Que me perdoe Musset, mas não pretendo
imitá-lo, a não ser um pouco irreverentemente no título do seu romance «La confession d’un enfant du siècle», que comporta
frustrações de amor, de mistura com o “malaise” do “mal du siècle”, predecessor dos negativismos e tantos outros ismos,
frutos de reivindicações existenciais que se lhe seguiriam, de par com os entusiasmos
revoltosos descambando, tantas vezes, em malabarismos destrutivos perniciosos.
De resto, trata-se, antes, este texto, de “Confession d’une vieille femme du siècle”,
suficientemente vaidosa para guardar, em ataque de exibicionismo, no seu blog-gaveta
de inúmeras outras confissões, mais ou menos airosas ou, pelo contrário, mais
ou menos contundentes, como expressão de uma revolta de lágrimas sinceras por
uma pátria para sempre esgarçada nos seus ramos.
Hoje, data memorável para mim, encontrei
no meu nome reduzido, um site referente ao meu livro “Cravos Roxos”, com um
apontamento sobre o teor do/s livro/s que me deixou embevecida e grata ao
meu anónimo apresentador. Pouco habituada a elogios – et pour cause - nestes tempos de outras forças valorativas impondo-se
- é claro que fiquei grata ao meu anónimo apresentador da internet.
A origem dos livros que lhe foram parar
às mãos, está, certamente, numa mudança para esta casa, aquando da morte da minha
Mãe, em que se pretendeu meter o Rossio na Betesga, daí que o meu marido se
desfez de muitos exemplares dos meus livros que sou obrigada a comprar sempre
que resolvo editar mais algum. Os livros que pôs no muro do jardim, juntamente
com outros trastes no passeio, desapareceram logo, o que me deixou esperançada
numa difusão que me abrisse as portas da fama. Tal não aconteceu, todavia.
Eis a justificação deste meu
deslumbramento hoje, 10 de Outubro, ao ler o site do meu desconhecido “admirador”,
deslumbramento de uma “vieille dame do século” que concorda com todos os
dizeres daquele.
Eis o site, que me apresso a guardar no
meu blog, grata ao seu autor, e definitivamente não impressionada com os
dizeres da minha Mãe, sempre que se exorbitava no auto-elogio brincalhão: “Gaba-te, cesta rota, que amanhã vais p’rá
vindima”. Mas quem me dera ir, mesmo com a cesta rota. P’r’à vindima. E os cachos são, efectivamente, de disperso sabor.
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Livro: -Cravos roxos, croniquetas verde rubras, de Berta Henriques
Brás. Edição de autor. 1 edição, 1981.Tem 372 páginas.
Sinopse
Este
livro é ao-fim e ao cabo a bênção de quatro livros reunidos. É a colecta
completa da autora. Começa com "Pedras de sal" em 74, depois "A
literatura da resistência", "Lusos 74" e culmina com
"Exercício escolar" em 1979.
Agora com "Cravos Roxos", podemos atentar na íntegra como a autora
trata com bastante humor, raiva, sarcasmo, ironia, revolta, indignação contra a
bárbara e cruel desafeição à pátria, em relação ao movimento de descolonização.
O apelo à consciência dos homens, nada surta e aqui se encontra essa história,
neste histórico livro.
Podem ver o índice dos 4 livros aqui reunidos, nas fotos que exponho.
(****EXEMPLAR
EM ÓPTIMO ESTADO, VALORIZADO COM DEDICATÓRIA E ASSINATURA DA AUTORA.)
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