sábado, 13 de julho de 2019

Duma cajadada…


Quem os tivesse ouvido, como eu ouvi na quinta-feira, no Eixo do Mal, muito assanhados e ofensivos – divertidos também, como expressadores ora de bondade ora de desprezo pela gentinha, julgo que com medo uns dos outros, sem se atreverem a discordar nem um bocadinho, no caso em foco, em vénias e risos mútuos, fingindo estimar-se, mas nem tanto assim, expressando sentimentos de amor pelas vítimas do racismo, amor parcial, pois que contraposto ao ódio implícito pela direita, supostamente racista, na sua opinião profundamente cínica, quem os tivesse ouvido, altivos e castigadores da Maria de Fátima Bonifácio, que fora apenas honesta e anjinha, por se expor assim, encontraria o seu perfil nestes textos, de Helena Matos, deAlberto Gonçalves e de alguns dos seus comentadores. Maria de Fátima Bonifácio, a mulher a ostracizar, se não mesmo a abater, por ser honesta e sincera – e corajosa – como são os que a defendem. (Eu só lembro o meu filho mais novo, que quando andava na escola primária, perdoe-se-me o arcaísmo da expressão, ganhou medo aos ciganitos que o assaltavam e eu tinha que pedir ao irmão mais velhito que o fosse esperar à saída da escola, para o proteger. Era pecha antiga, essa dos roubos, mas eu própria comprei coisas aos ciganos e ciganas que espalhavam o seu comércio pelo chão do seu espaço isento de imposto, e me abordavam com empenho. Até tive pena quando foram obrigados a sair, para não conspurcarem o ambiente com o seu comércio no chão da sua luta, pois que as câmaras municipais eram rigorosas a respeito de conspurcação, pelo menos dos seus espaços. Hoje são as claques dos sentimentos virtuosos de apoio aos da marginalidade, por conta do acréscimo de racismo alheio, racismo da própria promoção daqueles, de resto, como acicate à violência e à desestabilização, decerto para efeitos eleitorais, segundo a máxima de matar dois ou mais coelhos com uma só cajadada.
Tudo isso vem perfeitamente explicado, nas páginas impecáveis que seguem, e que são um prazer de leitura, pela inteligência do desmascaramento de tanta hipocrisia encoberta.
I - POLÉMICA:   A ostraca /premium
OBSERVADOR, 7/7/2019
Todos, a começar pelo director do Público, teremos a qualquer momento o nosso nome inscrito na lista dos que devem ser banidos. A ditadura das causas exige-o.
Guardem o editorial do director do jornal Público sobre texto da historiadora Maria de Fátima Bonifácio. Porquê? A História precisa de datas e à falta doutra esta serve para assinalar o momento em que, em Portugal, se assumiu que vigora a ostraca.
Os muçulmanos têm a fatwa, nós temos a ostraca, essa prática da antiga Grécia para afastar determinados cidadãos, sendo que agora o nome daquele que se quer ver banido não se grava em pedaços de cerâmica mas sim nas redes sociais. Desta vez a ostraca caiu sobre Fátima Bonifácio. E chegou via editorial do Manuel Carvalho, director do PÚBLICO: “Um jornal como o PÚBLICO é um espaço de convivência baseado em valores. A Direcção Editorial tem o dever de proteger esse espaço, evitando que esses valores sejam postos em causa. Lamentavelmente, não foi isso que aconteceu.” – escreveu arrependendo-se da publicação do texto de Maria de Fátima Bonifácio.
Não interessa se concordo ou discordo do texto de Maria de Fátima Bonifácio sobre as quotas para negros e ciganos. Mas desde já acrescento que escusam as redes sociais de se enervar e o director do Público de se armar em extraterrestre: Maria de Fátima Bonifácio escreveu o que se diz não apenas nas periferias de Lisboa ou Setúbal mas muito particularmente nesse interior do país que tanto dizem querer proteger mas onde se multiplicam “as ocorrências”.
Maria de Fátima Bonifácio apontou o que tartamudeiam os paizinhos progressistas para explicar porque não colocam os filhos nas escolas públicas. Detalhou o que se vê e ouve quando se sai na estação de comboio da Damaia…
Não admira que o texto de Maria de Fátima Bonifácio tenha gerado reacções e a própria sabe explicar as suas razões melhor que ninguém.
O que interessa, o que é grave, o que ensina o editorial do Público é que a técnica da ostraca venceu e todos mas mesmos todos, a começar por Manuel Carvalho, teremos a qualquer momento o nosso nome inscrito na lista dos que devem ser banidos.
Sejamos claros: a ditadura das causas triunfou. Neste momento não se debatem ideias, impõem-se causas. Estas são invariavelmente apresentadas como libertadoras e positivas. Logo quem diverge dos fins e dos meios adoptados pelos activistas-funcionários de tão altos desígnios não é uma pessoa que pensa de forma diferente mas sim um defensor dos horrores que essas causas se propõem combater.
Não se concorda com a criação de quotas para ciganos na universidade? Automaticamente é-se apresentado como sendo favorável à discriminação dos ciganos. Perante esta condenação ao banimento quem tem coragem para perguntar o óbvio: que cursos são esses em que se entra porque se nasceu mais ou menos moreno? Os cursos das chamadas ciências sociais e humanas porque a matemática e a física ainda não se aprendem por decreto (creio que depois de serem apresentadas como disciplinas dos ricos acabarão a ser tidas como reaccionárias). Como é mais que óbvio os seleccionados para essa progressão por razões da cor da sua pele irão alimentar esses berçários da esquerda radical que são os departamentos de antropologia, sociologia e estudos disto e daquilo.
Não se concorda com a escolha de pessoas para cargos políticos em função da cor da sua pele e de imediato se é a favor da discriminação dos negros.
Denuncia-se o racismo existente entre negros ou entre negros e ciganos e em segundos é-se apresentado como tendo uma visão estereotipada daquilo que no nosso caminho para a tribalização é designado como comunidades.
A ditadura das causas, como todas as ditaduras, conta com os seus defensores que naturalmente se acham investidos de uma superioridade moral. Conta com os seus activistas logo transformados em funcionários porque, materialmente falando, o sector das causas é uma fonte inesgotável de empregos e financiamentos.
Quando a ditadura das causas acabar o jornal Público e seus clones encher-se-ão de artigos sobre as perseguições realizadas nestas décadas iniciais do sećulo XXI e de como a esquerda (noutros tempos foi a direita) se serviram dessas causas para ganhar votos numa época em que já não tinham outro programa político que não fosse manter-se no poder. Como é óbvio eles, os activistas, os jornais activistas e toda essa milícia do pensamento que por aí anda, nunca tiveram nada a ver com tal assunto. Felizmente que a morte nos liberta a dado momento desses espectáculo porque vê-lo várias vezes ao longo da vida torna-nos mais cínicos.
COMENTÁRIOS:
José Martins: AS QUOTAS SÃO RACISTAS. Há não muito tempo, foi publicado um Relatório da OCDE onde se concluía que, por comparação com outros países, em Portugal ….”há falta de mobilidade social e a pobreza é endémica”…..!. Sabem o que significa POBREZA ENDÉMICA E FALTA DE MOBILIDADE SOCIAL? Significa que em Portugal, segundo as ESTATÍSTICAS, há 2 MILHÕES de habitantes, BRANCOS, NEGROS, AMARELOS, CIGANOS, PARDOS, que vivem em POBREZA EXTREMA e estão condenados a viver em POBREZA EXTREMA para todo o sempre.  NINGUÉM ENTÃO FALOU DE QUOTAS. Não é por acaso. O "capitalismo" em Portugal, quando nasceu, já nasceu torto.  Os "princípios básicos" da "livre e sã concorrência" e da "igualdade de oportunidades" foram desde sempre mandados às "malvas" e substituídos pelo "capitalismo dos compadres", encostados ao Estado e protegidos pelo Estado. Como nos mostraram os Sócrates, os Salgados, os Pinhos e os Berardos deste país, é esse capitalismo, o "capitalismo dos compadres", que ainda hoje temos em Portugal. Tal como defendia Sá Carneiro, a libertação da sociedade civil e os objectivos de verdadeira liberdade, democracia e justiça social continuam na ordem do dia. A treta das QUOTAS é mais uma ESTRATÉGIA para enganar papalvos e manter o STATUS QUO.
Felizberto Comporta: HEIL FRÄU HELENA!! HEIL FRÄU BONIFÁCIO!! HEIL OBSERVADOR! FINALMENTE TEMOS VOZ! A NOVA AURORA RENASCE!!! JUNTOS TORNAREMOS ESTE PORTUGAL PURO E LIVRE DE ESCROQUES!!!!
Carminda Damiao: Completamente de acordo.
Luis Ferreira: Bom artigo. Há muito ditador de esquerda e direita a esconder-se atrás duma fictícia superioridade moral e intelectual para justificar absurdos. Estas quotas são absurdas. A integração promove-se com a não criação de guetos, com a não promoção da indigência com mínimos garantidos, com a atenção a especificidades nas escolas mas, acima de tudo, com a vontade dos próprios. 
Jose Prates: Obrigado à Helena Matos. Não sabia do artigo de MFB e com esta polémica tive a oportunidade de o ler.
Maria José Melo: Tanto problema com este artigo... é a pura verdade! As quotas, sejam étnicas ou de género, são uma forma de discriminação, quer dos próprios quer dos outros. Já existe acesso à educação para todos, com o ensino obrigatório até ao 12.° ano. Só têm que aproveitar e merecer. Parabéns, Maria de Fátima Bonifácio, pela coragem!
Maria Emília Santos Santos Absoluta razão Helena Matos! E quem como eu até já tentou evangelizá-los, em paróquias,  já cuidou deles no hospital, doentes que se curaram e o pior foi quando morreram! Estereotipados são os que querem fazer dos outros parvos para levarem a deles avante!
Maria José MeloPaulo Veiga: Exactamente!
Nuno Gomes : Estereótipos??? Quem é que já teve um acidente de viação com um cigano? Quem é que já foi a uma festa de música "africana"? Quem é que já teve como vizinho uma família cigana? Quem é que já teve ciganos como colegas de escola dos filhos? Quem é que já esteve num hospital ao lado de algum cigano? Quem é que já teve uma discussão com alguém dessas etnias? Quem é que já esteve num posto de correios com ciganos? ... pois é tudo estereótipos!
Antonio FonsecaNuno Gomes: À falta de saber quem já esteve numa situação dessas sei quem nunca esteve: Os nossos deputados.
Maria Madeira: Concordo plenamente com este artigo de H. Matos.
José Alves: Os Homens nascem iguais em direitos e deveres. A sociedade e o estado devem assegurar que ninguém é discriminado pela sua raça, etnia, religião, género ou características físicas. A questão é que a dita “discriminação positiva” acarreta sempre e forçosamente uma discriminação negativa uma vez que os lugares disponíveis são sempre escassos. E também não é argumento válido afirmar que determinado grupo social é mais desfavorecido e portanto têm que passar à frente, porque quem passa à frente são homens e mulheres concretos que podem estar a prejudicar outros homens e mulheres igualmente concretos de outro grupo social, desfavorecidos ou não e com mais mérito. Cumprimentos.
Antonio Fonseca: A MFB tem toda a razão sobre africanos e ciganos. As escolas TEIP com turmas PIEF já deixaram de os misturar. 
RÁDIO OBSERVADOR 
II- LIBERDADE DE EXPRESSÃO: Notícias da Inquisição Portuguesa /premium
OBSERVADOR, 13/7/2019
A preocupação dessa gente, que de resto enxovalha com jovialidade os homens, os brancos, os heterossexuais, os “ricos”, os cristãos ou os judeus, não são as calamidades, mas as liberdades.
Há racismo em Portugal? Claro que sim: ainda há dias, uma deputada (socialista) apresentou um relatório que aconselha quotas para negros e ciganos em sectores sortidos. Chamar “positiva” a esta forma de discriminação é mera cosmética. É evidente que o principal aqui é a discriminação, que no fundo pressupõe a inferioridade dos beneficiários das quotas – e garante que, sem ajuda, as “minorias” são incapazes de chegar onde chega a “maioria” (?). É igualmente notório que nenhum negro ou cigano com um pingo de dignidade aceitaria por exemplo entrar no ensino superior à custa de medidas que decretam a sua inata estupidez. Sucede que, suponho, a percentagem de estúpidos entre negros e ciganos será próxima da percentagem de estúpidos entre brancos e esquimós, pelo que as propostas descaradamente racistas do tal relatório teriam sempre quem as aproveitasse.
O chato, porém, não é que se atafulhe o ensino, a política ou o que calhar com tontinhos. A política é o que é, e a universidade que acolhe Boaventura Sousa Santos poderia acolher uma embaixada da tribo Sentinela sem qualquer decréscimo de sofisticação intelectual. O chato é os racistas que defendem as quotas chamarem racistas às pessoas que se opõem às quotas. O método é velho, tão velho quanto os fascistas que descobrem um fascista em cada esquina (e que em geral coincidem com os racistas que descobrem um racista em cada esquina, a mesma esquina, entretanto repleta): atribuir ao inimigo as características que nos definem. Como a atribuição é feita aos berros, o espectador distraído pode ser tentado a acreditar nos racistas (ou fascistas), e a julgar que racistas (ou fascistas) são os outros.
Veja-se o que aconteceu esta semana a propósito de Maria de Fátima Bonifácio. Em artigo no “Público”, a historiadora escreveu umas linhas sobre “raças”, incluindo a crítica às quotas e certas generalizações esquisitas. Admito que a senhora seja racista, não sei. Sei que a turba furiosa que exige a dilapidação, às vezes literal, da dra. Bonifácio é coisa pior. Nenhum ou quase nenhum dos furiosos, esmagadoramente brancos, está de facto preocupado com o alegado racismo. Em circunstâncias similares, também não estariam preocupados com a xenofobia, a “masculinidade tóxica” (pausa para alívio cómico), a homofobia e demais calamidades da época. A indiferença desses virtuosos às calamidades em si prova-se nos momentos em que eles próprios as cometem. Os virtuosos não se manifestaram quando o capataz da CGTP chamou “escurinho” a um representante da “troika”, ou quando meio mundo queria enxotar os brasileiros que votaram Bolsonaro, ou quando o revolucionário Otelo exibiu famílias paralelas, ou quando o dr. Louçã produziu uma observação canalha para atingir um adversário político. A preocupação dessa gente, que de resto enxovalha com jovialidade os homens, os brancos, os heterossexuais, os “ricos”, os cristãos ou os judeus, não são as calamidades, mas as liberdades. E o objectivo dessa gente não é acabar com as primeiras, mas abolir as segundas.
É por isso que as “ofensas” em que a actualidade é pródiga não inspiram aos “ofendidos” um esboço de contraditório, e sim uma vontade imensa de calar e punir o “ofensor”. Ao suposto “ódio” respondem com ódio inequívoco e, se possível, consequente. Mamadou Ba, chefe de uma metástase do Bloco de Esquerda intitulada SOS Racismo, esclareceu: não basta que a dra. Bonifácio peça desculpa, tem de pagar pelo que disse. O sr. Ba não informou se o pagamento ideal seria através de coima, pena de prisão ou fogueira na praça. À cautela, apresentou queixa ao Ministério Público contra a dra. Bonifácio, no que foi imitado por inquisidores de calibre semelhante. Há promessas de “boicote” dos jornais que publiquem a dra. Bonifácio (já suficientemente boicotados pelo mercado). Há rumores de pressões dentro da universidade. Há ameaças veladas e explícitas. E há, em suma, o desejo ardente de destruir alguém que, com maior ou menor acerto, se limitou a emitir uma opinião, hoje elevada a crime.
A opinião em causa não importa. Neste episódio e em recorrentes episódios afins, as opiniões “inaceitávelis”, “inadmissíveis”, “intoleráveis” e etc. são apenas pretextos para alimentar indignações e excitar trogloditas em potência. No processo, que implica a escrupulosa troca dos argumentos pela raiva primária, formam-se fanáticos sem nada a exibir excepto a força do ressentimento. Privados de razão, sobra-lhes a intransigência, o ruído e a propensão para linchamentos colectivos, ingredientes que, conforme a História demonstra, são essenciais à expansão do totalitarismo. Repito: as opiniões não importam. O importante é utilizá-las para excitar as massas e criar legiões de acéfalos, industriados a engolir inomináveis patranhas e a obedecer aos respectivos autores. Após dezenas de milhões de mortos e centenas de milhões de miseráveis, não se conseguiria manter viva a chama do comunismo e do socialismo sem essas multidões, cegas e boçais, coléricas e servis. Aliás, só servem para isto.
COMENTÁRIOS:
Ana Silva: Excelente crónica. O cheiro a poder está no ar e as feras já nem disfarçam ao que vêm. Delito de opinião, Torquemada estaria orgulhoso.
chints CHINTS: Brilhante escrita, brilhante inteligência. Parabéns!
Jorge Guimarães Dias: "jornais bloqueados pelo mercado" Quais: o JN, DN, EXPRESSO? Tem que dizer nomes, se é que pensava em alguns. Pode ser que a MFB tenha espaço nas televisões e rádios da nossa imprensa livre. Inquisição, diz muito bem!
Zacarias Pançudo: Sejamos claros: na base da eficácia da Nova Inquisição - tal como na da antiga - está o MEDO. Medo das represálias no quotidiano. Medo de ser agredido, medo que os filhos sejam agredidos na escola, medo que lhe vandalizem o carro ou a casa. Se for um pequeno empresário, por exemplo o dono de um restaurante ou de um hotel, medo da má publicidade, de perder clientes, logo, da falência. Se for um assalariado, medo de ser despedido, por um patrão que tem medo dos processos judiciais, mas também da violência, do vandalismo, da sabotagem. Se for uma figura pública, medo dos processos judiciais, medo dos custos dos processos judiciais, medo do ostracismo. As pessoas sabem que não adianta apresentar queixa, pois sabem que a polícia também tem medo - e tem razões de sobra para ter. A violência é exercida no quotidiano por pretos e por ciganos com a consciência de serem intocáveis.  Sobre a violência mediática, AG e outros já disseram o que havia a dizer. Lá fora ainda é pior.  Em 2015 toda a gente era Charlie, mas a realidade é que hoje os sobreviventes do massacre vivem hoje num bunquer em parte incerta e pagam a uma empresa privada para lhes garantir a segurança. A seita assassina continua a colonizar sem sobressaltos. No meio de tanto feminismo militante, tanto #metoo, não há uma palavra de compaixão para as meninas de Rotheram, Telford ou Rochdale - obrigadas por paquistaneses a drogar-se, a abortar e a prostituir-se - antes se procura abafar o caso. Eles ganharam. A civilização ocidental - a Civilização - vai desaparecer mas, entretanto, temos que beber até à lia o cálice da humilhação.


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