Real, por cá. Mas passada em 1640, neste 1 de
Dezembro comemorativo, sem importância no contexto mundial, e julgo mesmo que
nacional, excepção feita ao feriado do respeito guardador das conveniências.
Por lá… a incógnita sobre a restauração de uma paz
cada vez mais arredia, tanto a médio, como a longo prazo.
Leiamos Sá de Miranda, em comentário passadista, apenas, neste já décimo
mês de guerra, oficialmente declarada em 24/2/22, como “operação militar especial” por Putin, avesso a rotinas, alma
delicada, amante do eufemismo linguístico. E olhemos também ora para leste ora
para oeste, num virar de cabeças, como em jogo de ténis, para a vitória, com ou
sem aplauso, entre China e States, na tal questão nuclear do seu poderio
arrasador…
Eis a consciente verdade de Sá de
Miranda, justificativa sempre, embora sem efeito dissuasor hoje:
«Onde há
homens há cobiça,
Cá e lá, tudo ela empeça,
Se a santa, se a igual justiça
Não corta, ou não desempena
O que a má malícia enliça.»
Alguns dados do OBSERVADOR:
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III
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reconhece Holodomor como
genocídio
EUA alertam que China prepara aumento
expressivo do arsenal de ogivas nucleares
Defesa dos EUA alerta que a China está a expandir a sua força
nuclear muito mais rapidamente que as previsões mostrando uma ampla e acelerada
acumulação de poder militar.
OBSERVADOR, 29 nov
2022, 23:42 2
A China está a expandir a sua força nuclear e até 2035 poderá quase
quadruplicar o arsenal de ogivas, aproximando-se rapidamente do poder militar
dos Estados Unidos da América (EUA), disse o Pentágono num relatório esta
terça-feira divulgado.
O
relatório do Departamento de Defesa norte-americano baseia-se no aviso militar,
do ano passado, de que a China está a expandir a sua força nuclear muito
mais rapidamente do que as autoridades norte-americanas previram, mostrando uma
ampla e acelerada acumulação de poder militar destinado a permitir a Pequim
igualar ou ultrapassar a potência global dos EUA até meados do século.
No ano passado, o Pentágono disse que o número de ogivas nucleares
chinesas poderia aumentar para 700 em seis anos e ultrapassar as 1.000 em 2030.
O novo relatório diz que a China tem
atualmente cerca de 400 ogivas nucleares, e esse número pode aumentar para
1.500 até 2035.
Os
EUA, por comparação, têm 3.750 ogivas nucleares ativas.
O
crescente arsenal de Pequim está a suscitar incerteza a Washington, à medida
que equaciona como dissuadir duas potências nucleares, a
Rússia e a China, em simultâneo, disse o Pentágono na sua recente revisão da
postura nuclear.
A acumulação pela China também
cria incerteza sobre as suas intenções,
disse Bonny Lin, director do ChinaPower do Centro de Estudos Estratégicos e
Internacionais, com sede nos EUA.
“Não
podemos assumir que, se tiverem mais capacidades, a sua política vai continuar
a mesma. Esta é a incerteza”, referiu.
O relatório analisa as
atividades da China em 2021 e, por isso, não avalia o impacto que a invasão da
Ucrânia pela Rússia pode ter nas prioridades ou estratégias de militarização
das autoridades chinesas, nem em que medida enfraqueceu ou fortaleceu as
relações de Pequim com Moscovo, disse um
alto funcionário da defesa em declarações à imprensa, antes da divulgação do
relatório, sob a condição de anonimato.
Embora a China não tenha fornecido armas à Rússia no actual
conflito, a sua amplificação da desinformação russa e apoio continuado a
exercícios militares conjuntos com a Rússia é algo que os EUA estão a
monitorizar de perto, revelou
este responsável.
A China também está a
acompanhar de perto a forma como a comunidade internacional reage à ameaça da Rússia
de usar armas nucleares na Ucrânia,
disse John Erath, director sénior de política do Centro de Controlo e Não
Proliferação de Armas.
Na
sua análise, “se a Rússia conseguir ganhar os seus objectivos
através de ameaças nucleares, a China poderá tirar proveito disso e,
potencialmente, fazer este tipo de ameaças contra Taiwan
ou outros países vizinhos em relação às ambições territoriais da China”.
O
relatório anual é publicado apenas duas semanas depois de o Presidente
norte-americano, Joe Biden, se ter reunido com o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem da
cimeira do G20 (as maiores economias mundiais), em Bali, na Indonésia, o
seu primeiro encontro presencial desde que Biden se tornou Presidente, em
janeiro de 2021.
Durante
a reunião de quase três horas, Biden opôs-se directamente às “ações
coercivas e cada vez mais agressivas” da China em relação a Taiwan, mas também
disse que os EUA não estão à procura de conflitos com Pequim.
A
China considera Taiwan uma “linha vermelha”, disse o ministro da Defesa, Wei
Fenghe, ao secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, no Camboja, na
semana passada, de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa chinês.
No
relatório de 2022 do Pentágono lê-se que se Pequim conseguisse, como tem
declarado que pretende, colocar a ilha sob o seu controlo, este objectivo, traçado
para 2027, “poderia dar às capacidades (do Exército popular de Libertação)
uma ferramenta militar mais credível para o Partido Comunista Chinês
exercer a forma como prossegue a unificação de Taiwan”.
Os EUA gastaram milhares de milhões
de dólares em armas militares em Taiwan para construir as suas defesas e
ajudá-la a rejeitar qualquer potencial ataque.
O mesmo alto funcionário da defesa
salientou que o Departamento de Defesa não vê uma ameaça iminente de invasão de
Taiwan, mas sim o estabelecer de um novo normal marcado pelo aumento da
intimidação.
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COMENTÁRIOS:
Carlos Costa: Sempre preocupados com o quintal do vizinho, até
parece que os EUA são uns anjinhos.
Luís Abrantes
> Carlos Costa: Emigra
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