Quem os tivesse
ouvido, como eu ouvi na quinta-feira, no Eixo do Mal, muito assanhados e
ofensivos – divertidos também, como expressadores ora de bondade ora de
desprezo pela gentinha, julgo que com medo uns dos outros, sem se atreverem a
discordar nem um bocadinho, no caso em foco, em vénias e risos mútuos, fingindo
estimar-se, mas nem tanto assim, expressando sentimentos de amor pelas vítimas
do racismo, amor parcial, pois que contraposto ao ódio implícito pela direita,
supostamente racista, na sua opinião profundamente cínica, quem os tivesse
ouvido, altivos e castigadores da Maria de Fátima Bonifácio, que fora
apenas honesta e anjinha, por se expor assim, encontraria o seu perfil nestes
textos, de Helena Matos,
deAlberto Gonçalves
e de alguns dos seus comentadores.
Maria de Fátima Bonifácio,
a mulher a ostracizar, se não mesmo a abater, por ser honesta e sincera – e
corajosa – como são os que a defendem. (Eu só lembro o meu filho mais novo, que
quando andava na escola primária, perdoe-se-me o arcaísmo da expressão,
ganhou medo aos ciganitos que o assaltavam e eu tinha que pedir ao irmão mais
velhito que o fosse esperar à saída da escola, para o proteger. Era pecha
antiga, essa dos roubos, mas eu própria comprei coisas aos ciganos e ciganas
que espalhavam o seu comércio pelo chão do seu espaço isento de imposto, e me
abordavam com empenho. Até tive pena quando foram obrigados a sair, para não
conspurcarem o ambiente com o seu comércio no chão da sua luta, pois que as câmaras
municipais eram rigorosas a respeito de conspurcação, pelo menos dos seus
espaços. Hoje são as claques dos sentimentos virtuosos de apoio aos da
marginalidade, por conta do acréscimo de racismo alheio, racismo da própria
promoção daqueles, de resto, como acicate à violência e à desestabilização,
decerto para efeitos eleitorais, segundo a máxima de matar dois ou mais coelhos
com uma só cajadada.
Tudo isso vem perfeitamente explicado, nas páginas
impecáveis que seguem, e que são um prazer de leitura, pela inteligência do
desmascaramento de tanta hipocrisia encoberta.
I - POLÉMICA: A ostraca /premium
OBSERVADOR, 7/7/2019
Todos, a começar pelo director do Público, teremos a qualquer
momento o nosso nome inscrito na lista dos que devem ser banidos. A ditadura
das causas exige-o.
Guardem
o editorial do
director do jornal Público
sobre texto da historiadora Maria de Fátima
Bonifácio. Porquê? A História precisa de datas e à falta doutra
esta serve para assinalar o momento em que, em Portugal, se assumiu que vigora
a ostraca.
Os
muçulmanos têm a fatwa, nós temos a ostraca, essa prática da antiga Grécia para afastar
determinados cidadãos, sendo que agora o nome daquele que se quer ver banido
não se grava em pedaços de cerâmica mas sim nas redes sociais. Desta vez a ostraca caiu sobre Fátima
Bonifácio. E chegou via editorial do Manuel
Carvalho, director do PÚBLICO: “Um
jornal como o PÚBLICO é um espaço de convivência baseado em valores. A Direcção
Editorial tem o dever de proteger esse espaço, evitando que esses valores sejam
postos em causa. Lamentavelmente, não foi isso que aconteceu.” – escreveu
arrependendo-se da publicação do texto de Maria de Fátima Bonifácio.
Não
interessa se concordo ou discordo do texto de Maria de Fátima Bonifácio sobre
as quotas para negros e ciganos. Mas desde já acrescento que escusam as redes
sociais de se enervar e o director do Público de se armar em extraterrestre: Maria
de Fátima Bonifácio escreveu o que se diz não apenas nas periferias de Lisboa
ou Setúbal mas muito particularmente nesse interior do país que tanto dizem
querer proteger mas onde se multiplicam “as ocorrências”.
Maria de Fátima Bonifácio apontou o que tartamudeiam os paizinhos
progressistas para explicar porque não colocam os filhos nas escolas públicas.
Detalhou o que se vê e ouve quando se sai na estação de comboio da Damaia…
Não admira que o texto de Maria de Fátima Bonifácio tenha gerado
reacções e a própria sabe explicar as suas razões melhor que ninguém.
O que interessa, o que é grave, o que ensina o editorial do Público
é que a técnica da ostraca venceu e todos mas mesmos todos, a começar por
Manuel Carvalho, teremos a qualquer momento o nosso nome inscrito na lista dos
que devem ser banidos.
Sejamos claros: a ditadura das causas
triunfou. Neste momento não se debatem ideias, impõem-se causas. Estas são
invariavelmente apresentadas como libertadoras e positivas. Logo quem diverge
dos fins e dos meios adoptados pelos activistas-funcionários de tão altos
desígnios não é uma pessoa que pensa de forma diferente mas sim um defensor dos
horrores que essas causas se propõem combater.
Não
se concorda com a criação de quotas para ciganos na universidade?
Automaticamente é-se apresentado como sendo favorável à discriminação dos
ciganos. Perante esta condenação ao banimento quem tem coragem para perguntar o
óbvio: que cursos são esses em que se entra porque se nasceu mais ou menos
moreno? Os cursos das chamadas ciências sociais e humanas porque a matemática e
a física ainda não se aprendem por decreto (creio que depois de serem apresentadas como
disciplinas dos ricos acabarão a ser tidas como reaccionárias). Como é mais que óbvio os seleccionados para essa
progressão por razões da cor da sua pele irão alimentar esses berçários da esquerda radical que são os departamentos de
antropologia, sociologia e estudos disto e daquilo.
Não se concorda com a escolha de
pessoas para cargos políticos em função da cor da sua pele e de imediato se é a
favor da discriminação dos negros.
Denuncia-se o racismo existente entre
negros ou entre negros e ciganos e em segundos é-se apresentado como tendo uma
visão estereotipada daquilo que no nosso caminho para a tribalização é
designado como comunidades.
A ditadura das causas, como todas as ditaduras, conta com os seus
defensores que naturalmente se acham investidos de uma superioridade moral.
Conta com os seus activistas logo transformados em funcionários porque,
materialmente falando, o sector das causas é uma fonte inesgotável de empregos
e financiamentos.
Quando a ditadura das causas acabar o jornal Público e seus clones
encher-se-ão de artigos sobre as perseguições realizadas nestas décadas
iniciais do sećulo XXI e de como a esquerda (noutros tempos foi a direita) se
serviram dessas causas para ganhar votos numa época em que já não tinham outro
programa político que não fosse manter-se no poder. Como é óbvio eles, os
activistas, os jornais activistas e toda essa milícia do pensamento que por aí
anda, nunca tiveram nada a ver com tal assunto. Felizmente que a morte nos
liberta a dado momento desses espectáculo porque vê-lo várias vezes ao longo da
vida torna-nos mais cínicos.
COMENTÁRIOS:
José Martins: AS QUOTAS SÃO RACISTAS. Há não muito tempo,
foi publicado um Relatório da OCDE onde se concluía que, por comparação com
outros países, em Portugal ….”há falta de mobilidade social e a pobreza é
endémica”…..!. Sabem o que significa POBREZA ENDÉMICA E FALTA DE MOBILIDADE
SOCIAL? Significa que em Portugal, segundo as ESTATÍSTICAS, há 2 MILHÕES de
habitantes, BRANCOS, NEGROS, AMARELOS, CIGANOS, PARDOS, que vivem em POBREZA
EXTREMA e estão condenados a viver em POBREZA EXTREMA para todo o sempre.
NINGUÉM ENTÃO FALOU DE QUOTAS. Não é por acaso. O "capitalismo" em
Portugal, quando nasceu, já nasceu torto. Os "princípios
básicos" da "livre e sã concorrência" e da "igualdade de
oportunidades" foram desde sempre mandados às "malvas" e
substituídos pelo "capitalismo dos compadres", encostados ao Estado e
protegidos pelo Estado. Como nos mostraram os Sócrates, os Salgados, os Pinhos
e os Berardos deste país, é esse capitalismo, o "capitalismo dos
compadres", que ainda hoje temos em Portugal. Tal como defendia Sá
Carneiro, a libertação da sociedade civil e os objectivos de verdadeira
liberdade, democracia e justiça social continuam na ordem do dia. A treta das
QUOTAS é mais uma ESTRATÉGIA para enganar papalvos e manter o STATUS QUO.
Felizberto Comporta: HEIL
FRÄU HELENA!! HEIL FRÄU BONIFÁCIO!! HEIL OBSERVADOR! FINALMENTE TEMOS VOZ! A
NOVA AURORA RENASCE!!! JUNTOS TORNAREMOS ESTE PORTUGAL PURO E LIVRE DE
ESCROQUES!!!!
Carminda Damiao: Completamente
de acordo.
Luis Ferreira: Bom
artigo. Há muito ditador de esquerda e direita a esconder-se atrás duma
fictícia superioridade moral e intelectual para justificar absurdos. Estas
quotas são absurdas. A integração promove-se com a não criação de guetos, com a
não promoção da indigência com mínimos garantidos, com a atenção a especificidades
nas escolas mas, acima de tudo, com a vontade dos próprios.
Jose Prates: Obrigado à Helena
Matos. Não sabia do artigo de MFB e com esta polémica tive a oportunidade de o
ler.
Maria José Melo: Tanto
problema com este artigo... é a pura verdade! As quotas, sejam étnicas ou de
género, são uma forma de discriminação, quer dos próprios quer dos outros. Já
existe acesso à educação para todos, com o ensino obrigatório até ao 12.° ano.
Só têm que aproveitar e merecer. Parabéns, Maria de Fátima Bonifácio, pela
coragem!
Maria Emília Santos Santos Absoluta
razão Helena Matos! E quem como eu até já tentou evangelizá-los, em
paróquias, já cuidou deles no hospital, doentes que se curaram e o pior
foi quando morreram! Estereotipados são os que querem fazer dos outros parvos
para levarem a deles avante!
Maria José MeloPaulo Veiga: Exactamente!
Nuno Gomes : Estereótipos???
Quem é que já teve um acidente de viação com um cigano? Quem é que já foi a uma
festa de música "africana"? Quem é que já teve como vizinho uma
família cigana? Quem é que já teve ciganos como colegas de escola dos filhos?
Quem é que já esteve num hospital ao lado de algum cigano? Quem é que já teve
uma discussão com alguém dessas etnias? Quem é que já esteve num posto de
correios com ciganos? ... pois é tudo estereótipos!
Antonio FonsecaNuno Gomes: À
falta de saber quem já esteve numa situação dessas sei quem nunca esteve: Os
nossos deputados.
Maria Madeira: Concordo
plenamente com este artigo de H. Matos.
José Alves: Os
Homens nascem iguais em direitos e deveres. A sociedade e o estado devem
assegurar que ninguém é discriminado pela sua raça, etnia, religião, género ou
características físicas. A questão é que a dita “discriminação positiva”
acarreta sempre e forçosamente uma discriminação negativa uma vez que os
lugares disponíveis são sempre escassos. E também não é argumento válido
afirmar que determinado grupo social é mais desfavorecido e portanto têm que
passar à frente, porque quem passa à frente são homens e mulheres concretos que
podem estar a prejudicar outros homens e mulheres igualmente concretos de outro
grupo social, desfavorecidos ou não e com mais mérito. Cumprimentos.
Antonio Fonseca: A
MFB tem toda a razão sobre africanos e ciganos. As escolas TEIP com turmas PIEF
já deixaram de os misturar.
RÁDIO OBSERVADOR
OBSERVADOR, 13/7/2019
A preocupação dessa gente, que de resto enxovalha com jovialidade os
homens, os brancos, os heterossexuais, os “ricos”, os cristãos ou os judeus,
não são as calamidades, mas as liberdades.
Há racismo em Portugal? Claro que sim: ainda
há dias, uma deputada (socialista) apresentou um relatório que aconselha quotas
para negros e ciganos em sectores sortidos. Chamar “positiva” a esta forma de
discriminação é mera cosmética. É
evidente que o principal aqui é a discriminação, que no fundo pressupõe a
inferioridade dos beneficiários das quotas – e garante que, sem ajuda, as
“minorias” são incapazes de chegar onde chega a “maioria” (?). É igualmente
notório que nenhum negro ou cigano com um pingo de dignidade aceitaria por
exemplo entrar no ensino superior à custa de medidas que decretam a sua inata
estupidez. Sucede que, suponho, a percentagem de estúpidos entre negros e
ciganos será próxima da percentagem de estúpidos entre brancos e esquimós, pelo
que as propostas descaradamente racistas do tal relatório teriam sempre quem as
aproveitasse.
O
chato, porém, não é que se atafulhe o ensino, a política ou o que calhar com
tontinhos. A política é o que é, e a universidade que acolhe Boaventura Sousa
Santos poderia acolher uma embaixada da tribo Sentinela sem qualquer decréscimo
de sofisticação intelectual. O
chato é os racistas que defendem as quotas chamarem racistas às pessoas que se
opõem às quotas. O método é velho, tão velho quanto os fascistas que descobrem
um fascista em cada esquina (e que em geral coincidem com os racistas que
descobrem um racista em cada esquina, a mesma esquina, entretanto repleta):
atribuir ao inimigo as características que nos definem. Como a atribuição é
feita aos berros, o espectador distraído pode ser tentado a acreditar nos
racistas (ou fascistas), e a julgar que racistas (ou fascistas) são os outros.
Veja-se o que aconteceu esta semana a propósito de Maria de Fátima
Bonifácio. Em artigo no “Público”, a historiadora
escreveu umas linhas sobre “raças”, incluindo a crítica às quotas e certas
generalizações esquisitas. Admito que a senhora seja racista, não sei. Sei
que a turba furiosa que exige a dilapidação, às vezes literal, da dra.
Bonifácio é coisa pior. Nenhum ou quase nenhum dos furiosos,
esmagadoramente brancos, está de facto preocupado com o alegado racismo. Em
circunstâncias similares, também não estariam preocupados com a xenofobia, a
“masculinidade tóxica” (pausa para alívio cómico), a homofobia e demais
calamidades da época. A indiferença desses virtuosos às calamidades em si prova-se
nos momentos em que eles próprios as cometem. Os virtuosos não se manifestaram
quando o capataz da CGTP chamou “escurinho” a um representante da “troika”, ou
quando meio mundo queria enxotar os brasileiros que votaram Bolsonaro, ou
quando o revolucionário Otelo exibiu famílias paralelas, ou quando o dr. Louçã
produziu uma observação canalha para atingir um adversário político. A
preocupação dessa gente, que de resto enxovalha com jovialidade os homens, os
brancos, os heterossexuais, os “ricos”, os cristãos ou os judeus, não são as
calamidades, mas as liberdades. E o objectivo dessa gente não é acabar com as
primeiras, mas abolir as segundas.
É
por isso que as “ofensas” em que a actualidade é pródiga não inspiram aos
“ofendidos” um esboço de contraditório, e sim uma vontade imensa de calar e
punir o “ofensor”. Ao suposto “ódio” respondem com ódio inequívoco e, se
possível, consequente. Mamadou
Ba, chefe de uma metástase do Bloco de Esquerda intitulada SOS Racismo,
esclareceu: não basta que a dra. Bonifácio peça desculpa, tem de pagar pelo que
disse. O sr. Ba não informou se
o pagamento ideal seria através de coima, pena de prisão ou fogueira na praça.
À cautela, apresentou queixa ao Ministério Público contra a dra. Bonifácio, no
que foi imitado por inquisidores de calibre semelhante. Há promessas de
“boicote” dos jornais que publiquem a dra. Bonifácio (já suficientemente
boicotados pelo mercado). Há rumores de pressões dentro da universidade. Há
ameaças veladas e explícitas. E há, em suma, o desejo ardente de destruir
alguém que, com maior ou menor acerto, se limitou a emitir uma opinião, hoje
elevada a crime.
A
opinião em causa não importa. Neste
episódio e em recorrentes episódios afins, as opiniões “inaceitávelis”,
“inadmissíveis”, “intoleráveis” e etc. são apenas pretextos para alimentar
indignações e excitar trogloditas em potência. No processo, que implica a
escrupulosa troca dos argumentos pela raiva primária, formam-se fanáticos sem
nada a exibir excepto a força do ressentimento. Privados de razão, sobra-lhes a
intransigência, o ruído e a propensão para linchamentos colectivos,
ingredientes que, conforme a História demonstra, são essenciais à expansão do
totalitarismo. Repito: as opiniões não importam. O importante é utilizá-las
para excitar as massas e criar legiões de acéfalos, industriados a engolir
inomináveis patranhas e a obedecer aos respectivos autores. Após dezenas de
milhões de mortos e centenas de milhões de miseráveis, não se conseguiria
manter viva a chama do comunismo e do socialismo sem essas multidões, cegas e
boçais, coléricas e servis. Aliás, só servem para isto.
COMENTÁRIOS:
Ana Silva: Excelente
crónica. O cheiro a poder está no ar e as feras já nem disfarçam ao que vêm.
Delito de opinião, Torquemada estaria orgulhoso.
chints CHINTS: Brilhante escrita, brilhante inteligência.
Parabéns!
Jorge Guimarães Dias: "jornais bloqueados pelo
mercado" Quais: o JN, DN, EXPRESSO? Tem que dizer nomes, se é que pensava
em alguns. Pode ser que a MFB tenha espaço
nas televisões e rádios da nossa imprensa livre. Inquisição,
diz muito bem!
Zacarias Pançudo: Sejamos
claros: na base da eficácia da Nova Inquisição - tal como na da antiga - está o
MEDO. Medo das represálias no quotidiano.
Medo de ser agredido, medo que os filhos sejam agredidos na escola, medo que
lhe vandalizem o carro ou a casa. Se for um pequeno empresário, por exemplo o
dono de um restaurante ou de um hotel, medo da má publicidade, de perder
clientes, logo, da falência. Se for um assalariado, medo de ser despedido, por
um patrão que tem medo dos processos judiciais, mas também da violência, do
vandalismo, da sabotagem. Se for uma figura
pública, medo dos processos judiciais, medo dos custos dos processos judiciais,
medo do ostracismo. As pessoas sabem que
não adianta apresentar queixa, pois sabem que a polícia também tem medo - e tem
razões de sobra para ter. A violência é
exercida no quotidiano por pretos e por ciganos com a consciência de serem
intocáveis. Sobre a violência
mediática, AG e outros já disseram o que havia a dizer.
Lá fora ainda é pior. Em 2015
toda a gente era Charlie, mas a realidade é que hoje os sobreviventes do
massacre vivem hoje num bunquer em parte incerta e pagam a uma empresa privada
para lhes garantir a segurança. A seita assassina continua a colonizar sem
sobressaltos. No meio de tanto feminismo
militante, tanto #metoo, não há uma palavra de compaixão para as meninas de
Rotheram, Telford ou Rochdale - obrigadas por paquistaneses a drogar-se, a
abortar e a prostituir-se - antes se procura abafar o caso. Eles ganharam. A civilização
ocidental - a Civilização - vai desaparecer mas, entretanto, temos que beber
até à lia o cálice da humilhação.
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