sexta-feira, 26 de julho de 2019

FINAL FELIZ

E uma Nota Final de saúde a repor-se, como chave de ouro a encerrar este descritivo de aventura embora antiga - não maravilhosa, por falta de condições de apoio logístico ou de comodidades, significativa de menor desenvolvimento territorial - mas aventura de maravilha, sem dúvida, pelo aprazível das revelações de cariz vário, ora subjectivo, e com a graça humorística própria de personagens jovens e ousadas que nela participaram, ora de mais seriedade e rigor de análise, em afirmações sem rebuço do seu autor, que fui lendo, não com saudade, mas com a pena sem fim, por uma História nacional de penúria, sempre, mas de coragem também, que é afinal a história de um povo simples e sempre traído, quer na dignidade da sua condição, que já o Lavrador de Gil Vicente referia –
«Nós somos vida das gentes
E morte das nossas vidas;
A tiranos – pacientes
Que a unhas e a dentes
Nos têm as almas roídas.
Para que é parouvelar?
Que queira ser pecador
O Lavrador!
Não tem tempo nem lugar
Nem somente d’alimpar
As gotas do seu suor! (“Auto da Barca do Purgatório”) -
quer, afinal, na sua condição de heróis de outrora, construtores de mundos distantes, que a História e a epopeia propagaram, e que os pequenos “heróis” de agora conspurcaram, e a pátria portuguesa de mistura.  Salles da Fonseca o dá a entender no hino final a uma terra a que também ele se afeiçoou, após a ter defendido.

A nossa gratidão por isso, o desejo da continuação da “chave de ouro” sobre a sua saúde.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 25.07.19
Para quem não conheça, explico que a Maxixe é a localidade na Estrada Nacional 1 (a longitudinal que já então vinha de Porto Amélia até Lourenço Marques e que nós vimos percorrendo desde Nampula) que se situa frente à enseada existente entre o continente e a cidade de Inhambane (a terra da boa gente como lhe chamaram os nossos navegadores primevos) localizada no quase extremo da restinga que, de Sul para Norte, forma a dita enseada. E se Inhambane, geograficamente isolada lá na ponta da restinga, se debatia com problemas de sustentabilidade económica, a Maxixe, por sua vez, crescia a olhos vistos. E um dos motivos desse crescimento era uma Pousada (de sul africanos ou rodesianos, já não me lembro – só me lembro de que eram «bifes») que apostara no «big game fishing» (naqueles tempos, por ali, ainda não se falava de «seafary»), ou seja, a pesca grossa, nomeadamente ao espadarte, omarlin para eles, os da estranja. É claro que apontámos à Estalagem para saber se tinham um quarto com três camas para aquela noite. É claro que não tinham. Nem com três camas, nem com duas, nem sequer com uma só. Estavam cheios e com «overbooking» (se não foi a primeira vez que ouvi a expressão, é porque me tinha esquecido de a ter ouvido antes). - E há por aí mais onde passar a noite? Duvidavam porque eles próprios tinham preenchido tudo para colmatarem o tal «overbooking». E tinham chegado a Inhambane. Não me recordo se naquela época já existia a expressão de «estarmos feitos ao bife» mas, na realidade, era o que apetecia dizer. O «bife» com que falávamos não resolveu o nosso problema.
FOTO: Maxixe - a baía vista da Estalagem
- E agora?
- Agora temos cerca de 500 quilómetros até Lourenço Marques.
Cá está nova ocasião em que silencio as expressões «protocolares» que os meus companheiros proferiram.
- Se formos a ver, é praticamente a mesma distância de Estremoz a Madrid.
- Sim, claro! Ou de Roma a Bari para irmos visitar o Pai Natal.
- O Pai Natal em Bari? Então, não é na Finlândia?
- Isso da Finlândia e das renas é conversa da «Coca Cola». O Pai Natal era Bispo de Mira, na actual Turquia, onde morreu e foi enterrado. Mas durante a ocupação romana foi trasladado para Bari. Mas isso agora não interessa. O que fazemos? Vamos até Lourenço Marques ou ficamos a meio caminho? – perorei eu.
- Vamos em direcção a Bari e se nos fartarmos a meio caminho, paramos e dormimos. – disse o Tó.
- Muito bem, mas há particularidades nesta «estrada para Bari». Pode não haver uma estalagem, pode não haver sequer um parque fechado ao estilo do campismo, haverá certamente campo aberto e, aí, pode haver um ou outro «leanito» ou um cornúpeto qualquer de mau feitio. A irmos, é «non stop».
A minha audiência votou por unanimidade que eu guiasse mais 500 quilómetros non stop e não bufasse sob pena de se queixarem ao Kaulza. Verificados os níveis de satisfação do nosso «herói» e aprovisionadas algumas vitualhas para nós, os bípedes, eis-nos feitos à estrada rumo a Lourenço Marques mas passando obrigatoriamente por várias terras importantes onde eu, sem avisar, haveria de encostar a uma box qualquer que se apresentasse capaz de me deixar passar pelas brasas. Dividindo psicologicamente o esticão nos primeiros 255 quilómetros a João Belo (Xai Xai) e os 220 seguintes a Lourenço Marques, tudo se faria mais tranquilamente do que pensando numa vezada só.
Foi então que me lembrei do meu primo Luís que nasceu no Xai Xai quando o pai dele, Oficial da Marinha, ali fazia uma comissão de serviço. E lembrei-me do progresso enorme que foi para toda aquela região quando em meados dos anos 60 do séc. XX os batelões foram substituídos pela ponte sobre o Limpopo. Toda aquela região se passou a sentir como fazendo parte do progresso e não mais como uma parte esquecida do Império. E lá voltei à mesma, tudo uma manta de retalhos, sem tessitura contínua. O mesmo que estava agora a acontecer com a barragem de Cabora Bassa, isolada no meio de nenhures e que por certo demoraria muito tempo a criar riqueza de proximidade ou sequer em relação à cidade mais próxima, Tete. Felizmente, o tempo fora de algum modo vencido pela DETA, o serviço aéreo que havia agora que promover a empresa mas que, entretanto, ligava as «ilhas» que constituíam Moçambique. E lembrei-me de que, naqueles primeiros dois meses da minha comissão militar em Lourenço Marques (foi depois desse curto período que fui transferido para Nampula donde estava agora a ser retransferido) o Secretário Provincial dos Transportes e Comunicações, Eng. Vilar Queiroz, me tinha dito que, à falta de estradas operacionais ao longo do ano, o transporte aéreo era prioritário e que tudo começava pela escolha de um local próximo de uma localidade considerada prioritária onde se pudesse terraplanar uma pista. Seguia-se, à medida que ia havendo dinheiro, a compra do espaço, se fazia a terraplanagem, se consolidava o piso para a pista poder ser usada o ano todo, se construía a torre de controle, se equipava essa mesma torre, se improvisava uma protecção para os aviões que tivessem que pernoitar no local e só no fim é que se pensava, sobrando algum dinheiro, na aerogare para os passageiros.
Foi também nesse primeiro período da minha presença em Lourenço Marques que um companheiro de equitações – entretanto proprietário de algumas empresas industriais - me contou que a primeira noite que ele e a mulher dormiram em Moçambique foi na garagem do Governo Geral cujo titular (não me disse o nome) se interessou pela determinação daquele jovem casal de ficar em Moçambique em vez de seguir viagem para alguma colónia francesa na rota do navio que os trazia de Toulon. Sim, nesses idos de 50, havia uma política de obstrução à imigração de portugueses em Moçambique e só o empenho pessoal do Governador Geral foi capaz de furar essa proibição. E já que estou a referir um casal luso-francês, pergunto: «à quoi bon?».
Chagámos a João Belo um pouco antes do pôr do Sol e, sem pedir opiniões, encostei o «herói» por ali e declarei que ia descansar um pouco. O que faço agora também neste ponto da escrita. Até logo.
Julho de 2019     Henrique Salles da Fonseca
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 26.07.19
Era noite escura quando acordei. Um candeeiro da iluminação pública lembrou-me que estava encostado à berma da estrada que entrava em João Belo, vindo de cima em direcção a Lourenço Marques. Se bem me lembrava das contas da véspera, faltavam 220 quilómetros para chegar ao destino. Os companheiros estavam a bordo, dormiam. Eram 2 da manhã, nem sei quantas horas dormira. Para aí umas 6. Sentado ao volante, doía-me o corpo. Apetecia-me esticar as pernas e dar um jeito às costas, para além de outra vontade de cariz físico-hidráulico. Antes de abrir a porta e sair, pareceu-me leal avisar a tripulação de que o Comandante ia sair e esticar as pernas. Acordaram com feitio de guardas monárquicos em regime republicano ou vice-versa. Saí, estiquei-me e fiz o mais que tinha a fazer, dei uma volta ao carro e verifiquei que, aparentemente, estava tudo em ordem. Em silêncio, cada um deles saiu e fez o que considerou oportuno. De volta aos nossos postos, dei a volta à chave da ignição e o mostrador da gasolina disse que não haveria mal para o andamento da viagem se tratasse de pôr a bóia mais em cima. Tudo bem, mas a estação de serviço que havia logo ali à frente tinha um letreiro a avisar que só abriria pelas 5 da manhã. Faltavam 3 horas, tempo de encostar de novo. Ninguém protestou. Fomos acordados pelas luzes fluorescentes do posto a que estávamos acostados. Fiz o pleno da gasolina e vi água e óleo. Tudo nos conformes, passei água pelos olhos. Cada um fez mais o que considerava apropriado, dei a volta à chave da ignição e aí vamos nós…
Três homens normais metidos num carro durante tanto tempo, gera cansaço. Sem nada confessarmos, estávamos desejosos de chegar ao destino e mudar de ambiente. Tudo bem, sim, mas bastava. A placa a anunciar a chegada a Lourenço Marques apareceu por volta das 7 e meia e o meu cansaço era tal que nem olhei para o lado quando passámos à porta do «meu» outroCentro Hípico à frente do qual havia uma placa de informação quilométrica a dizer que a Beira ficava a cerca de 1300 quilómetros pelas estradas de antigamente. Pelo conta-quilómetros do nosso «herói», entre viagem propriamente dita mais voltas e voltinhas, tínhamos feito qualquer coisa como 2500 quilómetros desde Nampula até à entrada de Lourenço Marques.
Foi giro, cansativo e inesquecível. Mas foi mais do que isso: foi a afirmação de que Moçambique era então uma terra pacífica na sua maior extensão em que as pessoas viviam e deixavam viver, em que o futuro se apresentava radioso se os intrusos não cobiçassem aquela terra de gente cerimoniosa e vocacionada para o bem. E foi também o tributo de três não operacionais àqueles que, em zonas de combate, sustinham o imperialismo soviético e, com o seu sacrifício, permitiam que milhões de pacíficos vivessem harmoniosamente. A esses operacionais, toda a honra desta viagem.
Podiam os moçambicanos pretos ter uma civilização diferente da minha mas eram muito civilizados. Não me canso de dizer que fui para Moçambique com um espirito civilizador e que, afinal, fui eu que muito por lá aprendi. Trouxe de lá um sentido de respeito que facilmente conduziu a uma simpatia perene, a uma predisposição de compaixão, ao reconhecimento de uma tranquilidade apenas perturbada por factores externos de que eles, moçambicanos, merecem ser apartados. Quem verdadeiramente amar Moçambique, afaste dele os abutres externos e os piores de todos, os internos.
Entrados na cidade, dirigi-me ao Clube Militar que era onde funcionava a Messe de Oficiais. O Miguel despediu-se ali mesmo à porta porque tinha não sei quem à espera dele com o bilhete para as corridas de automóveis que se realizavam no dia seguinte ou coisa parecida; lembro-me de que o Tó, Oficial como eu, ainda entrou no Clube para tomar qualquer refresco e seguiu logo depois para casa duns primos que lá viviam; eu aboletei-me na Messe e deixei o meu «herói» descansar durante dois ou três dias.   * * *
A vida continuou para cada um de nós…
Pela minha parte, conclui a comissão de serviço militar, fui a Lisboa passar à disponibilidade e regressei a Moçambique como civil onde apanhei o 25 de Abril de 1974. Regressei a Lisboa em Agosto de 1974 depois de um «cruzeiro» de 15 dias com a namorada no “Infante D. Henrique” e trazendo o meu «herói» também ele são e salvo. Voltei a encontrar o Miguel uns 20 e tal anos depois mas ao Tó não voltei a encontrar. A ambos desafiei para me ajudarem a contar esta história. O Miguel tem feito um ou outro comentário (muito menos do que eu tento gostaria), nomeadamente o do Xiquembo, mas do Tó não tive respostas às mensagens que tentei que a irmã lhe transmitisse.
Moçambique é terra que merece tudo de bom, não o que lhe têm feito. Que todos os Xiquembos se juntem para salvação de toda aquela terra de tão boa gente.
Passados 30 anos, voltei a Moçambique. Houve coisas de que gostei. FIM
COMENTÁRIOS
Anónimo 26.07.2019 10:04: Henrique, enquanto lia diariamente as tuas crónicas (e comentei umas duas, para além desta) interrogava-me se não terias escrito um diário de bordo, tais os pormenores que elas contêm. Confesso-te que Moçambique me diz muito, não só pelo nosso tempo de "armas/canetas" em Nampula e por nessa cidade ter nascido a minha filha mais velha, mas também porque profissionalmente lá ter regressado, em três qualidades e em épocas bem distintas. Uma, como contei, em comentário a uma das tuas crónicas, no âmbito do apoio ao Estaleiro Naval da Beira, outra, após o termo da guerra civil (1992), para abrir a Agência do Banco de Fomento e Exterior , em Maputo, e outra(s) na qualidade de administrador da Companhia de Cimentos de Moçambique (que acumulava com a de administrador da Cimpor Internacional), o que me levou, de janeiro de 1997 a Julho de 1998, a permanecer na capital e em Matola cerca de 2 ou 3 semanas por mês. Quero realçar que notei sempre uma ânsia enorme dos moçambicanos para aprenderem, para colaborarem, manifestando uma humildade (no bom sentido) no trabalho de equipa, o que não é vulgar. Também te digo, salvo um ou outro caso, não notei nenhum ressentimento contra portugueses e, quando o expressavam, procuravam distinguir entre o povo e o colonialismo português. Já quanto ao chamado imperialismo soviético, o agastamento era geral. Honra-me ter tido colegas do Banco de Fomento ou/e de Económicas que alcançaram postos elevados na vida moçambicano, após independência, quer na Universidade, quer no Banco de Moçambique (governador Prakashi Ratial), quer na Política (por exemplo, o Primeiro-Ministro Mário Graça Machungo), todos de formação portuguesa, portanto. A ti, Henrique, estou muito grato por me(nos) teres trazido de volta, no tempo e no espaço, a Moçambique. Bem hajas e Obrigado. Carlos Traguelho
Henrique Salles da Fonseca 26.07.2019: Obrigada Henrique.  Que bom começar assim os nossos dias. Um verdadeiro privilégio. Bjs e até logo Isabel O'Sullivan
Henrique Salles da Fonseca 26.07.2019: M/ Caro Dr. Salles da Fonseca, Que não restem dúvidas. Nós, a geração que de uma maneira ou de outra andou à porrada com os "turras", somos a última geração não racista em Portugal. Ainda hoje me surpreende ver, por essa África, europeus e africanos que se combateram e se mataram com denodo, a beberem juntos umas "jolas" e a conviverem pacificamente. Poderia dizer, talvez, sem exagero que a guerra os fez amigos. Tudo isso vai acabar connosco - e nenhum dos lados parece ter-se apercebido disso ainda. Abraço António Palhinha Machado
Henrique Salles da Fonseca 26.07.2019: Já agora conta as tuas impressões do regresso após 30 anos - 2004? Jorge Gaspar de Barros
Adriano Lima 26.07.2019 : Terminado este périplo do Sr. Salles e seus dois companheiros pela terra moçambicana, o meu sentimento é o mesmo de sempre quando chega ao fim a narrativa das suas viagens. A última tinha sido, há uns meses, pelas águas do Golfo Pérsico e terras arábicas. Sim, sente-se um pouco de nostalgia porque o autor tem a virtude de no-la trespassar, graças às virtudes da sua pena, à sinceridade e verdade que põe nas suas descrições e à variedade e riqueza das informações que transmite. E neste caso da viagem pelo território moçambicano, fico com uma pontinha de inveja, porque gostava de ter passado por idêntica experiência, tal como o fizera em Angola viajando de Luanda para o Leste do território – “terras do fim do mundo”− e por 3 vezes, por sinal. Mas estive em Moçambique numa altura em que a logística dos transportes já facilitava a vida ao viajante civil e militar. Assim, viajei de Nampula para Luanda no conforto dos assentos de um boeing 737, e em tempo bem mais reduzido do que a bordo de um Fiat ou outro qualquer meio de transporte terrestre. E como amei Moçambique e a sua gente, sinto que se tivesse feito por terra esse longo trajecto teria tido oportunidade de, quiçá, entrar mais profundamente no coração do território. Mais entranhado na terra, só me aconteceu no distrito do Niassa (Niassa Oriental), mas em condições não propriamente as melhores, porque em actividade militar. No entanto, não poucas vezes pude sentir a voz secreta da mãe natureza sussurrar-me aos ouvidos, o suficiente para perceber que ela estava ali prenhe de vida e ansiosa de paz, em vez de palco de confrontos armados. Nunca esquecerei os aldeamentos que estavam agrupados, no meu subsector, em regime de autodefesa, ao longo do fio Lugenda: Mussoma, Micunde, Cuchiranga, Nanguar, Alilumbe, e mais outros dois em região diferente, Nantuego e Gomba. Enfim, dá para entender que o Dr. Salles ficou afeiçoado a Moçambique e suas gentes. E que muito gostaria de ter dado outra amplitude ao seu contributo para o progresso económico do território, e do país, naturalmente. A disputa das superpotências pelo controlo da África não se pode confundir com o legítimo anseio dos povos para se autogovernarem, mas o problema é que tudo isso se confundiu no xadrez das ambições e das maquinações mais perversas. E as vítimas foram aqueles povos. Nenhum “Xicuembo” vale quando as perversidades são tamanhas. Lembro-me bem do Clube Militar de Lourenço Marques, onde passei o meu tempo de licença na companhia da minha mulher e da minha filha, então com 1 aninho.  Que venha a próxima viagem, Dr. Salles.  Um abraço amigo. Adriano Lima
NOTA FINAL:
NOVAS SOBRE A MINHA AMBLIOPIA
sallesfonseca@sapo.pt
Aos meus preocupados amigos,
Informo que, conforme previsto, fiz ontem (25 de Julho), nova optometria.
Com esforço mas já sem a água benta da medição anterior (sem falhas de letras) li com o olho esquerdo toda a linha dos 70% se bem que na linha dos 80% só tenha lido o A inicial.
Com o olho direito, o mais problemático, tenho visão periférica a toda a volta da nuvem translúcida central mas tudo melhora com o reforço da graduação da lente das 1,5 para as 2 dioptrias.
Parecem-me notícias positivas. Para além da medicação em curso de toma, vou continuar a fazer os exercícios que me parecem úteis. Sobretudo, vou continuar a lutar.
Continuemos…

Henrique Salles da Fonseca


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