… contra os açuladores do ódio.
O ódio à nossa História é o que transparece em grande parte dos comentários ao texto de António Barreto sobre o discurso do PR. À nossa História e às gentes que não construam ladainhas em favor dos “vencidos”, ignorando transtornos e sofrimentos na tal história dos “vencedores” de outrora… Estranha gente, que usa a sua mordacidade infatigável contra este povo pioneiro nas caravelas que foram alargando o mundo, só porque é um povo, hoje, decididamente passivo ante políticas que nos põem na tal cauda, as razões disso estando explicadas. Mas esses que desejam condenar a nossa História para lembrar a verdade das “outras” dos seus suspiros, vê-se que são bem parcos em questão de sentimentos de respeito e amor pátrio, pesem embora os erros praticados por tantos “praticantes” de políticas de que talvez alguns deles façam parte…
Fossem outros os conquistadores gloriosos – Alemães, Russos, Chineses, e tutti quanti exterminadores até dos seus próprios povos e mais dos outros, seriam glorificados, pois eram fortes, esses, nada a dizer… Agora os nossos das pistas marítimas, apesar de raquíticos e sofredores, só merecem as ironias dos seus compatriotas hodiernos, que sabem da poda, isto é, da outra História desses tais povos conquistados e colonizados… ou talvez nem dessa queiram saber. Basta-lhes sofrer com eles, por cá…
Sim, AB e MRS foram bem corajosos.
OPINIÃO
História e política
O belo discurso do Presidente teve um
efeito útil: o de demonstrar que quem usa e abusa da história, com ideologia e
demagogia, não faz mais do que lutar pelo poder.
PÚBLICO, 1 de Maio
de 2021,
Belo
discurso o do Presidente da República.
Na forma, no conteúdo e na oportunidade. Desejando fugir aos temas mais
desconfortáveis, poderia ter escolhido uma ladainha republicana. Como outros
fizeram antes. Em vez disso, adoptou um tema difícil e polémico. O
uso da história e das ciências sociais e o abuso das academias e do jornalismo
têm servido para fortalecer e dar aparência de seriedade a campanhas políticas.
A partir de
feridas ainda abertas na sociedade portuguesa (a
ditadura, a guerra, a descolonização, o retorno de portugueses e a descendência
luso-africana), o Presidente mostrou o seu sereno orgulho em toda a história do
país, os seus lados bons e maus, as suas glórias e as suas misérias.
O
Presidente fez bem em falar de tudo isto. Podia ter-se refugiado na língua
de pedra que é hoje o esperanto dos políticos, mas, em vez disso, elegeu
matéria muito difícil, que tem até alguma carga de actualidade. O uso e
o abuso da história, a condenação do passado, a reinvenção do passado e o
aviltamento da história de Portugal com preconceitos e intuitos políticos:
estes temas são difíceis e sugerem quase sempre, quando não abordados com
seriedade, a demagogia barata.
Acusado
de ter agradado a toda a gente, criticado por aceitar tudo, o Presidente, na
verdade, não fez o jeito a ninguém. Nem sequer condenou explicitamente os que
abusam da história: limitou-se a ignorá-los. O que permitiu ao Presidente fazer uma coisa destas?
Para além da inteligência própria, que nada explica, foi o facto de o
Presidente não estar a lutar pelo poder. Já não está a lutar pelo poder.
E não quer lutar pelo poder. O que teve um efeito útil: o de demonstrar que
quem usa e abusa da história, com ideologia e demagogia, não faz mais do que
lutar pelo poder. Alguma direita nacionalista, a extrema-direita por
grosso, muita esquerda radical, uns socialistas órfãos, um sem número de
anti-racistas profissionais e boa quantidade de minorias fizeram dos
“vendedores de pátrias”, da guerra colonial, da descolonização e do racismo
“sistémico” e “estrutural”, temas de mera luta política, na esperança de tocar
a alma do povo, o coração dos eleitores e a cabeça dos seguidores. Eles não querem apenas usar a história, querem
apoderar-se dela para ganhar o poder. Sabem que o poder se ganha com armas
ou votos, mas também com cultura, símbolos e semântica. O Presidente Marcelo
tem o poder, não precisa de usar a história, pode dar-se ao luxo de ensinar e
fazer pedagogia democrática junto dos que inventam ou reinventam, dos que
papagueiam a história das glórias passadas e dos que macaqueiam a história
dos amanhãs que cantam!
A
este propósito, temas de grande actualidade são os da história do ponto de
vista dos vencedores e a história do ponto de vista dos vencidos. O que está na moda, actualmente, é deixar de
fazer a história do ponto de vista dos vencedores e passar a fazer história do
ponto de vista dos vencidos. O que se faz também com outras expressões. Assim,
teríamos que se faz ou deveria fazer e ensinar a história (e a sociologia, a
psicologia, a geografia, a filosofia e a ciência política…), não mais do ponto
de vista dos ricos, mas do ponto de vista do povo. Não mais do ponto de vista
dos poderosos, mas do ponto de vista dos trabalhadores. Não mais dos brancos,
dos cristãos, dos católicos e dos europeus, mas do ponto de vista dos negros,
dos muçulmanos, dos árabes, dos índios, dos escravos…
História
dos vencedores e história dos vencidos! Ambas são legítimas. Ambas são
ofensivas da inteligência e da cultura. Ambas são detestáveis. Mas ambas
são interessantes, não pelo que dizem, mas pelo que traduzem. São histórias
que falam dos seus autores, de si próprios, das suas pretensas glórias, dos
seus heróis, das suas vitórias e dos modos como gostariam que fosse a sociedade.
Bons manuais de história de Portugal,
do tempo do Salazarismo, de história de Espanha, do Franquismo, de história da
Itália, de Mussolini, da História Chinesa, de hoje, de história da URSS, do seu
tempo, de história de Angola, do MPLA, de história de Cuba, dos últimos
cinquenta anos… São excelentes testemunhos do que é falso, do que uns gostariam
que fosse, do que alguns querem que outros acreditem que é…
A comparação entre histórias
programáticas dos vencedores e dos vencidos e histórias feitas por espíritos
que procuram a liberdade e buscam a verdade é reveladora. Por um lado, o
catecismo citado, a cassete, o simplismo enganador, a miopia deliberada, o
ocultismo e a ocultação… Por outro, um exercício de busca e procura, uma
tentativa de interpretação, um jogo inteligente de factos e de probabilidades…
A História dos vencedores é odiosa. Detestável. Já a conhecemos. A história dos
vencidos, dos trabalhadores, dos escravos, dos negros, dos judeus, dos árabes e
dos chineses é tão má quanto a dos brancos, dos vencedores, dos cristãos e dos
ricos. Uns querem manter poderes e privilégios, outros querem conquistar
poderes e privilégios. Estas novas tendências não pretendem democratizar o
saber, a história ou o poder: querem conquistá-los! Ambas negam o valor do esforço de rigor para
alcançar, gradualmente, passo a passo, uma história isenta que procura a
verdade, uma história feita por quem nada tem a ganhar com o que faz, nada tem
a justificar, nada tem a defender, a não ser rigor e isenção.
A
história que tanto condenámos durante décadas, a história que defendia
estruturas de poder, que justificava opressões, que transformava em glória o
que era também sofrimento, a que criava triunfos que esqueciam as vítimas… Essa história, de que estamos fartos, está
gradualmente a ser substituída pela História dos que querem conquistar e que
não trará mais verdade ou mais rigor. Substituir a história laudatória dos
poderosos pela história militante dos activistas é um recuo, uma degradação do
espírito! Fazer história para promover valores de negritude é tão patético e
negativo quanto fazer o mesmo para engrandecer valores da cristandade. Ou da
livre empresa. Ou do comércio livre. Ou do comunismo. Fazer história para
defender a Inquisição é tão estúpido quanto fazer história para valorizar
a Sharia.
Tudo o que pretenda ser história ou
qualquer outra ciência social e que não se traduza num paciente e incansável
esforço de procura da verdade, uma jornada sem repouso para compreender, é um
passo atrás na civilização. Tudo o
resto, o ponto de vista do vencido, a desconstrução da narrativa, a alternativa
do submisso, a descolonização da história, a recriação do dependente e a
afirmação do sem poder é falsidade de charlatão. É burlesco e é embuste.
Sociólogo
TÓPICOS
PORTUGAL HISTÓRIA COLONIALISMO MARCELO
REBELO DE SOUSA 25 DE ABRIL DEMOCRACIA ÁFRICA
COMENTÁRIOS:
Artur Silva EXPERIENTE: Sobre este tema
concordo com Manuel Loff, Cardina e Ana Sá Lopes. E discordo de Marcelo e de
Barreto, já incapazes de mudaram o paradigma do colonialismo português bondoso
com que sempre viveram.
Mario Coimbra INFLUENTE: Pois eu concordo
com Marcelo e AB, e nada com Lord ASL e outros que querem ver a história com
olhos de outros tempos.
fmart8 INICIANTE: Homilia
dominical. Carradas de afirmação, lama a torto a direito, e nem um único
exemplo ou referência a estudo. Zé Goes EXPERIENTE: Bizarro. Achava
melhor que o cronista recorresse a um monte de livros, textos, jornais, fizesse
uma colagem e servisse aos leitores? Para quê, quando se é culto, inteligente e
se tem experiência de vida?
cisteina EXPERIENTE: Este belíssimo
texto é de ontem, nada tem a ver com homilias dominicais, para domingo. fmart8 INICIANTE: Zé Goes:
inteligência e experiência de vida, por muito valiosos que são, não são
substitutos para factos. Mario Coimbra
INFLUENTE: Excelente
texto. Obrigado por mais uma lição de história. Rita Cunha Neves EXPERIENTE: António Barreto,
como habitualmente, a falar-nos do alto da sua cátedra. De uma penada trata de
colocar no seu devido lugar (terreno) uns coitados que andam para aí a
alimentar o burlesco e o embuste. Mas, felizmente para ele, quando levanta a
cabeça e olha para o Céu descobre o Presidente Marcelo; que tendo o poder,
"não precisa de usar a história, pode dar-se ao luxo de ensinar e fazer
pedagogia democrática junto dos que inventam ou reinventam, dos que papagueiam
a história das glórias passadas e dos que macaqueiam a história dos amanhãs que
cantam!" cidadania 123 EXPERIENTE: É uma falácia
pensar que se constrói uma história dos vencidos: dos vencidos (raramente) reza
a história. A história que existe é aquela que relata a vida dos grandes e
poderosos, onde os personagens menores não têm lugar. Muitos povos nem
sequer têm a sua história escrita, mas é apenas oral, e muitas vezes
romantizada. A extrema-esquerda já cumpriu quase todo o seu programa de causas
fracturantes, pelo que tem de criar casos, problemas onde não existem. Um
exemplo: para alguns desses partidos há discriminação dos imigrantes, mas isso
ê completamente contrariado pelo estudo mipex da EU, onde Portugal obteve a
nota máxima (o melhor entre 52 paises). Mas obviamente que a comunicação social
ao serviço dos políticos ignora essas fontes pois prefere a deturpação... OldVic1 MODERADOR: Obrigado pela
referência, que não conhecia.
fernando jose silva INFLUENTE: Não há discursos
exemplares, nem são os presidentes que os dizem, rodeados como estão por fios
das ideais da política. E este Presidente, mais fala-barato que influenciador,
não pródigo em actividade criativa mas sim um conservador acomodado, é um
comentador por excelência. Para agradar a gregos e troianos, uma missão impossível. fernando jose
silva INFLUENTE: A história é feita de actos e desacatos. De mentiras e
verdades. De interpretações e interesses. A história é contada pelos vencedores,
assim como a dos vencidos é contada pelos mesmos vencedores. Se os vencidos
tivessem sido vencedores, a história seria diferente. O tempo pode desmanchar
estas histórias, mas não muda as suas consequências imediatas. Mas quanto mais
instruído e conhecedor for o homem, mais hipóteses tem de entender outra
história, isto é, a sua própria versão dos acontecimentos e sucessos. A
história não é a matemática, não é ciência exacta, pode-se interpretar a
posteriori nos erros e nos êxitos. Há razões e razões, há antes e depois, há
futuros ou não futuros para medir os tempos e os espaços. E em cada ser humano
há uma noção da história.
Jose MODERADOR: Para o Homem a
história é tudo o que existe. O futuro ainda não foi, não se sabe se será e o
presente é passado no mesmo momento que é. As narrativas históricas fundadas em
documentos e ordenadas por metodologias científicas são apesar de tudo
narrativas que registam a memória dos Povos. O registo que mora na memória colectiva
dos Povos não se impressiona com as muitas narrativas de circunstância antes se
aviva lá onde se sente a existência, a vontade e o poder que daí deriva. Não
nos excitemos tanto com o discurso do Presidente. O que decide as nossas vidas
mora nas nossas memórias por herança genética mais que por propaganda de
circunstância. Gualter Cabral INFLUENTE: Como entrada de
leão, o início é logo uma adivinha. Depois, vem o ramalhete, tirado de tanto
cismar - o que é uma obra-prima, digna de almanaque sabendo que as
circunstâncias não contam, mas tão só a "herança genética". Genial!
Fowler
Fowler EXPERIENTE:
O conceito de
belo relativo ao discurso do Presidente, bem como o “rigor e a isenção” de quem
escreve a história, é parte da subjectividade do sujeito, no tempo e no modo. O
discurso de minorias retido em pormenores da sua história enquanto “perdedores”
continua a perturbar o status quo, tanto é assim que o sr. Barreto chega até a
afirmar que elas “não fazem mais do que lutar pelo poder”. Também Salazar e
Caetano souberam usar da palavra e construir consensos para consumo interno,
conseguindo, então, afirmar a ideia de que não havia alternativa. Numa versão
moderna, vem agora o presente Marcelo recorrer à mesma política da
inevitabilidade e, pelos vistos, com aceitação de todos os quadrantes políticos
e dos fazedores de opinião. Incrível, como o olhar da serpente pode ser tão
anestesiante. Mario Coimbra INFLUENTE: Fowler, não me
parece nada que tenha sido isso que fez o Presidente. O discurso é muito bom,
vindo de quem vem. E tocou todos sem excepção. Isso não é mau nem tem que ser
mau. A guerra foi má. É má. cisteina EXPERIENTE: Excelente texto,
quando os "viana" que por aqui abundam saltam da toca sabemos que
vale a pena ler, duas vezes pelo menos. Um texto na senda do discurso do PR,
exemplar na pedagogia e no conhecimento da História que basbaques "pobres
imbecis" teimam em querer reescrever em vez de actualizar as parvoíces que
lhes foram contadas. Sim, "Tudo o resto, o ponto de vista do vencido, a
desconstrução da narrativa, a alternativa do submisso, a descolonização da
história, a recriação do dependente e a afirmação do sem poder é falsidade de
charlatão. É burlesco e é embuste". Sem dúvida, verdades como punhos e sem
punhos. Fowler Fowler
EXPERIENTE: Ainda
bem que há “Vianas”, caso contrário seria uma chatice. Pois, à boleia de
Marcelo, vem AB cheio de ar com este texto farfalhudo e raivoso para revisitar
a polémica Rui Ramos/ Manuel Loff e bater na esquerda como é seu
apanágio. Dizem que é um “cientista” e que as suas dicotomias são
extraordinariamente aritméticas, certo? Mas acontece que cá no bairro é mais
conhecido com o afectivo petit nom ”Tó das Farfalhas”, embora aos sábados seja
mais “Farturas”. Gostos!
viana EXPERIENTE: As suas
"verdades" são cada vez menos verdades aos olhos não só de quem
estuda a História, mas também aos olhos de cada vez mais. Daí o ressentimento.
Decorre de constatarem que perderam o controle sobre a "verdade
Histórica", ao nível académico e ao nível social. Por isso, na verdade,
estou-me a borrifar para o que pensa, tal como senhor Barreto. A vossa "verdade
Histórica" morrerá com vocês. E sabem isso, oh se sabem. Gualter Cabral INFLUENTE: Fowler - Dás-me
licença! Aqui o Viana das "farturas" também consta como "bate
sola", isto é, bate a alpergata por seca e meca a apregoar a sua verdade
dos "coitadinhos dos facínoras" que também têm um lado bom, e por
isso, devem figurar na história com o beneplácito de bispos e arcebispos. Não
há pachorra! Mario Coimbra INFLUENTE: As carpideiras do
costume não mudam cisteína. Não há volta a dar e ainda bem. Não conseguem olhar
para um texto sem abstrair de quem o escreveu. E pronto, semana sim semana sim
temos fandango e pancada em AB e nos outros do costume. José Cruz Magalhaes MODERADOR: É lapidar a frase que, quase a concluir o texto da
crónica, sublinha a conclusão que pretende sublinhar de que "Tudo o que
pretenda ser História, ou qualquer outra ciência social e que não se traduza
num paciente e incansável esforço da procura da verdade, uma jornada sem
repouso para compreender, é um passo atrás na civilização ". É exactamente
por serem muitos passos atrás na civilização, que a representação de uma
história em processo de recuperação, longe de qualquer verdade, enganosa e
criadora de mitos e mitologias, que as palavras de Marcelo, findo o enfoque no
poder, como escreve AB, são uma ardilosa manifestação de negação de toda a
crítica ou condenação. viana EXPERIENTE: Um pretenso sociólogo que nada mais defende do que o
status quo. Que tenta disfarçar através do elogio da procura da verdade, que
não é mais do que simples hipocrisia de quem na verdade não quer saber. Porque
está muito confortável com a história dos vencedores. Não vou perder mais tempo
com gentalha desonesta que não tem a coragem para dizer o que pretende.
"(...)seu sereno orgulho em toda a história do país, os seus lados bons e
maus, as suas glórias e as suas misérias(...)" Orgulho?! Também devemos
ter orgulho na vida dum assassino, no seu lado bom e no seu lado mau?... Desprezível. Mario Coimbra INFLUENTE: Está a falar de Afonso de Albuquerque??? Alexandre
Pinto-Fernandes INFLUENTE:
Excelente texto. Deveria ser leitura obrigatória para
os novos historiadores da “verdade”. OldVic1 MODERADOR: "Tudo o que pretenda ser história ou qualquer
outra ciência social e que não se traduza num paciente e incansável esforço de
procura da verdade, uma jornada sem repouso para compreender, é um passo atrás
na civilização": cristalino, simples, evidente para quem tiver um pingo de
lucidez. Como bem diz, quem não quiser ver isto só quer exercer poder sobre os
outros. Há muitas formas de ditadura, e não sei se a ditadura intelectual não é
a pior, até porque é consentida. Gualter
Cabral INFLUENTE:
História vs Estórias. A história foi
sempre a fórmula encontrada para induzir o cidadão a glórias, por vezes
forjadas, mantendo as aparências dos mandantes em alta. As estórias, por sua
vez, são colaterais aos eventos, que têm por norma pompa e circunstância, e,
portanto, passam relegadas para entreter como contos de cordel. Para o cidadão
comum, os dias passam iguais e o que conta é a saúde e sopa na mesa.
01.05.2021
08:14
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