Quem sabe se o Lavrov não é sincero na
construção dos seus argumentos, os ouvidos emprenhados de putinices de que não
se pode rir, coitado, lá onde está…
E, como já dizia a Amália, que sabia
sempre tudo,
Rir da gente
ninguém pode
Se o azar nos amofina
Pois se Deus não nos acode
Não há roda que mais rode
Do que a roda da má sina.
O preciso é
ser-se forte
Ser-se forte e não ter medo…
Por mim, concordo com o comentador MENDES ao texto de ANA LUÍSA
BERNARDINO, comentário que reponho, como expressão do que temos visto, mas “sabe-se
lá…”:
Mendes: Mais paleio
soviético. Então este fulano, ministro de um país que invade selvaticamente um
país europeu, soberano e razoavelmente democrático, vem acusar os EUA de querer
quebrar os laços entre a Europa e a Rússia? Com uma lata destas podia fazer
parte do nosso "governo"!
Relação Rússia-Estados Unidos num estado
"deplorável". Diálogo "normal" com Washington é impossível,
diz Lavrov
Ministro dos
Negócios Estrangeiros acusa funcionários do Pentágono de ameaçarem o Presidente
russo de assassinato. EUA querem "enfraquecer" e "destruir"
Rússia, diz.
OBSERVADOR, 27 dez. 2022, 11:25 2
É “objetivamente impossível”
para a Rússia manter uma relação “normal” com Washington. A relação com os
Estados Unidos está numa “situação deplorável”, até porque a administração de
Joe Biden tem os seus objetivos geopolíticos bem definidos: “enfraquecer” ou
até “destruir” a Rússia, quebrando os seus laços com a Europa e criando
dependência nos países europeus.
As palavras são de Sergey
Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, numa entrevista
dada à agência estatal russa Tass, publicada na manhã desta
terça-feira, 27 de dezembro. “Manter
uma conversa normal com a administração de Biden, que declara uma derrota
estratégica do nosso país como um dos seus objectivos, é objectivamente
impossível”, disse. “A relação Rússia-Estados Unidos
encontra-se numa situação mesmo deplorável”.
O chefe da diplomacia russa, que mantém
o cargo há 18 anos, acrescentou que o Kremlin tem estado constantemente a
explicar aos americanos” que não faz o “género” da Rússia “desvalorizar
intencionalmente relações intergovernamentais”
Na mesma entrevista, cujos extratos têm
estado a chegar ao público, Sergey Lavrov acusou os Estados Unidos de
ameaçarem “remover fisicamente” Vladimir Putin.
“Há alguns ‘funcionários anónimos’ do
Pentágono que chegaram a fazer ameaças para se levar a cabo um ‘ataque para decapitar’ o Kremlin”,
disse Lavrov. “Na verdade, trata-se de
uma ameaça de assassínio contra o Presidente russo”.
O
ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que os Estados Unidos devem
estar cientes das “consequências” caso algum ataque deste tipo seja, de facto,
levado a cabo. “Se estas ideias estão realmente a ser alimentadas por alguém,
esse alguém deve pensar com muito cuidado sobre as possíveis consequências de
tais planos.”
As afirmações de Lavrov surgem no seguimento de declarações dadas por um
oficial militar dos Estados Unidos à Newsweek, em setembro: “Eles [a administração de Biden]
enfatizam que as opções militares não nucleares – o uso de armas convencionais
e operações especiais, bem como ciberataques e espaciais – estão na frente e no
centro, incluindo um ataque de decapitação para matar Putin no coração do
Kremlin”, pode ler-se no artigo, publicado em setembro.
Na altura a embaixada russa em
Washington reagiu, classificando a afirmação do oficial militar como
“imprudente” e “delirante”.
EUA e aliados da NATO querem
“enfraquecer” ou até “destruir”
Os
Estados Unidos e os aliados da NATO querem vencer a Rússia no campo de batalha
para destruir o país, afirmou também o chefe da diplomacia russa. O
propósito, justifica,
passa por “enfraquecer” ou até “destruir” a Rússia, quebrar os seus laços com a
Europa e tornar os países europeus mais dependentes de Washington.
“As acções do colectivo do Ocidente e da sua marioneta
[Volodymyr] Zelensky, confirmam a
natureza globo da crise ucraniana”, afirmou. “Não é segredo que o objectivo
estratégico dos Estados Unidos e dos seus aliados da NATO é vencer a Rússia no
campo de batalha como um mecanismo para enfraquecer ou até destruir o
nosso país“, continuou, acrescentando que os “oponentes vão fazer tudo para
atingirem o seu objectivo.”
O
grande beneficiário do conflito entre a Rússia e a Ucrânia são os Estados
Unidos, afirmou, justificando que “economicamente e estrategicamente” é
Washington quem tem mais a ganhar: “Washington tem também estado a trabalhar
num objetivo geopolítico de quebrar laços tradicionais entre a Rússia e a
Europa, tornando os seus satélites europeus ainda mais dependentes.”
“É
bom que Washington e Bruxelas tenham sido suficientemente espertos para não
caírem neste truque”
Sergey Lavrov adiantou também que a
Rússia não pretende propor novas iniciativas em armas estratégicas ou
garantias de segurança, pedindo ainda ao Ocidente contenção máxima na “altamente
sensível” esfera nuclear.
A
Ucrânia, disse também, terá recebido mais de 40.000 milhões de dólares (mais de
37.500 milhões de euros, ao câmbio atual) em equipamento militar desde
fevereiro, “incluindo armas que ainda não foram adoptadas pelos próprios
exércitos ocidentais, aparentemente a fim de ver como funcionam em condições de
combate”.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros acusou Volodymyr Zelensky de tentar tudo para arrastar a NATO para
um confronto directo com o exército russo, incluindo a “provocação de 15 de
novembro”, com a queda de um míssil de defesa ucraniano na Polónia.
“É bom que Washington e Bruxelas tenham sido suficientemente espertos para não
caírem neste truque. Mas o incidente mostrou que o regime [de Kiev] não vai
parar por nada”, afirmou
Lavrov fez
também questão de lembrar Kiev sobre as “propostas de desmilitarização e
desnazificação dos territórios controlados pelo regime” ucraniano.
“As nossas propostas para a desmilitarização e desnazificação dos territórios
controlados pelo regime [de Kiev], a eliminação das ameaças à segurança da
Rússia que daí emanam, (…) são bem conhecidas do inimigo”, disse. E deixou a ameaça:
“Caso contrário, o assunto será resolvido pelo exército russo”, ameaçou.
As ameaças à segurança da Rússia, destacou, incluem as regiões de
Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, que Moscovo declarou como anexadas em 30
de setembro.
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Mendes: Mais paleio
soviético. Então este fulano, ministro de um país que invade selvaticamente um
país europeu, soberano e razoavelmente democrático, vem acusar os EUA de querer
quebrar os laços entre a Europa e a Rússia? Com uma lata destas podia fazer
parte do nosso "governo"!
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