Uma maneira prática e engraçada de
ensinar, aproximando esses que foram grandes génios, (Wagner e Nietzsche) entre o comum dos mortais, através da revelação de
pormenores biográficos, com o seu quê de anedótico, de grandes génios culturais,
como esse da preferência do compositor pelo vestuário íntimo altamente sedoso,
talvez inspirador – no caso específico de Wagner – de macieza musical, ou, pelo contrário, e por reacção
de contraste, de rijeza de composição, inspiradora de homens rijos, como Adolfo Hitler. Uma forma simples e divertida,
destituída de intenção pomposamente didáctica, mas em todo o caso transmissora
de conhecimento, recriando ambientes de requinte e de amizade, duma forma
pontilhista, citando nomes e lugares e casos e peculiaridades de carácter: uma
mansão real – Tribschen – um lugar –
próximo de Basileia – um rei
amigo que oferece a hospedagem – Luís
da Baviera – o compositor genial com a sua mania – Wagner – a mulher deste – Cosima, grávida do filho, Siegfried (nome de futura ópera) – o amigo e
admirador de Wagner – filólogo e filósofo – Nietzsche – também convidado de Luís da Baviera para a mesma mansão. E o papel de um sábio tímido (Nietzsche)
e cavalheiresco, na compra hesitante de uma seda inadequada, a pedido de uma
mulher grávida e cansada.
Salles
da Fonseca diverte-se e diverte-nos, mas ensina e instiga o
desejo de conhecer mais e de ouvir trechos musicais de Richard Wagner. Por isso, acrescento ao seu texto, o retirado da
Internet, de autoria e escrita brasileiras. Tentarei, igualmente, escutar trechos
musicais de Wagner, com que SF certamente
se recreia.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 18.08.19
Richard
Wagner usava roupa interior feita à medida e de seda. Esta, tinha que ser duma
qualidade considerada extrafina e resistente e só era vendida por um certo
comerciante em Basileia.
Tribschen,
a mansão que o rei Luís da Baviera mandara construir perto de Basileia para seu
próprio descanso mas que pusera também à disposição do compositor, foi o local
que Wagner aproveitou para compor parte importante da sua obra operática. Foi
também aí que nasceu Siegfried, o terceiro filho que teve com Cosima, a filha
de Liszt.
Construída
ao gosto de um louco perdulário e usada para que um excêntrico desse largas à
sua genialidade musical, em Tribschen vivia-se num mundo muito diferente do que
era próprio da gente comum.
Quando
Nietzsche assumiu a cátedra de Filologia Clássica na Universidade de Basileia,
logo aproveitou para visitar o seu ídolo musical com quem na juventude trocara
alguns pontos de vista sobre a tragédia grega – tema que levou o compositor a
passar a escrever-lhe com frequência e que fundamentou uma amizade perene. A relação intelectual entre Wagner e Nietzsche
foi tal que em Tribschen só o Rei Luís, Wagner (e respeciva família) e
Nietzsche possuíam aposentos privados. O Rei ia lá raramente, o compositor
vivia lá em permanência e o filólogo (que ficou conhecido como filósofo), ia lá
passar os fins de semana e as férias.
As
longas conversas entre Wagner e Nietzsche rondavam sobretudo a tragédia grega a
qual servia de inspiração às óperas que o compositor ia produzindo. E Nietzche
era a única pessoa autorizada a permanecer na sala contígua à que Wagner usava
como sala de trabalho – assim ficando «à mão de semear» para qualquer
esclarecimento filológico - e ter-se-á mesmo referido algures ao ritmo de
trabalho do compositor como começando por trautear ou mesmo cantar na sua voz
rude um trecho, seguido de breves instantes de silencia enquanto se dirigia ao
piano para ouvir o resultado do que imaginara, seguido de novo silêncio durante
o qual Wagner passava para a pauta a versão que considerava definitiva.
Entretanto,
o adiantado estado de gravidez de Cosima provocava-lhe muita inércia pelo que,
certa vez, chegou mesmo a pedir a Nietzsche que comprasse em Basileia uma peça
de seda para os efeitos já nossos conhecidos. Sim, claro que o faria e no fim
de semana seguinte já traria a encomenda.
Durante
a semana que ia decorrendo na Universidade, Nietzsche sentia-se cada vez mais
embaraçado mas encheu-se de coragem e pediu a um aluno que lhe indicasse uma
loja onde pudesse comprar uma peça de seda. O aluno não teve qualquer
dificuldade em responder e na primeira oportunidade Nietzsche dirigiu-se ao
local indicado mas não teve «lata» de dizer que a seda era para fazer umas
cuecas a Wagner e comprou a primeira seda que o lojista lhe apresentou.
Chegado
todo ufano a Tribschen no fim de semana seguinte, entregou a encomenda a Cosima
que logo lhe agradeceu muito, lhe pagou e abriu o embrulho. O filósofo logo se
apercebeu de que a qualidade da seda não era a indicada para as partes íntimas
de Wagner mas ninguém teceu qualquer comentário e fica para o infinito dos
tempos o esclarecimento da questão de qual a influência indirecta que Nietzsche
provocou nas partes pudibundas wagnerianas e, quiçá, nos acordes e dissonâncias
do Anel dos Nibelungos.
Agosto de 2019, Henrique
Salles da Fonseca
COMENTÁRIOS:
Anónimo, 18.08.2019: Simplesmente magistral esta crónica. Fiquei a saber de
muita coisa que desconhecia em absoluto. De facto, o comum das pessoas conhece
ou trata Nietzsche como filósofo e não como filólogo. É caso para se pensar que
a força das suas ideias era demasiada para se conter na filologia. Só esta é
capaz (quando consegue) de agarrar, pôr em ordem e sintetizar as emanações da
mente. O gosto de Wagner pelas cuecas de seda é que eu ignorava por completo. A
observação que o Dr. Salles faz no fim é hilariante, de um humor fino e ao
mesmo tempo cáustico, que vem contribuir para a minha boa disposição neste
domingo. -Adriano
Lima
Francisco G. de Amorim, 18.08.2019: Bela crónica.
Sabia umas coisas de Wagner, mas jamais tinha chagado às suas intimidades.
Parabéns. Óptimo
Anónimo 19.08.2019: "Travei conhecimento" com a criatura antes de conhecer a sua obra. O que conheci daquela não ajudou a gostar desta. Na segunda parte da década 50 ou início da seguinte, fui, com o meu pai, ver um filme (Império? S. Jorge?) que me impressionou bastante e que se referia à loucura de Luis II da Baviera, assim como à sua relação com a criatura, entre outras. Recordo-me de o meu pai ter-me dito, à boca pequena, que se dizia que o rei era homosexual (coisa proibida, quer no tempo do monarca quer quando éramos jovens). Fixei a exploração e a manipulação de Richard em relação ao monarca (ainda hoje me recordo da cena final em que este se enfia nas águas calmas do lago até se afogar). Muitos anos mais tarde, quando comecei a interessar-me por música clássica e pela sua história, quando passei a ir aos concertos, a comprar CD´s, a ver e a ouvir programas de António Cartaxo, em suma, quando comecei a conhecer melhor a criatura, mais o considerava um egoísta, um egocêntrico, um manipulador que não hesitava em receber o apoio financeiro de Liszt, para logo ir para a cama com a filha, ou de um nobre para de imediato se apropriar da mulher. Fiquei na dúvida até que ponto ia a intimidade do monarca com a criatura. Mas tudo isso podia ter a ver, afinal, com a seda da cueca do Sr. Wagner. Ele, como era muito vaidoso, tinha um impulso irresistível para mostrar a qualidade do tecido e o resto vinha por acréscimo.
Não obstante as minhas reservas, na década de 90, quando estava de férias num país da europa central, recém libertado (sem aspas), não desdenhei em ir numa excursão ver um palácio mandado fazer por Sua Majestade e onde foi apresentada uma das obras do genial Mestre, utilizando a expressão de um autor de um livro sobre Richard. Não acho que o autor utilize essa expressão de Mestre no sentido maçónico, pois isso colocaria a criatura no grau três, muito longe do cume 33, pelo que entendi que a expressão Mestre foi utilizada mais no sentido bíblico, divino. Reconhecendo, embora, a genialidade de Richard Wagner, nenhuma das suas obras figura nas muitas dezenas de CD´s de música clássica que possuo. Para isso, possivelmente, terá também contribuído a informação que, em certo momento me chegou, de que Hitler terá trocado Beethoven por Wagner e, vá eu, injustamente - reconheço - conotado este ao primeiro, pois nem contemporâneos foram. Mas quiçá, tudo terá uma explicação mais simples - não sou um apreciador dos acordes e dissonâncias do autor, cuja responsabilidade, afinal, deve-se, com elevada probabilidade, à má qualidade da seda das suas cuecas, como desvendaste na tua saborosa crónica.
Estás a fazer progressos, Henrique - conseguiste que eu escrevesse no Blogue sem o assunto estar relacionado com Moçambique. Forte abraço. Carlos Traguelho
Não obstante as minhas reservas, na década de 90, quando estava de férias num país da europa central, recém libertado (sem aspas), não desdenhei em ir numa excursão ver um palácio mandado fazer por Sua Majestade e onde foi apresentada uma das obras do genial Mestre, utilizando a expressão de um autor de um livro sobre Richard. Não acho que o autor utilize essa expressão de Mestre no sentido maçónico, pois isso colocaria a criatura no grau três, muito longe do cume 33, pelo que entendi que a expressão Mestre foi utilizada mais no sentido bíblico, divino. Reconhecendo, embora, a genialidade de Richard Wagner, nenhuma das suas obras figura nas muitas dezenas de CD´s de música clássica que possuo. Para isso, possivelmente, terá também contribuído a informação que, em certo momento me chegou, de que Hitler terá trocado Beethoven por Wagner e, vá eu, injustamente - reconheço - conotado este ao primeiro, pois nem contemporâneos foram. Mas quiçá, tudo terá uma explicação mais simples - não sou um apreciador dos acordes e dissonâncias do autor, cuja responsabilidade, afinal, deve-se, com elevada probabilidade, à má qualidade da seda das suas cuecas, como desvendaste na tua saborosa crónica.
Estás a fazer progressos, Henrique - conseguiste que eu escrevesse no Blogue sem o assunto estar relacionado com Moçambique. Forte abraço. Carlos Traguelho
NOTAS DE APOIO (DA INTERNET)
https://amenteemaravilhosa.com.br/wagner-biografia-musico-atormentado/
Wagner é um dos compositores que marcou uma época, influenciando muitas
das grandes correntes musicais. A influência do célebre Wilhelm Richard Wagner e
de sua composição é perceptível tanto na melodia e na harmonia quanto na
orquestração.
Suas ideias, suas propostas e seu modo de
vida tiveram tanto admiradores quanto críticos. Ele
foi, em todo caso, um homem polêmico. Musicalmente, as óperas de Wagner se
caracterizaram pela diluição acentuada das tonalidades, deixando mais tênue a
linha entre cantar e
recitar.
A música de Wagner transporta seu público
a universos repletos de heroísmo e volúpia. A força de sua composição conquista o
ouvinte, convidando-o a simpatizar com a história que se
desenvolve no palco.
Primeiros anos
Richard Wagner nasceu em 22 de maio de
1813, na cidade de Leipzig, na Alemanha. Ele nasceu em um lar humilde: sua mãe, Rosima Patz, era filha de um padeiro; seu pai, Karl
Friedrich Wagner, foi escrivão de
polícia. Alguns meses depois do nascimento do pequeno
Richard, seu pai faleceu em consequência de uma epidemia de tifo. Pouco tempo depois, sua mãe
se casou com Ludwig Geyer, que se tornaria seu padrasto. Geyer era ator, cantor
e pintor. Por isso, costuma ser apontado como uma influência para as inclinações artísticas
do jovem Wagner. Como consequência do trabalho de Geyer em
uma companhia de teatro, a família se mudou para Dresden.
Wagner começou a frequentar a escola de
Vizehofkantor Carl Friedrich Schmidt em Dresden no ano de 1817. No ano de 1822,
ele se matriculou na Kreuzschule (escola da cruz) de Dresden. Richard estudou
lá até os 14 anos e, nessa escola, fez algumas aulas de piano.
Richard Wagner usou o nome Richard Geyer
quase até completar quinze anos, e mudou de sobrenome ao formalizar
sua entrada na Nicolaischule (escola nicolaíta) de Leipzig, em 21 de janeiro de
1828.
A desolação de sua juventude
A quantidade e variedade de suas primeiras
composições provam que Richard se iniciou como compositor com obras de uma ampla diversidade
genérica. Entre elas, existia um certo predomínio de peças
instrumentais que seguiam protótipos clássicos. Em 1833, quando o artista tinha apenas vinte anos, iniciou sua carreira
profissional, aceitando o cargo de diretor do coro
Würzburg. Seus trabalhos,
nessa fase inicial, foram todos de baixo orçamento e eram destinados a um
público provinciano. Sendo diretor de orquestra, terminou sua primeira
ópera: Die Feen (As Fadas). No entanto, ela só
seria estreada cinco anos depois de sua morte.
Três anos depois, Wagner estava casado
com Minna Planer e, nessa época, já havia composto várias óperas. Nesse período, Wagner começou a desenvolver
suas ideias de índole revolucionária. Há quem afirme que as ideias de Wagner, de algum modo, influenciaram as
ideias do nazismo de Hitler. De fato, atualmente, suas composições continuam sendo vetadas em Israel.
Essa fase foi bastante obscura para Wagner; o
casamento com Minna Planer não ajudava muito e ele estava passando por uma
série de problemas econômicos. Além disso, teve problemas de vício em jogos e
álcool. Desse modo, sua recuperação econômica se tornou ainda mais difícil.
Em 1839,
a enorme quantia de dívidas acumuladas por Richard Wagner o obrigou a fugir do
país, mudando-se para Paris. O compositor só pisaria novamente na
Alemanha em 1842, mas sua estadia em Paris foi um fracasso e
ele não conseguiu lançar nenhuma de suas obras na cidade. Trabalhou
assiduamente como arranjador de outros compositores, mas sem muita fama.
Wagner como escritor
Wagner não foi apenas um importante
compositor. Ele também se atreveu a experimentar outras formas artísticas, como
a escrita. Entre os anos de 1840 e
1842, foram publicados alguns dos ensaios mais importantes de Wagner.
Esses ensaios tratavam de questões
históricas e teóricas que tinham se mostrado de grande interesse para o artista
ao longo de sua vida. Wagner também foi um jornalista muito prolífico, chegou a
publicar na imprensa alemã várias resenhas de eventos musicais parisienses, e
também escreveu algumas peças de caráter documental.
“Somente os homens fortes
conhecem o amor, somente o amor inclui a beleza, somente a beleza produz a
arte. O amor dos fracos entre si não pode produzir senão a satisfação de suas
ambições luxuriosas”.
-Richard Wagner-
-Richard Wagner-
Vale destacar que existem ambiguidades em
alguns de seus dados biográficos. Isso se deve, principalmente, ao fato de
que existem várias inconsistências incorporadas
pelo próprio Wagner em sua autobiografia Mein Leben (Minha Vida). Essa
autobiografia engloba desde o seu nascimento até os 51 anos. O texto é
extremamente subjetivo e seu ego se manifesta. Dessa maneira, fica difícil
saber com exatidão o que é real na vida de Wagner. Essa autobiografia foi
escrita em 1865 a pedido de seu benfeitor, o Rei Luís II da Baviera.
Retorno à pátria
Após a ópera Meyerbeer, Wagner se
tornou o compositor mais reconhecido da Alemanha. Quis a sorte que, poucos dias
depois da estreia, ocorresse o falecimento do Kapellmeister real (Diretor de
câmara real) Francesco Morlacchi. Em 2 de fevereiro de 1843, Wagner
passou a ocupar o cargo vitalício de Kapellmeister real. Esse cargo lhe outorgou proeminência
política, que o tornou um especialista em combinar criatividade com gestão.
Os interesses artísticos de Wagner se
fundiram rapidamente com sua atividade política. O compositor concebia o teatro como o
espelho de uma sociedade reacionária. Assim, ao realizar a transformação do
primeiro, mudaria a segunda. Por isso Wagner se viu envolvido na política
subversiva.
Warner tinha afinidades com o nacionalismo
alemão. O reflexo desse pensamento pode ser claramente
observado tanto em seus personagens mitológicos quanto nos argumentos de suas
obras. Uma ideia que se reitera em sua obra é a
das colônias alemãs.
“Sempre que ouço Wagner
sinto uma vontade irresistível de invadir a Polônia”. -Woody Allen-
Mudanças políticas e o patrocínio do rei
Luís II da Baviera
Em 1849, a delicada situação política
desembocou em uma revolução em Dresden. Isso significou o fim da carreira de
Wagner como Kapellmeister real. A emissão de uma ordem de prisão contra
Wagner provocou sua fuga para a Suíça, onde permaneceu exilado durante onze
anos.
Durante esse período, Wagner viveu em uma
situação muito precária. Foi excluído do mundo musical alemão e sua renda
era tão reduzida quanto suas esperanças de
poder representar suas obras.
Em 1864, Wagner estava em Mariafeld, nas
proximidades de Zurique, fugindo de seus credores. O rei Luís II, seu admirador
confesso, lhe ofereceu sua hospitalidade e ajuda financeira. Desse modo, “o mestre” compôs Huldigungsmarsch (Marcha de Tributo) para seu benfeitor. Em 1865, lançou
sua famosa obra Tristão e Isolda na
cidade de Munique. Um ano depois, sua esposa Minna faleceu em Dresden, e o compositor se instalou em Genebra.
Sob o mecenato do Rei, Wagner trabalhou em suas óperas sem se preocupar com os
gastos.
Bayreuth
Anos mais tarde, Wagner concebeu o plano de
fundar a Sociedade Wagner, um teatro que daria origem ao famoso festival
homônimo que existe ainda hoje em dia. A pedra angular do Teatro de Bayreuth foi colocada no dia
de seu aniversário de 59 anos. Para alcançar esta conquista, realizou uma série
de concertos pela Alemanha com o objetivo de levantar fundos. A obra terminou
em 1874 graças à ajuda de Luís II.
O compositor construiu sua casa Wahnfried
também em Bayreuth. No entanto, apenas dois anos depois de terminar as obras,
os números do teatro revelavam enormes prejuízos. Wagner fez uma série de
concertos para obter fundos a fim de diminuir os prejuízos, mas pouco tempo
depois teve problemas no coração.
Morte e legado
Entre os anos 1881 e 1882, Wagner teve
vários ataques cardíacos. Em 13 de fevereiro de 1883,
o célebre compositor faleceu em Veneza, na Itália. Seu
corpo foi enterrado no jardim de sua casa Wahnfried.
Der Ring des Nibelungen (O Anel do Nibelungo) é, sem dúvidas, sua obra mais
importante. É composta por quatro óperas: Die Walküre (A Valquíria), Das Rheingold (O Ouro do Reno), Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses)
e Siegfried. O Anel do Nibelungo, Parsifal, Tristão e
Isolda, Die Meistersinger von Nürnberg (Os Mestres Cantores de Nüremberg), Lohengrin, Tannhäuser e Der Fliegende Holländer (O Holandês Errante) integram o chamado Cânon de Bayreuth. O
ciclo completo só foi apresentado em 1876 e, a partir desse momento, o cânon
seria representado no festival anual que ainda é realizado em Bayreuth, na
Alemanha.
As ideias de Wagner tiveram tanto
partidários quanto críticos. O legado do Teatro de Baviera, de
complexidade nunca antes vista, foi possível graças ao seu fervoroso admirador,
o rei Luís II da Baviera. Esse teatro é destinado exclusivamente à representação de sua obra,
demonstrando, assim, que a genialidade de Wagner continua viva apesar do passar
do tempo.
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