segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Voltando à vaca fria



Os comentadores aqui se desunham, conhecedores, respondendo à verve indignada de Helena Matos, em tentativas inúteis de obstar à perversão de assalto – de cravo ao peito sempre, por cá.
A questão da verdadeira questão que nunca é a questão que devia ser /premium
HELENA MATOS       OBSERVADOR, 25/8/2019
A contestação ao despacho sobre os alunos transexuais revelou duas coisas: uma que existe capacidade de contestação à ditadura das causas. Outra que essa contestação está armadilhada.
Discordou do Despacho n.º 7247/2019 que diz estabelecer “as medidas administrativas que as escolas devem adoptar” com vista ao “direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e o direito à protecção das características sexuais de cada pessoa”? Assinou a petição pedindo a sua suspensão? Então fique sabendo que não sabe ler, que não percebe, que quer fazer sofrer a Leonorenfim capacite-se de que a questão que coloca não é a verdadeira questão. Ou que sendo verdadeira para si é na realidade uma falsa questão.
O que lhe passou pela cabeça. a si, leitor, feliz habitante desta Europa a caminho da suprema harmonia, para querer um papel que não o de sujeito passivo das causas apresentadas pelas pessoas que estão no lado certo da sociedade e das notícias, o que no caso vai dar ao mesmo? Como não percebe a dialéctica libertadora subjacente à produção legislativa governamental que proíbe que vejam publicidade a bolachas as mesmas crianças e adolescentes que a mesma legislação considera capazes de escolherem o seu género?
Como artigos vários e diversos membros do Governo logo trataram de explicar o Despacho n.º 7247/2019 não previa nada daquilo que os seus contestatários apontavam. O secretário de Estado João Costa explicou “Não estamos a falar de uma imposição ou modelo em que cada aluno vai à casa de banho que quer quando lhe apetece”. No limite acabava-se com as crianças em causa a não irem a casa de banho alguma, como acontecia num artigo do Polígrafo que, no seu afã de explicar a sem razão das críticas ao Despacho n.º 7247/2019, concluiu o seguinte: o Governo não obriga as escolas a deixarem que “um rapaz, de qualquer idade, que se identifique como rapariga, pode utilizar os balneários femininos mesmo tendo os órgãos sexuais masculinos” e vice-versa. O que é assegurado através do referido diploma é que um rapaz que se identifique como rapariga não seja obrigado/a a utilizar os balneários masculinos, ou que uma rapariga que se identifique como rapaz não seja obrigada/o a utilizar os balneários femininos. Acrescem as situações de identidade não binária
Na verdade só não se dão alvíssaras a quem perceber a que casa de banho vão afinal as crianças a que se refere o despacho porque provavelmente elas, tal como os seus colegas, não vão a casa de banho alguma, pois as instalações sanitárias das escolas portuguesas estão degradadas, a sua limpeza é muito deficiente e sobretudo são muito poucas: no 1º ciclo, em média, há uma casa de banho por cada 63 alunos e, no 2º ciclo, um WC por cada 140 alunos. Infelizmente, em Portugal, os alunos, seja qual for o seu sexo e independentemente do género com que se identificam, evitam ir à casa de banho das suas escolas, com todo o prejuízo que daí advém para a sua saúde, porque elas não funcionam de forma aceitável.
Dir-se-á então que o Despacho n.º 7247/2019 não passa de uma peça demagógica, minoritaríssima (segundo dados apresentados pela Lusa serão aproximadamente duzentas as crianças abrangidas pelo despacho) e que, não fosse a agenda ideológica do Governo, cada escola resolveria caso a caso, como aliás se resolvem inúmeras outras situações. Dir-se-ia, e note-se que isso já era ter muito para dizer. Mas a demagogia é o menor dos problemas deste despacho que, como aliás explica o Governo, prevê mais, muito mais acrescento eu, e matéria bem mais complexa que a temática das casas de banho: o Despacho n.º 7247/2019 faz de cada aluno das escolas portuguesas uma potencial vítima dos activistas do género, um ser a reeducar. E aí já não estamos a falar dos tais duzentos alunos mas de todos eles porque a todos eles se pode aplicar o previsto no Artigo 4.º do Despacho n.º 7247/2019.
O Artigo 4.º desse despacho intitulado “Mecanismos de detecção e intervençãoé próprio de um Estado totalitário. Leia-se bem o que lá está escrito:
Ou seja, na escola alguém – escolhido com que critério? – detecta a partir da sua observação ou de uma denúncia que uma criança manifesta uma identidade ou expressão de género, que não corresponde à identidade de género à nascença. Note-se que identidade ou expressão de género são conceitos em si muito mais vagos, subjectivos e latos que a transsexualidade. É total o arbítrio para que estes funcionários escolares do género detectem estar diante de uma criança que manifesta uma identidade ou expressão de género, que não corresponde à identidade de género à nascença.
Portanto, com base numa apreciação feita não se sabe em que termos começa um processo, não se sabe coordenado por quem e muito menos se percebe com vista a quê. Pode, por exemplo, a escola decidir que a criança deve mudar de género? Que poderes, competências, saberes têm as escolas para desencadear um processo destes? E quem é que numa escola pode ser obrigado a assumir responsabilidades num processo desta natureza: os professores? Ou vai franchisar-se esse trabalho para aquelas associações já contratadas para leccionarem Educação para a Cidadania e que podem passar da redacção de questionários para a produção de ordens sobre a vida das crianças?
Muito sinceramente algum de nós está a imaginar ver-se “em articulação” com umas criaturas ad hoc que nos informam que o nosso filho, neto, sobrinho… manifesta uma identidade ou expressão de género que eles determinarão (a lista mais actualizada conta 58 géneros pelo que as possibilidades são múltiplas) e que há que iniciar um processo com vista ao que eles definem como “desenvolvimento saudável da criança ou jovem”?
Nada disto é novo: as crianças já tiveram de ser reeducadas para viverem numa sociedade sem classes. Houve até quem defendesse que considerar a pedofilia um crime era uma forma de o capitalismo impor o seu controlo sobre o corpo. Agora é a ideologia de género a cumprir esse papel totalitário do experimentalismo social: do Homem Novo à Pesso@ apenas muda o vocabulário.
O que também não é novo – e por isso chegámos aqui – é considerar que esta agenda não só não pode como também não deve ser contestada. Que estas nunca são as verdadeiras questões. Ou que sendo verdadeiras nunca é o momento oportuno para as discutir. Ou que sendo o momento não se está a discutir da forma correcta… Eis a armadilha da falsa questão. A armadilha da falsa questão levou à instituição da presente ditadura das minorias, à criação de um clima sufocante de auto-censura, a campanhas fulanizadas de perseguição a quem manifesta um pensamento divergente e à criminalização da própria referência à realidade. A liberdade de expressão é hoje um privilégio para quem não depende de um emprego e de quem pela idade já não tem muito a perder.
Como chegámos aqui? Há décadas uma parte da sociedade começou por alienar o seu direito a impor questões chegando-se ao presente paradoxo de termos agora como as verdadeiras questões as questões outrora classificadas como falsas: a violência doméstica antes de se ter tornado na presente arma de arremesso contra o heteropatriarcado branco foi apresentada, pelos gestores da verdade das questões, como um drama de faca e alguidar que nem valia a pena abordar porque a luta de classes resolveria esses desvios pequeno-burgueses. Idem para a defesa do ambiente em que a solidariedade socialista com “mon ami Mitterrand”levou até a que Portugal tenha praticamente silenciado o assassínio, em 1985, pelos serviços secretos franceses, do fotógrafo português Fernando Pereira, activista do Greenpeace. E no caso dos refugiados, os mesmos – e em alguns casos são rigorosa e fisicamente os mesmos – que em 1975, em nome do apoio à descolonização, tentaram impedir portugueses brancos e negros de deixar África agora se pudessem transferiam a população dessa mesma África para a Europa.
Sim, chegámos aqui porque enquanto uma parte da sociedade foi recuando porque as suas questões nunca eram as verdadeiras questões, a outra conseguiu impor não só as suas questões como também fazê-lo a um ritmo cada vez mais alucinante. Mal se sai de um assunto-causa já outro aí está e assim sucessivamente sem que haja tempo para reflectir no que se acabou de aprovar. Se por acaso um escolho se levanta nessa marcha logo somos avisados, como aconteceu no caso da eutanásia, que “haverá lei”. Ao contrário do que escreveu o Miguel Pinheiro a propósito do Despacho n.º 7247/2019, acho que de facto existe uma guerra cultural. Ou melhor uma situação de controlo cultural de que a estupefacção por este despacho ter sido contestado é um sinal.
Com a esquerda a fazer a apologia das contas em dia e a sociedade portuguesa a ficar aprisionada na tenaz de uma ditadura fiscal versus um Estado que não assegura os serviços mínimos aos cidadãos, a oligarquia já nem esconde ao que vem: “Bloco quer mais funcionários públicos e quotas por raça nas universidades”; “ [da PGR sobre as incompatibilidades] e, se concordar homologo, se não concordar não homologo”… a armadilha da verdadeira questão tornou-se no instrumento de controlo do pensamento não alinhado. Mas se à primeira todos caem e à segunda só cai quem quer, à terceira só cai quem é parvo.
COMENTÁRIOS:
Alex de Sousa: Esta é para o Sr. Silva ali abaixo:
O Sr. Silva (olá xô Silva!) parece fazer parte daquele grupo de pessoas que considera a sexualidade manipulável por uma qualquer construção social, politica ou religiosamente orientada, e que a biologia pouco conta. Nesse ponto, estas pessoas, como o Sr. Silva, estão exactamente na mesma posição que os seus (delas) “amigos” esquerdistas e afins.
 Mas não é apenas neste ponto que estas pessoas, como o Sr. Silva, estão alinhadas com os esquerdistas: estas pessoas, como o Sr. Silva, consideram não apenas que a sexualidade é manipulável como deve ser manipulada em função das suas próprias visões ideológicas e/ou religiosas sobre a mesma. O único problema destas pessoas, como o Sr Silva - e que as leva a dar tanta relevância ao tema - é que não sejam os Senhores Vigários, e a sua Santa Madre Igreja, a manipular a sexualidade, como profusamente fizeram durante séculos, mas sim o “comunas” através do aparelho de Estado. É, no fundo, uma luta entre beatos e “comunas” na disputa pelo controlo daquilo em que NÃO devem (e NUNCA deviam) meter o nariz que é a sexualidade de cada um. Sob pena de um dia terem o azar de lhes acontecer o que, por vezes, acontece às pessoas que se intrometem onde não devem que é ficarem “entaladas na porta”!  Na prática , nesta matéria como em muitas outras, as pessoas como o Sr. Silva estão exactamente no mesmo barco que os “comunas” que dizem combater. Barco esse que, para bem da sociedade, seria importante e útil torpedear e mandar ao fundo tão rápido quanto possível.
António Silva:  Portugal um país(?) ou melhor um manicómio em gestão socialista
Joaquim Zacarias: O PAN quer um SNS para os animais. O BE quer meninas com meninos e meninos com meninas nas mesmas casas de banho. O PCP fura greves por intermédio da CGTP. E o PS quer manter-se no poder, para poder gerir a receita do estado, a seu belo prazer. A C. Social lá vai sobrevivendo, sem respeitar o código a que está obrigada. E os portugueses se não lêem a imprensa, não estão informados, se a lêem ficam desinformados.
I. G.: O importante é falar do que está no despacho e não na ilustração Hentai (do tipo do CDS) que, pela sua "rudeza" só serve para suportar contra-argumentações falaciosas. O despacho é aplicado a jovens e crianças, serve todos os níveis de ensino e ciclos e tem um propósito ideológico.
Alex de Sousa:  Outra vez “arroz”?! A biologia tem tanto peso na definição da sexualidade de cada um que ideologias de género - o que quer que isso seja – ou tentativas de intervenção Estatal (ou Eclesial, ou outras…) na matéria não justificam tanto alarme! Porque nada, absolutamente nada, consegue alterar o que levou milhões de anos a construir. Salvo distúrbios hormonais ou psicossociais que criam um número muito restrito de excepções que apenas servem para confirmar a regra. Mas que, por isso mesmo, merecem atenção especial. Não há grande diferença de atitude entre aquelas pessoas que acreditam que a sexualidade e o género (o que quer que isso seja) é pura construção social e as que vivem com a obsessão de que haver gente que pensa dessa forma é uma ameaça séria para a sociedade! Umas e outras hiperbolizam a relevância do tema e umas e outras parecem não entender, ou não estar muito convictas, que em matéria de sexualidade a biologia manda.
Depois dos temas “incêndios da Amazónia” e legislação sobre “onde cada criança pode/deve m*jar” qual é a questão política (ir)relevante que se segue?
Maria Emília Ranhada Santos: Ou seja; Em cada escola haverá um polícia LGBTQI, da confiança do governo esquerdista globalista de Costa, que policiarão todas as remotas hipóteses, de descobrirem crianças a quem possam “diagnosticar” de transexuais ou algo do género! Os países europeus a quem foi imposta esta barbárie, manifestaram-se até à exaustão! Na Alemanha, um pai foi preso, devido à sua filha ter fugido das aulas de género, depois de vomitar a sala, de tal forma o assunto a enojou. O “politicamente correcto” obrigou a tirar os crucifixos das salas de aulas, alegando como motivo para isso, as outras ideologias ou religiões, mas afinal, não era! Tudo foi uma grande mentira! Afinal, era para poder entrar a diabólica ideologia de género condenada por especialistas das mais diversas áreas. Abramos os olhos e protejamos as nossas crianças, porque o Governo quer-no-las devorar!
Paulo Silva: Complexo e ao mesmo tempo tão simples… tão simples... Podemos começar a desenlear o novelo por um facto indesmentível resumido nas palavras da Helena:
«Com a esquerda a fazer a apologia das contas em dia...» Esta apologia só se vê porque a Esquerda, no que é a sua veia revolucionarista, depois de ter levado com os pedregulhos do Muro de Berlim em cima da cabeça, resolveu fazer uma retirada estratégica do campo de batalha económico para o campo cultural... (embora alguns dos seus membros ainda queiram acreditar que não; e atenção, a mudança já vinha sendo preparada muito, muito antes da queda da União Soviética). Com a mudança de cenário decorreu outra mudança. O modelo de guerra. Anteriormente as partes em confronto estavam claramente identificadas e assinaladas, como numa batalha convencional clássica em pleno campo aberto, com os oponentes perfilados frente a frente. De um lado os burgueses, do outros os proletários e as suas hostes. Hoje em dia parece que chegámos ao Fim da História e que as Democracias venceram. Não, hoje o conflito é dissimulado, uma espécie de jogo de gato e rato, em que o rato está sempre a mudar, umas vezes é ‘mulher’, outras vezes é ‘criança’, ‘gay’, ‘cigano’, ‘bom selvagem’, etc... tudo o que for categorizável como ‘oprimido’, até os animais, à excepção do homem branco heterossexual. Uma guerra de guerrilha, onde as emboscadas e as armadilhas se sucedem de todos os lados (como diz a Helena).
Quem denuncia isto chama-lhe Marxismo Cultural; os que apreciam, mesmo não fazendo parte activa designam por Marxismo Ocidental. É a cara do BE. Vejam bem a sua postura. Por vezes até o PCP parece acreditar… Eles não têm Ideologia nenhuma, só defendem os «direitos humanos». Sim abelha, pois é claro, no séc. XIX os socialistas e marxistas clássicos só estavam ali para defender os direitos dos trabalhadores... Coitadinhos, não fazem mal nenhum. Mas preparem-se, os «direitos» vão ser cada vez mais abrangentes e estapafúrdios. E lembrem-se da senha dos radicais: «The issue is never the issue. The issue is always the Revolution
Luís Faria: Sendo armadilha só se cai uma vez. Uma vez permitida a tomada do poder pela esquerda como aconteceu em 2015, não há volta atrás. Acabou! Quando a Manuela Ferreira Leite uma vez disse que para resolver algumas questões se deveria suspender a democracia por 6 meses, foi a confusão que foi. Agora a esquerda mandou-a para férias permanentes e ninguém parece incomodado com isso. A esquerda faz p que quer e quando quer. Não permite a mínima crítica e escrutínio. Quando interessa homologa-se, quando é contrário a quem manda já não interessa. Se isto é uma democracia, digam-me o que é viver numa ditadura.
Zé Manel: Helena, muito bem ! Mas é preciso ir (muito) mais além. É absolutamente decisivo e imperativo alertar as pessoas para o sentido de urgência na acção, e por todos os meios concebíveis. Nas férias, tive o previlégio de estar com gente um pouco de toda a Europa, e também da América do Sul e do Norte, e o sufôco do comunismo extremista é sentido universalmente. A ditadura instalou-se com pezinhos de lã e está já profundamente enraizada. A um ponto tal que é já altamente duvidoso que seja possível estripá-la por vias convencionais.
Jay Pi: O cerne deste problema radica no facto da temática sexual ser deveras preponderante na mente da generalidade das pessoas, independentemente da sua orientação política ou bases ideológicas. De facto, o sexo, pelo seu carácter biológico vital, é uma dimensão dominante em cada ser humano, cada sociedade e cada civilização. Mas, à medida que ascendemos na escala civilizacional e intelectual, as questões subordinadas ao sexo deverão ser menos e menos relevantes no debate social e político, remetendo-se a sexualidade para o âmbito a que devidamente deve estar reduzida: a vida privada de cada um, dimensão essa individual, subjectiva, íntima e da responsabilidade de cada ser humano. Ora sabemos que para os marxistas tais pretensões individualistas não são dignas nem merecedoras de respeito nem consideração, na medida em que o Estado é a suprema entidade social ao qual devem estar sujeitas todas as idiossincrasias e aspectos volitivos do indivíduo, obrigado a submeter ao interesse colectivo toda a sua vontade e subjectividade. Sucede também que, a facção conservadora dos costumes também partilha desta obsessão psicossexual numa lógica restritiva e comunitarista, em diametral oposição à postura liberal capitalista que habitualmente detém no âmbito económico. Na verdade, os conservadores, porque seguem orientações morais de base última místico-religiosa, caem na armadilha marxista, respondendo ao repto provocatório destes reagindo de forma muito enérgica e empenhada num assunto essencialmente privado que deveria estar reduzido ao recato e privacidade de cada um. Isso porque, mais uma vez, a sexualidade é uma dimensão muito profunda e dominante no psiquismo de cada ser humano, com a agravante da generalidade dos conservadores serem habitualmente muito inexperientes e ingénuos em questões sexuais, militando por um purismo e puritanismo angelical que enquadraram de forma catequética, sem experiência de vida, nem reflexão científica, biológica ou sequer antropológica. E assim temos os fanáticos delirantes marxistas esfregando as mãos de contentes ao verem o sector político nacional de direita cair em toda a linha na esparrela golpista esquerdista, apresentando-o à sociedade como uma agremiada de gente autoritária, casmurra, intrusiva na vida pessoal, castradora das liberdades mais íntimas e pessoais do indivíduo, punindo e proibindo a acção de cada pessoa com base em critérios místicos, anacrónicos, alucinados e tirânicos.” Se são assim tão pouco flexíveis e generosos nas coisas pequenas, nem quero imaginar como deverão ser nas grandes questões da vida social, política e económica?", pensará o povo... Golpe brilhante em que conseguem fazer vigorar na opinião pública o total oposto da realidade. Ou alguém acredita que numa sociedade comunista haverá qualquer margem para a mínima liberdade individual, mormente na dimensão do comportamento sexual do indivíduo? Tudo estará sujeito aos ditames do comité central, autoritário, rígido e absolutamente directivo e monolítico relativamente a como deverá ser o comportamento sexual de cada um: heterossexual, casado e monogâmico, como foi e é regra absoluta nos países comunistas, onde qualquer desvio a esta norma era e é severamente censurado, reprimido e punido. A estratégia da nossa infantil e atabalhoada direita deveria ser a da direita espanhola perante a abjecta decisão de transladar os restos mortais de Franco: pura e simplesmente ignorar a vil armadilha montada pelos marxistas, sempre ávidos de golpe, sabotagem, revolução, divisão, revolta, conflito e toda a sorte de consequências funestas daí decorrentes, já bem conhecidas das experiências socialistas que a história nos ensina. 
Jay Pi > António de Andrade: Reitero que a estratégia política da direita deverá ser ignorar estes assuntos irrelevantes que não têm impacto nenhum. Duzentos casos diluídos em centenas de milhares de alunos das escolas públicas é uma irrelevância digna de desprezo. Não devemos ceder às intenções golpistas dias marxistas e morder o isco fútil e ridículo das questões fracturantes. A única intenção desta escumalha é mesmo fracturar a cabeça de quem tem as ideias organizadas. Tudo isto é areia para os olhos. Pior, é vidro moído para ferir os olhos, cegar, e impedir que vejamos a verdadeira revolução que está em curso e que irá levar ao eterno sonho socialista da sociedade monopolizada pelo estado em todas as suas dimensões, com a liberdade dos cidadãos a nível zero.
chints CHINTS: A esquerda só tem competência para sexo, drogas e impostos. Este despacho, num país a cair aos bocados, é a prova disso.

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