sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Retrato de um país também real



De articulistas e comentadores que passaram por experiências e as analisam com oportunidade, humor – depressivo – saber. Esquecendo as falhas culturais desse país videirinho, para além do cansaço natural resultante do esbatimento de sentido desses partidos que seguiram ideologias, hoje arrumadas na gaveta das coisas sem préstimo.
Felizmente há o Benfica /premium
Para que serve hoje o PSD e a quem serve? Não se pode ter medo de abordar esta inaudita decadência, nem assumir que no actual estado de coisas, tanto fazia ter ganho Montenegro como Rio.
MARIA JOÃO AVILLEZ   OBSERVADOR, 22 jan 2020
1Quando após o último acorde da orquestra, percebi que pelo segundo sábado consecutivo, o que eu perguntava ao meu vizinho que tinha um telemóvel, era quem ganhara o futebol e não quem vencera no PSD, percebi que de facto fechara um ciclo. Ou “se” fechara, ou eu fechara, não interessa. Um acontecimento ímpar e sem medida portanto, e com cujas ainda (muito) brumosas consequências não será fácil de lidar. O PSD sempre foi uma coisa “natural” para mim, o ar que respiro. Mais que uma escolha reflectida, foi uma morada. Um porto de abrigo político, enérgico rompedor, vital, transversal, capaz de grandes lideranças que foram a sua marca e de patrióticas, inovadoras reformas que foram a sua assinatura. Eram as coordenadas da “casa” e eram conhecidas. Depois havia o tumulto e o sobressalto – houve sempre – mas não tinham efeitos secundários. Nunca lá militei, não foi preciso, era “dali”, com convicção, gosto e camisola, como se pode ser do Benfica, também vital e transversal e sem que me ocorresse sequer interrogar-me sobre a bondade ou a utilidade daquele destino político. E porque o faria? Estava bem.
2Um dia, almoçando com António Costa – era ele presidente da Câmara – no restaurante de um hotel na Baixa, lembro-me de ambos termos comentado o grau da nossa fidelidade aos partidos de quem éramos devotos, medindo a temperatura da respectiva fidelidade: ele votaria “sempre, sempre” no PS “houvesse o que houvesse”, eu no PSD “nem que lá estivesse o porteiro”. Era assim. Tudo isto começou para mim com Sá Carneiro, claro está, de quem eu imbecilmente de início dizia “mal” nos jornais até constatar quão medíocre era o meu critério de avaliação e sobretudo depois do próprio Sá Carneiro ter feito o favor de perder algum tempo comigo (e quanto lhe devo). Recuperei o atraso em relação a ele, como aqueles comandantes que recuperam os atrasos em voo, descobrindo depressa a importância da vontade na política, da tenacidade que interessa, do separar das águas contra todos os ares do tempo – para ficarmos por isto. E fui andando. Até hoje. De caminho louvei quanto pude as maiores vitórias políticas averbadas nos “registos” eleitorais desde Abril de 74 e que foram as de Cavaco Silva e as correspondentes reformas por ele concretizadas. A eloquência dessa lista torna aliás patéticas, ficcionais mesmo, as criticas ou desmentidos com que a má fé ora nega, ora adultera esse nutrido lote de benfeitorias, mas… um dia as falsas “narrativas” desabarão, e muito provavelmente com estrondo, sobre os seus autores, já esteve mais longe.
E depois percebi ainda que – ao contrário da martelada, obsessiva, mentirosa outra história, contada diariamente pela esquerda – a sorte grande de Portugal entre 2011 e 2015 foi ter alguém chamado Passos Coelho que içou o país do precipício para onde essa mesmíssima esquerda o atirara. Por alguma razão ele e o PSD ganharam de novo as eleições apesar da tal martelada, obsessiva, mentirosa história que enquanto Passos governava já a esquerda se treinava em contar.
A soma destas recordações, isto é de gente decente que servia o país sabendo porque o fazia e sabendo fazê-lo, dava consistência e verosimilhança à minha morada política de sempre: o PSD continuava o PSD. Valia-me a pena a camisola.
3Há cerca de uns meses, talvez um ano, também me lembro de ter conversado com um amigo informado alertando-o para o facto de por vezes os partidos – mais subitamente ou menos subitamente – se sumirem dos radares políticos e dei-lhe o exemplo da UCD espanhola a quem a Espanha muito deve (e há mais exemplos em várias geografias politicas). Um dia a UCD sumiu-se, e de vez, do mapa partidário dos vizinhos. Não julgo que ocorra o mesmo com o PSD, mas antes ocorresse. Só nascendo outra vez, doutra maneira, com nova gente e outra geração. O que está não se recomenda, não serve, não muda. E não sei se “se” muda. Não me parece que vá a tempo da sua utilidade perdida. Ex-utilidade. Também poderia falar decência mas talvez não fosse boa ideia.
4Roído por um aparelho desgraçadamente todo-poderoso, devorado por oportunistas, descaracterizado, sem ideias, sem viço, sem energia, sem mapa, sem rumo, sem sentido – e sem “anima” – para que serve hoje o PSD? E a quem serve? Não se pode ter medo de abordar esta inaudita decadência, nem vergonha de assumir que no actual estado de coisas, tanto fazia – sim- tan-to-fa-zi-a! – ter ganho Montenegro ou Rio. Se nenhum deles ousou escalpelizar de uma vez por todas o passado recente do PSD, recordando as culpas do PS no lodaçal financeiro em que deixou o país em 2011 – nem sequer puxando pelos galões dos resultados entrevistos em 2013 e vistos em 2014 – antes fugindo a sete pés do tema, porque se há de escolher entre Luís Montenegro ou Rui Rio? Se em vez de falar de política preferiram evocar episódios; se nenhum se ocupou do país, do seu propósito ou do seu destino e nem sequer das suas fragilidades ou aflições; se nenhum conseguiu elevar o debate a um grau audível e comestível; se nenhum interpelou, nem convocou, nem mobilizou, onde estavam as razões da nossa escolha, ou melhor, da escolha dos que tinham de escolher? Como querem que – numa versão bondosa – os respeitemos se eles parecem não “reparar” que há Portugal e que lhes compete tratar dele? Como esperam que os levemos a sério se damos com eles aparentemente entretidos com ocorrências pelas quais não passa nem o presente nem o futuro, os nossos? Como aspiram a que os ouçamos pela enésima vez a criticar Costa e os malefícios do governo e não a cativar gente para sair “desta” e entrar numa mais séria, que deveria mobilizadoramente… ser a deles?
5Excesso de palavras? Talvez mas troco-as já por exemplos. Pelo directo e pelo concreto, pelo real, o vivido. Pelo que acontece às pessoas: ao princípio juguei que era um caso aqui, outro ali, coisas esporádicas. Afinal não: tenho tropeçado em jovens formidáveis, gente de excelência com currículos invulgares que não encontram “emprego” a condizer com ele e as capacidades já demonstradas. A sua competência assusta, não há onde encaixar a excelência, a qualidade de tudo ou quase tudo entre nós é apenas média, o país é pobre. Além claro da cultura anti mérito que por aqui vigora em nada ajudar. Não havendo saídas – nem sequer de emergência – estes jovens, singulares ou casais, retornam ao estrangeiro – de onde alguns tinham aliás regressado na esperança de uma “vida” em Portugal; outros saem porque “aqui não dá”. Conheço casos, nada disto é de cor, nem a gravidade do assunto apela à fantasia. Para início de conversa política não pareceria mau que o PSD recorresse a ela. Para não falar de milhares de jovens que devido á consentida vergonha e ao silencioso abuso dos arrendamentos em Lisboa, são enxotados para distâncias que o trânsito e a morosidade dos transportes tornam intransponíveis. De brinde têm ainda uma baixa de qualidade de vida, o desamparo de um cenário urbano desconhecido, nenhuns atractivos, lonjuras familiares. Uma revolução. Mais injusto é impossível, nem toda a gente é das start ups. E não, não é demais insistir na asfixia dos impostos que aparentemente, não é verdade? servem quase só para satisfazer o devorador apetite das esquerdas. Como dizia o outro, impostos do primeiríssimo mundo, serviços públicos do vigésimo.
6Aqueles dois golos secos em Alvalade – mesmo que irreconhecível era o Sporting e era Alvalade – encheram-me a alma. Felizmente há o Benfica. Fidelidade antiga.
COMENTÁRIOS
Carlos Chaves: Obrigado, Maria João, por mais este excelente artigo. Que assim seja, que as "narrativas" desta esquerda "caiam" antes que nos levem para o abismo.
 Carolina Nunes: Rio é o Corbyn português, de uma geração que já teve o seu tempo, com um discurso do século passado, que se diz de centro, mas nunca alcançará os votos da esquerda (que nunca votará PSD!) e perderá os votos da direita para a abstenção, IL e Chega. Tal como Corbyn, também Rio foi reeleito no partido após perder eleições no país e o eleitorado ter rejeitado o seu programa; naturalmente irá afundar o partido e depois também se irá demitir mas aí já será tarde… 
Todos ficaram felizes com a reeleição de Rio, menos os eleitores de centro-direita. Costa passou a ter uma alternativa a BE e PCP para aprovar os orçamentos (podendo até escolher). IL e Chega irão crescer à custa do PSD e do CDS (que afundou de vez); e BE e PCP poderão abandonar Costa para preservarem o seu eleitorado sem receios de causarem uma crise política porque Rio tomará o seu lugar de bom grado.
Cara Sapo: eu no PSD “nem que lá estivesse o porteiro” Por estas e por outras parecidas é que temos a miséria de país que temos. Se num país onde os “esclarecidos politicamente” se comportam assim, que esperar dos analfabetos políticos? Este país não tem salvação
Luciano Barreira > Cara Sapo: Não são esclarecidos politicamente, são interesseiros políticos.
José Martins: Oh SENHORA Jornalista, INFELIZMENTE o que temos é: . Padres; . e-mails; . toupeiras; . Red-Lexes; . Vouchers; . Malas Ciao. A sua felicidade é manifestamente despropositada.
Manuel Magalhães:  “do separar das águas contra todos os ares do tempo” é fundamentalmente e exactamente isto que tem faltado ao PSD e ao CDS e daí o termos um miserável parlamento completamente inclinado para a esquerda o que nos está e vai custar caríssimo no futuro ...
Carlos Gustavo > Manuel Magalhães: Continuem a ameaçar os Portugueses com as vossas mantarrotas e com os diabos todos que ISSO está a resultar lindamente... Agora se os Portugueses acabarem por chegar à conclusão que a forma mais segura de evitar mantarrotas é acabar com os mantarrotistas, depois desenrascam-se sozinhos, Ok ?
Luís Martins: Está quase a atingir o patamar estético da escrita do SerAmargo. Chiça!
Carlos Monteiro: Drº Maria João Avilez, o Benfica já tem poder demais, num país tão pequeno, não precisa que lhe dê mais.
Ana Correia: Obrigado Maria João por este belíssimo texto e pela insuperável elegância na aplicação de tão monumental ripada no lombo de quem muito a merece e de muito pior é credor. Diria que o meu sentir mais profundo é de grande similitude com o que aqui expressa. Embora não o saiba verbalizar convenientemente, diria que me sinto profundamente traída e roubada de algo muito profundo, uma verdadeira sem-abrigo político. Por estes dias, o Glorioso é também a fidelidade institucional que me resta e deleita.
noah cohen > Ana Correia: Oh sra dª Ana Correia, para quem se deslumbra com tão pouco, e que tanta pena tem de não saber verbalizar (escrever) como a Tia Maria João, sugiro-lhe que comece por aprender com quem efectivamente escreve com elegância, com refinado humor, com rigor, e sobretudo de uma foram incisiva, como é o caso do caro Daniel Rodrigues abaixo... Essa, sim, uma escrita de fazer inveja.  
Daniel Rodrigues:  Sugiro que faça uma entrevista de fundo a Rui Rio. E que vá ao Portugal profundo perceber que os caciques não serão propriamente a imagem que deles se tem a partir da urbe. E não falo de Óbidos ou S. Martinho do Porto.  Ir lá. Por exemplo Vila Verde, de quem o seu colega Rodrigo Moita de Deus achava ter apenas 5000 habitantes.  Esse país perdido que está mais vivo do que se julga, esquecido senão para o Marketing político. E perceber que Rui Rio representa qualquer coisa orgânica que vai para além do deslumbramento com os néons do Terreiro do Paço. Que ao contrário da decadência disfarçada pelos turistas, pulsa e quer ter uma voz.  E não se trata de provincianismo. O único provincianismo neste momento é o que termina em Montemuro e acaba em Azeitão. Para lá dessas muralhas mediáticas está 70% da população, 80% do território.
noah cohen > Daniel Rodrigues: Excelente!
Ludrinhas: Do Sá Carneiro todos dizem bem, porque já morreu …O Cavaco e o Passos fizeram grande parte das suas vidas em Lisboa, ou seja, foram aculturados e devidamente entronizados no sistema. Capisce ? …
José Martins: O grande drama do PSD e do país foi o assassinato de Francisco Sá Carneiro (FSC).Depois de muitos golpes, cisões e de traições várias (Opções Inadiáveis) a oligarquia instalada à “MESA do ORÇAMENTO de ESTADO”, constatando a impossibilidade de "domesticar" o PPD de FSC, optou por outra estratégia. Na verdade, após o assassinato de FSC nunca mais o PPD foi o que era. A vida do partido passou a ser marcada pela contradição entre o legado "ideológico" do fundador (representada nas bases do partido) e os interesses imediatos instalados (representados na elite lisboeta acolitada por alguns caciques locais) que, com pequenas intermitências, sempre conservou as rédeas do poder. Eu sempre defendi, até às eleições, o Rui Rio. Mas, a verdade é que o Rui Rio perdeu as eleições e, ao contrário do que ele e o Costa no passado deram a entender, parece que o COSTA se está completamente borrifando para o Rui Rio. Costa ao ignorar Rui Rio e ao preferir meter mais uns “parafusos” na Geringonça para continuar a Geringonçar está a demonstrar que a ESTRATÉGIA de Rui Rio colapsou e, como é NATURAL e RACIONAL, temos que discutir o futuro do PSD, da sua estratégia e da sua liderança. Mas, a verdade é que a Oligarquia Centralista, ainda não conseguiu “domesticar” o PSD. Depois de mandar umas boias de salvação ao náufrago político Rui Rio, para se ver livre do Montenegro e tentar ficar com o Rui Rio na mão, anda paulatinamente a promover alguém da sua confiança para futuro líder: o MOEDAS. Dá vontade de rir. É obvio que MONTENEGRO, tendo obtido 47% dos votos na primeira vez que se candidatou, será, sem qualquer dúvida, o futuro líder do PPD/PSD. Ainda não é desta que a OLIGARQUIA CENTRALISTA abancada à MESA do ORÇAMENTO DE ESTADO, vai conseguir DOMESTICAR o PPD/PSD de Sá Carneiro.
Francis Ferrer > José Martins: O Rui Rio perdeu as eleições? Olha a surpresa! Qualquer candidato do PSD as teria perdido naquelas circunstâncias. Muito fez o Rio que, com alguns ganhos de credibilidade, em virtude da sua actuação contida , lá conseguiu recuperar 6 pontos relativamente ao desastre das autárquicas ( os autarcas do PSD passaram todos a ser maus de um momento para o outro ?...) .Agora dizer que o defunto Montenegro é o futuro do partido, é não perceber o que se passou nos últimos anos. Qualquer seguidor do Passos arrisca-se a levar com o resultado do CDS. Se o objectivo para o PSD é ter um grupo parlamentar do Taxi …
noah cohenFrancis Ferrer: Rui Rio, vai segurar o PSD, e o PS, num futuro próximo vai inevitavelmente perder gás. O ciclo económico, provavelmente, vai entrar na sua fase descendente, e quando estiver mesmo na sua base, o PSD certamente já terá outra liderança que, com condições favoráveis, chegará ao poder, e então dirão: " ora estão a ver como a estratégia que Rui Rio seguia era a errada?"... E outros, abrindo a boca de espanto, dirão: é verdade! É verdade! 
Carolina Nunes > Francis Ferrer: Ganhos de credibilidade quando teve 27%? Ele há cada um… Muito mais teve Passos acabado de sair de um resgate. Rio é o Corbyn português, de uma geração que já teve o seu tempo, com um discurso do século passado, que se diz de centro, mas nunca alcançará os votos da esquerda (que nunca votará PSD!) e perderá os votos da direita para a abstenção, IL e Chega. Depois de afundar o partido irá demitir-se mas aí já será tarde...
Carolina Nunes > noah cohen: O PS pode perder gás, mas se o PSD não o ganhar então o PS continuará no poder por muitos e longos anos. O PS alcançou finalmente o poder permanente, pode ganhar ou perder eleições, dá igual, governa sempre. Ter ou não maioria absoluta dá igual, os orçamentos serão sempre aprovados, seja à esquerda ou à direita (daí quererem lá o Rio!), agora já nem precisam de ser negociados. E chamam a isto uma democracia...
Carlos Quartel: Não tenho modo de responder a António Salgado a não ser fazendo outro comentário. O sistema cai. Não me refiro à qualidade da governação, refiro-me à clareza do programa. O PS é o herdeiro da antiga oposição não comunista, a oposição dos advogados. Que tenha sido capturado por um bando de aventureiros que tudo fazem para se manter no poder, não altera as razões.
António Salgado >  Carlos Quartel: Neste momento, tal como noutros, não se trata de programa, mas sim de executores do programa... o PS está a governar desde 2015 com um  programa de navegação à vista com cedências aos tais comunistas (desesperados pela sobrevivência) para conseguir alimentar a voraz fome de dinheiro que herdou dos anos 2005 a 2011... Tem um pançudo sem escrúpulos à frente que lança o manto de protecção sobre a corporação, agremiação, círculo ou como lhe quiser chamar. Esqueça os programas, tudo é melhor que a situação.
Francis Ferrer: Quando o PSD dominava o país, e a redacção do Expresso, onde a sr. dona trabalhava,  era o centro da informação associada ao poder, isso é que era um ambiente reformador! E ainda por cima éramos todos mais novos … Agora nada presta, pois são os outros que estão no poder. Nem os que estão no poder do PSD prestam, pois não conseguem explicar o alcance do Passos naqueles vídeos do youtube, onde prometia exactamente o contrário do que viria a implementar, tendo sido recompensado pelos eleitores por tão nobre missão – a de enganar os eleitores – nas eleições de 2015. Havia na altura a famosa TINA ( não há alternativa ) que veio a ser desmascarada pela Geringonça, imaginem só! Até os amigos, como o sr. Schauble , reconheceram a alternativa , mas os eleitores infiéis desta vez não reconheceram o alcance das “reformas” passistas, e correram com a maioria dos amigos do sr. Passos das autarquias. Camada de ingratos…Que se lixem os portugueses, esses ingratos. Resta-nos a pureza do Benfiquistão, para nos lavar a alma. Aqui a força dos 6 milhões é imparável. Era o Benfica quem deveria ter escolhido os candidatos para o PSD, e depois fazer como fez nas eleições de 2002, apoiando o o partido. Isso é que eram tempos !...
noah cohen > Francis Ferrer: Mas que bem dito (escrito)!
Carlos Gustavo > Francis Ferrer: Pois... está aí a história toda, só que as Tias (e os Tios) estão-se completamente nas tintas para o país real e, sobretudo, para as pessoas comuns !
Oliver Klein:  O problema real do PSD reside na origem. O PSD surge como uma cópia à portuguesa do PS, que estava já estabelecido como o produto original. Daí em diante, o PSD como partido socialista à portuguesa, estabeleceu-se como labirinto de contradições em disputa entre o socialismo histórico e o socialismo cristão.
Carlitos Sousa: ...inaudita decadência, ... assumir que no actual estado de coisas, tanto fazia ter ganho Montenegro como Rio.... Só nascendo outra vez, doutra maneira, com nova gente e outra geração. Nem mais... nascendo outra vez, porque as ferramentas atuais não funcionam. É o que menos se esperava. Uma pessoa da comunicação social, Maria João,  sempre ligada ao PSD, agora desiludida. Como o computador onde temos a “nossas coisas”, de repente começa a falhar, a não abrir programas, e descobrimos que anda por lá um vírus que também se chama geringonça. Fazemos muitas tentativas mas o resultado é nenhum. Precisamos aplicar a medida extrema... encontramos uma ferramenta ainda pouco usada mas eficaz para formatar o PC, uma ferramenta que dá pelo nome de C.H.E.G.A. Esperemos que limpe o vírus para começarmos de novo. E enquanto segue a formatação, passamos os olhos pelo jornal desportivo para ver as novidades do Sporting – Benfica. É uma, e a única solução. Radical mas tem de ser.
Carlos Quartel: A autora fala do PSD, como de um grupo de amigos, de que está saudosa. A verdade é que  o PSD nunca foi mais do que isso, um grupo de amigos, nunca teve um programa claro, com opções claras, nas liberdades, na economia, no social, no papel do estado, na dimensão e intrusão da administração pública. Para sermos mais rigorosos, podemos mesmo pensar numa UN  pretendendo ser abrangente, não reconhecendo diferenças de interesses e projectos entre as várias classes sociais.  Uma espécie de caldeirão, onde cabia o patrão e o trabalhador, o operário ou o especulador financeiro, na velha tradição do corporativismo. E assim foi sempre, com excepção do período de Passos Coelho, em que parecia existir um projecto mais definido. Depois das ditaduras há tendência para a formação desses partidos caldeirão, negando a luta de classes e os interesses antagónicos, continuando a fantasia da harmonia nacional  baseada no patriotismo. UCD ou PSD são bons exemplos
António Salgado > Carlos Quartel: Olha tem piada, eu penso umas coisas semelhantes do PS. Desde 1995 (25 anos) governou 19 anos com uma bancarrota pelo meio e continuamos a precisar do Estado para tudo e cada vez mais pesado, a população  de mão estendida... sem esquecer a corrupção que grassa entre os amigos socialistas... Um país que em 2020, com a maior carga fiscal de sempre, ainda precisa de um banco alimentar.... E o PSD é um grupo de amigos?.... Shame on you!
António Sennfelt > António Salgado: Desculpe, mas não foi uma. mas sim três bancarrotas pelo meio!


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