Com medo, mas espairecendo e não deixando
de cumprir, nos intervalos, como sempre aconteceu. Muitos e excelentes comentários a um excelente
texto de PT.
A eco-ansiedade
Há
adolescentes (alguns bem tardios) que têm crises terríveis de pânico quando
vêem a água correr das torneiras em casa dos pais, porque imediatamente pensam
no colapso climático.
PAULO TUNHAS
OBSERVADOR, 21 out 2021
Fico sempre fascinado com o modo como certas ideias,
em certas épocas, se tornam um tema absorvente e dominante, ao ponto de
congregarem sob si todos os outros temas e formarem com eles um todo que avança
pela sociedade dentro como a lava incandescente de um vulcão. Dantes,
costumava ser a “luta
de classes”, o célebre “motor da história”. Agora, é o “aquecimento global”, que vai destruir o planeta. O
que une todas essas ideias é o seu carácter omni-explicativo. Nada, em princípio, escapa ao seu poder e praticamente tudo pode delas ser
deduzido. Permitem, num ápice, fazer sentido de tudo, dando-nos uma causa
comum, e todos nós precisamos desesperadamente de fazer sentido, se possível
unanimemente, deste mundo feito em pedaços.
Para mais, como dizia um filósofo, certas
palavras, que ele chamava “ídolos da praça pública”, tendem a ganhar um poder próprio e a desviar o entendimento da rota
certa. O investimento passional que elas suscitam, fazendo que tudo
ganhe a dimensão de uma escolha existencial imperativa e inadiável, estimula a
facilidade de acreditar que naturalmente é a nossa e reforça a nossa tendência
a ver sinais da justeza das ideias nos acontecimentos mais díspares e
desconexos. Já agora, esta tendência para o
entrincheiramento numa opinião leva-nos a procurar a todo o custo confirmações dela, por mais fortes
que sejam as instâncias em contrário. É algo que pertence à natureza humana e
que se enquadra dentro daquilo que o mesmo filósofo chamava “ídolos da tribo”.
As ideias não
precisam de ser falsas. Pelo contrário, convém que contenham, no seu núcleo central, uma parte
de verdade que interesse a todos. Acontecia com a “luta de classes”, acontece com o “aquecimento global”. Mas a “ciência” que nos explicava a primeira e que nos explica a segunda
raramente resiste à tentação de magnificar esse núcleo central e à anexação
imperial de todos os outros fenómenos. Isto que digo é uma banal constatação. Não pretendo,
ao contrário do grosso da opinião que me calha ler, ter qualquer competência
científica para emitir juízos de fundo sobre a matéria. Quando muito, e
porque, durante algum tempo, li muita literatura respeitante ao assunto, tenho
algumas ideias gerais sobre certos aspectos da controvérsia em torno do “aquecimento global”. Trata-se, como é muito
compreensível, de uma controvérsia impura, em que os elementos propriamente
científicos e os elementos políticos tendem, perigosa mas inevitavelmente, a
confundir-se, como, de resto, a muito corrente expressão “consenso científico” o ilustra: a ciência busca a verdade,
não o consenso; e a política busca o consenso, não a verdade.
Além disso, num plano puramente sociológico, há toda
uma indústria que à sombra desta questão se construiu e que garante uma
enorme quantidade de empregos em lugares vários e que condiciona poderosamente
a investigação científica. E não estou sequer a pensar na tão falada
“transição climática” do nosso PRR. Estou a dizer que se alguém quiser obter
financiamento para uma investigação da reprodução do lince ibérico na Serra da
Malcata terá provavelmente de apresentar um projecto com um título do género:
“Os efeitos do aquecimento global na reprodução do lince ibérico na Serra da
Malcata”. E muitas outras coisas assim.
Nada disto, é claro, tira qualquer seriedade à
questão. Pessoalmente, sou muito sensível aos problemas ecológicos. Gosto deste
nosso bom velho planeta, gosto de animais, de montanhas e do mar. Tudo o que
ameaçar a vida sobre o planeta deve ser obviamente combatido e acho muito bem que
se congreguem todos os esforços possíveis para reduzir ao máximo os malefícios
inerentes ao progresso efectivo da melhoria das condições de vida nas nossas
sociedades industriais, até porque, além do que mencionei antes, tais
malefícios se arriscam a pôr perigosamente em causa esses mesmos progressos.
Do que francamente não gosto, no entanto, é do fanatismo apocalíptico que
rodeia a Grande Causa, que conta já com os seus santos (Santa Greta e
São Guterres, entre outros) e um grande número de terroristas do Bem. E não gosto dos efeitos que a Grande Causa provoca
na cabeça de muita gente a quem ela bateu forte na cabeça, como em tempos Das Kapital tinha batido, com os
efeitos nocivos que todos conhecem.
Ora, nas vésperas da Cimeira de Glasgow (31 de Outubro
– 12 de Novembro), um artigo da revista Lancet, em pré-publicação (falta ainda a avaliação por pares),
dá-nos optimamente conta desses efeitos nocivos. E, como seria de esperar,
muita imprensa (entre nós, sobretudo o Público) não conteve o seu entusiasmo
justiceiro. Helena Matos já
se referiu ao caso aqui no Observador, mas não resisto a retomar
brevemente o tema. Aparentemente, os jovens deste mundo andam a sofrer de uma nova doença que
se chama “ansiedade climática”, ou, alternativamente, “eco-ansiedade”, um mal
que primeiramente fora auto-diagnosticado por Greta Thunberg.
Devo dizer que sou muito compreensivo para com as
ansiedades, sendo eu próprio um ansioso da pior espécie. É verdade que, com a
idade, o sofrimento psicológico vai tendendo a diminuir, à medida que a
esperança se vai inexoravelmente esvaziando. A alma continua a ter as suas
flutuações, em circunstâncias adversas, mas elas vão-se tornando menos
lancinantes. O sofrimento por antecipação (“Ela vai-me abandonar”) é menos
praticado, até porque finalmente entra na nossa cabeça, com alguma constância,
a ideia de que a vida é um processo de falsificação do nosso passado, de
crenças (das mais públicas às mais privadas) que se vão revelando
sucessivamente erradas. A energia concentra-se toda em
tentar evitar a queda no cinismo e em manter ainda alguma ligação aos ideais. Como no poema de
Beaudelaire, La charogne, mas aqui sem ironia nenhuma,
é preciso guardar a forma e a essência divina dos nossos amores decompostos.
Isto, parecendo que não, poupa-nos a algumas angústias.
Mas a adolescência – lembro-me bem – é lixada para os
sofrimentos. Acredita-se ainda muito na
omnipotência do pensamento, e, como é inevitável, rói-nos a dúvida: e se o
pensamento falhar? O desespero está sempre ao lado, pronto a saltar para a boca
de cena, com a mesma força do dogmatismo. Daí a “eco-ansiedade”, filha da
facilidade de acreditar levada ao extremo, da crença no sentido absoluto que
buscamos. A acreditar nos artigos do Público, há adolescentes (alguns bem
tardios) que têm crises terríveis de pânico quando vêem a água correr das
torneiras em casa dos pais, porque imediatamente pensam no colapso climático,
ou que são tomados de inomináveis angústias quando reparam no grande número de
embalagens de plástico nos supermercados. A não participação dos outros (dos
pais, por exemplo) nessas angústias transtornam-nos. Transtornam-nos as “pessoas
desinformadas”. Tudo isso, e muito mais, lhes é insuportável. Procuram, portanto,
outros que comunguem das suas angústias. Juntam-se em grupos de
“eco-ansiosos” e isso alivia-os. Há outros que também acreditam no fim do mundo.
Alivia-os até o saberem que existe um nome, “eco-ansiedade”, para o mal de que
padecem.
Mas, e aqui entram os inevitáveis psicólogos, trata-se de um mal ambíguo. Os psicólogos encontram-se face a um doloroso dilema. Por um lado, reconhecem que se trata de um mal mental. Por outro, também eles adeptos da Grande Causa, não podem considerá-lo exactamente como
tal, não podem considerar que se trata de uma vulgar monomania, já que a
angústia tem uma plena justificação na realidade. Quer dizer que esse sistema de
crenças apocalípticas é ao mesmo tempo racional e irracional, e isso não
sucessivamente mas simultaneamente. Esperemos que consigam resolver este difícil
problema. Mas o que é que os psicólogos não conseguem resolver?
Por mim, em momentos mais optimistas, partilho a
opinião do velho Taki, na Spectator,
a propósito de um assunto completamente diferente: “Suponho que é a natureza
humana, nada de particularmente grave”. E, quando julgo que é pior do que isso,
penso noutra coisa. É preciso evitar a ansiedade.
COMPORTAMENTO SOCIEDADE ADOLESCENTES ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA AMBIENTE CIÊNCIA CRÓNICA OBSERVADOR
Rosa Teixeira: Excelente. Zé da
Esquina: Excelente artigo! Artur Morais: O problema não é o jovem ficar
revoltado pela torneira a correr, até eu ficaria revoltado. O problema é a falta de foco
nos problemas reais, sendo que a falta de água pode e é o mais grave problema
nalgumas partes do mundo, enquanto noutras haverá água para dar e vender. O
mesmo se aplica às questões do lixo, às energias, etc... O essencial é não deixar as
Gretas dominarem a narrativa. Em vez disso, ensinar a história, ciência, enfim,
mais educação com rigor, poderá ser a chave para evitar situações que já
ocorriam há 30 anos, em que professores juravam que as praias que conhecíamos
iam desaparecer, algo que não ocorreu, voltem a acontecer. Sim, é impossível sustentar um
Planeta com 8 mil milhões de seres humanos, tal como o fazemos agora.
Não, nada se resolve com
histerismo e ansiedade social artificialmente incutida na generalidade das
pessoas. Liberal
Assinante do Local > Artur Morais: A política é também a arte do
possível, e os políticos que se dedicam a uma tara, a ela sacrificando gerações
de seres humanos, são maus políticos (um deles é secretário-geral da ONU). A
História pode-nos abrir os olhos sobre isso. E a ditadura e a guerra não são
"umas coisas do passado", estamos é demasiado bem habituados. Tiago Figueiredo > Artur Morais: Artur, há quase 20 anos,
desenvolvi um projeto de uso consciente da água destinado a crianças e
professores, que transformava a temática em várias brincadeiras, levou-me a
pesquisar bastante sobre o assunto e confrontou-me com projecções bem
pessimistas da ONU. No Brasil, que compartilha com países vizinhos a maior
reserva de água doce no mundo, sofri na pele uma crise hídrica que deixou uma
cidade de 14 milhões de pessoas sem água durante 60 dias (quando às vezes
corria era um fio, carregada de lodo, metais pesados e cheirava a peixe podre)
e, apesar disso, posso dizer que não me revolta ver uma torneira a correr,
ainda que - obviamente - esteja muito mais consciente do desperdício.
Sabe o porquê de
não me revoltar? É que, em verdade, o consumo doméstico é, ao final das
contas e mesmo quando multiplicado por 8 mil milhões de habitantes, apenas uma
pequena parcela do bolo de consumo total. Não lembro agora de cabeça, mas
creio andar em torno de 10% do consumo total. A atenção no uso das torneiras
- onde estas ainda sejam manuais e até que todas sejam, eventualmente,
substituídas por torneiras de sensores -, é recomendável, claro, porque só
quando nos falta a água para tomar um banho ou puxar o autoclismo em casa
durante dias e semanas a fio é que realmente percebemos o real valor de cada
gota. Ainda assim, é muito mais uma questão de 'princípio' do que um problema
de dimensão que justifique um sentimento de 'revolta'. Estima-se que para produzir um
simples bife de carne de vaca de 500 gramas são necessários em torno de 5.000
litros de água. Os portugueses comem, em média, 117,4 quilos de carne por ano,
o que representa um consumo de 1.174.000 litros de água por ano ou 3.200 litros
por dia (uma torneira aberta durante 4,4 horas)! Nota: Não estou a fazer
campanha vegetariana, que não sou, apenas a constatar as estimativas. E isto é
apenas considerando o consumo de carne, fora toda a água necessária usada na
agricultura e indústria para produzir tudo o que
consumimos. E sabe onde se desperdiça mais água no consumo doméstico? Na
distribuição, especialmente nas canalizações mais antigas, que são muitas, antes
de sair da torneira em casa. Chame a atenção, quantas vezes for necessário, mas
- se me permite a sugestão - não se revolte por uma torneira aberta por uns
minutos a mais. Não justifica tanto.
Artur Morais > Tiago Figueiredo: Caro Tiago, Excelente resposta
a sua. Ainda há muita gente civilizada nestas caixas de comentários do
Observador. Já vi que também passou pelo Brasil, como eu. Só nunca me faltou
água em casa, devido às famosas caixas de água de 1.000 litros. Houve tempos em
que ligavam a água corrente apenas duas horas por dia, tal a dimensão da seca. Os
seus argumentos estão correctos, mas não percebeu a hiperbolização da palavra
revolta no meu comentário. Sim, podemos ou não ficar revoltados pelo
desperdício, mas a verdadeira revolta é a falta de uma verdadeira estratégia de
utilização racional dos recursos, sem histerismo nem eco-fascismo. Não vale
a pena falar só de água, sem falarmos também do aproveitamento da bio-massa, da
utilização racional dos solos, da problemática do lixo. Da falácia que é uma
reciclagem sem antes se pensar em reaproveitamento, tal como na Europa central
se faz com a maioria das latas, garrafas de água plásticas, cerveja em garrafas
de vidro, quase todas com depósito, etc.... É toda uma política ambiental
integrada que deve ser repensada e parte da educação saudável de uma sociedade.
Sem isso, haverá sempre espaço para Gretas e respectivos patrocinadores, cujos
interesses não são seguramente os nossos. Liberal Assinante do
Local > Tiago Figueiredo: Excelente resposta a sua, sem
dúvida. Apenas acrescentaria que nos casos raros em que o consumo doméstico de
água seja um problema e tenha que ser restringido, é viável a restrição
quantitativa, incluindo através do preço da água. Se for bem feito
acabam-se logo as "torneiras abertas". Tiago Figueiredo > Artur Morais: Caro Artur, agradeço a
resposta. Realmente não percebi a hipérbole. Eu também tinha caixa de água em
casa, mas como poderá imaginar 1.000 litros não chegam, nem de perto nem de
longe, para uma maratona de 60 dias e nem queira imaginar os preços
extorsionistas que se praticaram durante a crise, para enchê-las (metade de
um salário mínimo). No meu caso, a minha sorte foi que atravessava um
"período sabático" da minha actividade independente e era funcionário
numa indústria de bebidas que tinha captação própria e balneários na fábrica,
onde pude pelo menos tomar o meu banho diário, e em casa tinha uma pequena
piscina infantil que serviu de reserva adicional para usar nas limpezas
domésticas. Ainda assim, foi um autêntico inferno. A loucura e revolta tomou
conta da cidade e manter a sanidade e civilidade um autêntico desafio, mais ou
menos como acontece nestas caixas de comentários pelos mais diversos assuntos. Sobre
o resto, concordo em geral, embora - muito sinceramente - não consiga
responsabilizar uma jovem que herdou e "acordou" para todos os
problemas de hoje e que resultam de décadas, para dizer séculos, de falta de
uma estratégia e de uma educação ambiental mais realista e construtiva, baseada
em informações e soluções. Trata-se de uma adolescente, afinal, e - pelo
menos -, ela não enterra a cabeça na areia e age no sentido de conscientizar a
sua geração, por muito que nos doa o dedo em riste e nos ouvidos a gritaria
comum nessas idades. Creio que cabe a quem já viveu tempo suficiente para
amadurecer e assumiu maiores responsabilidades reconhecer as limitações
próprias da idade e mostrar um melhor caminho. Diria até que me sinto
potencialmente e parcialmente responsável pela existência de pelo menos algumas
dezenas de milhar de "crianças-polícia", pelo trabalho que realizei e
que alcançou milhares de escolas tanto em Portugal como no Brasil. A minha
cunhada à época bem se "queixou", quando o meu sobrinho começou a
dizer-lhe em casa "Mãe, fecha a torneira, senão a gotinha fica
triste!" Não há bela sem senão, dizem. Cumprimentos. Tiago Figueiredo > Liberal Assinante do Local: Caro Liberal, pelo preço já é
feito em algum grau, se considerarmos o preço do m3 de água para consumo
doméstico nos diferentes escalões. Já sobre a restrição quantitativa, suspeito
que essa conheço ainda melhor, mas prefiro não me pronunciar sobre essa
suspeição, pois não tenho absoluta certeza. Liberal Assinante do
Local > Tiago Figueiredo: O preço da água doméstica em
Portugal não é realmente dissuasivo do consumo para a grande maioria. Se a água
fosse mesmo escassa, passaria logo a sê-lo, e o consumo, garanto-lhe,
quebraria. Ninguém deixa de tomar duche todos os dias por a água custar cinco
cêntimos, mas se a água para o duche custar um euro a coisa muda logo de
figura. Tiago Figueiredo
> Liberal Assinante do Local: Concordo totalmente, mas -
credo - espero que o preço da água não chegue ao ponto de dissuadir um banho
diário! Para isso já basta o preço do gás, que banhos frios eu pelo menos não
aguento, haha. Perco logo a respiração! Tiago Figueiredo > Liberal Assinante do Local: Brincadeiras à parte, caro
Liberal, sendo necessário e considerando a vitalidade da água, só segundo na
vida ao ar que respiramos, eu não me oponho a um aumento significativo, mas nos
escalões que efectivamente indiquem um uso excessivo. Para isso, no entanto,
entendo que seria necessário que os escalões fossem ajustados por agregado
familiar, já que cobrar o mesmo valor mais alto por m3 a um indivíduo que vive
sozinho e uma família de 4 pessoas que, em ambos os casos, consomem 500 litros
de água por dia seria profundamente injusto. Na verdade é o que hoje
acontece, mas como o preço é realmente baixo, não se sente tanto. Efectivamente,
nos banhos, o preço do gás, para quem o usa, é bem mais dissuasivo. Liberal Assinante do
Local > Tiago Figueiredo: Caro Tiago Figueiredo, a minha
ideia não era nenhuma proposta de subida ordinária de preços, mas temos que
admitir que em condições climatéricas excepcionais e raríssimas seja
indispensável limitar o consumo de água potável doméstica
ao mínimo. Ora, acho que é bastante óbvio que o mínimo não inclui duches
diários. Uma pessoa pode perfeitamente viver condignamente em situação de
emergência com umas poucas dúzias de litros de água potável por dia. Antes isso
do que gastar tudo até à última gota, ou do que cortar a água durante grande
parte do tempo, provocando ainda mais desperdício no momento em que ela é de
novo aberta. Mas seria preciso garantir que seria cumprido o racionamento, e o
preço é uma das variáveis a considerar. Há muita gente que não dá valor àquilo
que não tem que pagar, como é quase o caso com a água da torneira - é assim a
humanidade! JP
Miranda: um dia vamos
acordar para a notícia dum qq jovem, eco-ansioso, que não aguentando, se
suicida por achar que o CO2 que liberta ao respirar vai "matar" o
planeta... já faltou mais josé
maria: Paulo Tunhas, o eco-negacionista convicto...Tanta
filosofia, tão pouca inteligência e tanta ignorância crassa... Sobra-lhe em ridículo o que lhe
falta em lucidez e conhecimento...
Liberal Assinante do Local > josé maria: "Sobra-lhe em ridículo o
que lhe falta em lucidez e conhecimento..." Não é no Paulo Tunhas que eu
penso eu ler estas inspiradas palavras! Liberal Assinante do
Local: Nenhuma monomania
é racional. Em rigor, nenhuma mania o é, a mania é o contrário do equilíbrio da
razão. O que agrava a tara marxista e a tara ambientalista é elas serem
colectivizadas e adoptadas por multidões que se auto legitimam na
sua estrutural irracionalidade: somos muitos, por isso estamos certos. letao jor: aceitei o conselho de um
comentador e fui a ..".Extinction Clock,"... a fonte oficial da
Internet para o clima do fim do mundo e as previsões de extinção. Todas as
previsões foram feitas por indivíduos notáveis, acadêmicos, políticos,
institutos e a imprensa.,... a fina flor , as gretas thumberg do
passado ... Liberal
Assinante do Local > letao jor: Há mais de cinquenta anos que
nos prometem fins do mundo, possivelmente até há mais tempo do que isso. Ah, se
as pessoas soubessem bem como é velhinho o tema do fim do mundo... E a piada
maior de todas, ele virá mesmo um dia, e isso é Ciência certa, tal como a nossa
própria morte. As "respostas" a estas verdades terríveis são
necessariamente religiosas, mesmo no caso dos ateus. maldekstre
estas kaptilo: São por norma adolescentes tardios e perenes,
coitados. Francisco
Tavares de Almeida: a ciência busca a verdade, não o consenso; e a
política busca o consenso, não a verdade. Mas o que é que os psicólogos não
conseguem resolver? Obrigado.
Noémia Santos: A Greta é demasiado jovem para ser tão negativa e
destilar tanto ódio. Mais me faz confusão quando destila esse ódio contra
gerações que há pouco anos lutavam pela sobrevivência. O ritmo a que tudo
evolui faz com que os jovens se esqueçam de que os avós passaram fome. Há aqui
muita falta de conhecimento da história. E há outra coisa que me incomoda
profundamente, esta nova tendência do ajuste de contas geracional. Podemos
corrigir erros, sim sem dúvida. Mas não com rostos carregados de ódio e de dedo
em riste maldekstre
estas kaptilo > Noémia Santos: O problema dela é precisamente
usar o dedo em riste e não para outras coisas que seguramente a deixariam bem
mais feliz, satisfeita, aliviada, alegre e bem-disposta com a vida e com os
outros, em lugar de tanto azedume e amargura. E se com 16 ou 17 anos já está
assim, imagine-se o que será esta desgraçada quando passar dos 30. João Floriano > maldekstre estas kaptilo: Tirar macacos do nariz é muito
relaxante e sempre me ajudou a pensar. A Greta sabe lá o que anda a fazer: será
muito interessante daqui a uns tempos saber pormenores sobre quem financia esta
treta da Greta. Por enquanto a torneira pinga e os paizinhos mais esgrouviados
do que a adolescente vão vivendo à conta. Quando a torneira secar porque
entretanto apareceu outro ícone, aí vamos ver. Quando chegar aos 30..... há
bons manicómios na Suécia? Manuel
Joaquim > Noémia Santos: A Greta é só uma frente para
ideias de outras pessoas. Um truque muito esperto, porque deixa a ideia que a
oposição está a discutir com uma menina e isso é uma coisa que ninguém pode
ganhar ou sair da cena sem espalhar uma imagem péssima. Já se criou uma palavra
para isso: Pedophrastia. advoga
diabo: O que pensar de alguém, ainda
por cima notoriamente inteligente, que perante a desgraça à vista de todos da
Humanidade "alegremente" persistir na destruição da sua casa comum,
arruinando assim o futuro das próximas gerações, o que nestas mais o preocupa é
a eco-ansiedade? Quando a Ideologia prevalece não há Filosofia que resista! João Floriano: Excelente crónica cheia de
pontos fortes para reflexão. O mais forte para mim será a afirmação que «a ciência
busca a verdade, não o consenso e a política busca o consenso e não a verdade».
Parto do pressuposto que a reflexão é do Dr. Paulo Tunhas e só lhe posso tirar
o meu chapéu. Suponho que a Filosofia estará acima da Ciência e da
Política. Outro ponto interessante é o que se entende por tribalismo moderno e
por que razão, com tanto avanço científico e civilizacional, continuamos à
procura da nossa tribo e da aprovação tribal que chega geralmente através das
redes sociais com os amigos virtuais. No início as tribos sentavam-se à volta
da fogueira para socializar, afastar o medo, a ansiedade. Hoje sentamo-nos à
volta da rede social e contamos histórias como antigamente. bento guerra: Não pisem a eco-formiguinha Fernando E: Delicioso comentário.
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