Pela História, e seus reflexos na arte e
na literatura, para chegar aos tempos de um agora, de Lepantos pouco
previsíveis hoje numa pobre Europa a estender democraticamente os braços à sua
ruína, tanto o amor que espalha à sua volta, (de mistura, é certo, com os jogos
de interesses habituais), mas simultaneamente desleixada e apática
relativamente a novas perspectivas de invasão islâmica, que o parágrafo final
do texto de Jaime Nogueira Pinto, sentidamente
e ironicamente observa.
Lepanto /premium
Hoje, 450 anos depois de Lepanto, a
grande ameaça à civilização não vem de fora, vem de dentro; não vem das armas,
vem do irrealismo e do simplismo das ideias que nos querem autocraticamente
impor.
JAIME NOGUEIRA PINTO, Colunista do
Observador
OBSERVADOR, 15 out
2021
Foi há 450 anos, a 7 de Outubro de
1571 que, na recortada costa sudoeste da
península grega, à entrada do golfo de Lepanto e não longe da cidade que hoje
se chama Nafpaktos, se travou uma batalha naval decisiva para o futuro da
Europa e do mundo.
A
Europa do século XVI estava dividida por linhas religiosas e políticas, isto é,
por convicções e interesses. Carlos
de Habsburgo, Carlos I de Espanha e Carlos V da Áustria, reunia na sua pessoa as coroas de Espanha e do
Sacro-Império. Tentara a hegemonia europeia e por isso tivera de
enfrentar a França de Francisco I e os príncipes alemães protestantes em duelos
sucessivos. O Imperador levara uma vida de guerras e negociações, da
vitória de Pavia ao saque de Roma, da batalha de Mühlberg à paz de Augsburgo,
em que se confirmara a divisão religiosa do Continente.
O Império Otomano estava a sueste da
Europa e desde que Maomé II, em 1453, tomara Constantinopla, começara a
ofensiva para Ocidente, por terra e por mar. Solimão, o
Magnífico, conquistara Belgrado em 1521 e a
Hungria em 1526, depois da batalha de Mohacs. Quando pusera cerco a Viena, em 1529, a sensação de
perigo subira entre os cristãos. O Inverno obrigara os turcos a retirar, mas,
em 1566, Solimão, já septuagenário, voltaria a querer tomar Viena. Mas morreria
antes de tentar o cerco.
O
sucessor, o seu filho Selim II – que teve os cognomes pouco magníficos e pouco
vulgares para um príncipe muçulmano de Selim, o Bêbado, e Selim, o Louro decidiu
prosseguir a marcha para Ocidente, sempre por mar e por terra.
Selim
era filho de Solimão e da sua
esposa preferida, uma cristã da Ruténia, filha de um padre ortodoxo, chamada Anastasia
Lisowska. Anastasia fora raptada e vendida como escrava para o Harém mas,
graças à sua inteligência e à sua beleza, que Ticiano retrataria em “La Sultana Rossa”, tornou-se a primeira mulher da Corte de Istambul,
conhecida pelo nome de Hurrém Sultana e Roxelana. Além de Selim, Roxelana
deu outros cinco filhos a Solimão e conseguiu que os seus meios-irmãos fossem
sendo afastados ou eliminados de modo a que fosse ele a suceder ao pai.
Os turcos tomaram Rhodes por mar em 1522
e cercaram Malta em 1565. Em 1570
atacaram Chipre e em 1571 completaram a conquista, tomando Famagusta aos
venezianos. Para
conseguirem a rendição de Famagusta, prometeram ao governador da praça,
Marco Antonio Bragadin, que o deixavam sair em paz com a guarnição e a
população civil – mas depois acharam por bem cortar-lhe o nariz e as orelhas,
passearem-no pelas ruas agrilhoado e humilhado e esfolarem-no vivo.
O
Papa Pio V (um papa
austero, consciente dos abusos dos seus predecessores renascentistas,
canonizado em 1712 por Clemente XI) quis enfrentar a ameaça turca através de
uma aliança de poderes católicos. A
Santa Liga foi
formalmente estabelecida em 25 de Maio de 1571,
ainda com o propósito de resgatar
Chipre. O pacto
era entre os Estados
papais, a Espanha de Filipe II, as Repúblicas de Veneza e Génova, os ducados de
Saboia, Urbino e Parma e os Cavaleiros da Soberana Ordem de Malta.
Apesar
de convidados, o Sacro Império, a França e Portugal não entraram na Aliança:
o Sacro Império assinara recentemente um tratado de paz com os turcos; a França
tinha por inimigo principal os Habsburgo, e até se aliava aos turcos; Portugal
considerava-se já suficientemente empenhado no esforço contra o Islão em
Marrocos e no Oriente. Mas uma
das galés da Ordem de Malta foi capitaneada pelo português Luís Mendes de
Vasconcelos.
A
armada cristã, chefiada por D. João da Áustria, filho bastardo de Carlos V,
reuniu-se em Messina, na Sicília, e daí navegou até ao golfo de Patraikos,
perto de Lepanto. Eram 210 barcos de guerra, equipados com canhões e levavam 30000 soldados, na
sua maioria venezianos e espanhóis. D. João da Áustria comandava o centro,
o genovês Andrea Doria, ao serviço do Papa, a ala direita, e o veneziano
Agostino Barbarigo, a ala esquerda. Na reserva, ficava D. Álvaro de Bazán,
marquês de Santa Cruz. As galés aliadas misturavam-se neste dispositivo, mas 90%
das forças eram venezianas e espanholas.
A
frota turca, comandada por Ali
Paxá, era
ligeiramente superior à da Liga, com 230
galés. O confronto deu-se à boca do golfo, com o choque e a
abordagem das galés, quase transformando a batalha naval numa batalha campal de
infantaria, travada nos conveses dos barcos. A Sultana,
de Ali Paxá, abordou o El Real de D. João da Áustria, mas Ali Paxá foi morto e
a sua nau-almirante tomada. Apesar da
reacção de almirantes muçulmanos, como o paxá de Argel, Uluch Ali – que
comandava a ala esquerda turca, em frente a Doria, e penetrou a linha cristã,
causando sérias perdas às galés da Ordem de Malta –, a reserva de Santa Cruz reequilibrou a situação e
Ali teve de retirar para mar aberto, salvando umas 40 naves.
Consta
que, na indecisão da batalha, D.
João da Áustria deu ordens
para que os remadores das galés – cristãos condenados por delitos comuns –
fossem libertados e armados, com a promessa de que, se vencessem, ficariam
definitivamente livres. A ordem foi recebida com escândalo pelos
oficiais espanhóis, entre todos por Santa Cruz, mas D. João, como filho do
Imperador e irmão do Rei, impôs a sua vontade. E assim se terá arregimentado
uma reserva estratégica decisiva.
Um grande feito e uma Graça
Ao
tempo, a vitória
do Lepanto foi vista
e saudada como um grande feito humano e guerreiro, mas também como uma graça de
Deus, pela intervenção da Virgem Maria, Nossa Senhora do Rosário e das
Vitórias. O vocativo “auxilium cristianorum” foi então introduzido na Ladainha
da Virgem. O motor desta aliança fora o Papa.
Pio V, Michele
Ghislieri, dominicano, inquisidor feito papa em Janeiro de 1566, era um homem
de grande fé. Defensor
da ortodoxia, empreendeu uma campanha severa contra os abusos, luxos
e pompas da cúria de Roma e procedeu a uma série de diligências contra a
simonia, a blasfémia e a sodomia entre o clero. Em contraste com os seus predecessores imediatos, preocupou-se com o bem-estar do povo de Roma,
despendendo grandes somas para acudir às fomes e carências na cidade. E combateu a ameaça protestante em toda a sua
extensão, opondo-se ferverosamente aos huguenotes franceses e excomungando a rainha Isabel I de Inglaterra. Foi a firme aliança que estabeleceu com Filipe II de Espanha que esteve na base da Santa Liga.
A vitória de Lepanto foi exaltada por
toda a Cristandade. A mensagem
do sucesso chegou a Filipe II, que estava no Escorial (ainda por terminar), ao
princípio da tarde de 31 de Outubro de 1571. Os portadores da boa
nova percorreram 3.500 quilómetros a uma média, então sem precedentes, de 150
quilómetros por dia. Filipe II rejubilou com a vitória e encomendou
a Ticiano um quadro comemorativo. A vitória
foi celebrada por toda a Europa em mais de meia centena de pinturas de artistas
contemporâneos, como Vasari, Veronese, El Vicentino, El Greco, Tintoreto e
muitos outros.
O remador cativo de Cervantes
A
literatura também não esqueceu a batalha. Cervantes, que foi
ferido em Lepanto, chamou-lhe, no “Prólogo al lector” das Novelas Ejemplares
(1613), “la mas memorable y alta ocasión que vieron los passados siglos, ni
esperan ver los venideros”. E, no seu livro de poemas, Viaje del Parnaso, põe
Mercúrio a dizer-lhe, a ele, Cervantes, autor-protagonista: “Bien sé que en la
naval dura palestra / perdiste el movimento de la mano / isquierda para gloria
de la diestra”.
Mas
já no Quijote (1605), no “discurso verdadeiro” do cavaleiro Ruy Pérez de
Viedma, Cervantes celebrara a batalha histórica. Na narrativa de Viedma, “aquele dia”, o dia de Lepanto, provara que os turcos
não eram invencíveis. Ruy de
Viedma não tivera a sorte dos cristãos vitoriosos: ficara prisioneiro dos
turcos, servindo como remador forçado. É este o estratagema que permite a
Cervantes passar para o “lado de lá”, contar a história a partir do campo do
inimigo – e formular críticas à política imperial da Espanha dos Áustrias e à
obstinação das celebrações retóricas. Para ele, os grandes feitos não
precisavam de celebrações: quando eram verdadeiramente grandes, impunham-se.
Cervantes levava a batalha a peito,
daí que a sua curta referência a Lepanto em Don Quijote surja como uma espécie
de interlúdio sério no meio da sua sátira generalizada, caucionada por Sancho,
aos livros “de caballerias”.
O Rei, o Bardo e a expedição
vitoriosa
Em Inglaterra, uma
das repercussões da vitória de Lepanto foi o poema “The Lepanto”, do futuro Jaime I, a saudar a vitória da Santa Liga. Jaime VI da Escócia, que, pela morte de Isabel I, em 1603, se tornaria
também Jaime I de Inglaterra, era um pensador e escritor de talento,
continuador da idade de ouro isabelina e impulsionador da tradução inglesa da
Bíblia (a célebre King James
Bible).
Shakespeare era um
génio prudente, atento aos riscos e às vantagens da relação com o poder; ou
seja, atento às penas da censura isabelina e às vantagens de permanecer nas
boas graças do seu sucessor. Ora, tendo o
poema do rei Jaime sobre Lepanto sido republicado em 1603, Shakespeare, que conhecia
a simpatia do novo Rei pela batalha, não quis deixar de trazer a guerra da
Sereníssima contra os turcos para as suas peças. Much Ado About Nothing começa em Messina, depois de Lepanto; e, em Othelo, a
expedição vitoriosa de que regressa o shakespeariano “mouro de Veneza”,
experimentado capitão mercenário, pode bem ser a grande vitória contra os
turcos.
Os
repetidos confinamentos causados pelas sucessivas pestes de Londres davam ao
Bardo frequentes ocasiões de leitura e investigação, e Shakespeare terá tido
conhecimento da descrição de Lepanto de Richard Knolles na sua História do
Império Turco, publicada em Londres, em 1603, sob o copioso título The generall
historie of the Turkes from the first beginning of that nation to the rising of
the Othoman familie: with all the notable expeditions of the Christian princes
against them. Together with the lives and conquests of the Othoman kings and
emperours.
Ali,
Knolles sublinha os horrores da batalha, o mar tinto de sangue e o medo dos
turcos, que descreve como inimigos jurados da civilização e da Cristandade, à
espreita da guerra “como o leão bíblico”. Shakespeare também terá lido os contos de Giovanni Battista Giraldi, conhecido por Cinthio, Gli Hecatommithi. Dois desses
contos – “Desdemona and
the Moor” e “Egitia” – têm tudo
para terem sido fontes importantes para Othelo.
Ter-lhe-á vindo daí, por exemplo, a ideia de um casamento misto ou intercultural, como a união de
Otelo e Desdémona. Com um
profundo entendimento da natureza humana, na sua permanente oscilação entre
Deus e o Demónio, Shakespeare recriou em Othelo a figura do vilão Iago (que na narrativa de Cinthio, menos subtil, age mais
por ciúme e despeito do que por inveja), sob o pano de fundo da guerra pelo
Mediterrâneo e da alegria dos cristãos com a vitória sobre os turcos.
Os novos Lepantos
Lepanto foi há 450 anos. Não creio que
valha muito a pena, na sua celebração, estabelecer retóricas paralelas com a
Europa de hoje perante o Islão de hoje. Até porque, hoje, a grande ameaça à
civilização não vem de fora, vem de dentro; não vem das armas, vem do
irrealismo e do simplismo das ideias que alguns nos querem autocraticamente
impor. E vem também da apatia dos que já não defendem nada nem ninguém e da
desistência e da falta de comparência dos muitos que, discordando e dissidindo,
se calam, se rendem, se conformam. São estes os novos Lepantos. Os nossos
Lepantos. Os que nos devem convocar para o combate.
COMENTÁRIOS:
José maria: ....vem do irrealismo e do simplismo das ideias que nos querem
autocraticamente impor.Mas JNP não é adepto das ideias autocraticamente
impostas ? Não foi e ainda é um indefectível salazarista e um adepto das ideias
simplistas que o ditador Salazar nos quis impor? António Bernardino > josé maria: O José Maria é comunista. A Venezuela é com certeza o
seu paraíso. Aproveite e desampare a loja. Portugal agradece. Ping
PongYang: O Doutor JNP
também esteve em Lepanto ? (Ninguém diria. Parece acabadinho
de sair do Buçaco) PS - Para formar exércitos ( nem que seja para combater
ursos de peluche ) é indispensável haver um mínimo de consensos e coesão. Não a sobranceria de milionário que o Doutor JNP mostra pela maioria dos seus próprios compatriotas. Jorge Carvalho: Magnifico. Obrigado JNP Paulo
Orlando: O último
parágrafo sintetiza tudo através da analogia com os comportamentos nossos
contemporâneos. Falta saber o que nos vai mobilizar para a luta na defesa dos
nossos valores. Chega de contemporização, precisamos de combate. Liberal
Assinante do Local > Paulo Orlando: Não é aqui o DRM. Se você fosse capaz de ver alguma
coisa, veria que não passa da imagem espelhada deste lado do mar do islamita. Ping
PongYang > Paulo Orlando: É assim mesmo. Se quiser posso emprestar-lhe uma fisga de elásticos e tudo. Vá-se
a eles, Tigre! J
Ferreira: Soberbo.
Hoje os Lepantos são a
esquerdalha que subverte os valores do ocidente a partir de dentro que nem
cavalos de Tróia, na tentativa de conseguir finalmente implantar uma sociedade
socialista global. Para mim de esquerda, de socialismo e de social já chega. Liberal
Assinante do Local: Se lermos o artigo sem o último parágrafo, não perdemos o nosso tempo.
Pontifex Maximus: Uma lição de história que já não dispenso à sexta-feira. Mas atenção, há
uma coisa que parece errada no artigo do Prof Nogueira Pinto: o perigo actual é ainda e crescentemente o das armas turcas. O mal actual do ocidente é
que os homens são todos amigos e os do terceiro mundo devem ser acarinhados
mesmo quando nos matam com coletes-bomba, pois foram vítimas do homem branco e
isso justifica tudo! Ora, se há país a armar-se e bem é a Turquia e convém não
esquecer que foram eles que derrubaram o último baluarte da cultura
greco-romana no século XV, ocuparam a Europa Oriental e cercaram Viena e
lutaram na I grande guerra ao lado da Alemanha! Logo, embora pertençam à NATO,
são nossos inimigos pois que até isso foi circunstancial para travar o inimigo
comum russo. Os turcos não pertencem ao nosso espaço cultural nem geográfico,
são da Ásia Central pura e simplesmente (o tempo que ocupam a Anatólia é o
mesmo que nós ocupámos África, por exemplo!). jose Afonso: Eu lembro que em Lepanto assim como hoje, muitos dos generais (bey ou paxá
em turco) e almirantes dos turcos, eram ocidentais renegados pagos a peso de ouro
para combaterem as suas próprias nações. Um dos mais conhecidos era o Barba
Ruiva, que se chamava Reis. Pontifex
Maximus > jose Afonso: Que lá combateu na batalha de Lepanto. Como D. Juan,
de resto! Cipião Numantino > jose Afonso:
Caro José Afonso, permita-me
esclarecer que Reis não se tratava de um nome, mas sim de um cargo. De facto,
no império otomano, Reis significava Almirante. António
A. Serrano: Muito bom! António Louro: Excelente. Carminda Damiao: Uma boa lição de história e uma
boa comparação com os tempos actuais. Camolas 31: Assim de repente lembro-me de
outras imposições autocráticas de ideário simplista (tacanho), como por exemplo
a que foi imposta neste país durante 41 anos do século XX. Se for dessas, o
articulista já gosta.
O Serrano > Camolas 31: Oh Camolas, de simplista o ideário do Estado Novo a
que se refere não tinha nada. Era uma urdidura bem pensada para os fins que
tinha em vista. Camolas 31 > O Serrano: Não acredito em
urdiduras dessa dimensão. Com uma geografia periférica, um povo iletrado,
crente (temente) de forma quase doentia e a quase inexistência de elites
intelectuais e empresariais, foi no máximo uma medianamente inteligente
operação oportunista. E, lá está, com um ideário simplista, que teve de ser
imposto pela força.
Mário Prior: Tens toda a razão meu filho,
longe vão os tempos em que tu e os teus mentores nunca permitiriam, tal
desgraça " a grande ameaça à civilização não vem de fora, vem de dentro;
não vem das armas, vem do irrealismo e do simplismo das ideias que nos querem
autocraticamente impor. " Nada mais pernicioso para esta gente, que a liberdade
sem apeias nem amarras. O século passado, no seu obscurantismo. José
Luis Salema: Obrigado Jaime Nogueira Pinto por mais esta lição de história que fica como
aviso e mobilização para enfrentar os tempos que correm e que aí vêm. Duarte
Nuno Pessoa: Excelente texto. Obrigado João Ramos: Mas que bela lição de História da civilização europeia e que triste e real
a analogia com a actual situação na Europa… advoga
diabo: JNP já devia ter
percebido que hoje e doravante, face à globalização, ameaças de fora só se for
de Marte! Para além de que as de agora não diferem muito das do séc. XX, p.e.,
consubstanciadas na tentativa, aliás sistematicamente falhada, da emersão da
extrema-Direita. António
Pais: Obrigado por nos
recordar a história dos nossos antepassados, a história da nossa civilização! Américo Silva: A crónica é pertinente e de agradável leitura. A ascensão do poder real
associada aos banqueiros agiotas e prestamistas colocou a Europa a ferro e
fogo. Emprestavam dinheiro para fazer a guerra com juros exorbitantes de modo a
deitar a mão ao ouro das américas. Nunca se fizeram contas a este holocausto
que matou milhões de europeus. Sem cristianismo não há civilização europeia. O papa
sabia e todos sabiam, de tal modo que uniu os católicos contra os turcos. Na
europa a população aumentava. Hoje o papa renega o cristianismo, só encontra
defeitos no passado da igreja e nos católicos em geral. Faz sentido perguntar a
razão por que é católico e quis ser papa. Ahmed
Gany > Américo Silva: Sem Galileo não haveria civilização europeia. Maria
Nunes: JNP, obrigada por
esta magnifica lição de História. O Ocidente está adormecido, sem valores,
entregue a utopias perigosas. Oxalá, quando pela força das circunstâncias seja
obrigado a acordar, não seja tarde. Mamador Chulo dos Tugas: Mais uma
excelente lição de história. Os esquerdos vão aparecer para denegrir o passado,
não sabem governar apenas destruir.
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