E uma Nota Final de saúde a
repor-se, como chave de ouro a encerrar este descritivo de aventura embora
antiga - não maravilhosa, por falta de condições de apoio logístico ou de
comodidades, significativa de menor desenvolvimento territorial - mas aventura de
maravilha, sem dúvida, pelo aprazível das revelações de cariz vário, ora
subjectivo, e com a graça humorística própria de personagens jovens e ousadas
que nela participaram, ora de mais seriedade e rigor de análise, em afirmações
sem rebuço do seu autor, que fui lendo, não com saudade, mas com a pena sem
fim, por uma História nacional de penúria, sempre, mas de coragem também, que é
afinal a história de um povo simples e sempre traído, quer na dignidade da sua
condição, que já o Lavrador de Gil Vicente referia –
«Nós
somos vida das gentes
E
morte das nossas vidas;
A
tiranos – pacientes
Que
a unhas e a dentes
Nos
têm as almas roídas.
Para que é parouvelar?
Que queira ser pecador
O Lavrador!
Não tem tempo nem lugar
Nem somente d’alimpar
As gotas do seu suor! (“Auto da Barca do Purgatório”) -
quer, afinal, na sua
condição de heróis de outrora, construtores de mundos distantes, que a História
e a epopeia propagaram, e que os pequenos “heróis” de agora conspurcaram, e a
pátria portuguesa de mistura. Salles da
Fonseca o dá a entender no hino final a uma terra a que também ele se afeiçoou,
após a ter defendido.
A nossa gratidão por
isso, o desejo da continuação da “chave de ouro” sobre a sua saúde.
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 25.07.19
Para
quem não conheça, explico que a Maxixe é a localidade na Estrada Nacional 1 (a
longitudinal que já então vinha de Porto Amélia até Lourenço Marques e que nós
vimos percorrendo desde Nampula) que se situa frente à enseada existente entre
o continente e a cidade de Inhambane (a terra da boa gente como lhe chamaram os
nossos navegadores primevos) localizada no quase extremo da restinga que, de
Sul para Norte, forma a dita enseada. E se Inhambane, geograficamente isolada lá na ponta da restinga,
se debatia com problemas de sustentabilidade económica, a Maxixe, por sua vez,
crescia a olhos vistos. E um dos motivos desse crescimento era uma Pousada (de
sul africanos ou rodesianos, já não me lembro – só me lembro de que eram
«bifes») que apostara no «big game fishing» (naqueles tempos, por ali, ainda
não se falava de «seafary»), ou seja, a pesca grossa, nomeadamente ao
espadarte, omarlin para eles, os da estranja. É claro que apontámos à Estalagem para saber se tinham um quarto
com três camas para aquela noite. É claro que não tinham. Nem com três camas,
nem com duas, nem sequer com uma só. Estavam cheios e com «overbooking» (se não
foi a primeira vez que ouvi a expressão, é porque me tinha esquecido de a ter
ouvido antes). - E há por aí mais onde passar a noite? Duvidavam porque eles próprios tinham preenchido tudo para
colmatarem o tal «overbooking». E tinham chegado a Inhambane. Não me recordo se
naquela época já existia a expressão de «estarmos feitos ao bife» mas, na
realidade, era o que apetecia dizer. O «bife» com que falávamos não resolveu o
nosso problema.
FOTO: Maxixe - a baía vista da
Estalagem
-
E agora?
-
Agora temos cerca de 500 quilómetros até Lourenço Marques.
Cá
está nova ocasião em que silencio as expressões «protocolares» que os meus
companheiros proferiram.
-
Se formos a ver, é praticamente a mesma distância de Estremoz a Madrid.
-
Sim, claro! Ou de Roma a Bari para irmos visitar o Pai Natal.
-
O Pai Natal em Bari? Então, não é na Finlândia?
-
Isso da Finlândia e das renas é conversa da «Coca Cola». O Pai Natal era Bispo
de Mira, na actual Turquia, onde morreu e foi enterrado. Mas durante a ocupação
romana foi trasladado para Bari. Mas isso agora não interessa. O que fazemos?
Vamos até Lourenço Marques ou ficamos a meio caminho? – perorei eu.
-
Vamos em direcção a Bari e se nos fartarmos a meio caminho, paramos e dormimos. – disse o Tó.
-
Muito bem, mas há particularidades nesta «estrada para Bari». Pode não haver
uma estalagem, pode não haver sequer um parque fechado ao estilo do campismo,
haverá certamente campo aberto e, aí, pode haver um ou outro «leanito» ou um
cornúpeto qualquer de mau feitio. A irmos, é «non stop».
A
minha audiência votou por unanimidade que eu guiasse mais 500 quilómetros non stop e não bufasse sob pena de
se queixarem ao Kaulza. Verificados os níveis de
satisfação do nosso «herói» e aprovisionadas algumas vitualhas para nós, os
bípedes, eis-nos feitos à estrada rumo a Lourenço Marques mas passando
obrigatoriamente por várias terras importantes onde eu, sem avisar, haveria de
encostar a uma box qualquer que se apresentasse capaz de me deixar passar pelas
brasas. Dividindo psicologicamente o esticão nos primeiros 255 quilómetros a
João Belo (Xai Xai) e os 220 seguintes a Lourenço Marques, tudo se faria mais
tranquilamente do que pensando numa vezada só.
Foi
então que me lembrei do meu primo Luís que nasceu no Xai Xai quando o pai dele,
Oficial da Marinha, ali fazia uma comissão de serviço. E lembrei-me do
progresso enorme que foi para toda aquela região quando em meados dos anos 60
do séc. XX os batelões foram substituídos pela ponte sobre o Limpopo. Toda
aquela região se passou a sentir como fazendo parte do progresso e não mais
como uma parte esquecida do Império. E lá voltei à mesma, tudo uma manta de retalhos,
sem tessitura contínua. O mesmo que estava agora a acontecer com a barragem de
Cabora Bassa, isolada no meio de nenhures e que por certo demoraria muito tempo
a criar riqueza de proximidade ou sequer em relação à cidade mais próxima,
Tete. Felizmente, o tempo fora de algum modo vencido pela DETA, o serviço aéreo
que havia agora que promover a empresa mas que, entretanto, ligava as «ilhas»
que constituíam Moçambique. E lembrei-me de que, naqueles primeiros dois meses
da minha comissão militar em Lourenço Marques (foi depois desse curto período
que fui transferido para Nampula donde estava agora a ser retransferido) o
Secretário Provincial dos Transportes e Comunicações, Eng. Vilar Queiroz, me
tinha dito que, à falta de estradas operacionais ao longo do ano, o transporte
aéreo era prioritário e que tudo começava pela escolha de um local próximo de
uma localidade considerada prioritária onde se pudesse terraplanar uma pista.
Seguia-se, à medida que ia havendo dinheiro, a compra do espaço, se fazia a
terraplanagem, se consolidava o piso para a pista poder ser usada o ano todo,
se construía a torre de controle, se equipava essa mesma torre, se improvisava
uma protecção para os aviões que tivessem que pernoitar no local e só no fim é
que se pensava, sobrando algum dinheiro, na aerogare para os passageiros.
Foi
também nesse primeiro período da minha presença em Lourenço Marques que um
companheiro de equitações – entretanto proprietário de algumas empresas
industriais - me contou que a primeira noite que ele e a mulher dormiram em
Moçambique foi na garagem do Governo Geral cujo titular (não me disse o nome)
se interessou pela determinação daquele jovem casal de ficar em Moçambique em
vez de seguir viagem para alguma colónia francesa na rota do navio que os trazia
de Toulon. Sim, nesses idos de 50, havia uma política de obstrução à imigração
de portugueses em Moçambique e só o empenho pessoal do Governador Geral foi
capaz de furar essa proibição. E já que estou a referir um casal luso-francês,
pergunto: «à quoi bon?».
Chagámos
a João Belo um pouco antes do pôr do Sol e, sem pedir opiniões, encostei o
«herói» por ali e declarei que ia descansar um pouco. O que faço agora também neste ponto da
escrita. Até logo.
Julho de 2019 Henrique Salles da Fonseca
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 26.07.19
Era
noite escura quando acordei. Um candeeiro da iluminação pública lembrou-me que
estava encostado à berma da estrada que entrava em João Belo, vindo de cima em
direcção a Lourenço Marques. Se bem me lembrava das contas da véspera, faltavam
220 quilómetros para chegar ao destino. Os companheiros estavam a bordo,
dormiam. Eram 2 da manhã, nem sei quantas horas dormira. Para aí umas 6.
Sentado ao volante, doía-me o corpo. Apetecia-me esticar as pernas e dar um
jeito às costas, para além de outra vontade de cariz físico-hidráulico. Antes
de abrir a porta e sair, pareceu-me leal avisar a tripulação de que o
Comandante ia sair e esticar as pernas. Acordaram com feitio de guardas
monárquicos em regime republicano ou vice-versa. Saí, estiquei-me e fiz o mais
que tinha a fazer, dei uma volta ao carro e verifiquei que, aparentemente,
estava tudo em ordem. Em silêncio, cada um deles saiu e fez o que considerou
oportuno. De volta aos nossos postos, dei a volta à chave da ignição e o
mostrador da gasolina disse que não haveria mal para o andamento da viagem se
tratasse de pôr a bóia mais em cima. Tudo bem, mas a estação de serviço que
havia logo ali à frente tinha um letreiro a avisar que só abriria pelas 5 da
manhã. Faltavam 3 horas, tempo de encostar de novo. Ninguém protestou. Fomos
acordados pelas luzes fluorescentes do posto a que estávamos acostados. Fiz o
pleno da gasolina e vi água e óleo. Tudo nos conformes, passei água pelos
olhos. Cada um fez mais o que considerava apropriado, dei a volta à chave da
ignição e aí vamos nós…
Três
homens normais metidos num carro durante tanto tempo, gera cansaço. Sem nada
confessarmos, estávamos desejosos de chegar ao destino e mudar de ambiente.
Tudo bem, sim, mas bastava. A placa a anunciar a chegada a Lourenço Marques
apareceu por volta das 7 e meia e o meu cansaço era tal que nem olhei para o
lado quando passámos à porta do «meu» outroCentro
Hípico à frente do qual havia uma placa de informação quilométrica
a dizer que a Beira ficava a cerca de 1300 quilómetros pelas estradas de
antigamente. Pelo conta-quilómetros do nosso «herói», entre viagem propriamente
dita mais voltas e voltinhas, tínhamos feito qualquer coisa como 2500
quilómetros desde Nampula até à entrada de Lourenço Marques.
Foi
giro, cansativo e inesquecível. Mas foi mais do que isso: foi a afirmação de
que Moçambique era então uma terra pacífica na sua maior extensão em que as
pessoas viviam e deixavam viver, em que o futuro se apresentava radioso se os
intrusos não cobiçassem aquela terra de gente cerimoniosa e vocacionada para o
bem. E foi também o tributo de três não operacionais àqueles que, em zonas de
combate, sustinham o imperialismo soviético e, com o seu sacrifício, permitiam
que milhões de pacíficos vivessem harmoniosamente. A esses operacionais, toda a
honra desta viagem.
Podiam
os moçambicanos pretos ter uma civilização diferente da minha mas eram muito
civilizados. Não me canso de dizer que fui para Moçambique com um espirito
civilizador e que, afinal, fui eu que muito por lá aprendi. Trouxe de lá um
sentido de respeito que facilmente conduziu a uma simpatia perene, a uma
predisposição de compaixão, ao reconhecimento de uma tranquilidade apenas
perturbada por factores externos de que eles, moçambicanos, merecem ser
apartados. Quem verdadeiramente amar Moçambique, afaste dele os abutres
externos e os piores de todos, os internos.
Entrados
na cidade, dirigi-me ao Clube
Militar que era onde funcionava a Messe de Oficiais. O Miguel despediu-se ali
mesmo à porta porque tinha não sei quem à espera dele com o bilhete para as
corridas de automóveis que se realizavam no dia seguinte ou coisa parecida;
lembro-me de que o Tó, Oficial como eu, ainda entrou no Clube para tomar qualquer refresco e seguiu logo depois para casa
duns primos que lá viviam; eu aboletei-me na Messe e deixei o meu «herói» descansar durante dois ou três dias. * * *
A
vida continuou para cada um de nós…
Pela
minha parte, conclui a comissão de serviço militar, fui a Lisboa passar à
disponibilidade e regressei a Moçambique como civil onde apanhei o 25 de Abril
de 1974. Regressei a Lisboa em Agosto de 1974 depois de um «cruzeiro» de 15
dias com a namorada no “Infante D. Henrique” e trazendo o meu «herói» também
ele são e salvo. Voltei a encontrar o Miguel uns 20 e tal anos depois mas ao Tó não
voltei a encontrar. A ambos desafiei para me ajudarem a contar esta história. O
Miguel tem feito um ou outro comentário (muito menos do que eu tento gostaria),
nomeadamente o do Xiquembo, mas do Tó não tive respostas às mensagens que
tentei que a irmã lhe transmitisse.
Moçambique
é terra que merece tudo de bom, não o que lhe têm feito. Que todos os Xiquembos
se juntem para salvação de toda aquela terra de tão boa gente.
Passados
30 anos, voltei a Moçambique. Houve coisas de que gostei. FIM
COMENTÁRIOS
Anónimo
26.07.2019 10:04: Henrique,
enquanto lia diariamente as tuas crónicas (e comentei umas duas, para além
desta) interrogava-me se não terias escrito um diário de bordo, tais os
pormenores que elas contêm. Confesso-te que Moçambique me diz muito, não só
pelo nosso tempo de "armas/canetas" em Nampula e por nessa cidade ter
nascido a minha filha mais velha, mas também porque profissionalmente lá ter
regressado, em três qualidades e em épocas bem distintas. Uma, como contei, em
comentário a uma das tuas crónicas, no âmbito do apoio ao Estaleiro Naval da
Beira, outra, após o termo da guerra civil (1992), para abrir a Agência do
Banco de Fomento e Exterior , em Maputo, e outra(s) na qualidade de
administrador da Companhia de Cimentos de Moçambique (que acumulava com a de
administrador da Cimpor Internacional), o que me levou, de janeiro de 1997 a
Julho de 1998, a permanecer na capital e em Matola cerca de 2 ou 3 semanas por
mês. Quero realçar que notei sempre uma ânsia enorme dos moçambicanos para
aprenderem, para colaborarem, manifestando uma humildade (no bom sentido) no
trabalho de equipa, o que não é vulgar. Também te digo, salvo um ou outro caso,
não notei nenhum ressentimento contra portugueses e, quando o expressavam,
procuravam distinguir entre o povo e o colonialismo português. Já quanto ao
chamado imperialismo soviético, o agastamento era geral. Honra-me ter tido
colegas do Banco de Fomento ou/e de Económicas que alcançaram postos elevados
na vida moçambicano, após independência, quer na Universidade, quer no Banco de
Moçambique (governador Prakashi Ratial), quer na Política (por exemplo, o
Primeiro-Ministro Mário Graça Machungo), todos de formação portuguesa,
portanto. A ti, Henrique, estou muito grato por me(nos) teres trazido de volta,
no tempo e no espaço, a Moçambique. Bem hajas e Obrigado. Carlos
Traguelho
Henrique Salles da Fonseca 26.07.2019: Obrigada Henrique. Que bom
começar assim os nossos dias. Um verdadeiro privilégio. Bjs e até logo Isabel O'Sullivan
Henrique Salles da Fonseca 26.07.2019: M/ Caro
Dr. Salles da Fonseca, Que não restem dúvidas. Nós, a geração que de uma
maneira ou de outra andou à porrada com os "turras", somos a última
geração não racista em Portugal. Ainda hoje me surpreende ver, por essa África,
europeus e africanos que se combateram e se mataram com denodo, a beberem
juntos umas "jolas" e a conviverem pacificamente. Poderia dizer, talvez,
sem exagero que a guerra os fez amigos. Tudo isso vai acabar connosco - e
nenhum dos lados parece ter-se apercebido disso ainda. Abraço António Palhinha Machado
Henrique
Salles da Fonseca
26.07.2019: Já agora conta as tuas impressões do regresso após 30
anos - 2004? Jorge Gaspar de Barros
Adriano Lima 26.07.2019 : Terminado este périplo do Sr. Salles e
seus dois companheiros pela terra moçambicana, o meu sentimento é o mesmo de
sempre quando chega ao fim a narrativa das suas viagens. A última tinha sido,
há uns meses, pelas águas do Golfo Pérsico e terras arábicas. Sim, sente-se um
pouco de nostalgia porque o autor tem a virtude de no-la trespassar, graças às
virtudes da sua pena, à sinceridade e verdade que põe nas suas descrições e à
variedade e riqueza das informações que transmite. E neste caso da viagem
pelo território moçambicano, fico com uma pontinha de inveja, porque gostava de
ter passado por idêntica experiência, tal como o fizera em Angola viajando de
Luanda para o Leste do território – “terras
do fim do mundo”− e por 3 vezes, por sinal. Mas estive em Moçambique numa
altura em que a logística dos transportes já facilitava a vida ao viajante
civil e militar. Assim, viajei de Nampula para Luanda no conforto dos assentos
de um boeing 737, e em tempo bem mais reduzido do que a bordo de um Fiat ou
outro qualquer meio de transporte terrestre. E como amei Moçambique e a sua
gente, sinto que se tivesse feito por terra esse longo trajecto teria tido
oportunidade de, quiçá, entrar mais profundamente no coração do território. Mais
entranhado na terra, só me aconteceu no distrito do Niassa (Niassa Oriental),
mas em condições não propriamente as melhores, porque em actividade militar. No
entanto, não poucas vezes pude sentir a voz secreta da mãe natureza
sussurrar-me aos ouvidos, o suficiente para perceber que ela estava ali prenhe
de vida e ansiosa de paz, em vez de palco de confrontos armados. Nunca
esquecerei os aldeamentos que estavam agrupados, no meu subsector, em regime de
autodefesa, ao longo do fio Lugenda: Mussoma, Micunde, Cuchiranga, Nanguar,
Alilumbe, e mais outros dois em região diferente, Nantuego e Gomba.
Enfim, dá para entender que o Dr. Salles ficou
afeiçoado a Moçambique e suas gentes. E que muito gostaria de ter dado outra
amplitude ao seu contributo para o progresso económico do território, e do
país, naturalmente. A disputa das superpotências pelo controlo da África não se
pode confundir com o legítimo anseio dos povos para se autogovernarem, mas o
problema é que tudo isso se confundiu no xadrez das ambições e das maquinações
mais perversas. E as vítimas foram aqueles povos. Nenhum “Xicuembo” vale quando
as perversidades são tamanhas. Lembro-me
bem do Clube Militar de Lourenço Marques, onde passei o meu tempo de licença na
companhia da minha mulher e da minha filha, então com 1 aninho.
Que venha a próxima viagem, Dr. Salles.
Um abraço amigo. Adriano Lima
NOTA FINAL:
NOVAS SOBRE A MINHA AMBLIOPIA
|
Aos meus preocupados amigos,
Informo que, conforme previsto, fiz
ontem (25 de Julho), nova optometria.
Com esforço mas já sem a água benta da
medição anterior (sem falhas de letras) li com o olho esquerdo toda a linha dos
70% se bem que na linha dos 80% só tenha lido o A inicial.
Com o olho direito, o mais problemático,
tenho visão periférica a toda a volta da nuvem translúcida central mas tudo
melhora com o reforço da graduação da lente das 1,5 para as 2 dioptrias.
Parecem-me notícias positivas. Para além
da medicação em curso de toma, vou continuar a fazer os exercícios que me
parecem úteis. Sobretudo, vou continuar a lutar.
Continuemos…
Henrique Salles da Fonseca
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