O certo é que, como bem explica Jaime Nogueira Pinto, a
passividade ou permissividade da política actual francesa em relação às
práticas migratórias com tendências terroristas está a causar engulhos na
sociedade francesa, que podem levá-la a tomar decisões antidemocráticas de um
pioneirismo contraproducente, relativamente à U E.
Leiamos JNP e meditemos, que precisamos:
Os "golpistas" do costume / premium
Desiludam-se aqueles que querem ver na Carta-manifesto dos generais um
novo pioneirismo político francês, que seria, nem mais nem menos, que um golpe
e uma ditadura militar em pleno
coração da UE.
JAIME NOGUEIRA PINTO
OBSERVADOR, 14 mai 2021
Pioneirismo francês
A França foi
por muitos séculos vanguardista nas soluções político-ideológicas e
institucionais. Com Luís XIV, foi precursora do Estado Absoluto, modelo
copiado, décadas depois, como Despotismo Iluminado por outras monarquias
europeias; foi também a pátria de Revolução de 1789 e da solução bonapartista,
uma reedição moderna do cesarismo romano cujo grande protagonista morreu há 200
anos. E ao longo do século XIX – com a Restauração legitimista, as várias
modalidades de monarquia constitucional, o Segundo Império, a Comuna de Paris,
a República dos Duques, o protofascismo de Barrès e Drumont, o
neo-tradicionalismo da Action Française – nunca faltou à França iniciativa
política.
A isto não foi alheio o facto de ser a nação mais
povoada da Europa e uma das mais unidas. E foi-o desde o fim da Guerra dos Cem
Anos ao reinado de Francisco I e à Revolução. Mas, ainda que no século XIX as coisas tivessem mudado com as
progressivas práticas malthusianas e as consequências da modernidade social e
de costumes, o pioneirismo político francês voltou no século XX, com o
presidencialismo gaullista da Quinta República e o Maio de 68.
Mas ter-se-á esgotado, este
pioneirismo francês?
Há quem ache que não e esteja ou alarmado ou agradado,
vendo na Carta-manifesto, assinada por umas centenas de oficiais franceses na
reserva (cerca de vinte generais, cem oficiais superiores e mil de patente
inferior), um apelo ao golpe de Estado. Tanto mais que, por coincidência, a
dita Carta foi publicada em Place
d’Armes – le Site Engagé de la Communauté Militaire a 21 de Abril de 2021,
o dia do 60º aniversário do Putsch
dos Generais em Argel.
O golpe de Abril de 61
Em
Abril de 1961, quatro generais franceses – Salan, Jouhaud, Challe e
Zeller – desencadearam um golpe destinado a
impedir a política de independência da Argélia do general De Gaulle.
De Gaulle tinha sido trazido de volta
ao poder em 1958 por um
movimento popular, o Treze de Maio,
promovido pelos militares e pelos franceses da Argélia, europeus e muçulmanos,
que queriam continuar franceses. Com o Treze de Maio, veio a queda da Quarta
República e o apelo a De Gaulle para que regressasse ao poder do seu exílio de
Colombey-les-deux-Églises.
O
General aceitou, embora com algumas reservas quanto à Argélia Francesa. Daí
nasceu a Quinta República, presidencialista, mas De Gaulle, depois de uma quase
completa vitória militar no terreno, não levou por diante a política de
integração argelina e iniciou negociações com o Front de Libération National. E os generais deram o golpe.
O
golpe foi conduzido por unidades de elite, entre todas pelo Premier Régiment
Étranger de Parachutistes, comandado pelo tenente-coronel Denoix de Saint Marc
que, em poucas horas, se apoderou de Argel. Mas os revoltosos não quiseram armar os civis, os
soldados do Contingente Geral não aderiram e os “putschistas” assustaram-se com
os riscos de guerra civil, perante a resistência de De Gaulle, então apoiado
por todo o centro, pela esquerda e pela maioria do Corpo de Oficiais, que
respeitava a legalidade.
Ao
fracasso do Putsch seguiu-se a formação da OAS, a prisão e deserção de muitas dezenas de oficiais
pró-Argélia Francesa, a purga de muitos mais e, depois de um ano de terrorismo
e contra-terrorismo, a independência da Argélia, em 1962.
Este
Putsch dos Generais foi a última intervenção directa da “La Grande Muette” na
vida política francesa. Ou a
penúltima, porque houve uma outra, quando De Gaulle se meteu num helicóptero
e foi a Baden-Baden pedir ao general Massu, comandante das forças francesas na
Alemanha, apoio militar para resolver a crise do Maio de 68, com a república
ameaçada pela violência esquerdista nas ruas de Paris. Massu recebeu-o e
garantiu-lhe o apoio das suas tropas. Em troca, exigiu que os oficiais ligados
à Argélia Francesa que ainda estivessem prisioneiros fossem amnistiados e
libertados. E foi assim, troca por troca, que De Gaulle voltou nesse mesmo dia
a Colombey e a Paris e pôde neutralizar a desordem e ganhar as eleições.
A Carta-manifesto dos generais franceses
A
Carta-manifesto dos militares na reserva, dirigida ao Presidente da República,
ao governo e aos parlamentares, pretende ser um aviso e uma denúncia dos
perigos que ameaçam a França, começando pelo “delírio” que, “através de um
certo anti-racismo”, promove “o ódio entre as comunidades” e alimenta “a guerra
racial”, numa agressão permanente à História, à cultura e aos valores
franceses.
O
Manifesto refere a violência racial induzida, as decapitações, os atentados e,
sobretudo, a ausência de reacção oficial perante estes actos subversivos. E citando o cardeal Mercier – “Quando a
prudência prevalece por todo o lado, a coragem não tem lugar em lado algum” –, os militares signatários apelam aos poderes
instituídos, lembrando os perigos do laxismo e do adiamento de decisões.
Perigos que poderão conduzir, por desleixo das autoridades competentes, a uma
“intervenção dos nossos camaradas no activo, em perigosa missão de protecção
dos nossos valores civilizacionais”. E concluem com um aviso: se nada for
feito, e perante o risco de guerra civil para “pôr termo ao caos crescente”, os
mortos “serão aos milhares” e “da vossa responsabilidade”.
Os culpados do costume
A
reacção dos políticos não se fez esperar: o líder da França Insubmissa, Jean-Luc
Mélenchon,
declarou-se insubmissamente indignado e pronto a pôr cobro a qualquer
intervenção pretoriana, pedindo penas exemplares para os signatários; e a
ministra da Defesa, Florence Parly, viu no apelo dos militares uma “grande
maquinação política da extrema-direita” e uma conspiração “para fracturar a
nossa nação”.
E
quando Marine le Pen manifestou o seu respeito pelos militares, dizendo que não
lhe parecia tratar-se de uma ameaça de golpe de Estado, mas antes de uma
legítima denúncia de cidadãos que, até pela sua carreira e experiência, se
sentiam especialmente responsáveis pela segurança e defesa nacional, a restante
classe política rasgou as vestes. O Ministro da Justiça considerou Le Pen “a
comandante-em-chefe dos facciosos”; o Ministro do Interior fez referência à
herança do militarismo do pai Le Pen; e uma outra dirigente de esquerda lembrou
que o próprio Rassemblement National era, de direito próprio, “um partido de
golpistas”.
Ora
a Carta, que alguns querem ler como um incitamento a um golpe de Estado de
ex-combatentes aos seus camaradas nas fileiras, tem sobretudo que ver com aquilo
que ninguém ignora, excepto os que fazem por ignorá-lo: a
deterioração securitária em França nas cinturas das grandes cidades, que se
transformaram em santuários de crime organizado e de movimentos
fundamentalistas e jihadistas, onde a polícia evita entrar. São estas as
“múltiplas parcelas da nação” transformadas “em territórios submetidos a dogmas
contrários à nossa Constituição” a que se referem os signatários do Manifesto.
E o que ressalta da Carta não é a ameaça de golpe: é o facto de nem os redactores
do Manifesto, nem a maioria dos seus camaradas no activo quererem os militares
envolvidos em operações das quais há tristes memórias em França – em Fourmies,
em 1891, em Limoges e Nantes, no princípio do século XX. Ou na Irlanda, com o
Exército inglês, no Bloody Sunday, em 1972.
O
exército não está preparado para funções de polícia, mas para a guerra. E usar
forças militares, treinadas e armadas para a guerra, em operações de ordem
pública, onde além de outros problemas técnico-securitários, há sempre o perigo
da força excessiva, é um erro que se paga caro. E é a isso que os signatários
não querem que se chegue.
Mas
pouco importa: aparentemente, os “militares golpistas” que assinam a
Carta-aviso e a “extrema-direita golpista” que supostamente os comanda e inspira
são os culpados do costume e há que acusá-los – até para desviar as atenções de
um problema que se agiganta e que é, sobretudo, de decisão e de coragem
política, ou da falta delas.
O golpe que os “golpistas” não querem
O
problema é político e não é alheio aos guetos tolerados e às instruções dadas à
polícia de “conter mais que reprimir”.
E há, por parte dos militares e de
grande parte do povo, a consciência de que um poder fraco, hesitante e
inseguro, que tolerou zonas francas de criminalidade, pode sempre cair na
tentação de recorrer à tropa se a violência escalar. Neste quadro, a mensagem
dos generais e dos seus camaradas na reserva vem sobretudo no sentido de
exortar o poder político a ser firme no tempo e no modo do uso da força, para
que mais tarde não seja obrigado a recorrer à violência da intervenção militar.
Quanto
a Marine le Pen, estará
interessada em tudo menos em pronunciamentos pretorianos. Como outros líderes
da direita nacional e popular europeia, sabe que nada tem a ganhar com
golpes de Estado ou perturbações da ordem republicana. E que, bem pelo
contrário, nas sociedades euro-americanas de hoje, com a
burguesia dos negócios e os tecnocratas transformados em capatazes de
interesses económicos estrangeiros e a agressão dos mandarins da Academia e da
Comunicação contra a história e a cultura nacionais, é na comunidade dos
cidadãos – e no seu voto – que reside a resistência e a defesa dos valores e
princípios da liberdade, da identidade e da cultura nacional.
Assim, desiludam-se aqueles que, com agrado ou com temor, querem ver
na Carta-manifesto dos generais um novo pioneirismo político francês, que
seria, nem mais nem menos, que um golpe e uma ditadura militar em pleno coração
da União Europeia. Nada disso: o mais provável é que a comoção à volta da Carta
não vá sequer funcionar como aviso. Ao que tudo indica está já a ser
transformada em mais um fantasma no teatro da ameaça fascista. Um fantasma útil
para os que os que nada ouvem e pouco fazem se sintam reconfortados e
empolgados na “defesa da Democracia e da Inclusão”.
FRANÇA EUROPA MUNDO POLÍTICA A SEXTA COLUNA CRÓNICA
COMENTÁRIOS:
Joaquim Almeida: Excelente. A Carta aproveitada como alibi para não enfrentar uma questão
explosiva e dificílima.
Mario Areias: Excelente texto. Mais um. Elvis Wayne: Uma coisa é certa, as hostes
Komuno/socialistas têm muito mau perder, se algum dia alguém lhes tira o poder
da mão, seja pela via do golpe ou das urnas, é mais que certo que lhes estala
logo o verniz, aí é que está o perigo. Alfredo Vieira: Como já mencionou um leitor,
existe uma outra carta (tribune) mais recente (desta semana), desta feita de
militares no activo (anónima, dada a perseguição aos corajosos autores que a
primeira motiva), e que segue a mesma linha de pensamento (talvez até ainda
mais "hard") que a predecessora. A França é capaz de não evoluir
para uma ditadura militar, mas desconfio que não vai evoluir para algo muito
melhor que isso.... Antonio Castro: Muito boa análise! Francisco Tavares de Almeida: Solidarizo-me com a comentadora
"Simplesmente Maria" pois o assunto foi para mim novidade. E, como
habitualmente, apreciei a lição de história.
Contudo não me parece que França consiga evitar o
envolvimento militar na manutenção da ordem interna; quer persista o laxismo
actual, quer seja eleito o RN Sata
> josé maria (…): Boa tarde Sr. José Maria . Não creio que André Ventura
possa ser um ídolo de Jaime Nogueira Pinto. As dimensões a vários níveis são
diferentes. Quanto ao texto de Jaime Nogueira Pinto parece-me pertinente pois a
situação que se passa em França é de clima de "pré guerra civil" o
que levou a esta posição de militares franceses. josé maria > Sata: Como é
que um “populista” vindo do PSD, comentador desportivo, supostamente acolitado
por uns sinistros gurus nazi-fascistas, teve em 15 meses capacidade para passar
de 68.000 votos para meio milhão? Observador,
29/1/2021: E como é que
agora, decorridos escassos meses após a eleição de 24/1/2021, o Chega passa de
11,9% dos votos (quem fez a transposição de votos do AV para o Chega foi o
JNP...) para 6% dos mesmos, de acordo com a mais recente sondagem ? É o que
importaria que JNP, também agora, respondesse... Se ele se permitiu fazer a
transposição de 68.000 votos do Chega para os 500.000 do AV/Chega, então que
nos diga agora porque é que, em tão pouco tempo, o AV/Chega desce 50% da adesão
dos eleitores... Ele que fale agora, que nos mostre a sua categoria como
politólogo, para explicar a descida abrupta do AV/ Chega, de 11,9% para 6%... Carminda
Damiao: Excelente artigo. R. Lima: Também existe uma tribuna dos
militares do activo, bem forte perguntam porque vão morrer em diversos países
para combater o islamismo e em Franca esses fanáticos têm toda a liberdade,
Sondagem 82% de franceses defendem que precisam de um verdadeiro chefe de
estado para impor a ordem (hoje mais um policia em coma por dia 88 mal
tratados). A polícia começa a não se descolar nem por assaltos em certas zonas,
porque sabe que corre risco de vida . Quando a minoria for menos minoria é a
guerra civil certa por isso os militares alertam . Elvis Wayne > R. Lima: O partido socialista, o partido comunista e o partido socialista 2 (PSD) da
França desapareceram do mapa eleitoral praticamente. A única coisa que resta da
antiga ordem esquerdoida é o Macron (ex-PS francês) e os totozinhos sem carisma
que o acompanham. Mais tarde ou mais cedo (e pelo aspecto da coisa aposto que
mais cedo) o Macron é corrido do Eliseu, pois não é tão limpa a sua chance de
chegar ao segundo mandato. Sem o Macron, o seu partido colapsa e aí quem é que
sobra para governar a França? Ou ressuscitam De Gaulle ou só pode ser Le Pen. Penso
que seja muito provável a França desembaraçar-se da esquerda ainda nesta década
(mais tardar 2027). Como desde os tempos de Eça que se atesta que Portugal
gosta de imitar as modinhas vindas da França, será que Portugal vai seguir esta
moda ou permanecer na Idade Média política? Fernando Pité > R. Lima: Em França, parece ter havido mais de vinte oficiais-generais que foram
punidos por chamarem a atenção para aquilo que os civis franceses topam, mas
os políticos, à excepção da extrema-direita, parece recusarem-se a ver. Parece
que se corre o risco, e não só em França, que os neoliberalismos do período
entre-guerras, I e II G.G. não foram capazes de ver e enfrentar, mesmo com o
alerta do crescimento dos Fascismos e a guerra civil Espanhola... Manuel Magalhães: Excelente e oportuno artigo!!! Graciete Madeira: Brilhante análise. Jorge Martins: Excelente artigo. A Europa
quase toda tem um problema que se agrava dia a dia com a Imigração e não é uma
questão de racismo. Todos o estão a ignorar, o que não o resolve só o agiganta.
E como é dito na referida carta chegará o momento em que não vai dar para
continuar assim e as coisas vão descambar /França, Inglaterra, Alemanha,
Norte da Europa....). Isto não é racismo nem contra-imigração é bom senso. Em
Portugal não vamos dar importância nenhuma a isto, primeiro porque somos pobres
e a Imigração não está assim tão presente e depois porque é anti-esquerda,
anti-amanhãs que cantam anti-discurso vigente. Mas o céu também nos vai cair
em cima. Simplesmente
Maria: Obrigada por
tudo. Pela escrita de rigor e também pelas notícias "de fora" que a
comunicação social "de dentro" omite deliberadamente. advoga diabo: Esses amantes da ditadura têm o
destino traçado, demissão. Agora pedem-se medidas contra os hipócritas que
esperavam na sombra o sucesso deles, de que esta crónica e comentários são
exemplos caseiros. Winter
Is Here!: A França é uma
bagunça. Há muito que deixou de ser um corpo coeso. Há tensões insustentáveis.
Foi para isto que as esquerdas trabalharam: criar condições para o conflito
violento nas ruas. O mesmo faz o BE em Portugal. Ninguém tem condições para
fazer coisa alguma que não seja adiar o inevitável: A seu tempo a Le Pen
ganhará eleições; a esquerda mobilizará sindicatos e guetos islâmicos para
causar o caos na rua e a França viverá tempos de guerra civil. José Paulo C
Castro > Winter Is
Here!: Seria apenas uma guerra urbana.
A primeira medida a tomar seria cercar as cidades e os guetos islâmicos. Feito
isto, o cenário da guerra civil ficaria isolado nos centros urbanos. Mas, sim,
seria feio... O verdadeiro perigo seria a escalada internacional com os países muçulmanos
a solidarizarem-se, a UE a tentar intervir, um possível aumento do terrorismo
noutro contexto, etc. Isso é que faria o perigo ser grande. Zacarias Bidon > José Paulo C
Castro: Não seria só uma guerra urbana.
Eles, os maomerdanos, estão em todo o lado em França. Não conhece a realidade. Elvis Wayne > Winter Is
Here!: Quem semeia ventos colhe
tempestades. Quem abarca hordas sem fim de "refugiados", acorda num
califado! Fernando
Pité > José Paulo C
Castro: Uma Guerra pode ser mais fácil
de começar, mas poderá ser mais difícil de acabar. E uma guerra civil, não
conhece tréguas, pode não conhecer territórios, e os tratados
politico-jurídicos podem ser letra-morta...será a selvajaria desbragada, bem pior que uma disputa,
quiçá, entre por exemplo um Benfca/Sporting. Iol! José Paulo C Castro
> Zacarias
Bidon: Claro que seria geral, mas fora
das grandes cidades só poderia haver guerrilha, depois do exército controlar
aquilo. Não estão em número suficiente para criar feudos. Nas cidades, sim.
Seria a linha divisória. Ou você acha que num cenário desses os não-islâmicos
continuariam quietos? Maria
Nunes: JNP, obrigada por
mais um excelente artigo.
Manuel Ferreira21: Excelente análise. Acredito que os herdeiros de Carlos Martel terão força
para uma nova Batalha de Poitiers, como a que aconteceu contra o emir de
Córdoba. Fernando
Pité > Manuel
Ferreira21: Duvido. Os Árabes atravessaram
o Estreito De Gibraltar, ocuparam o El-Andaluz, atravessaram os Pirinéus,
e só pararam com a Batalha de Poitiers. A História pode não ser igual,
nem os factos se repetem da mesma forma, e a força anímica pode falhar mamadorchulo
dostugas: A França está minada pelos muçulmanos será difícil mesmo a FN mudar o
sistema e nós caminhamos para o mesmo destino Adelino
Lopes: “…fantasma no teatro da ameaça fascista. Um
fantasma útil para os que os que nada ouvem e pouco fazem se sintam
reconfortados e empolgados na “defesa da Democracia e da Inclusão”. Muito bom.
VICTORIA ARRENEGA: Esta carta parece-me um aviso
sério à navegação. A França é um gigante na UE, tem problemas gravíssimos e a
agitação social vai continuar e aumentar até muito se Marine Le Pen vencer as
eleições. As cidades francesas vão ser palco de guerrilha urbana se a
esquerda perder o poder a favor de Le Pen. Em ambos os cenários (manutenção da
esquerda que vai permitindo a morte da França, ou um governo de direita), os
militares terão de tomar uma posição. Já se chegou a esse ponto. Seria um facto
completamente novo na UE, mas provavelmente não seria tão mal encarado assim
devido ao perigo para a Europa em que a França se tornou. Por cá a carta dos ex
chefes maiores das FA não pode passar
despercebida. Luis Paulo Sousa: Muito bom. Revejo-me a100% Carlos Quartel: A solução está nos cidadãos,
nos cidadãos e nas urnas. O que se passa em França é culpa dos franceses. Se
não podem sair à rua, se não se podem queixar, depois de esfaqueados ou
degolados, a culpa é deles, para não andarem a brincar aos coletes amarelos. Dêem
51% à FN de Marie Lepen, têm polícia e FA suficientes para limpar as ruas de
marginais, racistas e outra fauna que se dedica a queimar carros. Adriano Marques > Carlos
Quartel: Infelizmente os franceses são
parecidos connosco... Quando chega o dia da votação ficam em casa ou então votam em comunas ou
socialistas encapotados!
VICTORIA ARRENEGA > Carlos
Quartel: Infelizmente 51% nas urnas não
chega. Representa sim o alastrar de uma guerrilha urbana. VICTORIA
ARRENEGA > Adriano
Marques: De acordo a 100%. Os Europeus
têm sido «amaciados» por décadas de paz. Mesmo a Guerra nos Balcãs passou-nos
ao lado aqui no sul da Europa. Tomamos a democracia por garantida e o nosso
modo de vida ocidental à prova de ataques. Mas estamos muito enganados. José Paulo C Castro
> Carlos
Quartel: A esquerda nunca 'perde'
eleições pois nessa fase passa a ser guerrilha e a contestar a vontade popular
ditada nas urnas contrárias ao "progressismo". Mesmo quando
Thatcher e Reagan obtiveram vitórias clarificadoras, as forças de esquerda
passaram à fase da "rua". É aí que surge a "guerra
civil" e o seu risco. Tem que ser o poder actual a desarmar a bomba.
Caso contrário, uma vitória de LePen será vista como um ataque dos franceses
aos "progressistas" que se sentirão legitimados para passarem à fase
revolucionária, da guerrilha urbana. O aviso dos militares é sobre esse
cenário. Não querem ser chamados a intervir nessa fase pós-eleições. Querem que
sejam tomadas medidas antes. Pela esquerda ainda no poder e contra os
interesses dos seus eleitorado. Paulo
Cardoso: Por algum lado, tem de começar. A carta é mais um romper do silêncio
imposto, nas últimas décadas, pelo politicamente correto progressista. Ainda
são poucos aqueles que protestam, mas vão-se fazendo ouvir. Esta carta dos
militares é mais um contributo.
Zacarias Bidon: Pole position !
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