse cenário classificando-os como
fanáticos. A irritação é ainda mais indisfarçável com o presidente executivo da
TAP, tendo-se chegado ao ponto de o ministro o ter demitido, em directo, na
conferência de imprensa em que anuncia renacionalização da TAP.
Como é que chegámos a este ponto?
Como e porque é que o ministro Pedro Nuno Santos fez as coisas como fez? Como é
que se foi capaz de adicionar problemas a problemas, sem que nem o
primeiro-ministro nem o Presidente da República interviessem? Porque é que o
primeiro-ministro se ficou por críticas subentendidas à gritaria a que se foi
assistindo na praça pública? O que faz correr Pedro Nuno Santos e o que faz
António Costa estar parado? As guerras de sucessão e de protagonismo como defende João Marques de Almeida?
A questão não é a TAP ser ou
não ser uma empresa estratégica. A TAP é uma empresa com quase 10 mil
trabalhadores que enfrenta uma conjuntura dificílima, tal como as suas
concorrentes. Um Governo tem o dever de não criar ainda mais problemas a uma
empresa em dificuldades. Não foi isso que aconteceu: o Governo cavou um buraco
ainda maior na TAP e salvou um dos accionistas privados de referência. Com a
cumplicidade do primeiro-ministro, do Presidente da República e de todos os
partidos. As vítimas desta gestão irracional do processo da TAP serão mais de
dez mil famílias, os contribuintes portugueses e o dinheiro que vai faltar
noutras áreas em que o Estado é importante.
COMENTÁRIOS
António Serrano: Artigo notável de Helena Garrido. Ao mesmo tempo aterrador, pondo a nu a
miserável inteligência e incapacidade dos nossos “governantes”.
Estamos tramados,
entregues a bicharada!!!
Carlos Monteiro: A economista HG continua dando-nos informação dos erros que governantes, baseando-se
nas sondagens, julgam ser os mais competentes. Todas estas incongruências não
serão motivo para que os países que vão pondo reservas ao anunciado pela CE, quanto
às verbas a distribuir? Esperemos que não. O governo Holandês já anunciou que a
decisão ainda não estava tomada. No caso de sermos prejudicados, os verdadeiros
culpados vão chorar lágrimas de crocodilo.
André Ondine: Este desastre da TAP serviu, para além de outras coisas, para tornar
evidente a notória incompetência do Ministro Pedro Nuno Santos e o seu
feitio irascível, característica tão em voga nos líderes recentes do
supostamente-tolerante Partido Socialista.
Ao ameaçar a falência da TAP, naquele momento de poder
poucochinho tão típica dos poucochinho líderes partidários, Pedro Nuno (como é tratado pelos
comentadores do regime, que lhe prestam inusitada vassalagem) mostrou que
nunca trabalhou fora das tricas partidárias e que não faz ideia da ansiedade e
da angústia que o seu pequeno momento de glória e de arrogância trouxe a mais
de 10.000 famílias. Um palerma irresponsável. Um político típico bem ao estilo
do ídolo, o Habilidoso, a quem vai usurpar o poder mais cedo ou mais tarde. Desde
aí, tudo piorou. A TAP transformou-se num joguete de poder político e, pelo
meio, perderam-se os apoios europeus à TAP, dados a todas as outras companhias
comerciais europeias, porque o inenarrável Pedro
Nuno Santos aproveitou para dizer que os problemas da TAP não eram do Covid, eram de
muito antes, nem sequer lutando pelo facto de a pandemia ter agravado problemas
que, de facto, já vinha de trás. Na semana passada, a conferência de imprensa
foi um bom momento Monty Piton, com o ministro a auto-justificar a sua
incompetência com aquele ar de quem está acima de todos nós. Que não cai com estrondo,
de tão acima que está.
josé maria: Aquilo que a Helena Garrido devia dizer, mas não diz, é que, há vários
anos, a péssima gestão privada, de grandes empresas, como os bancos e agora a
TAP, causou rombos enormes no erário público. Factos, aliás, bem demonstrativos
do grau enorme de danosidade económica e social que o liberalismo económico
pode causar aos contribuintes. Agora, o que restaria ? Deixar falir a TAP, com
todas as consequências económicas e de acrescido desemprego, pagamentos dos
correspondentes subsídios ou uma nova injecção de capitais? E por que razão o
Estado deve nacionalizar a Efacec e depois voltar a colocá-la nas mãos de
gestores privados incompetentes? E por que razão deve o Estado injectar mais um
balúrdio na TAP e depois voltar a entregá-la de mão beijada a mais empresários
incompetentes? Tem resposta para estas questões essenciais, Helena, ou
falta-lhe bitátá para se pronunciar sobre as mesmas?
Joaquim Rodrigues: Qualquer “Papagaio do Regime” quando fala sobre a TAP, a primeira coisa que
“papagueia” é que a “TAP é uma empresa Estratégica para Portugal”. O “carácter estratégico” é,
para eles, tão evidente que não carece de demonstração. Para eles só os ignorantes mais
absolutos ou os apátridas de má fé põem em dúvida essa evidência. Mas quando muito “apertados” os
“desígnios estratégicos” que enunciam são: --Assegurar
o Serviço Público com Açores e Madeira. Mentira: a TAP representa apenas 17% do tráfego em Ponta Delgada e menos de 30% no
Funchal. --A
TAP é fundamental para o Turismo Nacional. Mentira: a TAP representa 4% dos passageiros em Faro, cerca de
um terço dos passageiros no Porto e só no Aeroporto de Lisboa movimenta cerca
de 50% dos passageiros. -- A
TAP gera negócios de 1,3 mil milhões/ano a empresas portuguesas suas
fornecedoras que se perderiam. Mentira: Se essas empresas estão no mercado e não sobrevivem apenas por “compadrio”
então terão os seus negócios garantidos e até com novas oportunidades de
negócio quando a TAP for substituída por outras companhias. --Portugal, sem a TAP, ficaria sem um mínimo
de transporte aéreo. Mentira: como mostraram as falências da Swissair, Sabena, Varig,
Ibéria, PanAm, TWA e muitas outras, o lugar deixado vago por elas foi logo
ocupado por outras empresas, as mais das vezes com menores preços e/ou melhor
qualidade de serviço. Quando os mercados são competitivos e, se necessário,
regulados, essa é a garantia da defesa dos interesses dos passageiros/clientes.
O
“proteccionismo” salazarento tão do agrado dos afilhados de Salazar/Cunhal só
conduz à desgraça, como a TAP e a Ferrovia em Portugal demonstram. A TAP, tal
como o nosso Regime "Estatista e Centralista", são o exemplo
paradigmático das heranças do Estado Novo mantidas intactas pelos afilhados de
Salazar/Cunhal até aos dias de hoje.
manuel soares Martins: Já tinha ouvido H.G. na TV mas aqui é ainda mais clara e convincente. Um
texto notável e irrebatível. Só falta lembrar que este horror estava já
incubado na atitude da esquerda socialista e comunista de, apoderando-se do
poder, reverter tudo o que o governo anterior fizera.
Erasmo Nuzzi: Mais uma vez Portugal prima pela demagogia em detrimento da razão, os
contribuintes portugueses que paguem a conta do discurso de esquerda demagógico
e inconsequente, ah os dinheirinhos de Europa tem que pagar de volta ok?
Carlos Quartel: A grande questão é o vazio de competências e projectos no panorama político
nacional. Correndo com todo este lixo incompetente, quem vai substituir Costa ??
-Rio, cuja visão
política dispensa o parlamento, visto como sítio onde só se perde tempo,
impedindo o trabalho ? -O Chicão do CDS, sem projecto conhecido, sem
organização, sem implantação nas vilas e cidades ? -A IL, totalmente desconhecida
fora do grupo que a formou ?? -O Ventura, com o seu aeroporto Amália ??
Isto está muito mais
sério do que muitos imaginam, o PR não tem estatura para pôr ordem no
galinheiro e assim acontecem coisas como esta aberração da TAP. O que nos
segura é a ligação à Europa. Falta saber até onde a Europa nos atura .....
Maria Alva: Excelente análise. Ao fim e ao cabo estamos a pagar a reversão do Kosta
para ir para o poleiro com a ajuda do PC e BE, e a incompetência do ministro
tremeliques 🎯
manuel martins: Excelente trabalho.......parabéns Helena Garrido O problema na minha opinião
volta a ser o dr Costa........afinal quem escolheu a equipa de ministros dele??
fui eu???naoooooooooo.........foi ele, o dr Costa.
Ao escolher um ultra-bloquista como Pedro Nuno
Santos que todos
sabemos que é um radical da extrema esquerda (devia estar no Livre com a
camarada Joacine)......não se esqueçam que é o tal que não queria pagar a
divida aos banqueiros alemães, o celebre episódio da bomba atómica e as pernas
dos alemães a tremerem com varas verdes......na minha terra a isto de não
querer pagar chama-se roubar/vigarizar/burlar/aldrabar.........
Então quando se nomeia para ministro das
Infraestruturas um Pedro Nuno Santos, esperava-se o que?? Competência??
Responsabilidade?? Seriedade?? idoneidade?? Carácter?? Rigor???........isso
serão sempre qualidades/virtudes que o Pedro Nuno Santos não tem nem nunca terá
MC Santos: Muito bem HG, uma visão cristalina sobre os factos. Obrigado.
Filipe Paes de Vasconcellos: Enquanto Portugal tiver: 1.- Um PR que faz o papel de
mestre cerimónia do regime social-comunista dos tempos modernos, e porta voz do
governo com o mesmo nome 2.- Um PM que é um verdadeiro ditador e populista, mas
com vestes democráticas, não estejamos nós na Europa. 3.- Um governo que gere o
dinheiro de todos os Portugueses com uma perspectiva meramente ideológica.
4.- Um líder da
oposição que, chegado à capital, aparvalha completamente. 5.- Um regime que se chama de
democrático, mas que não tem qualquer Oposição, e o PR valoriza essa amputação.
6.- Um POVO,
completamente agachado, e feliz por ter o salário mínimo, e uma classe média a
caminho acelerado para a sua inexistência. Teremos de ter um POVO com cada
vez mais POBREZA e FOME, Pois é assim que os regimes totalitários se mantém no
Poder.
Adelino Lopes: A TAP, como qualquer outra empresa pública, nunca será um problema para o
estado do PS (ou das esquerdas unidas). O problema é transferido (por lei) para
quem paga impostos. E porque é assim? Porque as empresas privadas não aceitam
boys, a menos que alguém pague os seus salários (em excesso) à partida. Explico
melhor: os privados são odiados pelas esquerdas também porque não conseguem lá
meter os boys (incompetentes). Portanto, acabem-se com elas, diz a esquerda. É
só a TAP? Não. Foram os hospitais, foram as escolas, e será o que for preciso.
Esta é uma das razões porque falha o socialismo: empresas improdutivas.
E o que fazer para recuperar no futuro, se for o caso? Já nem falo no capital
necessário, mas 10 anos chegam? Pois, nunca existem 10 anos, como agora se
comprova. Portanto, este país será para afundar. Só faltam 2 (Letónia e
Grécia) para chegarmos ao 1º lugar, a contar do fundo.
Adelino Lopes: Muito bem. Ou é loucura ideológica do PNS, ou o americano teve de
se ir embora porque não queria lá pôr os boys. É a única racionalidade que se
pode encontrar no comportamento do governo. Desconfio que de prejuízo em
prejuízo a TAP ainda acaba uma empresa chinesa. São os únicos que ainda pagam
para esses desmandos, por razões estratégicas.
augusto sousa: Muito esclarecedor e um artigo de interesse público! O que
refere HG é uma excelente base de interpelação e escrutínio aos decisores . A
mediocridade do tal Pedro Nuno Santos é "gritante" (o que lhe está na
personalidade de incompetente) e inacreditável para ocupar lugares que exigem grande
ponderação e inteligência. Outras questões
se levantam como por exemplo que figura fez/faz o "amigo" do primeiro
ministro, o tal de Diogo Lacerda Machado que integra a comissão /administração
(?) não executiva? Bem haja Helena
Garrido pelo seu artigo que será de certeza uma referência num pantanal de
mediocridade ,de amadorismo e "porreirismo" militante!
Manuel Ferreira: A TAP é um saco cheio de gatos
(vivos). O maior problema é que o saco não está fechado e exerce a gravidade de
um buraco negro. O ministro, mais do que certo, também vai acabar lá dentro.
Nós, os contribuintes já lá estamos. Parece, que por enquanto, só o americano
conseguiu escapar!
Antonio Mello: Excelente. Muitas nuvens negras e tempestades vai ter a Tap pela
frente. Aliás todos nós e com figurinhas destas arrogantes e convencidas ... o
verdadeiro Xico Esperto. Miséria.
Filipe Paes de Vasconcellos: CHEGOU O DIABO! Com
a nacionalização da TAP apareceu o DIABO, que o “grande líder“ dr Costa não
poderá mais esconder. Enquanto os actos de
MÁ GESTÃO dos dinheiros públicos não forem punidos com penas de prisão
efectiva, nada a fazer.
Nelson Goncalves: "Com a cumplicidade do primeiro-ministro, do Presidente da República e
de todos os partidos" Todos os partidos ? Todos não, a Iniciativa Liberal
foi contra como o ministro deixou bem claro. Artigo altamente esclarecedor.
Mais um exemplo
do incalculável prejuízo para o país da aliança do PS com a extrema esquerda, agora
também com o apoio do PSD. O ministro, que berrava que não pagava e que punha as
perninhas dos banqueiros alemães a tremer, lançando o país na mais completa
miséria é um fenómeno ao nível da Venezuela, um irresponsável, como se confirma
neste caso da TAP. O Trump também diz bujardas, mas parece ter algum juízo, ao contrário deste
PNS. Mas quem o
colocou no poder foi o PS e Costa, que não são diferentes.
Maria Carmo: Bravo pelo artigo; tal como o
PS vendeu mal o Novo Banco em 2017, tinha revertido mal a TAP em 2017 (o
Neelman pagou 5 milhões e recebeu agora 55), e nacionalizou pior.
O PS volta ao seu
ADN de sempre - a cereja no topo do bolo foi o Pedro Nuno
Santos nomear no
mesmo dia o seu ex-chefe de gabinete para Presidente da administração do Porto
de Leixões... Com o Marcelo e o Rio no bolso, voltou a asfixia Socrática !
Madalena Barreto: Não percebo o espanto da Helena Garrido. Este é o comportamento típico dos
socialistas no Governo. A única diferença está no agravamento exponencial da
garotice e irresponsabilidade das sucessivas gerações de gente cada vez mais
sequiosa de poder e mais inculta. Mal, que de resto não está a tocar só o PS
como temos visto nos últimos comportamentos dos outros partidos. É só ver a
Martins ou o Rui Rio!
Miguel Vaz Pinto: Subscrevo na íntegra o artigo de Helena Garrido
Xico Nhoca: Helena Garrido não encontra racionalidade alguma neste episódio da TAP. Vou
arriscar algumas possíveis razões (que aliás não têm nada de novo ou
transcendente). Jobs for the boys? Instituição onde ir buscar muito
dinheiro (Pode não ter dinheiro mas tem muitos activos para vender)? Muito típico: um idiota que pensa que
sabe como resolver os problemas de uma empresa de aviação mas que não sabe nada
de nada? Também muito vulgar: tratar de assuntos muito sérios com a mesma
responsabilidade com se brinca às bonecas? Não, este tipo de políticos como Pedro Nuno dos Santos, não dá valor algum aos problemas sérios que Helena Garrido identificou.
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