Vamos apostar em João
Lourenço. Entretanto, revejamos os nacos históricos que nos
oferecem Rui Ramos e os seus comentadores.
Uma descolonização
por fazer /premium
A história por detrás dos Luanda Leaks é
a de uma descolonização por fazer: em 1975, a colonização europeia foi apenas
substituída pela colonização de marxistas-leninistas que agora são milionários.
RUI RAMOS
OBSERVADOR, 21 jan 2020
Se
a documentação revelada nos Luanda Leaks for genuína e a
interpretação que dela está a ser feita for correcta, então teremos confirmadas
as suspeitas e conjecturas sobre o modo como a elite política angolana,
desde a independência, terá usado as riquezas do país para enriquecimento
pessoal. Em Portugal, tudo isto alimenta dúvidas recorrentes sobre a chamada
“descolonização”, e com razão: Angola é um caso, entre muitos, de um território
que se tornou independente sem que houvesse uma verdadeira descolonização.
O
equívoco vem do hábito de identificar “descolonização” e fim da administração
europeia. Como se,
logo que nenhuma potência europeia administrasse directamente um território,
este se encontrasse “descolonizado”. Não é assim. A colonização, no caso de
África, não consistiu apenas na tutela e na presença de europeus. Assentou na
menorização das populações nativas, através de constrangimentos de todo o tipo,
dos quais a escravatura foi o pior, mas que incluíram também o trabalho forçado,
as culturas obrigatórias e os estatutos especiais, como o do “indigenato”, que
de facto excluía os nativos de uma comunidade legal e cívica reservada aos
europeus e aos “assimilados”. Se a colonização significou a menorização das
populações, então a “descolonização” devia significar o fim dessa menorização.
Ora, a independência dos novos Estados não coincidiu necessariamente com o fim
dessa menorização.
A
descolonização, no sentido acima indicado, começou antes das independências,
mas nem sempre prosseguiu depois delas. Já antes de renunciarem à sua
soberania, as potências europeias iniciaram o desmantelamento das instituições
coloniais em África. Foi o caso de Portugal, a partir de 1961, quando Adriano
Moreira, então ministro do Ultramar, aboliu nas então “províncias ultramarinas”
o trabalho forçado, as culturas obrigatórias e o estatuto do indígena. Anos
depois, Marcello Caetano promoveu instituições representativas provinciais, em
que as populações nativas tiveram lugar, no contexto do projecto de construção
de “sociedades multi-raciais”. Como é óbvio, restavam ainda, como obstáculos a
uma maioridade cívica da população, quer a soberania portuguesa, que se
repercutia numa posição de supremacia de facto dos europeus, quer a natureza
ditatorial do regime português, que comprometia qualquer verdadeira
auto-determinação. Mas
o fim da ditadura e da soberania de Portugal em África, em 1974, em vez de
contribuir para a continuação da descolonização, como que a fez recuar.
Para
começar, porque as novas autoridades revolucionárias em Portugal depressa
renunciaram a generalizar a todos os territórios sob administração portuguesa o
processo democrático que iniciaram em Portugal. Com excepção de Cabo Verde,
e mesmo assim em condições de liberdade duvidosa, não houve eleições no
“Ultramar”. Os governos de Lisboa simplesmente trespassaram o poder —
quando não o abandonou, como em Angola –, aos partidos armados apoiados pela
União Soviética e pela China comunista. Para os revolucionários
portugueses, tal como para vários organismos internacionais, a “luta armada”
tinha dado a esses partidos um direito a governar sem qualquer consulta popular
prévia. Os governos portugueses em 1974 e em 1975 procederam assim por
cumplicidade ideológica, mas também por necessidade prática: os partidos
armados recusavam eleições, e a alternativa a entregar-lhes o poder teria sido
continuar a resistir-lhes militarmente. Depois de 1974, com o fim da
ditadura e a contestação ao esforço militar em África (“nem mais um soldado
para as colónias”), não teria sido fácil. Foi a isto que muita gente, sem rir,
chamou “descolonização”.
Mas
isto significou que populações até aí submetidas à administração europeia se
viram subitamente avassaladas por uma administração que não lhes era menos
estranha do que a europeia. É que as elites dos chamados “movimentos de
libertação”, oriundas dos grupos mais europeizados das colónias, continuaram a
colonização, sujeitando a população às engenharias sociais e culturais
inspiradas por ideologias europeias, como o marxismo-leninismo, frequentemente
muito mais brutais do que o antigo colonialismo europeu. A resistência nativa
contra estes novos poderes, em Angola ou em Moçambique, depressa resultou em
conflitos muito mais violentos e generalizados do que nos tempos da administração
portuguesa. Em 1974, em Angola, a guerra estava confinada à fronteira do leste.
Em 1994, combatia-se em todo o território, incluindo
nas maiores cidades.
Em Angola, a nova elite foi
defendida, durante décadas, por um exército de ocupação cubano, contra a
revolta da maioria da população. O aspecto do poder do MPLA como um poder
colonial não podia ser mais claro. Por vezes, culpava-se disto tudo a Guerra
Fria ou a África do Sul. Mas o fim do apartheid e da União Soviética não mudou
o carácter autocrático do regime angolano. Ajudou apenas a esclarecer os
objectivos dos novos donos de Angola: em vez da construção de sociedades
marxistas-leninistas, o enriquecimento pessoal, com a colocação das fortunas a
resguardo no Ocidente. Há quem, para explicar estas tragédias, argumente que as
populações das antigas colónias não estavam ainda em condições de formar
nações. Já era esse o argumento dos defensores europeus da colonização. Mas de
uma coisa podemos estar certos: estas cleptocracias não estão certamente a preparar
ninguém para a maioridade cívica. É esta a história por detrás dos Luanda
Leaks: a de uma descolonização por fazer.
P.S.: Para perceber o que se
passa em Angola, recomendo o excelente livro de Ricardo Soares de
Oliveira, Magnífica e Miserável: Angola depois da
Guerra Civil (2015).
COMENTÁRIOS
Manuel Sousa: "No livro que
citei acima do Sr. M. Vinhas dá-se a entender que Angola obterá por si só os
capitais que precisa, se a Metrópole não lhe tolher os movimentos. Esta é uma
grande ilusão. Até ao presente, a maior soma de capitais destinados ao Ultramar
tem exigido a garantia da metrópole e sem o aval desta não se obteriam. Só numa
hipótese os capitais estrangeiros tomariam esse caminho - é na hipótese de
Angola se vender aos bocados ao capitalismo internacional. (...) A experiência
dos países africanos independentes indica que nem obtêm o dinheiro que
pretendem, nem se desenvolvem como supunham"
- Carta de António de Oliveira Salazar, Presidente do Conselho a Silvino
Silvério Marques (1963)
João Melo de Sampaio: O artigo e' interessante embora o autor se deixe levar
por alguns mitos e fraseologia que pertence à reescritura da história para
justificar a bagunca abrilética. Uma falha imperdoável é a falta de
referência à não existência de nação e inclusive ao desconhecimento do
territorio por parte dos novos "donos"... a Angola africana não
passava de um aglomerado de povos indígenas díspares com uma abrangência
territorial paroquial... A primeira missão dos novos donos armados por
terceiros foi tentar compreender a realidade territorial e social que herdavam
e desconheciam... o seu poder só podia ser estabilizado com a formação de um
clã de poder com o uso de prebendas que iam ratando de uma economia tornada
moribunda com as partida dos retornados... uma vez consolidado esse pequeno
clan, interesseiramente afagados em filosofices exógenas (autonomia, libertação,
m-l e quejandos) e asseguradas as royalties da exploração de recursos naturais
por estrangeiros (petróleo essencialmente) partiram para o saque de tudo o que
luzia...
Sioux Boumerang:
Patético.
Tiago Queirós: O Bic associado ao financiamento de terrorismo; O
Irão ligado ao financiamento do Podemos, partido-irmão do Bloco; O Hezbollah em solo
Venezuelano, pátria de proveniência de outra fonte de subsídio do Bloco;
O Hamas rotulado de "amigo" por Corbyn, uma das actuais
referências políticas do Bloco; O Bloco nega-se a censurar a
sanguinolência de Maduro e dos Russos a seu mando, tomando o lugar do Irão na
recente disputa militar com os EUA. Basta juntar os
pontos. E as virgens ofendidas que, ontem, parabenizaram as
recentes palavras de Ana Gomes são as mesmas personagens que povoam este espaço
em defesa, precisamente, da máfia tentacular de Isabel dos Santos e sua
família. Venha a X Cruzada!
Maria José Melo: Finalmente a verdade
vem a público. O que lucraram as populações com a descolonização? Pois é! A
descolonização foi uma vergonha. E aqui não estamos muito melhor. A corrupção
continua sem penalização e sem fim.
Manuel Magalhães: Muito bom!
Joaquim Zacarias: Os novos colonialistas em Angola,são os filhos do
comunismo.Formaram-se na URSS e em Cuba,e fizeram o que têm feito em todos os
países,onde detém o poder.Enriqueceram,em nome do povo,de quem se dizem
defensores,mas na pratica desprezam-no.Ao longo destes 45 anos,sempre contaram
com o apoio incondicional,primeiro dos governos provisórios ,dos famigerados
Vasco e Coutinho,e depois, do PCP,e do comunismo internacional.
Pedro Dragone: Gostei da expressão
“colonialismo Marxista-Leninista”, ou “colonialismo-ML”. Alguns velhos partidos
da extrema esquerda faziam questão de terminar o seu nome com as letras “ML”
para realçarem que eram Marxistas Leninistas genuínos, procurando assim
distinguir-se do que, na visão deles, eram outros partidos que se se diziam de
esquerda mas não passavam de uns “traidores
amarelos e revisionistas”. A este propósito Rui Ramos ainda deverá
lembrar-se de uma velha piada que se contava para definir as diferenças entre o
capitalismo e o comunismo/socialismo: “rezava” a dita piada que “enquanto o
capitalismo é a exploração do homem pelo homem o comunismo e o socialismo são
precisamente o contrário” lol
... Ler mais
Cruzeiro O Verdadeiro: Crónica de um mitómano
que nada tem a ver com a realidade, basta perguntar aos amigos do R.R. que
sempre foram facilitadores de negócios. E que desde 1983 saquearam o país a seu
belo prazer.
Jorge Maria Soares Lopes de Carvalho: Se lá tivesse vivido com uma ou 2
gerações anteriores este “Historiador “ não podia dizer tanta patacoada!
Carlos Gustavo: Há imensas descolonizações por fazer... anda por aqui uma colonização nos comentários
que é obra !
José Montargil: As políticas dirigidas às então províncias
ultramarinas de Adriano Moreira e de Marcelo Caetano foram cosméticas.
Houve apenas mudança nos textos, na prática ficou tudo semelhante ao que estava
estabelecido. As mudanças que ocorreram até 1974 foram pressionadas pela
situação de guerra que obrigou mais atenção às populações locais. Nada mais.
Não façam esses elogios ao Estado Novo que não o merece. A política africana do
Estado Novo foi péssima, muito pior que as outras colonizações europeias.
Quanto à "descolonização", o Autor tem razão foi uma entrega. Uma
acção de partidos da esquerda principalmente do PCP e da tropa que era quem
mandava na altura. Foi um acto de cobardia, má política e de sujeição à
União Soviética e ao comunismo internacional. Entregaram Angola a um partido
tipo comunista/stalinista que degenerou hoje em dia nos Irmãos Metralha.
Os Irmãos Metralha (The Beagle Boys em inglês)
formam uma quadrilha de ladrões atrapalhados das histórias em
quadrinhos e dos desenhos animados (animação) da Disney.
Maria Augusta Martins: Que é que
querieis dum partido marxista de linha moscovita fundado por o filho dum
soba angolano, médico que nunca exerceu e era fervoroso adepto e militante da
"água-de-fogo" ou do vodka soviético. Beberam todos do mesmo
alambique!
Wanderley o Marajá: Quanto cinismo neste artigo! A corrupção é inerente
ao comportamento humano enquanto animal social. Vai-se manifestar quando
encontrar terreno propicio para isso, independentemente das ideologias vigentes
e dos ruis que opinam assim e assado, só porque sim, um pouco por todo o lado.
Luís Faria: Coloquem aqui os
comunas e os bloquearas no poder, e vão ver o que acontece. Exactamente a mesma
coisa.
12Responder
Rui KissolLuís Faria: - O Mário Soares e o seu discípulo
Sócrates, cuidaram bem das suas Contas Bancárias - como é imitado agora pelos
prosélitos do 'Socialismo do Séc. XXI ...
Paulo Guerra: E quantos exemplos é
que há no mundo dessas descolonizações tão fantásticas? Tipo o Congo ali
ao lado ou tipo o que os EUA ainda andam a tentar fazer no Iraque? Adoro estes
teóricos fanáticos que só viram os cães comunistas a combater em Angola. A
seguir vêm os economistas que também já pariram não sei quantas nações. Nunca é
fácil começar do zero e com petróleo e diamantes, por maior paradoxo, ainda é
mais difícil. Não aconteceu nada em Angola que já não tenha acontecido noutras
latitudes e noutras longitudes. E a globalização financeira ainda veio dar uma
grande ajuda.
Rui Lima > Paulo Guerra: De onde começou a Coreia do Sul nos anos
60 Que era dos 20 países mais pobres do mundo miséria e miséria ,
Paulo Guerra > Venezuela Livre: Angola nunca teve qualquer hipótese de correr bem e
não vale a pena estar agora a enumerar os porquês. Como já disse, vi e
ouvi alguns dos melhores economistas portugueses de direita engajados com a
estratégia económica pós o primeiro cessar-fogo. E não sou hipócrita para estar
agora a apontar o dedo a ninguém. Angola tentou promover a iniciativa privada
através de algumas figuras do regime após o primeiro cessar-fogo. Chama-se
acumulação primitiva de capitais em termos de teoria económica. E que ao
contrário do que dizem alguns ignorantes, inclusive nesta caixa de comentários,
não tem nada de marxista. Mais não é, que tentar replicar o modelo
colonialista. Sem quaisquer instituições credíveis de controlo, claro que
falharam. Com a ajuda de muita gente exterior a Angola, diga-se
de passagem. Onde viria, muitas vezes, a processar-se a reprodução de capital
que se desejava em Angola.
Rui Lima: Para todos os que aqui
escrevem disparates , vendo nos comentários sérios algo que não são , indico
uma boa leitura : “A Riqueza e a Pobreza das Nações” David S. LANDES O simples
facto de lavar as mãos antes de comer podia fazer toda a diferença , os judeus
faziam-no , cristãos não , é a cultura meus senhores que determina o
desenvolvimento .
Chronos 2.0 > Rui Lima: Portanto...disparates serão todas as
opiniões daqueles que não partilham da sua visão unívoca da sociedade e
do mundo.
Oliver Klein > Rui Lima: E o que dizer da cultura de rapina de nações amigas sempre prontas
e ávidas na facilitação comissionada às aves de rapina locais?...
Rui Lima > Rui Lima: Há realidades que existiram e existem, o ter utilizado animais como força
de trabalho é um factor determinante que permitiu mais produtividade e riqueza,
são factos , o teu totalitarismo quer esmagar quem relata verdades e factos que
não podes desmentir . São assuntos estudados, estuda os continentes horizontais
e verticais, será muita areia .... As zonas francesas próximas da Alemanha são
mais industrializadas - exemplo Alsácia, é pecado afirmar esta verdade? Ou só é
pecado quando falamos de outras zonas do globo ? Assim como os
africanos se livraram do colonizador branco, está na hora de nos livrarmos dos
colonizadores de todas as outras cores e tonalidades que nos têm invadido nos
últimos anos!!!
Ana Ferreira: Os níveis de
saudosismo de RR são doentios ao ponto de não respeitar muitos milhares de
mortos de angolanos, e não só, de ambos os lados da barricada, armados ora pela
ex URSS, quer pelos EUA, após a descolonização possível, em nada diferente das
de outros países continentais europeus!
José Broa: Mas que coisa mais obtusa ... nada de surpreendente vindo de RR (já
agora, quando é que inicia o trabalho de curador do Museu Salazar?). O problema (entre
muitos), foi a sede de dinheiro fácil e de bajuladores do dinheiro do
petróleo de Angola, onde se incluem muitas empresas e negócios portugueses. Só
como exemplo, por acaso alguém se lembra dos funcionários das lojas da Av. da
Liberdade, de joelhos e subservientes perante as elites de Angola. Claro que o
problema é de outra dimensão ... mas as elites políticas e empresariais de
Portugal "puseram-se a jeito" e "curtiram" com isso ...
Agora vão levar com o osso.
Rui Lima: Isto em resposta às
ofensas do Chrono . Podemos dizer que os etíopes são os melhores do fundo
mundial, que os africanos são dos melhores no futebol, que certas culturas são
fortes na dança, a ocidental é forte na organização fundamental para o sucesso
de um país, mas é pecado afirmá-lo , logo aparecem uns chronos a chamar nomes
... ‘Sobre o ponto de vista individual todo o ser humano terá a mesma
capacidade (embora uns corram mais que outros porque estão mais bem preparados
) na organização colectiva e parental as coisas complicam-se . Um casal
asiático faz pelos os filhos esforços sobre-humanos, tem vários empregos para
darem as melhores escolas aos seus descendentes, a sua superioridade nas universidades
é tremenda 48% entram nas niversidades de maior prestígio em França, o esforço
compensa . Dizer isto ofende os idiotas , não escrevo a lista das diferentes
comunidades em França para não ser insultado ... porque algumas são uma
desgraça .
Mosava Ickx > Rui Lima: Não tenha medo, o estudo foi publicado : os piores são os muçulmanos. As
novas esperanças para Portugal que o Costa e o Medina adoram privilegiar e
importar !
Chronos 2.0 > Rui Lima: Eu apenas lhe fiz uma pergunta óbvia a que, por covardia intelectual, não
respondeu . Ofende quem vem defender de forma aberta ou envergonhada, a
inferioridade racial dos africanos.
Maria L Gingeira: Finalmente alguém diz
o que tem de ser dito: que ao longo de 40 anos o que houve em Angola foi uma
tragédia para qual olhámos indiferentes numa atitude de profunda hipocrisia.
Não podemos chamar Libertação à entrega do país próspero que era Angola em 1975
aos fanáticos marxistas-leninistas do MPLA que se lançaram em sucessivas caças
às bruxas e consequentes execuções políticas e depois condenaram o país a uma
guerra civil de 27 anos. E, quando termina a guerra, o mesmo bando apropria-se
de toda a riqueza gerada pelos lucros do petróleo e desenha uma estratégia de
enriquecimento ilícito cujo cabecilha é José Eduardo dos Santos. Os generais e
os filhos são os peões de um saque monumental, talvez o maior de toda a
história de África. De facto há agora finalmente uma independência em curso
para o martirizado povo angolano
Oliver Klein: Espero que Rui Ramos
não esqueça os amigos do regime
dos Santos que pululam e infestam o PSD: Cavaco Silva, Marques
Mendes, Mira Amaral, Relvas, etc...
victor guerra: De Macau, dizia-se que
foi a "árvore das patacas", de Angola, a terra dos diamantes. A
Isabel passou a maior parte da vida activa fora de Angola, só trouxe de lá o
"cacau". Deu bastante jeito à economia estagnada de Portugal, quando
os jornalistas obedeciam a outros donos
Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: Rui Ramos, 1.- O direito à
independência por parte de cada ex-colónia foi inquestionável. Ponto. E se os
angolanos não queriam lá os portugueses, tinham esse direito. Ponto. 2.- Escreve o Rui
Ramos que os partidos políticos legitimamente constituídos em Angola, recusaram
fazer eleições depois de 1975. Esse direito, por parte de um Estado Soberano (a
partir do momento em que se tornou independente), também foi, e sempre será,
inquestionável. Ponto. 3.- Se, tal como escreveu, "Depois de 1974, com o fim da ditadura
e a contestação ao esforço militar em África (“nem mais um soldado para as
colónias”), não teria sido fácil (outra alternativa)", então
não havia mais nada a fazer, certo? A não ser que pela força de mercenários
estrangeiros e contra a vontade dos angolanos, lá tivéssemos permanecido. A
fazer o quê?
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