quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

RESTAURAÇÃO


Real, por cá. Mas passada em 1640, neste 1 de Dezembro comemorativo, sem importância no contexto mundial, e julgo mesmo que nacional, excepção feita ao feriado do respeito guardador das conveniências.

Por lá… a incógnita sobre a restauração de uma paz cada vez mais arredia, tanto a médio, como a longo prazo.

Leiamos Sá de Miranda, em comentário passadista, apenas, neste já décimo mês de guerra, oficialmente declarada em 24/2/22, como “operação militar especial” por Putin, avesso a rotinas, alma delicada, amante do eufemismo linguístico. E olhemos também ora para leste ora para oeste, num virar de cabeças, como em jogo de ténis, para a vitória, com ou sem aplauso, entre China e States, na tal questão nuclear do seu poderio arrasador…

Eis a consciente verdade de Sá de Miranda, justificativa sempre, embora sem efeito dissuasor hoje:

«Onde há homens há cobiça,
Cá e lá, tudo ela empeça,
Se a santa, se a igual justiça
Não corta, ou não desempena
O que a má malícia enliça.»

I - GUERRA NA UCRÂNIA

Alguns dados do OBSERVADOR:

Em direto/ Polónia mais perto de anexar a Ucrânia, diz Rússia

Há 7 horas: Ponto de situação. O que aconteceu durante as últimas horas?

Há 7 horas Pentágono vai enviar mais seis sistemas de defesa NASAMS para a Ucrânia

Há 8 horas: Moldávia apela à extensão do estado de emergência devido ao conflito na Ucrânia

Há 9 horas: Seis milhões de pessoas sem electricidade na Ucrânia, diz Zelensky

Há 10 horas : Olena Zelenska recebida pelo Rei Carlos III

Há 10 horas: Alemanha reconhece Holodomor como genocídio


II - ENERGIA NUCLEAR

EUA alertam que China prepara aumento expressivo do arsenal de ogivas nucleares

Defesa dos EUA alerta que a China está a expandir a sua força nuclear muito mais rapidamente que as previsões mostrando uma ampla e acelerada acumulação de poder militar.

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 29 nov 2022, 23:42 2

A China está a expandir a sua força nuclear e até 2035 poderá quase quadruplicar o arsenal de ogivas, aproximando-se rapidamente do poder militar dos Estados Unidos da América (EUA), disse o Pentágono num relatório esta terça-feira divulgado.

O relatório do Departamento de Defesa norte-americano baseia-se no aviso militar, do ano passado, de que a China está a expandir a sua força nuclear muito mais rapidamente do que as autoridades norte-americanas previram, mostrando uma ampla e acelerada acumulação de poder militar destinado a permitir a Pequim igualar ou ultrapassar a potência global dos EUA até meados do século.

No ano passado, o Pentágono disse que o número de ogivas nucleares chinesas poderia aumentar para 700 em seis anos e ultrapassar as 1.000 em 2030.

O novo relatório diz que a China tem atualmente cerca de 400 ogivas nucleares, e esse número pode aumentar para 1.500 até 2035.

Os EUA, por comparação, têm 3.750 ogivas nucleares ativas.

O crescente arsenal de Pequim está a suscitar incerteza a Washington, à medida que equaciona como dissuadir duas potências nucleares, a Rússia e a China, em simultâneo, disse o Pentágono na sua recente revisão da postura nuclear.

A acumulação pela China também cria incerteza sobre as suas intenções, disse Bonny Lin, director do ChinaPower do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede nos EUA.

“Não podemos assumir que, se tiverem mais capacidades, a sua política vai continuar a mesma. Esta é a incerteza”, referiu.

O relatório analisa as atividades da China em 2021 e, por isso, não avalia o impacto que a invasão da Ucrânia pela Rússia pode ter nas prioridades ou estratégias de militarização das autoridades chinesas, nem em que medida enfraqueceu ou fortaleceu as relações de Pequim com Moscovo, disse um alto funcionário da defesa em declarações à imprensa, antes da divulgação do relatório, sob a condição de anonimato.

Embora a China não tenha fornecido armas à Rússia no actual conflito, a sua amplificação da desinformação russa e apoio continuado a exercícios militares conjuntos com a Rússia é algo que os EUA estão a monitorizar de perto, revelou este responsável.

A China também está a acompanhar de perto a forma como a comunidade internacional reage à ameaça da Rússia de usar armas nucleares na Ucrânia, disse John Erath, director sénior de política do Centro de Controlo e Não Proliferação de Armas.

Na sua análise, “se a Rússia conseguir ganhar os seus objectivos através de ameaças nucleares, a China poderá tirar proveito disso e, potencialmente, fazer este tipo de ameaças contra Taiwan ou outros países vizinhos em relação às ambições territoriais da China”.

O relatório anual é publicado apenas duas semanas depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, se ter reunido com o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira do G20 (as maiores economias mundiais), em Bali, na Indonésia, o seu primeiro encontro presencial desde que Biden se tornou Presidente, em janeiro de 2021.

Durante a reunião de quase três horas, Biden opôs-se directamente às “ações coercivas e cada vez mais agressivas” da China em relação a Taiwan, mas também disse que os EUA não estão à procura de conflitos com Pequim.

A China considera Taiwan uma “linha vermelha”, disse o ministro da Defesa, Wei Fenghe, ao secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, no Camboja, na semana passada, de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa chinês.

No relatório de 2022 do Pentágono lê-se que se Pequim conseguisse, como tem declarado que pretende, colocar a ilha sob o seu controlo, este objectivo, traçado para 2027, “poderia dar às capacidades (do Exército popular de Libertação) uma ferramenta militar mais credível para o Partido Comunista Chinês exercer a forma como prossegue a unificação de Taiwan”.

Os EUA gastaram milhares de milhões de dólares em armas militares em Taiwan para construir as suas defesas e ajudá-la a rejeitar qualquer potencial ataque.

O mesmo alto funcionário da defesa salientou que o Departamento de Defesa não vê uma ameaça iminente de invasão de Taiwan, mas sim o estabelecer de um novo normal marcado pelo aumento da intimidação.

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COMENTÁRIOS:

Carlos Costa: Sempre preocupados com o quintal do vizinho, até parece que os EUA são uns anjinhos.

Luís Abrantes > Carlos Costa: Emigra

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