Enfiemos a cabeça no buraco, não como
ele, ao que parece, para sentir o ruído perigoso à distância, mas para
desligarmos de preocupação, que muitos comentadores, além do autor da crónica, José Manuel Fernandes,
manifestam, todavia, descontados os muitos que troçam, satisfeitos com as
perspectivas, os quais ignoro, desejosa de aprender segundo as normas do bom
senso.
Ensaio cínico sobre uma maioria absoluta do
PS /premium
Ainda
não têm a maioria absoluta e já se portam como se fossem donos disto tudo. Como
será se a tiverem? Mas se não a tiverem, quanto custará ao país uma
"geringonça 2.0"? Ou pior, uma mexicanização?
Há
altura em que não sabemos se é melhor ficarmos a fritar na frigideira ou
saltarmos para o lume.
Politicamente podemos estar a viver um momento desses e o dilema é fácil de
explicitar: é melhor o horror de uma maioria absoluta do PS ou o pesadelo de
um PS quase-quase maioritário, encostado à esquerda no essencial mas sem problemas
para chantagear a direita nas aflições?
Não
tenhamos muitas ilusões que é assim que estamos. Por isso, com toda a frieza e
algum cinismo – indispensável nestas alturas – olhemos para o que nos espera.
Comecemos,
naturalmente, pela política. A não ser que aconteça um cataclismo daqui
até Outubro, os socialistas caminham para uma vitória folgada e o PSD para
uma derrota histórica. Não me surpreenderia que a abstenção fosse elevada,
castigando sobretudo os partidos mais à direita. O Parlamento é capaz de ficar
mais dividido, mas sem surpresas transformadoras. Neste quadro muitos eleitores
interrogam-se sobre se não é melhor dar ao PS a maioria que ele nem sequer
pede, quanto mais não seja para o libertar das exigências do Bloco e do PCP.
Como alguns dirão, para o “recentrar”. É a síndrome
Maria Heloísa de que já falou André Abrantes Amaral, uma espécie de
voto útil dos moderados para evitar males maiores e extremismos dilacerantes.
É
fácil fazer uma lista das malfeitorias que acordos celebrados por uma
“geringonça 2.0” nos trariam.
Se pensarmos bem, uma boa parte dos acordos escritos da “geringonça 1.0” apenas
garantiam que a famosa “devolução de rendimentos” em vez de ser dada ao longo
de toda a legislatura, como prometia o bloco PSD/CDS, seria dada em apenas dois
anos.
A
outra parte – a pior parte – foi a que teve a ver com a reversão de algumas
reformas e privatizações, mas mesmo assim houve áreas (como as leis laborais)
onde o PS teve bom senso suficiente para não estragar tudo. Uma “geringonça 2.0” teria seguramente um custo
mais alto, e basta olhar para o que Bloco e PCP andam a defender na
prá-campanha, desde a política fiscal à educação e à saúde, passando por
exigências de re-nacionalizações que até têm eco para os lados do Largo do
Rato. Livrar-nos-ia uma maioria absoluta do PS desses males maiores?
É possível que houvesse mais moderação, mas
apenas isso e sem muitas garantias. Os socialistas já perderam qualquer
vontade reformista e boa parte deles está hoje cada vez mais encostada ao Bloco
no domínio do discurso e mesmo das ideias. Não é apenas Pedro Nuno Santos
ou Duarte Cordeiro, é toda uma geração que tem vindo a ganhar mais e mais
influência e já não terá para a controlar em São Bento Carlos César, que ainda
era capaz de
levantar a voz a Catarina Martins.
Mas
o que mais assusta numa maioria PS nem é isso – é a recordação do que foi a maioria
de José Sócrates. É saber que nunca os socialistas admitiram que erraram
naqueles anos – quando muito confessaram que andaram distraídos. E é ver a forma como se
comportam agora que ainda não têm maioria e já se passeiam como donos e
senhores do país, pondo e dispondo com aquela arrogância que só eles são
capazes de ter sem corar.
O
exemplo vem de cima, de um primeiro-ministro que nunca é responsável por nada do que corre mal,
para chegar depois até cá abaixo, ao presidente da concelhia sem habilitações
promovido a “especialista técnico” num gabinete governamental. Os negócios que
vamos conhecendo não devem ser sequer uma pequena parte da parte emersa do
iceberg. Para além de
que conhecemos a difícil relação do PS com a liberdade – a
liberdade dos outros, naturalmente.
Não
é mal exclusivo dos socialistas, mas se alguma coisa os caracteriza é que não
toleram ser contrariados e convivem mal com a independência alheia, seja das
pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Mas
vamos agora ser um pouco cínicos, pois temos de olhar para o que pode suceder
ao país.
Os
próximos quatro anos não vão ser como estes quatro que estão a terminar. Poucas
vezes tantas coisas se conjugaram para que tudo corresse bem a um governo –
economia a crescer nos nossos mercados de exportação, taxas de juros a descer
para mínimos históricos graças a São Mário Draghi, efeito positivo de
reformas realizadas nos anos anteriores que possibilitaram o boom do turismo e
do imobiliário e a expansão das exportações –, pelo que ninguém acredita em
mais quatro anos deste quase paraíso.
Nem
mesmo quem está próximo dos socialistas, como Paulo Trigo Pereira, que cito por
fazer com a
autoridade de um economista exactamente o mesmo tipo de previsões que eu faço,
acredita na continuação do milagre: “O desemprego já atingiu quase o seu mínimo
(a “taxa natural” de desemprego), o crescimento não vai acelerar, as taxas de
juro não irão baixar mais, pelo que não haverá margem adicional para o tipo de
medidas que foram tomadas nesta legislatura. Adicionalmente, algumas medidas
recentes (descongelamento de carreiras e subidas de pensões) terão apenas o seu
impacto orçamental pleno em 2020 e anos seguintes.
Porém,
se a economia não vai permitir grande folga e exige contenção orçamental, as
expectativas das famílias, e dos vários sectores profissionais, vão em
crescendo. É expectável, por isso, que a tensão social se agrave.” O que
aqui não está escrito eu acrescento: um pequeno solavanco, um choque externo
que está longe de ser improvável (Brexit, guerra comercial UE-EUA, possível
recessão na Alemanha, persistente crise italiana, para só citar alguns), pode
fazer tremer, e muito, o castelo de cartas das “contas certas” de Mário Centeno
(alguém que, suspeito, por isto mesmo tudo fará para não continuar por cá mais
quatro anos).
Nessa
altura, o que é melhor? Deixar que o PS se confronte por fim com as suas
responsabilidades e os seus erros, sem escapatórias, o que só sucederá se
estiver a governar com maioria absoluta? Ou permitir que o PS repita o número
de 2010 e 2011 e se volte para a sua direita em busca de socorro, venha pedir a
PSD enfraquecido e esfrangalhado ajuda em nome da “responsabilidade
orçamental” e se ampare nela quando os parceiros da geringonça deixarem
de estar disponíveis para uma austeridade finalmente assumida e não disfarçada?
Ou seja, que consagre a mexicanização do regime? De novo o dilema de saber
se é melhor ficar a fritar na frigideira ou saltar para o lume. Na verdade
só é um dilema para quem tem consciência de que vivemos numa mentira – a
mentira de que as contas estão mesmo certas e que o “monstro” que é este nosso
Estado sempre sôfrego continua a dormir –, de que nos satisfazemos com muito
pouco, pois com este crescimento continuaremos a deslizar para a cauda da
Europa, e de que pode ser ilusória a ideia de que a nossa democracia resiste a
todas as malfeitorias, tropelias e compadrios.
Os
outros estão bem, ou julgam que estão bem. Mas não estão. Estão como o sapo que
adormece docemente na panela onde a água vai aquecendo lentamente até que morre
cozido e sem dar por isso.
COMENTÁRIOS:
José Martins: A GIGANTESCA TAREFA DE RUI RIO. SIM SR. JMF: IREMOS TER
GERINGONÇA POR MAIS 4 ANOS se você, e gente como você continuarem a apostar na
derrota de RUI RIO e na destruição do PSD a troco de uma qualquer GERINGONÇA de
DIREITA que nem vocês sabem bem o que é.
Meta na sua cabeça Sr. JMF : a grande maioria do
eleitorado do PS acredita na democracia liberal, pode até estar momentaneamente
iludida, mas não se revê nesta aliança espúria do COSTA com os inimigos da democracia,
da liberdade e da União Europeia. A grande maioria dos eleitores do PS foi
traída pelo COSTA, está a ser enganada pelo Catavento Marcelo (que tem, tal
como você, como único objectivo, destruir Rui Rio, para manter os privilégios
da OLIGARQUIA centralista) e vai manter-se na ilusão de que tudo parece estar
bem, enquanto perdurar a memória do único “objectivo programático que uniu a
GERINGONÇA”: as REVERSÕES. Este êxito momentâneo da política das REVERSÕES só
se verifica porque houve falta de trabalho político da PAF na EXPLICAÇÃO das
medidas de austeridade que o Passos Coelho foi obrigado a tomar. Rui Rio,
paulatinamente, está a mostrar ao povo português a verdadeira natureza de
António Costa. Cada proposta de “reforma”, de “entendimento político” ou de
“medida de governação” apresentada por Rui Rio a Costa para aprovação é, por um
lado, um enorme embaraço para Costa em relação aos seus parceiros da geringonça
e, por outro lado, torna cada vez mais claro aos olhos do povo português o
“beco” em que A. Costa se meteu. O A. Costa só pagará o preço da traição que
cometeu ao eleitorado democrata que votou no PS se, Rui Rio, com calma,
tranquilidade e sem “estridências artificiais” for apresentando as tais
“propostas embaraçosas” e for afirmando o seu programa político alternativo. Sabendo
nós que, com a comunicação social que temos, à partida, as regras do jogo estão
viciadas, ainda assim, Rui Rio vai conseguir mostrar ao Povo Português, a
impossibilidade de este PS poder ser uma solução de futuro, democrática e
europeia, para Portugal. Rui Rio se se prevenir convenientemente contra os
traidores, mantiver o registo “low-profile” actual e, passo a passo, para além
da espuma dos dias, apresentar um ”programa exaustivo, rigoroso e consistente”
verdadeiramente social-democrata para o país, deixará o PS polìticamente
derrotado. Sá Carneiro, o único Primeiro-Ministro verdadeiramente DEMOCRATA
LIBERAL que tivemos até hoje, antes de ser Primeiro Ministro, teve que
desmascarar e correr com os traidores. Mas quando se preparava para acabar com
os interesses instalados da OLIGARQUIA CENTRALISTA, assassinaram-no. Por aqui
se vê a dimensão da tarefa de RUI RIO.
António Marques Mendes: Os maus governantes muitas vezes geram piores opositores. Por isso, os
votantes preferem votar no “diabo” que já conhecem ...
Este é o drama de Portugal!
Liberal Impenitente >António Marques Mendes: Não, não geram, e não, não é.
Quem "gerou" o Lopes e agora Rui Rio foi o PSD, não foram os maus
governantes do PS.
Ping PongYang >Liberal Impenitente: Qual é o "problema"
de Rui Rio, Sr. Liberal ? Ser resistente às manobras, influência
e manipulações que os aspirantes a novos DDT's exerceram de forma descarada, despudorada e
ostensiva sobre Coelho ? Preferem os fracos,
tolos e vulneráveis, não é ?
Luis Ferreira: Perfeita descrição do que vivemos, e dos cenários que por aí vêm. Uma coisa
é certa ... cigarras (socialismo) a governar tem como consequência a fome.
Passos, O Senhor 24%: José Manuel Fernandes, Aquilo que Paulo Trigo
Pereira disse, e que você subscreveu, faz todo o sentido. Estamos hoje
com UM TERÇO do desemprego máximo verificado no tempo do Grande Estadista
Passos Coelho e o actual governo está a financiar-se com uma taxa de juro que é
UM OITAVO do melhor conseguido por Passos Coelho em 2015 (4,3% vs 0,55%). O
impacto económico e acima de tudo financeiro destes dois feitos do actual
governo é obviamente ENORME, mas melhorar este desempenho no futuro é
virtualmente impossível, pois o espaço para mais descidas, particularmente nas
taxas de juro, é MUITO PEQUENO:
victor guerra: É verdade que o identificador do "partido-Estado".,Medina
Carreira,já passou,mas estou certo de que o PR está atento
Antonio Fonseca> victor guerra: "estou certo de que o PR está
atento" Pode ter a certeza de que está atento e não vai perder a
oportunidade de tirar uma boa selfie!
Luís Soares Ribeiro: Escreveu George Orwell em 1946. Uma
sociedade torna-se totalitária quando a respectiva estrutura se torna
manifestamente artificial, isto é, quando a respectiva classe dirigente perdeu
a sua função mas consegue manter-se agarrada ao poder pela força ou pelo
embuste.
6Responder
homo liber > Luís Soares Ribeiro: Já passámos esse ponto
orwelliano há décadas... Deslizámos de um
totalitarismo de soberania (sociedade pré-moderna da soberania e do sangue)
para um totalitarismo de deformação democrática (sociedade moderna da
disciplina), até ao totalitarismo actual de depressão democrática (sociedade
atual do desempenho e do cansaço). E tudo
empacotado num carrossel alienante de aparente evolução democrática.
Carolina Nunes: Difícil escolha: o PS com maioria comporta-se como dono disto tudo, com a
cumplicidade de Marcelo, e é garantido que chega ao fim dos próximos 4 anos com
o país em cacos. Se não tiver maioria fará gerigonça 2.0 mas quando for precisa
mais austeridade é certo que os parceiros de esquerda abandonam o PS. Aí volta
o dilema para o líder do PSD: ser fiador da política PS e deixar passar toda a
austeridade (chamuscando-se igualmente) ou derrubar o Governo e após eleições
substituí-lo para ser ele sozinho a aplicar a austeridade e passados 4 anos
voltarem os socialistas para colher os frutos das medidas difíceis tomadas pelo
PSD?
Mendonça: Uma maioria absoluta para o PS nas próximas legislativas seria catastrófico
para o país. O espantoso (e perturbador) é
que uma tal evidência, pelo risco que comporta, pelos vistos não parece fazer
parar uma infinidade de inocentes, ignorantes, trafulhas e aspirantes a
trafulhas e outros irresponsáveis por esse país fora. Ainda não têm a tal
maioria e já se permitem interpretar a
lei como bem entendem, argumentando perante um texto claríssimo com a
impossibilidade de «interpretações literais»...
Marco Silva: Não é preciso ensaiar...a primeira maioria absoluta do PS resultou na
terceira bancarrota do país há apenas 8 anos. Dado
que este desgoverno - essencialmente constituído pelos mesmos que nos trouxeram
a bancarrota em 2011 - nada fez senão aplicar cortes e cativações e distribuir
regalias pelas clientelas e, apesar dos cortes, fez aumentar a despesa do
estado...já para não falar no aumento astronómico da divida que está
perigosamente perto do que era a divida da Grécia quando pediu ajuda há uns
anos, não é preciso ensaiar muito para perceber que o futuro deste país nas
mãos da esquerda e especificamente do PS, é a aniquilação total do que ainda
resta (e já não é muito). Os últimos quase 4 anos são prova disso mesmo.
Transportes públicos e Saúde por exemplo, estão em caos absoluto e não
funcionam simplesmente, graças à "geringonça". Geringonça 2.
destruirá tudo o resto. O culpado ? O povo português. É
demasiado ignorante para o seu próprio bem. Já não se pode dizer que é
manso...é mesmo burro. Já só falta que os socialistas matem pessoas no meio da
rua, dado que já fizeram tudo o resto - bancarrotas, mataram indirectamente,
gestão danosa, crimes, corrupção, etc - e mesmo assim os portugueses continuam
a votar neles. São sem dúvida o povo mais ignorante neste planeta.
Jay Pi: Caro JMF: PCP e BE estarão mais que disponíveis para uma profunda e radical
austeridade, pois está no seu ADN a apetência para a grande carestia geral de
toda a sociedade. Os marxistas sofrem de narcisismo profundo e uma falha
empática absoluta. Os cidadãos podem ser expropriados de todas as suas posses e
poupanças, ser esmagados por um estado autoritário, rígido, monolítico, todas
as suas liberdades individuais e colectivas podem ser cerceadas, a liberdade de
migração, a liberdade de escolha de formação, estudos ou profissão, a liberdade
de associação e sindicalismo, toda a iniciativa e vontade individual é abolida
para maior glória do estado. Este cenário conduz sempre à pobreza, à fome, à
guerra, à doença, à miséria, à morte. Ora toda a austeridade imposta por esta
desfaçatez ideológica e delírio comportamental é mais que bem acolhida,
tolerada, justificada e até louvada, se preciso, pela extrema esquerda marxista
leninista trotskista ou estalinista que ainda grassa por este Portugal
anacrónico, atrasado, tacanho, pobre e pequeno...
Rui Lima: O dilúvio de dinheiro do BCE que permite a Portugal endividar-se a taxas
negativas altera todas as regras políticas , os valores do défice são filhos da
poupança com juros . Texeira dos Santos tinha os 7% como limite e foi o brutal
aumento de juros que obrigou Sócrates a demitir-se . Bastava o BCE voltar as
política monetária do tempo do Sócrates e do Passos Coelho e o António Costa
teria o destino do Guterres e do Sócrates . Há um problema democrático quando
se governa com dinheiro dos outros ou dinheiro fácil e provoca muita
ineficiência na económica , em 2015 Portugal, em termos de PIB per capita, na
União Europeia, era o 17º hoje é o 19º .
Pedro Ferreira: Excelente artigo. Sobre as alternativas a que se refere o autor, tanto faz,
acredito que a próxima governação nos vai levar a uma bancarrota dolorosa e
pode ser que desta vez a esquerda utópica e irrealista seja corrida de vez.
Nada de dramas, caiu a monarquia, a 1ª e a 3ª repúblicas e ainda
somos uma Nação e das mais velhas da Europa, claro que mais pobres, emigrantes
com malas já não de cartão e com governantes pouco recomendáveis, mas o
campeonato está quase a começar, o Fado está em alta e Fátima continuará com
enchentes. Que cada um se prepare, eu vou investir onde não haja Catarinas e
Mortáguas e mesmo a liquidez vou fazer como fizeram os que colocaram 30000
milhões em offshores durante a governação socialista. E sobre isto, vejam o
silêncio das hipócritas do Bloco, lembram-se do tempo do Passos e do
Núncio?
Joao Mar: Que situação política miserável em que Portugal se encontra. Venezuela da
Europa.
Carlos Quartel: O kit é um símbolo e é a prova que o PS conhece o povo e sabe como
enganá-lo. O apito é a cereja no cimo do bolo.Uma nova versão das contas
coloridas. Reconheça-se que a comunicação social está mais activa, informa e dá
destaque às negociatas familiares, à ruína dos serviços públicos, desde
hospitais a conservatórias, comboios a cair ao bocados, polícias sem viaturas,
etc. Numa sociedade informada e exigente o
PS estaria em extinção, por indecente e má figura, Não falando já do pecado da
geringonça, que afastou o vencedor nas urnas. Infelizmente
a imbecilidade popular tem outras manifestações : A subida do BE, um partido
trotskista e a subida do PAN uma bizarria que afasta um dirigente por dizer que
os ciganos tratam mal os cavalos.
Caro JMF, não procure o mal no PS, ele é a emanação do
povo, suas manhas, suas cobardias e a sua corrupção endémica. Lindo país, para
tão fraco povo ......
Zacarias Pançudo: Não se poder ter sol na eira e chuva no nabal. Ou se tem um país habitável
ou se respeita a vontade do povo. Há
quarenta e cinco anos fez-se a Abrilada para o povo ter poder de decisão. E o
que fez o povo com esse poder? Elegeu Guterres e Sócrates (duas vezes cada),
Sampaio, Marselfies e um cartel de esquerdalhos.
Há quarenta e cinco anos que se não faz outra coisa
senão vilipendiar o único regime português que pôs ordem nas finanças e que
reduziu a corrupção ao mínimo. Era autoritário, sem dúvida, mas à luz do
presente percebe-se porquê, e até se pode dizer que não o era o
suficiente. Se Portugal é uma m* é porque os portugueses assim o
desejam. Já não tenho paciência para queixinhas nem para desculpas
preguiçosas.
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