É uma comédia de Óscar Wilde bem snobe, nos diálogos espirituosos sobre os costumes
requintadamente convencionais das nobres classes vitorianas, farsa hilariante,
que põe em cena, entre outras figuras de igual relevo espirituosamente
malandro, como Algernoon (representado
no filme de Oliver Park, de 2002,
pelo actor Colin Firth, que eu fixara
da série “Orgulho e Preconceito” e
posteriormente de outros filmes), o protagonista John, afinal o verdadeiro Earnest,
sem que o soubesse. Lembrei-me da peça, pelo significado de “Earnest” – nome de trocadilho, imposto às
duas personagens masculinas pelas pretensões à seriedade que ele traduz, na
opinião das respectivas enamoradas de fresca data. Lembrei-me de o aplicar a Salles da Fonseca, por esse mesmo motivo
de “seriedade” e “sinceridade” que o nome traduz, sem deixar de ser por vezes
espirituoso, na coragem das suas observações, quer sobre o racismo quer sobre
as políticas de Salazar e mais tarde de Marcelo Caetano, opiniões que os seus
amigos igualmente apoiam. Quanto à crítica de Adriano Lima sobre o artigo polémico de Fátima Bonifácio sobre o racismo, eu achei esse artigo
essencialmente honesto e sincero, como já o afirmei no blog, e julgo que é a
opinião da maioria, mesmo da que se finge contrária - não é, obviamente, o caso
de Adriano Lima, que muito
justamente, fala em atracção ou rejeição epidérmica, a respeito de racismo, além
das outras primorosas explicações.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM, DA NAÇÃO, 03.08.19
No
Serviço a que Samora Machel pertencia no Hospital Universitário, houve um
concurso para duas vagas de Auxiliar de 2ª classe de Analista de Laboratório de
Anatomia Patológica. Concorreram três candidatos sendo um preto e dois brancos.
A classificação foi a de um branco em 1º lugar, o preto em 2º e o outro branco
em 3º. As vagas foram preenchidas pelos dois brancos. (Esta informação foi-me
dada pelo Professor Fernando Torres que, entretanto, era o Catedrático de Anatomia
Patológica da Universidade de Lourenço Marques). O reaparecimento de Samora como
Presidente da Frelimo causou péssimo mal-estar no Regime do Estado Novo e logo o Governo de Moçambique (não sei se por iniciativa própria
ou se a mando de Lisboa) se apressou a decretar que doravante as repartições
públicas tivessem obrigatoriamente uma quota mínima de 50% de funcionários não
brancos. Os indianos agradeceram. Não sei bem como classificar o
caso precedente mas, à distância de mais de 50 anos, a adjectivação que mais me
ocorre tem a ver com estupidez. E será que a promoção de Samora a Auxiliar
de 2ª mudaria substancialmente o curso da História? Duvido mas não hesito em
afirmar que os não racistas em Moçambique (brancos, porque os outros são todos
muito racistas) ficaram escandalizados quando souberam desse concurso. Mas esse
escândalo só fez com que se tornasse ainda mais urgente acelerar o crescimento
para que este, por si só, fosse capaz de corrigir tanta injustiça que os
ultra-conservadores praticavam. Quando por meados de 1973
cheguei à Secretaria Provincial[i] dos Transportes e Comunicações na
condição de Adjunto do Secretário Provincial, logo fui integrado na corrida do
desenvolvimento e foram-me confiados quatro dossiers que me cumpria coordenar e
empurrar para a frente, informando o Secretário Provincial do que fosse
relevante e pedindo as orientações convenientes. Foram eles o da TVM-Televisão
de Moçambique, o dos grandes estaleiros navais de Lourenço Marques, o dos Estaleiros
Navais da Beira e o do relançamento do Porto de Quelimane. Como se
compreende, não fui atacado pelo tédio.
O
processo da televisão já estava relativamente adiantado quando me chegou às
mãos pois até já se sabia qual o equipamento conveniente à ligação por satélite
às redes europeias e sequente transmissão de sinal à África do Sul quando a
televisão fosse lançada nesse país. Faltava lançar os concursos internacionais
para os fornecimentos desses equipamentos. Colocada a questão a Lisboa, foi
tudo chumbado porque a RTP tinha equipamentos de que se queria livrar (obsoletos, claro) e,
portanto, nós que nos contentássemos com eles. Perante o que ficámos numa de
que nem queríamos acreditar no que nos estava a ser dito. Engolimos em seco e
dedicámo-nos a outros assuntos. Aquele ficaria em «banho Maria», até que
Lisboa repensasse o assunto. Não sei se Lisboa pensou em repensar algum
pensamento porque, entretanto, foi ela própria que foi repensada pelo 25 de
Abril de 1974. No início de Março de 1974 vim
a Lisboa em representação do Governo de Moçambique negociar com a Lisnave a construção de uns grandes estaleiros navais em Lourenço Marques
que pudessem dar apoio aos superpetroleiros que então usavam a rota do Cabo
pois o Canal de Suez continuava inoperacional. No regresso a Lourenço Marques,
ao fazermos escala em Luanda, o então Comandante Chefe das Forças Armadas em Angola,
General Luz Cunha, estava na base das escadas do avião para informar os
ilustres a chegar (Cardeal D. Alexandre do Nascimento) ou em trânsito
(um membro do Governo de Moçambique cuja identificação já não consigo fazer a
esta distância no tempo) que tinha havido uma tentativa de golpe de Estado
em Portugal. Referia-se ao 16 de Março, o golpe das Caldas. A Lisnave
já não teve tempo para nos responder às questões que tinham ficado
pendentes.
A
transformação em empresa dos Serviços do Porto da Beira que eram (e são) os Estaleiros Navais da Beira ficou com o projecto de
Estatutos aprovado pela minha hierarquia mas, entretanto, foi esta que mudou e
eu já não estava em Moçambique quando os novos hierarcas tomaram conhecimento
do assunto. Se é que tomaram.
O
relançamento do Porto de Quelimane (início de dragagens mais importantes do que
as rotineiras, se a memória não me falha) estava previsto para o segundo
semestre de 1974.
Ora,
se eu, simples membro de um gabinete «ministerial» tinha assuntos desta
importância entre mãos, imagine-se o volume de projectos que todos os membros
de todos os gabinetes teriam.
E
o mais curioso é que a corrida do desenvolvimento não provocava cansaço. Pelo
contrário, era entusiasmante. Pena foi termos sido traídos
pelas costas. Agosto de 2019. Henrique
Salles da Fonseca
COMENTÁRIOS
Francisco
G. de Amorim 03.08.2019 :
Quem viveu África - não exactamente EM África - dedicava-se com alma e coração
ao seu desenvolvimento. Infelizmente a madrasta Metrópole sempre negava,
jogando baldes de água gelada nas nossas intenções. Já contei, em livro e no
meu blog algumas das TRAIÇÕES que fizeram.
Henrique Salles da Fonseca 03.08.2019: M/ Caro Dr. Salles da Fonseca, Afastemos para o lado
as cortinas do romantismo, da luta de libertação e da guerra colonial. O que
vemos?
Vemos um território riquíssimo (Angola), com água em abundância (e como ela falta no cone sul de África), crude, minerais de toda a espécie e uma influência decisiva a sul da linha formada pelos rios Congo e Zambeze. Obviamente, toda essa riqueza não passava despercebida a ninguém por esse mundo fora. E em ambiente de Guerra Fria ambos os lados a disputavam, como seria de esperar.
Infelizmente, os nossos "cavaleiros de indústria", por cá, olhavam para Angola (sobretudo, esta) e para Moçambique como para o seu quintal: ali mais ninguém poderia pôr o pé. As empresas de projecção mundial bem tentaram parcerias várias. Nada, só negas. A conclusão foi óbvia: se não podemos ir convosco, afastem-se porque vamos sozinhos. E foram. Poderia ter sido diferente? Poderia. Poderia ter tido resultados diferentes (as guerras civis em Angola, Moçambique e Guiné)? Talvez. O erro das elites portuguesas no Consulado de Marcelo Caetano tem sido repetido, ponto por ponto, pelas elites dos novos países: aquilo é só para os "da casa". Aos poucos, vai-lhes acontecendo o mesmo que aconteceu aos seus antecessores, com a ironia de estes alinham agora com aqueles que querem empurrar borda fora. Abraço António Palhinha Machado
Vemos um território riquíssimo (Angola), com água em abundância (e como ela falta no cone sul de África), crude, minerais de toda a espécie e uma influência decisiva a sul da linha formada pelos rios Congo e Zambeze. Obviamente, toda essa riqueza não passava despercebida a ninguém por esse mundo fora. E em ambiente de Guerra Fria ambos os lados a disputavam, como seria de esperar.
Infelizmente, os nossos "cavaleiros de indústria", por cá, olhavam para Angola (sobretudo, esta) e para Moçambique como para o seu quintal: ali mais ninguém poderia pôr o pé. As empresas de projecção mundial bem tentaram parcerias várias. Nada, só negas. A conclusão foi óbvia: se não podemos ir convosco, afastem-se porque vamos sozinhos. E foram. Poderia ter sido diferente? Poderia. Poderia ter tido resultados diferentes (as guerras civis em Angola, Moçambique e Guiné)? Talvez. O erro das elites portuguesas no Consulado de Marcelo Caetano tem sido repetido, ponto por ponto, pelas elites dos novos países: aquilo é só para os "da casa". Aos poucos, vai-lhes acontecendo o mesmo que aconteceu aos seus antecessores, com a ironia de estes alinham agora com aqueles que querem empurrar borda fora. Abraço António Palhinha Machado
Adriano Lima, 03.08.2019: Eu sou contra essas cotas, a favor de quem quer que
seja, porque em si mesmo o processo demonstra a evidência de uma discriminação
natural, incrustada no tecido social. Impor as cotas, a favor das mulheres ou
de quaisquer minorias, evita ou retarda que se resolva na sua origem o problema
das diferenças sociais. Aliás, este é o único ponto em que não discordei do
recente artigo polémico da Fátima Bonifácio. Em tudo o resto foi
abominável o que ela escreveu.
Permita-me o Dr. Salles que não alinhe consigo nesta sua afirmação: “Duvido mas não hesito em afirmar que os não racistas em Moçambique (brancos, porque os outros são todos muito racistas) ficaram escandalizados quando souberam desse concurso”. Discordo quando diz que “os outros são todos muito racistas”. A questão tem de ser colocada na sua perspectiva sociológica e antropológica correcta. O eventual racismo das minorias étnicas, nomeadamente dos negros, contra os brancos, é um racismo reactivo, não podendo, neste caso, ser catalogado como o mesmo fenómeno de racismo genérico. Não houvesse discriminação racial branca, provavelmente não haveria o alegado racismo das minorias étnicas. Depois, tem de se distinguir entre racismo de natureza biológica e racismo de natureza sociológica ou civilizacional. Ninguém pode censurar um branco por não acasalar com uma negra, porque desde logo se coloca o problema da atracção ou rejeição física, que é epidérmica e se prende com questões de beleza estética. No entanto, em Moçambique, como em muitos lados, tal aconteceu de forma natural. Em Moçambique, num dos aldeamentos em autodefesa sob o meu controlo, um branco português vivia com uma preta e tinham 3 filhos mulatos. A sua relação era natural, sem constrangimentos e sem complexos. Que lhes aconteceu depois da independência? Continuando, penso que não se pode dizer que existe racismo entre Macondes e Landins ou Macuas, no sentido genérico que lhe atribuímos. O que pode existir entre esses povos e outros é uma questão de rivalidade e disputa de território ou interesses, ou então diferenças de comportamento cultural, não propriamente uma segregação física entre uns e outros por ligeiras diferenças étnicas.
Permita-me o Dr. Salles que não alinhe consigo nesta sua afirmação: “Duvido mas não hesito em afirmar que os não racistas em Moçambique (brancos, porque os outros são todos muito racistas) ficaram escandalizados quando souberam desse concurso”. Discordo quando diz que “os outros são todos muito racistas”. A questão tem de ser colocada na sua perspectiva sociológica e antropológica correcta. O eventual racismo das minorias étnicas, nomeadamente dos negros, contra os brancos, é um racismo reactivo, não podendo, neste caso, ser catalogado como o mesmo fenómeno de racismo genérico. Não houvesse discriminação racial branca, provavelmente não haveria o alegado racismo das minorias étnicas. Depois, tem de se distinguir entre racismo de natureza biológica e racismo de natureza sociológica ou civilizacional. Ninguém pode censurar um branco por não acasalar com uma negra, porque desde logo se coloca o problema da atracção ou rejeição física, que é epidérmica e se prende com questões de beleza estética. No entanto, em Moçambique, como em muitos lados, tal aconteceu de forma natural. Em Moçambique, num dos aldeamentos em autodefesa sob o meu controlo, um branco português vivia com uma preta e tinham 3 filhos mulatos. A sua relação era natural, sem constrangimentos e sem complexos. Que lhes aconteceu depois da independência? Continuando, penso que não se pode dizer que existe racismo entre Macondes e Landins ou Macuas, no sentido genérico que lhe atribuímos. O que pode existir entre esses povos e outros é uma questão de rivalidade e disputa de território ou interesses, ou então diferenças de comportamento cultural, não propriamente uma segregação física entre uns e outros por ligeiras diferenças étnicas.
Adriano Lima 03.08.2019: O Dr. Salles, diz: “Pena foi termos sido
traídos pelas costas”. A afirmação contém subentendidos mas estou
convencido de que irá explicitar no próximo post quem foram os traidores. Desde
já, rejeito que se considere traidor quem entendeu devia lutar de armas na mão
pela independência dos territórios da sua naturalidade, mesmo que marionete de
interesses estrangeiros que se escandalizavam pelo facto de um país pequeno
como o nosso persistir na não descolonização. É claro que às potências
que apoiaram e alimentaram as lutas de libertação não se lhes pode pespegar o
rótulo de traidores, pois que se limitaram a fazer pela vida semeando lanças em
África na esperança de colherem dividendos. Assim sendo, para mim traidores são os tais “ultra-conservadores” que,
paradoxalmente, inquinaram o ideário de um Portugal uno e indivisível. Os
ultra-conservadores tinham como único móbil a manutenção intransigente dos seus
interesses e privilégios históricos, contra os quais os verdadeiros crentes no
sonho de um Portugal uno e indivisível pouco ou nada podiam. O poder económico
manda e pode, passe o pleonasmo, ontem como hoje. Os monopólios eram um travão
à descentralização dos poderes de decisão política conducentes a um
desenvolvimento mais acelerado e mais progressivo dos territórios. Diz-se que
Marcelo Caetano não foi homem de uma liderança capaz de rasgar o tecido de
certas conveniências e fugiu-lhe a rédea dos acontecimentos. Por
exemplo, um chefe de governo de pulso e visão jamais teria consentido o que foi
resolvido sobre os equipamentos para a televisão de Moçambique. Mas este
é um simples caso, porque outros mais houve que em Moçambique e Angola
impediram que os territórios se libertassem no sentido em que poderia gizar-se
o tal Portugal alargado e uno. Mas isso só seria concebível como projecto
humano de alcance histórico se as populações africanas pudessem dispor de
“elevadores” sociais condignos que os tornassem partes rigorosamente iguais nas
sociedades a que pertenciam. Se assim tivesse acontecido, muito provavelmente
teriam dispensado mentores ideológicos de fora para os “libertar”. Salazar
foi homem à altura do projecto que ele apregoava? Penso que de modo algum. Para
já, faltava-lhe a necessária e inerente condição humana, pois que era homem com
peias mentais e em certa medida tacanhas. Não sei se ele era visceralmente
racista, mas um dos seus colaboradores no governo, não sei se Adriano Moreira
ou outro, afirmou que ele se referia de forma pejorativa às populações
africanas: “Bem, vamos
arranjar uns ‘dinheiritos’ para os ‘pretitos’”. A pessoa que citou esta
afirmação esclareceu que ele usava frequentemente diminutivos. Isto para não
falar nas razões concretas que levaram Adriano Moreira a empreender algumas
reformas que desagradaram aos “ultra-conservadores” e foram causa do seu pedido
de demissão. Sabe-se que Salazar defendia que a instrução das populações
africanas devia ser restringida ao mínimo para que as mentes não se lhes iluminassem
em sentido inconveniente.
Ora, semelhante projecto para Portugal
só seria possível com homens de rasgada visão de futuro e Salazar não o era. Estava demasiadamente circunscrito à sua esfera
mental, só assim se compreendendo que nunca tenha visitado uma única parcela do
Império. Bem, talvez a utopia excedesse a capacidade de homens comuns, e daí
ser utopia. Mas ainda assim algo de valioso sobreviveu. Eduardo Lourenço disse
há tempos numa entrevista que se emociona quando nas gares dos aeroportos ouve
africanos a falar a língua portuguesa. E a cooperação entre as antigas colónias
e Portugal tem um condimento especial que nenhuma outra potência estrangeira
lhe empresta. É como se ainda haja espaço para alimentar um sonho comum. Quem
sabe?
Anónimo 04.08.2019: Li e reli os dois comentários datados de 3 do corrente feitos pelo
Senhor Adriano Lima, A seriedade e a profundidade dos mesmos sobre temas tão
delicados - racismo e modelo de colonização - merecem reflexão,
particularmente quando eles são suscitados em blog. Após algum tempo de
maturação, atrevo-me a afirmar que, em linhas gerais, estou de acordo com o que
escreveu, embora, mais uma vez, as circunstâncias, nem sempre totalmente
conhecidas, podem justificar alguns desvios de comportamento dos protagonistas. Ao longo de meia dúzia
de comentários que fiz às brilhantes crónicas do meu Amigo Henrique Salles da
Fonseca, deixei claro que não vi, antes pelo contrário, atitudes de racismo
branco-negro no meu tempo de tropa.Todavia, admito (e sei) que, pelo menos antes
do início da Guerra, houve afloramentos racistas por parte de alguns colonos
brancos, particularmente os menos instruídos ou/e os mais idosos. Mas isso não
deve fazer cair o anátema de racismo sobre a colonização portuguesa.
Quanto à falta de clarividência da classe
política portuguesa para fazer a Gestão dos Territórios Ultramarinos (ou
coloniais, como quiserem) ela é tão evidente, que nem merece que se dedique
muito tempo ao tema. Mas dou o benefício da dúvida a alguns desses políticos.
Talvez, mais uma vez, as circunstâncias tenham tido o seu papel condicionador
das vontades dos homens. O Henrique deve ter sido (não sei ao certo) um bom
observador dos avanços e recuos, bem como das limitações, da implementação do
ensino universitário em Moçambique. Com razão ou sem ela, era sentimento
corrente na altura sobre a razão das limitações da instrução das populações
ultramarinas a que é apontada pelo Senhor Adriano Lima no seu segundo texto. Entre
parêntesis recordo o papel que a Casa do Império, em Lisboa, teve na formação
dos lideres dos movimentos de emancipação. Não sei se o Prof. Veiga Simão terá
deixado testemunho a propósito do ensino universitário em Moçambique. Se
deixou, seria interessante a sua leitura. Carlos Traguelho
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